F R A G I L E escrita por Scorpion


Capítulo 20
20. Esperança.


Notas iniciais do capítulo

OLÁ CAMBADAAAAAAAAAAA!
Eu sei que não apareci ontem, por isso... Post duplo hoje. Mas preciso dar um aviso: O proximo post é decisivo pra parte final da fic, despues de tudo, estamos chegando ao fim de Fragile. Sip, tambem estou triste. Então...APAREÇAM!Por favor! Volto pra postar mais tarde. Tchau. Vão ler, não vou ficar enrrolando mais. q



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20. Esperança.


Abro os olhos sentindo a pesada luz solar cair contra meu corpo.

Me sento na borda da cama um pouco confuso e tonto ao mesmo tempo.

O procuro no quarto e tento aguçar meu ouvido para escutar a água cair, mas outros sons ocupam toda minha atenção. Me coloco de pé e apenas noto que só estou com minha roupa interior e me lembrando que ao acordar de madrugada já estava assim.

Foi tarde demais para procurar uma calça, Frank havia me visto e estava sorrindo.

-Muito bom dia Gerard.

-Olá. –Respondo contido.

-Trouxe o café da manha. –Sorrio. –Bom, já é meio dia, então você come como almoço ou café da manha. Você escolhe.

-Doze?  Você não deveria estar no trabalho?

-Avisei que chegarei um pouco tarde.

-Você sai do trabalhão as duas da tarde. –Me sento ao seu lado na mesa. Nosso menu se compõe de frutas, panquecas, sanduíche e vários tipos de omeletes. –Que horas vocês irá trabalhar?

-Bom... –Pegou o copo com suco de laranja. –Como você se sente?

-Bem. –Respondo simplesmente começando a devorar um pedaço de melão.

Talvez devesse dizer “obrigado”. Talvez funcionasse com uma pessoa normal, mas não com Frank. Se não o menciona não quer saber do assunto...

-Acho que deveríamos ir a um médico...

-Não! –Respondo desesperado. –Estou bem, sério. Olha. –Coloco sua mão sobre minha testa. –Não tenho mais febre, vê? –E uso minha melhor e mais terna voz.

-Dizem que é melhor com os lábios. –E feito isso coloca seus preciosos lábios sobre minha testa. –Tem razão.

-Vê? Mesmo assim não irei trabalhar. –Mencionei divertido. –Só irei avisar ao meu irmão...

-Me parece bom.

Fiquei olhando durante os seguintes minutos seu perfeito rosto ao comer. Aprendi que Frank mastigava ao menos vinte sete vezes sua comida, sim, eu as contei. E também todas as vezes que sorve um pouco de suco limpa graciosamente a boca com o dorso da mão.

-Pare de me olhar. –Murmura me olhando nos olhos.

-Me desculpe, mas... Queria poder te beijar. –Confesso sem tirar o olhar. –Mas não quero te contagiar.

E como se eu tivesse falando ao ar fez pouco caso de minha preocupação e me segurando pela nuca, me beijou afundando sua língua o mais profundo que conseguiu de minha boca.

-Eu também queria te beijar...

E para colocar mais ênfase a sua oração me presenteia com outro beijo úmido.

-Vem... –Sussurra me segurando pela mão para se colocar de pé.

Avançamos até a sala, onde me faz sentar sobre o elegante sofá italiano. Ajoelhando em frente a mim Frank começa a beijar novamente meus lábios com paixão, suas mãos acariciam meu peito nu abaixando até meu pênis, o qual é acariciado com p tecido preto ainda o cobrindo.

Seus lábios vão descendo e os beijos, que antes eram exclusivos para minha boca, agora se concentram em meu pescoço com ações curtas e suaves. Com paixão acaricia meu peitoral para depois começar a lamber meus mamilos, me fazendo suspirar e arquear as costas.

Minhas mãos estavam quietas, mas agora se encarregam de voltar ás mechas lisas.

-Fra...ank...

E perante meu chamado seu rosto se levantou para me beijar novamente nos lábios, enroscando sua língua contra a minha e mordendo no final meu lábio inferior com sensualidade.

-Mmm... –Ronronou meu locutor favorito enquanto baixava um pouco o elástico de minha única peça, para deixar sair meu membro ligeiramente erguido.

