F R A G I L E escrita por Scorpion


Capítulo 25
24. Frankie. II


Notas iniciais do capítulo

Não apareci ontem, não? HM
Enfim... Hoje vai ter outro, mas... Apareçam.



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>–Eu não menti. Não disse que éramos um casal, não disse que vivíamos juntos. Só disse “2 meses” porque faz um pouco menos de dois meses que nos conhecemos. Calar é a mesma coisa que mentir, pra você?
-Algumas vezes sim. Vamos?

Havia ficado irritado. Esse belo rosto tinha o cenho franzido e seus lábios formavam um pequeno bico. “Maravilhoso” pensou o locutor sorrindo internamente. Quando desceram do carro Frank lhe segurou pela cintura para lhe dar um beijo terno, para que a raiva passasse. Se separou e murmurou sua pergunta “Nos vemos em Black Rose?”. Gee assentiu e ele pode voltar a beija-lo feliz.

Mas NÃO chegou.

Duas horas a fora o esperando e nenhum sinal dele.

Desespero. Medo. Angustia.

O que havia lhe acontecido?

Tantas opções horríveis...

Sem saber onde ir só pode voltar ao seu apartamento, se jogar sobre a cama e virar sobre ela desejando que estivesse bem...

“Gerard”...

Chegou a manha e com ela a possibilidade de busca-lo na livraria depois do trabalho. Entrou e o viu ali. A felicidade a fúria fizeram sua combinação insólita nele. Desesperado começou a pedir respostas, mas Gerard parecia assustado.

Finalmente, e depois de muito insistir, descobriu o atentado ocorrido contra o edifício de “seu anjo”. Se preocupou e desejou matar a chute o culpado por aquele incêndio.

Se algo tivesse acontecido a Gerard...

O segura pelo rosto e o aproxima mais de si. Para senti-lo, para saber que está aqui, com ele...

“Eu poderia te ajudar” Gerard disse não. Não beijou seus lábios nem uma só vez e Frank teve que ir para cumprir uma promessa.

“Não sei porque não me atrevo a te chamar de anjo. Não sei porque, no melhor momento, me aterrorizo e volto ao meu Eu frio e sem sentimentos. Não sei porque me da medo e me encanta estar contigo. Não sei porque só é com seu rosto que eu sonho...”

Pensando encostado sobre a parede do edifício Frank Iero estava.

Em sua mão um cigarro e em frente ao olhar o concreto cinza. Escutava a chuva cair e sentia cócegas em seu peito. Levantou o olhar e ali estava ele...

Avançou até o anjo que se molhava com a água fria da chuva. Escutou suas desculpas e Gerard escutou suas preocupações. Voltou a insistir, oferecendo sua ajuda, e como o teimoso que é o vendedor de livros voltou a dizer “não”.

Mas não importava quantas palavras tivesse que dizer. Não importava quantos sentimentos tivesse que deixar sair, ele só desejava uma coisa com muito afinco:

>Quero que você viva comigo.

Queria. Desejava. Seria um sonho realizado.

Porque sentia falta de Gerard.

Porque precisava de Gerard. Era sua droga. Era seu oxigênio.

Era tudo...

“Quero te ajudar. Quero... Quando você não está sinto sua falta. Sinto sua falta e... Não me faça dizer mais.”

Que difícil é externar o que alguém pensa. Para sua felicidade Gerard disse sim.

Festejaram em baixo da chuva. Se beijando como se não houvesse amanha.

Frank era feliz. Era o homem mais feliz na face da terra. E não precisava comprovar.

Pela primeira vez Frank Iero não realizou seu programa noturno. Estava ocupado fazendo amor com um anjo...

A partir daí foram o mais próximo de um casal, segundo a definição de Frank Iero.

Este conheceu Donna e, sim, recebeu um tapa. Um pequeno detalhe que já não lhe irritava, mas certamente era muito desagradável.

Foram comer e causaram alguns problemas psicológicos em dois garotos.

Quando voltaram para cara Frank teve que colocar a rosa murcha dentro do congelador. Ray havia a dado a Gerard, e este a tratava com tanto carinho, a olhava com tanto amor que Iero só desejava poder parti-la em muitos pedacinhos.

