F R A G I L E escrita por Scorpion


Capítulo 5
05. O começo.


Notas iniciais do capítulo

ALÔ! ALÔ! ALÔ!
Cuméquevamo!? Tão preparadas para o post de hoje? rsss
Espero que sim...
Cadê a outra metade das minhas meninas? Só apareceu uma metade. çç q



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05. O começo.

Se lembram daquela musica de Frank Sinatra...?

Há! Como se alguém pudesse se lembrar de Frank Sinatra.

Em minha longa vida nunca mencionei seu nome mais de três vezes. Como é que agora acordei cantando uma de suas musicas?

O dia de hoje havia superado minhas próprias expectativas, porque, desde que coloquei um pé pra fora de minha aconchegante cama comecei com meu patético estado de felicidade infinita, bom humor, e um sorriso inapagável em meu rosto.

Eu poderia suportar tudo, se não fosse porque, acompanhado a esses sintomas, vinha essa musica tão clichê e pegajosa.

Nem sequer sabia que conhecia a letra tão bem!

É impossível sair de seu ritmo e em minha cabeça os versos se repetem uma e outra vez.

(*)Fly me to the moon
Let me sing among those stars
Let me see what spring is like
On Jupiter and Mars

Movo minha cabeça no ritmo da musica imaginaria enquanto caminho até a livraria. O sorriso continua ali e me sento como se houvesse descansado toda uma vida, apesar de haver mantido os olhos abertos durante toda a noite.

In other words, hold my hand
In other words, baby kiss me

Me parece que estou flutuando em uma nuvem de felicidade. Pela primeira vez quebro minha rotina e não sinto medo. Me encontro em minha embriagante sensação de prazer.

Não posso tirar seu olhar de minha memória. Não consigo mais nada do que lembrar a sensação de seus lábios fazendo pressão sobre os meus.

Não aspiro outro aroma que não seja o de sua respiração mesclando com a minha, me embriagando mais do que o uísque que bebi.

Sinto ainda suas mãos em meu rosto. Fecho os olhos e é seu sorriso o único que distingo. Não lhe conheço, mas já sinto que o preciso. Sinto falta dele.

Fill my heart with song
Let me sing for ever more
You are all I long for
All I worship and adore

Apesar de ser um ridículo e radiante apaixonado, me sinto, pela primeira vez em muito tempo, bem. Realmente me sinto bem. Sem ter que fingir olhares ou sorrisos inexistentes. Sou feliz.

Estou apaixonado.

Me parece tão bom...

É tão bom...

“Quero acordar com essa sensação todos os dias de minha vida...”

Paro em frente ao local, o letreiro sobre minha cabeça mostra com orgulho a palavra Lûminis em letras douradas e muito elegantes.

Estava olhando o endereço em minha mão toda a noite. Precisava sair de meu apartamento e fazer com que o tempo passe mais rápido.

Ainda que não tenha marcado uma hora tenho pensado em terminar com todas as minhas obrigações para poder desfrutar de sua presença, tanto quanto minha fantasia poderia durar.

In other words, please be true

In the words…–Chego cantando com meu sorriso tatuado nos olhos, brilhando de alegria. –I Love you... –Termino a musica plantando um beijo na bochecha de meu surpreso irmão.

Mikey me olha com os olhos sem se separar dessa cadeira de madeira do outro lado do balcão.

–Você está bem, Gee? –Meu pequeno irmão rodeia o balcão para se colocar em frente a mim e tocar minha testa. –Não está com febre...

–Estou maravilhosamente bem Michael. –Respondo lhe dando um beijo nos lábios.

–Ok, isso confirma que você não está. Sorriso as nove da manha, chega cantando, e depois esse beijo... O que aconteceu?

–Meu lindo e preocupado irmãozinho... –Consigo pegar uma de suas bochechas para depois lhe dar um pequeno beliscão. –Sorrio porque sou feliz, canto porque gosto, e te beijo porque te amo.

Não sei se minha resposta o tranquilizou ou o deixou a ponto de um colapso nervoso, porque uma mulher entrou no local.

Me separo e vou atender a mulher.