Com ansiedade observei como sua língua saia de sua boca para lamber toda a extensão até a ponta, a qual sugou com suavidade me fazendo gemer de prazer. Os movimentos de cima a baixo começaram, alternando suas sucções com pequenos beijos sobre meu pênis, agora sim, firmemente erguido e rosado.

Minhas mãos continuavam seu trabalho de despentear Frankie, enquanto meus quadris se levantavam sem controle procurando mais contato com essa magia língua. Língua que me fazia gritar, gemer, suplicar por mais atenção.

-Frank... –Sussurra quando a agitação me permitia. Seu nome se perdia entre as dezenas de suspiros e pequenos gemidos que saiam de minha boca.

Frankie continuava com seus movimentos de cima para baixo, e depois em forma circular sobre a ponta. Sua mão direita lhe ajudava em sua tarefa acariciando de cima para baixo o resto de meu membro.

De sua garganta saiam gemidos cada vez que minha ereção era capturada por sua boca, e isso era realmente maravilhoso...

-Mmm... Ah... Frank...

Meus quadris se moviam com mais força.

Sua boca se abria para mim, recebendo meu membro ao ritmo de minhas investidas fortes, constantes...

-Deus! Mmm... Frank! –Palavras incoerentes causadas pela onda de prazer que não me permitia fazer mais. –Mmm... Ah! Ah! Ah, ah, ah...

Sua boca... Deus! De verdade parecia mágica...

Quando sua boca abaixou por todo o longo do meu pênis soube que não aguentaria por mais tempo.

-Frank!

Seus dentes haviam mordidos um de meus testículos enquanto sua mão continuava com uma rápida masturbação. Logo sua língua se entreteve na zona afetada enquanto que, com sua mão firme, espalhava no longo de minha ereção o liquido pré-ejaculatório.

-Você gosta? –Pegou um de meus testículos em sua boca.

-Sim!! –Gritei e assenti ao mesmo tempo, estava louco de prazer. Perdido na luxuria.

Sua boca se dirigiu a minha coxa esquerda e isso foi a gloria.

Sentindo ligeiras cócegas no pé da barriga senti a pressão percorrendo a extensão de meu úmido pênis, o qual continuava sendo masturbado com estrema rapidez.

-Mais... –Sussurrei no ponto culminantes.

Sua boca continuou até estar de frente ao meu avermelhado amigo. Beijou a ponta e depois lambeu de cima a baixo, e vice-versa, me olhando fixamente.

-Deus...

Havia sido o mais erótico que já vi.

Continuou com uma pequena sucção na ponta, sem deixar de me olhar, e foi o incentivo suficiente para liberar meu sêmen no interior de sua boca.

-Mmm... Gerard...

Com prazer Frank aceitou meu sêmen e ao terminar, com o mesmo prazer, limpou meu membro que latejava ao compasso de meu acelerado coração.

Deixei cair a cabeça contra as costas do sofá e tentei regular minha respiração.

-Foi maravilhoso... –Sussurrei me sentindo pleno.

Não escutei sua resposta e só pude o ver de pé.

Em sua calça havia uma suspeita mancha.

Frank... Havia tido uma ejaculação sem sequer se tocar? Havia chegado ao clímax só me dando prazer com sua língua maravilhosa?

Me coloquei de pé e beijei seus lábios com lentidão, tentando percorrer seus lábios e o interior de sua boca com minha língua, apesar de ser um caminho mais que conhecido para mim, mas Frank se separou com grosseria e simplesmente murmurou:

-Vou tomar banho.

Virou e se foi. Talvez chegar ao orgasmo simplesmente dando prazer a outra pessoa não seja catalogado na vida de Frank Iero como algo “bom”, ou aceitável ao menos. Talvez para meu locutor tenha sido uma perca de controle, coisa que ele nunca, sob nenhum conceito, se permitiria demonstrar.

Mas, como lhe dizer que foi perfeito?

Como explicar que perder o controle nem sempre é tão ruim?

Porque não ser um homem que sente e não uma maquina sexual?

Falei com Mikey enquanto escutava o som da água cair. Estrearia meu novo celular, tela colorida, capacidade para tirar fotos, vídeo, com MP3, com internet, e esses serviços inúteis que no final nunca utilizarei.

-Olá?

-Mikey...

-Gerard? É você?

-Olá Mikey, como está?

-Como estou? Como você está?! Isso é o que você deveria me dizer! Vimos as noticias e lemos o jornal, Britt e eu te visitamos, mas você não estava na livraria e quando foi a casa de Donna só me disse que não havia acontecido anda no incêndio. Onde você está Gee?