Ciúmes de uma flor e de quem a havia presenteado...

Mas Gerard estava com febre e qualquer plano para destruir uma rosa se foi a merda ao ver esse rostinho avermelhado. Tentou chamar um medico mas Gerard-teimoso-Way só quis um antibiótico. E Frank Iero o deu, só para ver esse rosto tranquilo.

>-Tenho que ir trabalhar.
-Mas me prometa que não irá antes que eu durma.

E como não fazê-lo? Frankie o prometeu e começou uma conversa simples, descobrindo que Gee desenhava e sempre o desenhava. O peito se inflou por causa da felicidade.

“Te amo Frank”. Que lindas palavras. Que plenitude era ouvi-las.

Gerard dormiu, mas não seguiu seu plano de ir trabalhar.

Com cuidado começou a colocar panos úmidos sobre a testa alva.

Estava a horas cuidando de seu sono até que Morfeu também o chamou.

“Meu maravilhoso anjo, eu... Sinto que te amo

Se acomodou rodeando esse corpo e se dispôs a dormir sonhando com um Frank antigo. Um Frank sincero, sorridente e fiel crente no amor.

A amanha lhe surpreendeu abraçado a um corpo que parecia quente e suave.

Se colocou de pé com cuidado e foi em busca de um bom café da manha.

Trouxe um monte de alimentos mas para Frank Iero teve algo melhor... Justamente no instante em que o viu com o rosto ainda adormecido e só com a roupa interior tudo se confirmou.

Houve um café da manha meio silencioso. Gerard o observava fixamente, o qual não ajudava a baixar o desejo que crescia dentro de sua calça.

Quando teve a oportunidade o levou ao caro sofá italiano e prosseguiu a degustar daquele que desejava desde a manha.

Com o simples feito de sentir o sêmen de seu anjo dentro de sua boca foi demais para ele, liberando-se em um orgasmo sem ser tocado. “Impossível...”

Porque com Gerard era tudo tão diferente?

Porque tudo parecia como a primeira vez?

Não era um adolescente inexperiente e quente, era Frank Iero!

Aquilo deveria ser um sonho ruim... “É um pesadelo”.

Ignorou Gerard durante toda a tarde e ferindo mais profundo de seu ego não teve animo para ir a Black Rose. Sentindo-se como uma esposa fiel, dormiu antes de Gerard voltar de quem sabe onde...

“Me perturba. Me neutraliza. Me confunde. Me droga...
Mas me faz sentir tão bem...”

Precisa-lo tanto não era bom.

Mas não podia evitar. Pensava nele muitas horas por dia. Só esperava sair do trabalho para vê-lo. Havia se comportado mal, mas talvez pudesse compensa-lo levando-o para comer com seus amigos.

Frank Iero age conforme o que sente. Seus amigos perguntaram e se surpreenderam. Mas ele quer que Gee esteja aqui. Que todo o mundo o veja ao seu lado e rendido aos seu pés.

Chegaram juntos e de mãos dadas. Frank abraçou Derek lhe desejando feliz aniversario e sorriu ao ver que todos olhavam seu anjo. Depois chegou Jason, o parceiro de Derek, e com seu sempre presente bom humor saudou Gerard e lhe deu um de seus enormes sorrisos.

Derek abraçou seu acompanhante enquanto ele ficava atrás ao lado do loiro Jason “Vamos Frankie” começou este a falar em seu ouvido “Será que você se casa? Porque se não o fizer, estou certo de que muitos o farão. Ele é lindo!”

Frankie o olhou com desprezo. Ninguém podia falar assim de SEU anjo. Porque ele era seu...

A festa continuou, mas com cada nova pessoa que se encontrava continuava a mesma conversa. Porque exemplo, entrou na cozinha e James, um garoto amigo de um casal e conhecido seu, começou a conversar e fazer perguntas um tanto desagradáveis...

