Evil escrita por Fenix
- Freddy ta morto, Vinícius – Diz Felipe.
- É, por isso que essa é a parte mais confusa – Diz Vinícius – O corpo dele sumiu.
Carol fica lhe encarando com um olhar assustado, Ana e Felipe olham para Jonathan.
- Qual é...? Tão olhando pra mim por quê? – Pergunta Jonathan, irritado, ele pega sua blusa.
- Jonathan, Jonathan aonde você vai? – Pergunta Ana.
- Que se dane! – Diz Jonathan, indo para a estrada bem irritado.
- Jonathan, Jonathan... – Ana o segue até metade do cais, em seguida ela para e se vira para os outros.
Carol olha para Felipe.
- Eu vou falar com a Bruna – Ela diz.
Felipe afirma com a cabeça, Ana se próxima do casal.
- Felipe, vai atrás dele? Ele está bêbado – Diz Ana.
- Ta! – Ele corre até a estrada e avista Jonathan – JONATHAN!
Felipe corre até ele que estava em cima de uma moto.
- O que você está fazendo? Não pode pilotar a moto assim! – Diz Felipe.
- Ele não vai embora meu irmão, ele nunca vai embora – Diz Jonathan, ele põe o capacete.
- Desce dessa moto e vamos conversar sobre isso, ta legal? – Pergunta Felipe.
- Ta bem! – Diz Jonathan, ele acelera e moto e sai rapidamente dali.
Felipe passa a mão na cabeça e corre até seu bugre.
-----------------------
De noite, no final de uma estrada escura e sombria, havia um pouco de névoa, Ana dirige seu carro até onde a mata fecha a estrada, ela estaciona, Vinícius e Carol saem do carro, Ana vai logo atrás deles.
- É aqui que a Bruna morava? – Pergunta Ana.
- Não, quem morava aqui era avó – Responde Carol – Vem é por aqui!
Ana olha as árvores secas e a floresta ao redor, ela e Vinícius seguem Carol, eles entram na mata e passam por uma pequena ponte de madeira, ao saírem da ponte, deparam-se com uma enorme casa antiga com vários amuletos pendurados e bonecos vudu.
- Nossa, que casa bonita – Diz Vinícius.
Ao chegarem na escada, observa duas velas no corrimão, além de garrafas bonecos pendurados, Carol e Ana ficam um pouco inseguras.
- A feiticeira levava o negócio a sério – Diz Vinícius.
- Essa coisa de vudu me da calafrios – Diz Ana.
Eles ficam parados em frente à escada, Carol é a primeira a subir, logo atrás iam Ana e Vinícius, eles se aproximam da tela contra mosquitos, Carol olha para o interior da casa.
- Bruna? – Carol a chama.
- Vamos entrar! – Diz Ana, ela puxa a tela.
Quando Carol ia entrar na casa, observa uma areia vermelha debaixo da porta, ela para.
- O que isso? – Pergunta Carol, já ficando um pouco assustada.
- Sei lá! – Diz Vinícius.
- Eu não to gostando! – Diz Ana, eles entram na casa.
Carol olha para uma sala que estava iluminada com velas e abajures, Ana se aproxima de Carol, Vinícius fica caminhando pelo corredor, a porta central fica aberta. Ana se afasta indo para o cômodo ao lago, ela observa um pedestal no meio da sala e várias velas apagadas, ela fica angustiada ao observa.
- Bruna?! – Chama Carol.
- Acho que ela não está! – Diz Ana.
Vinícius observa um quadro com um homem segurando várias cobras e um corpo com a barriga aberta no chão.
- Gente, vem vê isso – Vinícius as chama.
Elas se aproximam devagar, Ana expressa medo ao olhar o quadro tenebroso, Carol o encara com aflição.
- O que seria isso? – Pergunta Vinícius, observando o quadro.
- Eu não sei, mas da medo – Diz Ana.
- É uma cerimônia de ordenha – Diz Bruna.
Todos se viram rapidamente assustados, Bruna esta parada em frente à escada.
- É um antigo ritual feito pelos ciganos – Diz Bruna, ela cruza os braços aflita.
Carol olha para o quadro.
- O feiticeiro está salvando a alma do homem – Conta Bruna – Limpando todo o mal dele... É o último ritual dele... As cobras foram encantadas pelo feiticeiro e elas sugam o mal do homem...
Ana encara Bruna, assim começa a ficar angustiada, ela olha para o lado assustada, depois para Bruna, Carol fica encarando o quarto.
- Para que a alma dele possa ter paz – Diz Bruna, em seguida acende todas as luzes da casa – O que estão fazendo aqui?
- Temos que conversar – Diz Carol.
Bruna respira fundo e encara Carol suavemente.
---------------------
Felipe segue Jonathan até o posto do Freddy, ele estaciona o bugre em frente a moto caída de Jonathan, ao sair do veículo, encara a moto, um barulho vem de dentro da loja, Felipe olha para o lado desconfiado.
Alguém vai saindo caminhando devagar da loja, Felipe se vira encarando-o aflito, a pessoa vai saindo da sombra.
- Agora isso tudo é meu, né? – Diz Jonathan.
Felipe da um suspiro de alívio, Jonathan vai se afastando da loja com uma cerveja na mão indo em direção a Felipe,
- Sabe o que eu vou fazer? – Ele pergunta – Eu já tinha até pensando nisso, eu vou reformar esse lugar... É eu vou dar uma melhorada aqui, vou reinaugurar o posto... O que você acha...? Azul cairia bem?... Ou quem sabe amarelo?... Amarelo é uma cor bem alegre.