-Calma Mikey, estou bem, vim morar com Frank em seu apartamento, e não abri a livraria porque tive um leve resfriado e acordei muito tarde.

-Oh... Irá morar com Frank... –A voz de meu hiperativo irmão se apagou como se houvessem apertado um botão.

-Sim, então só queria te dizer que estou bem e que amanha estou na livraria se você quiser ir me ver.

-Me parece bom. Nos vemos amanha então.

-Sim, nos vemos. Te amo.

-Eu também...

Havia conspiração familiar contra Frank?

Abri a porta do banheiro sem me importar em bater. O encontrei fechando o registro do chuveiro enquanto eu entrava.

-Vai sair? –Perguntei enquanto voltava a abrir o registro.

-Sim. Tenho que ir me desculpar com Bob. E você?

-Sim, eu também sairei. Tenho que ir ver Elizabeth, a pessoa que está me ajudando a conseguir uma exposição em uma galeria da cidade.

-Ok. Então sorte com isso. Te deixarei a chave sobre a mesa.

-Sim...

O vi desaparecer atrás d aporta e estava supondo que continuava chateado consigo mesmo. Não é como se precisasse ser um gênio para saber.

Terminei minha ducha ressentindo em meus pensamentos a mudança que havia em minha vida, e o quão distante que se encontrava meus familiares agora.

-Já vou!

-Frank, espera! –Sai correndo nu do banheiro para poder lhe alcançar. Em frente a porta o locutor parou e virou para me ver. –A flor... A rosa que... –Comecei a explicar, mas me parecia difícil com tantos sentimentos e arrepios.

-A que Ray te presenteou, sim, o que tem? –Perguntou cruzando os braços.

-Só quero que saiba que agora é sua.

-Minha? –Levantou uma sobrancelha. –Não, obrigado, não aceito presente de pessoas que não querem seus presentes.

-Não é isso...

-Nos vemos depois, Gerard...

Virou, saiu e eu só pude lhe ver partir.

Nu como estava não iria atrás dele, apesar de que sentisse muita vontade de fazê-lo. Talvez fosse a raiva do momento, e quando voltasse poderia lhe explicar a situação. Poderia lhe dizer que essa rosa ele me entregou com o firme propósito de da-la a quem me amasse e eu amasse.

Eu amo Frank, e sei que ele também.

Isso me faz sentir imensamente feliz, e algo dentro de mim tem certeza que essa rosa é para ele.

Volto para o quarto e começo a me vestir. Começarei a estrear minha roupa nova, que basicamente reúne três cores: preto, branco e jeans azul.

Irei até Elizabeth e quem sabe talvez possa ter uma boa noticia atrás dessa chuva de destruição...

* * *

-Gerard? –Os olhos opacos brilharam e o rosto enrugado sorriu para mim. –Entre querido. –Beijou ambas minhas bochechas e me fez entrar me segurando pelo braço. Tínhamos pouco tempo que nos conhecíamos para que usasse um apelido tão carinhoso comigo, mas cada vez que estou perto dela, cada vez que conversamos, é como se a conhecesse de toda a vida.

Talvez ela sinta o mesmo.

-O que te trás aqui, querido?

-Bom Elizabeth, andava pelo bairro e...

-Bairro? –Bairro? Eu disse bairro? –Gerard, isto é um prédio.

-Eu sei, sim, me refiro que andava por aqui e isso... –Respondo nervoso.

-O que aconteceu com meu vizinho? –Pergunta com um sorriso. Eu olho a mulher entre assustado, emocionado e surpreso. Será verdade que as mulheres tem um sexto sentido?

-Porque me pergunta isso Elizabeth? –Meu olhar se dirige ao chão e minhas mãos se entrelaçam uma com a outra em sinal de nervosismo.

-Acredito que seja um pouco obvio, não acha Gerard? Não conheço muito um vizinho, afinal de contas, apenas o vejo sair, mas acho que seja um garoto tímido e reservado.

Se fosse possível eu teria gargalhado neste instante porque a mulher não tinha nem ideia de quem era seu vizinho. Estava claro que não podia ver Frank sair porque ele saia e chegava de madruga, mas tímido e reservado? Só com as mulheres!

Sorri para a loira e ela correspondeu.

-São bons amigos?