* * *

Passei o resto da tarde assim, com uma completa disponibilidade ao nossos clientes, mostrando sempre um sorriso.

Não havia sorrido tanto e com sinceridade desde muito tempo. Nunca havia me dado conta o quanto sentia falta até agora...

Mikey a passou me lançando olhares curiosos, mas sem perguntar nada de concreto sobre meu estado. Quando se foi me beijou na bochecha e disse que esperava que me sentisse assim todos os dias. Lhe sorri e o vi partir em seu modesto carro preto.

Eu também queria ir quando o relógio marcou 7:30, mas meu turno terminava as oito. Como a biblioteca estava vazia, utilizei a vantagem de ser filho da dona e fechei meia hora antes. Estava ansioso para ir lhe ver, não havia outro motivo para me levantar, só ele. Só Frank...

Fechei e sai em busca de um taxi. Nunca me interessei por aprender a dirigir. Nessa cidade onde há carros demais, gente demais... Sinto pânico de batidas, e o feito de que possa ser uma possível vitima ou seja o causador de um desses me aterroriza profundamente.

Quando consegui um repeti o endereço mecanicamente ao motorista. Toda a noite olhando essas letras, era impossível não aprender.

O motorista estacionou em frente a um elegante prédio de cor cinza, com grandes janelas e luzes que iluminavam cada um dos cristais. Nunca me vi nessa zona, ainda que não tenha ido a maioria dos lugares existentes nessa cidade, mas se notava que o prédio era muito exclusivo, assim como os que se encontravam ao seu redor.

Paguei ao taxista e me coloquei a procurar a porta com o numero 7.

Em cada piso só haviam 3 portas, então a numero sete se encontravam no terceiro piso. Tive que subir as escadas. Outro de meus medos... O elevador...

Parei em frente a porta, não havia me sentido nervoso até esse momento. Minhas mãos tremem, assim como minhas pernas e meu queixo.

“Tranquilo Gerard, já está aqui. Respira... Só isso... Respira...”

Dei três batidas na enorme porta de metal prateada. Não me importei saber se havia a campainha ou o que seja. Não podia pensar em nada que não fosse o sorriso de Frank.

Estava ansioso por voltar a vê-lo.

Voltei a tocar com um pouco menos de paciência. Estava sofrendo. Por acaso era a intenção?

Mas logo escutei passos e uma voz que me dizia “Já vou”. Fechei os olhos. Tinha medo. E se ele houvesse se arrependido? E se na verdade não queria me ver? E se só foi algo de minha imaginação? E se...?

Mas minhas duvidas se despejaram quando meu locutor favorito saiu para me receber com um sorriso de meio lado e cabelo molhado.

Foi com ver a beleza em forma de homem...

–Gerard... –Sorriu mostrando seus dentes. –Você veio... Pensei que não viria...

–Tive que trabalhar... –Murmurei nervoso.

–Entra. –Se retirou da porta, me permitindo entrar. Quando fechou a porta foi quando notei que a porta deslizava para a direita. –Quer beber algo?

–Mmm... Agua?

Soltou um riso tão encantador que me senti extremamente feliz de tê-la provocado.

–Me referia a um uísque, Brandy, rum, tequila... –Sorriu. –Mas será água então...

Sorri mesmo assim. Virou e avançou até a cozinha me permitindo poder observar com maior divertimento o piso.

Havia uma pequena sala com sofás brancos, uma mesa de centro redonda de cristal e uma TV enorme de tela plana na sala em frente as grandes janelas. A sala de jantar estava ao lado, e era composto por uma mesa redonda e seis cadeiras ao se redor com encosto forrado em branco. A cozinha estava no final. Havia uma cozinha completamente branca e um balcão para café da manha de cor prata. A enorme geladeira, onde Frank estava escondido, era de cor cinza.

Não estava mais decorado que isso. As paredes eram de ladrilho.

Tudo minimalista e elegante.

–Aqui esta. –Me ofereceu um copo com água. O segurei e sorri.

Ele tomava uma cerveja.