Jonathan encosta-se na bomba de gasolina e põe sua cerveja em cima.
- Vamos logo pra casa – Diz Felipe.
Jonathan pega a mangueira e olha para Felipe.
- Como é que eu estou...? Acha que eu levo jeito pra ser frentista? – Pergunta Jonathan, ele põe a mangueira de volta e se afasta – Mas é claro que eu vou ter que fazer umas tatuagens, arranjar uma cicatriz, porque pra ser o novo maluco da cidade, eu vou ter que fazer tudo do jeito que deve ser.
Ele pisa numa linha que toca um sino no teto, Jonathan olha para Felipe e da um sorriso, logo aponta para cima, Felipe fica sério lhe encarando, Jonathan pisa toda hora tocando o sino. Até que para, põe as mãos na cintura e olha para Felipe.
- O que você acha...? Acha que eu dou conta? Hein?
Felipe olha para o lado e depois para Jonathan.
- Eu sirvo pra isso? As pessoas vão vir aqui e vão tocar a campainha – Diz Jonathan, irritado – VOCÊ ACHA QUE ALGUÉM VAI TOCAR A CAMPAINHA? – Jonathan pisa na linha – VOCÊ ACHA QUE ALGUÉM VAI VIR AQUI? – Ele pisa mais algumas vezes com muita raiva.
- Não faça isso cara – Diz Felipe, calmamente.
- NÃO FAÇA O QUE?... A NÃO SE PREOCUPE NÃO PAPAI, EU VOU TE DEIXAR ORGULHOSO – Jonathan pega um pneu no chão e joga contra a janela da loja, Felipe corre para impedir, mas chega tarde demais e para no caminho.
- Jonathan! – Diz Felipe.
Jonathan entra furioso na loja, ele joga tudo do balcão no chão.
- JONATHAN, VAMOS EMBORA! – Grita Felipe, chamando-o.
Jonathan chuta a mesa, quebrando-a, Felipe chega a porta da loja.
- JONATHAN, PARA COM ISSO!
Jonathan empurra a estante de caixas no chão, ele se vira e espalha vários papeis que estavam sobre a mesa ao lado do balcão, Felipe corre até ele e o segura.
- PARA, ME SOLTA, ME DEIXA EM PAZ – Grita Jonathan.
Eles avistam uma foto no chão, Felipe o solta e da um passo para trás, Jonathan fica parado encarando a foto de quando era criança, Jonathan sai de dentro da loja rapidamente, Felipe se agacha em frente a foto e a pega, ofegante ele a observa.
- Ai caramba! – Felipe ouve Jonathan dizer.
Ele olha para trás e sai correndo para os fundos da loja, indo até em frente a oficina, no entanto avista Jonathan agachado no chão vomitando. Felipe corre entrando na oficina, ele se depara com as correntes penduras sujas de sangue e no chão, desenhado com uma enorme quantidade de sangue, havia um desenho de um pedestal entre duas cobras. Felipe arregala os olhos e fica completamente assustado com que estava vendo.
Logo eles saem do posto com o bugre de Felipe.
--------------------------
Na casa da avó da Bruna, Ana e Vinícius estão na sala de estar, Ana observa as garrafas com poeiras em cima da lareira, Vinícius admira as cabeças de animais nas prateleiras.
- Isso é muito esquisito! – Diz Vinícius.
Ana põe as mãos nos bolsos do casaco, ela se afasta indo para o corredor.
- Eu não gosto disso – Comenta Ana com Vinícius.
Ela entra na sala onde Bruna e Carol estavam, Ana observa um feto morto dentro da garrafa, ela abre a boca com repulsa, Ana fecha os olhos e respira fundo. Bruna fica olhando a floresta pela janela.
- Quando o corpo do Freddy desapareceu? – Ela pergunta.
- Eu não sei... Mas eu vi o reboque dele hoje de manhã no cemitério – Diz Carol, Bruna lhe encara um pouco assustada.
Ela olha para frente, fica um pouco calada, respira fundo e fecha os olhos.
- Quem mais sumiu? – Pergunta Bruna, ela abre os olhos.
- Gabriel que trabalha no necrotério e o policial Brandon – Responde Carol, ela da um passo a frente – O que é que está acontecendo?
Bruna lhe encara e a leva a uma sala onde praticam ritual vudu, Carol fica um pouco apreensiva, ela e Bruna trocam olhares.
- É um templo vudu – Diz Bruna.
Carol e Bruna dão um passo a frente, Carol caminha até uma mesa com várias garrafas e potes.
- Minha avó era uma feiticeira – Diz Bruna.
Carol olha para uma madeira no centro da sala, no chão ao redor, havia um símbolo de sal e 4 velas vermelhas.
- Assim como a mãe dela... Está de geração em geração – Diz Bruna.
Carol olha para trás, lhe observando, Bruna caminha para dentro da sala.
- Em várias gerações, as pessoas vinham em cultos aqui – Conta Bruna – É uma religião, como qualquer outra... Existem espíritos do bem e do mal... A minha avó ajudou muita gente aqui – Bruna caminha até uma mesa com penas e ossos, Carol se aproxima devagar – Ela era uma pessoa muito boa!
Carol observa o colar de ossos com a cabeça de uma cobra em cima da madeira no centro do cômodo, ela segura o colar.
- Sua avó estava usando isso – Diz Carol.
- Isso é um Umbaka – Diz Bruna, se aproximando de Carol – Isso é um amuleto que te protege de todo o mal.
Carol observa o colar, ela olha para o chão e depois para Bruna.
- O que ela fazia tão tarde da noite? – Pergunta Carol.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!