Meus olhos se abriram com surpresa. Se tivesse sido possível eles teriam caído no chão ou bateria minha cabeça contra a parede. Não podia ser tão inocente, ou sim?

Afinal de contas, somos de outras gerações...

-Bom, algo assim... Não tão bons na verdade, mas... –A olhei. –É algo complicado, mas não importa neste instante. –Suguei o ar. –O que eu quero saber é como foram meus desenhos na galeria de arte onde você trabalha.

-Oh, sim! Quase esqueço. –Ambos rimos. –Bom, o diretor me disse que faria uma revisão e que tiraria a prova com o conselho, o qual equivale a sua esposa e filha, mas eu o vi muito emocionado, então logo você terá sua primeira exposição. –Sorriu.

-É o que eu espero... –Murmurei suspirando.

-Claro que ajudaria se você desse uamá passada para visitar o senhor Carter e sua filha. Só ao te ver estou certa de que insistiria com seu pai para que tivesse seu próprio lugar na galeria.

Sorri olhando a mulher com ternura.

“E eu que sempre pensei que era gay demais...”

Talvez não seja tanto, ou talvez Elizabeth seja muito desatenta. Em todo caso nossas conversa continuou por horas, até saímos para comer algo pela tarde.

Seu sorriso sempre presente é contagioso, sua voz tão tranquila e amigável é relaxante, o tempo passa voando ao seu lado e poderia ter continuado, se não fosse meu aparelho preto que fez um som e começou a vibrar dentro do bolso traseiro de minha calça. Era uma mensagem.

“Mikey não é bom guardando segredos, ou eu sou muito bom para manipular. O que você acha? Eu consegui seu novo numero e ainda soube que irá morar com Frank. Sorte para ti, e tomara que ele não te faça chorar, ou dessa vez eu o mato.

Te amo Gee

Ray.

Sorri como só poderia sorrir na presença, ou até na distancia de Ray.

-Tenho que ir. –Digo ao ver a hora na tela do celular.

-Tudo bem querido. Certamente amanha o senhor Carter já tenha sua resposta. –Sorriu.

-Tudo bem, então irei passar lá amanha.

-Não fica muito longe para você?

-Não. –Neguei com a cabeça e sorri. –Nos vemos amanha Elizabeth. –Beijei sua bochecha.

-Cuide-se querido.

Subi algumas escadas e avancei alguns passos. Em minha mão direita estava a chave e esta seria a primeira vez que a usaria formalmente.

Tremia de emoção porque havia voltado ao meu “lar”.

Coloquei a chave e girei rápido. A porta se abriu e com um pouco de esforço afastei a porta. O apartamento estava intacto, como se nunca ficasse sujo ou bagunçado.

Comecei tirando a jaqueta e arruinando a perfeita ordem, porque deixei a sobre as costas de uma mesa da sala de jantar. A porta do quarto estava entreaberta e podia escutar sons de respirações pesadas.

Abri a porta e o vi. Vi ele. Enrolado entre os lençóis completo e belamente nu.

Sorrio. O calor nascente em meu peito se aloja em minha barriga sentindo uma revolução em meu interior.

O vejo com os olhos fechados, a boca entreaberta e roncando. Vejo seu cabelo despenteado e sei que nunca poderá ser mais lindo.

O vejo e sei que nunca poderia ama-lo menos do que faço.

Amar você não é o melhor, mas eu gosto.
Talvez esteja sendo, como sempre, masoquista,
em vez de me distrair com o futebol.
Ou com a internet como todos fazem.

Acaricio seu cabelo e beijo sua testa.

Surpreso compreendo que havia tido Frank Iero por dois dias seguidos em casa, se como portando quase como um homem monógamo.

Esperança. Doce esperança...

Em você não posso confiar, mas contudo confio, porque me dá mais razões para estar vivo que qualquer outra circunstancia em minha vida.

Esperança me engana. Me leva e me deixa cair, mas me arrisco, porque me dá felicidade momentânea, desse jeito, da verdadeira.

Esperança. Doce esperança...

Sinto que Frank me ama. Eu sinto...

Amar você me faz sofrer, que boa sorte.
Para me lembrar de que existo e de que sinto.
Para ter em quem pensar todas as noites,
para viver... (*)

(*)Amarte a Ti - Ricardo Arjona


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Notas finais do capítulo

E ai? Cês deveriam acreditar na "doce esperança"? HM