Sentou no sofá e me ofereceu para que fizesse o mesmo. O fiz. Parecia que o silencio nos dominava, e, ainda que um pouco incomodo, me facilitava para poder ver sem pressa cada uma de suas feições, cada mecha úmida de cabelo...

Me encontrava tão absorto que não foi consciente do tempo que passei vendo seu cabelo até que Frank segurou o copo que sustentava com minha mão direita para coloca-lo na mesa de cristal. O olhei. Ele me olhou.

E depois me beijou. Rápido, brusco. Sua língua buscava a minha, e por muito que eu quisesse não pude me negar e abri os olhos. Percorria toda minha boca sua doce língua com sabor de cerveja, acariciava a minha com sensualidade. Seu corpo cobriu o meu com rapidez, obrigando-me recostar sobre o largo sofá branco.

Seus lábios abandonaram meus lábios e antes de que pudesse lamentar a perda de sua travessa língua esta já estava torturando meu pescoço com lambidas, beijos e pequenas mordidas.

Gemi de prazer quando se entreteve acariciando com sua língua meu pomo de adão. Suas mãos percorriam minhas costelas. Arqueei minhas costas quando uma dessas mãos roçou minha notável ereção sobre a tela dos jeans.

Estava me enlouquecendo e eu só podia o deixa-lo fazer.

Suas mãos retiraram com suavidade meu casaco, depois a camisa. Voltei a gemer. Era inevitável. Suas mãos eram suaves e seus dedos expertos, sabiam onde tocar e conheciam perfeitamente como fazer para me levar a loucura.

E também quem estava me brindando com essas atenções era Frank Iero. Frank Iero, meu amor platônico! Meu sonho feito em realidade. Minha fantasia. Meu amor...

Abri os olhos e seu torso estava nu, sentado sobre meu quadril, não desperdicei a oportunidade de acariciar sua pele pálida. Suave, quente...

E voltou a me beijar. O segurei pela cabelo, que continuava úmido, caindo gotas frias de água sobre meu peito, gemi sobre seus lábios.

Minha mente se perdeu. Eu já não sabia o que fazia, só sabia que pareciam bom.

“Te amei desde o primeiro momento em que vi seus olhos, te amei mais quando seu olhar impactou contra o meu, e te entreguei minha alama quando seus lábios acariciaram os meus. Quero me unir a você, para toda a eternidade...”

* * *

–Vamos para a cama. Odeio quando meus sofás italianos ficam manchados...

Não quis dar importância ao que a frase representava, só quis continuar com esse jogo, com este sonho adorável.

Nos colocamos de pé e sem que minha boca quisesse liberar a sua caímos ao mesmo tempo sobre a cama. Os lençóis eram escuros e frios.

Tremi.

–Seu quarto... É frio...

Sussurrei sentindo as mãos de Frank abrir o fecho de minha calça.

–Logo ficará quente... –Respondeu com a voz rouca.

Gemi de novo. Sua voz é tão suave, tão sensual, tão malditamente enlouquecedor...

Me deixou nu. Ele continuava com os jeans, mas eu estava nu, encostado sobre a cama, gemendo, sussurrando seu nome, me entregando...

Seus lábios percorreram meu corpo.

Meus lábios se abriram gritando de desejo, de ansiedade. Sentia um calor no corpo que só seus beijos podiam curar. Tinha razão. Frank sempre tem razão. O quarto estava quente. Muito quente.

–Frank...

Sua boca me torturando lentamente. Prendendo em seu interior meu membro erguido graças a ele. Sugadas lentas, beijos na ponta e suas mãos acariciando minha entrada. Gritei. Gritei de dor quando um dedo violou meu interior. Fazia muito tempo que não me entregava a alguém...

Sua boca continuou me dando aquelas atenções. Mordia com suavidade e depois lambia, de cima a baixo, com um movimento constante. Minhas mãos haviam se fechado em seu cabelo úmido enquanto meu quadril se levantava em um pedido mudo para que aumentasse a sucções.

O dedo em meu interior fazia círculos, saia e entrava, tateando esse ponto que me fez gritar quando foi encontrado.

–Frank... Frank... –Gemia suplicantemente com gotas de suor percorrendo meu rosto. –Frank...