“-Frank Iero com um parceiro... –A voz soava zombeteira. –O que vem depois? O Apocalipse?
-Não exagere... –Murmurou já farto pela mesma observação.
-Claro que exagero. Não chega de mãos dados com alguém desde... Nunca! Nunca te vi com alguém nas reuniões. E também, este é lindíssimo. –Se aproximou ate o ouvido do locutor de radio para sussurrar a ultima frase.
-Eu sei. Por isso está comigo James. –Respondeu igualmente em voz baixa. –E não quero que você volte a dizer mais alguma coisa dele, me ouviu? –Se colocaram frente a frente.
-Te domesticaram, Iero. –Frank levantou uma sobrancelha cético. –Nunca diria isso de alguém. Não é ciumento. Você está com ciúmes deste... Que pena senhor Iero! Era meu herói. Um gay que não pensava no casamento ou nos direitos de adotar. Era livre e agora como os demais. Um imbecil...
Os sussurros terminaram, assim como a paciência do locutor. Depressa sai da cozinha, ainda podendo escutar outra frase desse desgraçado.
-Gerard é especial, heim Frankie?”

Claro que era especial! Era MUITO especial!

O que fazia acordar e se sentir realizado ao mesmo tempo. Mas James tinha razão, e até em pensamento começava a se parecer com um desses homossexuais monógamos e chatos. Ele, Frank Iero! O que usava um cartaz colorido com a frase “Todos somos de todos” muito alto.

Começava a decair seu reino.

Começava a decais sua fama.

Começava a ser como os demais...

>-Frank... Tenho que ir. Tenho que ver Ray.

E a chama do ciúme se acendeu. Só ao escutar esse nome. O cara com o que havia estado conversando desapareceu e agora só ficaram ele e Gerard.

“Te levo” havia dito, mas seu anjo, como um bom cidadão, lhe disse para ficar com seus amigos. O beijou com paixão lhe lembrando que era SEU e depois o viu se afastar.

Pouco tempo duraram os ciúmes quando seu olhar se encontrou com o de seus amigos. Derek e Jason lhe olhavam com zombaria, adivinhando o que neste momento pensaria Frank Iero. Não pode suportar mais e saiu dali rumo aquele beco onde jovens prestavam seu corpo para clientes de todas as idades.

Frank estava desesperado. Perdido em um mar de confusão e se sentindo pressionado. Afinal de contas, ele era uma lenda, e difícil é querer viver com sua fama. Mesmo que já não a deseje.

Não sabia se queria.

Não sabia porque o fazia.

Mas precisava fazer.

Escolheu um garoto loiro e o levou ao seu apartamento. Ângelo, como havia dito que se chamava, foi um amante dócil e apaixonado. Mas faltava algo.

Talvez o verde em seus olhos ou que o cabelo loiro fosse preto.

Apesar de tudo não podia tira-lo de sua cabeça.

“Gerard...” sussurrou no final, se sentindo encurralado por sua recordação, pela pressão de seus conhecidos e por aquele sentimento de culpa.

Bateram na porta e pediu em silencio que não fosse Gerard.

Não queria ver essa carinha triste. Desde quando lhe afetava o ver triste?

Desde quando desejava dar tudo para vê-lo feliz?

Porque se sentia tão só?

>–Em... Seu... Em... Gerard Way teve um acidente, caiu das escadas e acabaram de leva-lo ao hospital.

Frank entendeu então a origem de todas essas sensações.

Era um mau pressentimento.

Correu rumo ao hospital se sem importar com Ângelo, o porteiro ou se mostrar preocupado por alguém.

Se chamava de estúpido constantemente. Rogava para que seu anjo estivesse bem.

Se ao menos Frank Iero fosse só um homem e não um herói gay.

Se ao menos tivesse entendido antes...

“Se ao menos de meus lábios tivessem saído um ‘Preciso de você’ ao menos só uma vez. Porque sempre penso em dizer o que penso sem me importar com alguma coisa, mas não é certo, porque muitas vezes havia pensado que prefiro morrer a estar sem você. E nunca o disse.”

Então esta dor no peito, a angustia e o choro são muito bem merecidos Frank Iero...


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Notas finais do capítulo

Pronto, acabou os pov's com o Frankie LOL q
Sim, o Gerard acordou.
Sim littlera, é exatamente assim(http://a8.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash3/545785_328258787239825_141208864_n.jpg)que o Frankie é na fic, e tanto que ele estava com essa boina no primeiro encontro deles. Até mais tarde.