Meus olhos se apertaram fortemente. Mas logo deixei de sentir suas atenções sobre meu corpo. Abri com lentidão meus orbes para olhar para Frank... Nu...

Era tão perfeito. Com a pele pálida e essas manchas pretas adornando seu corpo.

Parecia inocentemente lindo...

Se colocou sobre mim. Nossos corpos se moldaram com perfeição, como se houvéssemos sido fitos um para estar com o outro.

Me beijou. Desta vez com suavidade, deixando para trás a paixão e dando lugar a ternura de um beijo antecessor a entrega. Minha entrega de amor.

Abri as pernas para que ele se acomodasse entre elas. Segurou elas e as colocou sobre seus ombros. Não sei de onde diabos o tirou, mas abriu uma pequena sacola e colocou uma camisinha em si.

–Sexo seguro. –Me sorriu. Eu também sorri. Afastou as mechas úmidas pelo suor de meu rosto para depois me beijar no nariz.

Se colocou na posição. Eu tremia com vontade para o que vinha depois.

A ponta de seu membro começou a profanar minha entrada e senti a ardência da primeira vez.

–Aah... –Gemi de dor. Abri os olhos. Frank me olhava com um pequeno raio de preocupação em suas misteriosas orbes, que nesse momento tomavam um tom oliva. –Só... –Respirava agitado. –Só faça devagar. Faz muito tempo que eu não...

E ele entendeu. Com um suave sorriso se aproximou de mim, dobrando meu corpo até tomar meus lábios e me beijar com ternura.

Amava seus beijos, de qualquer jeito, mas sem duvida os ternos e calmos eram meus favoritos. Podia sentir os lábios de Frank acariciando os meus e sua língua entrelaçando com a sua igual em uma sensual dança.

O beijo terminou e pouco a pouco senti Frank se fundindo em mim.

Segurei com os punhos cerrados as lençóis, mordia meus lábios para evitar os gritos de dor saírem. Ardia, tê-lo dentro de mim era como se minha pele estivesse rasgando. Mas queria fazê-lo, queria ser seu, me unir a ele para sempre.

–Frank... –Gemi. A dor não ia, era demais. Grossas lagrimas rolaram por minhas bochechas. –Não se mova, por favor...

Era demais. Morder meus lábios para não gritar, segurar os lençóis com força para não cair no abismo da dor, apertar os olhos para imaginar que o sofrimento não estava ali, lembrar de como se respira...

Era demais para mim.

–Gerard... Relaxe, Gee. –Senti sua mão sobre minha bochecha. –Gee... Abra os olhos...

Neguei com a cabeça. Não. Não podia.

–Gerard... Abra os olhos... –Sua voz se tornou mais séria. A forma em que falou parecia se tratar de uma ordem.

E obedeci. Abri meus olhos chorosos perante ele. Sorriu.

–Maravilhoso...

E começou a investir. Suave, pouco profundo, só para que eu me acostumasse.

–Mmm... Não... Não deixe de me olhar...

E não o fiz, porque vendo seus redondos olhos era como se tratasse de magia, que aliviava minha dor. Olhando suas bochechas rosadas e seus lábios entreabertos esquecida misteriosamente do sofrimento.

Só via seu angelical rosto e o amava. O amava muito. O amava demais...

Os movimentos se tornaram mais constantes, mais rápidos, mais profundos...

Frank gemia, apertava com força os olhos e sorria. Parecia tão lindo. Pude ver o resplendor ao seu redor, quando, com um gemido mais longo, se deixou cair em um profundo orgasmo, me levando com ele a esse ponto fantástico, consumando nossa união.

Saiu de meu interior. Se encostou ao meu lado e suspirou.

–Gerard... –Sussurrou depois soltou um pequeno riso.

Sorri e me aproximei um pouco mais dele.

Me rendi ao desejo. Me rendi a paixão. Me rendi perante Frank Iero e não me arrependo. Ainda não...

(*) Fly Me to the Moon - Frank Sinatra



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Notas finais do capítulo

Oh, vamos. Uma NC bem no começo da fic! HAIUHDI Enfim... *se retira*