Evil escrita por Fenix


Capítulo 4
Cercados




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/219197/chapter/4

- Freddy ta morto, Vinícius – Diz Felipe.

- É, por isso que essa é a parte mais confusa – Diz Vinícius – O corpo dele sumiu.

Carol fica lhe encarando com um olhar assustado, Ana e Felipe olham para Jonathan.

- Qual é...? Tão olhando pra mim por quê? – Pergunta Jonathan, irritado, ele pega sua blusa.

- Jonathan, Jonathan aonde você vai? – Pergunta Ana.

- Que se dane! – Diz Jonathan, indo para a estrada bem irritado.

- Jonathan, Jonathan... – Ana o segue até metade do cais, em seguida ela para e se vira para os outros.

Carol olha para Felipe.

- Eu vou falar com a Bruna – Ela diz.

Felipe afirma com a cabeça, Ana se próxima do casal.

- Felipe, vai atrás dele? Ele está bêbado – Diz Ana.

- Ta! – Ele corre até a estrada e avista Jonathan – JONATHAN!

Felipe corre até ele que estava em cima de uma moto.

- O que você está fazendo? Não pode pilotar a moto assim! – Diz Felipe.

- Ele não vai embora meu irmão, ele nunca vai embora – Diz Jonathan, ele põe o capacete.

- Desce dessa moto e vamos conversar sobre isso, ta legal? – Pergunta Felipe.

- Ta bem! – Diz Jonathan, ele acelera e moto e sai rapidamente dali.

Felipe passa a mão na cabeça e corre até seu bugre.

-----------------------

De noite, no final de uma estrada escura e sombria, havia um pouco de névoa, Ana dirige seu carro até onde a mata fecha a estrada, ela estaciona, Vinícius e Carol saem do carro, Ana vai logo atrás deles.

- É aqui que a Bruna morava? – Pergunta Ana.

- Não, quem morava aqui era avó – Responde Carol – Vem é por aqui!

Ana olha as árvores secas e a floresta ao redor, ela e Vinícius seguem Carol, eles entram na mata e passam por uma pequena ponte de madeira, ao saírem da ponte, deparam-se com uma enorme casa antiga com vários amuletos pendurados e bonecos vudu.

- Nossa, que casa bonita – Diz Vinícius.

Ao chegarem na escada, observa duas velas no corrimão, além de garrafas bonecos pendurados, Carol e Ana ficam um pouco inseguras.

- A feiticeira levava o negócio a sério – Diz Vinícius.

- Essa coisa de vudu me da calafrios – Diz Ana.

Eles ficam parados em frente à escada, Carol é a primeira a subir, logo atrás iam Ana e Vinícius, eles se aproximam da tela contra mosquitos, Carol olha para o interior da casa.

- Bruna? – Carol a chama.

- Vamos entrar! – Diz Ana, ela puxa a tela.

Quando Carol ia entrar na casa, observa uma areia vermelha debaixo da porta, ela para.

- O que isso? – Pergunta Carol, já ficando um pouco assustada.

- Sei lá! – Diz Vinícius.

- Eu não to gostando! – Diz Ana, eles entram na casa.

Carol olha para uma sala que estava iluminada com velas e abajures, Ana se aproxima de Carol, Vinícius fica caminhando pelo corredor, a porta central fica aberta. Ana se afasta indo para o cômodo ao lago, ela observa um pedestal no meio da sala e várias velas apagadas, ela fica angustiada ao observa.

- Bruna?! – Chama Carol.

- Acho que ela não está! – Diz Ana.

Vinícius observa um quadro com um homem segurando várias cobras e um corpo com a barriga aberta no chão.

- Gente, vem vê isso – Vinícius as chama.

Elas se aproximam devagar, Ana expressa medo ao olhar o quadro tenebroso, Carol o encara com aflição.

- O que seria isso? – Pergunta Vinícius, observando o quadro.

- Eu não sei, mas da medo – Diz Ana.

- É uma cerimônia de ordenha – Diz Bruna.

Todos se viram rapidamente assustados, Bruna esta parada em frente à escada.

- É um antigo ritual feito pelos ciganos – Diz Bruna, ela cruza os braços aflita.

Carol olha para o quadro.

- O feiticeiro está salvando a alma do homem – Conta Bruna – Limpando todo o mal dele... É o último ritual dele... As cobras foram encantadas pelo feiticeiro e elas sugam o mal do homem...

Ana encara Bruna, assim começa a ficar angustiada, ela olha para o lado assustada, depois para Bruna, Carol fica encarando o quarto.

- Para que a alma dele possa ter paz – Diz Bruna, em seguida acende todas as luzes da casa – O que estão fazendo aqui?

- Temos que conversar – Diz Carol.

Bruna respira fundo e encara Carol suavemente.

 ---------------------

Felipe segue Jonathan até o posto do Freddy, ele estaciona o bugre em frente a moto caída de Jonathan, ao sair do veículo, encara a moto, um barulho vem de dentro da loja, Felipe olha para o lado desconfiado.

Alguém vai saindo caminhando devagar da loja, Felipe se vira encarando-o aflito, a pessoa vai saindo da sombra.

- Agora isso tudo é meu, né? – Diz Jonathan.

Felipe da um suspiro de alívio, Jonathan vai se afastando da loja com uma cerveja na mão indo em direção a Felipe,

- Sabe o que eu vou fazer? – Ele pergunta – Eu já tinha até pensando nisso, eu vou reformar esse lugar... É eu vou dar uma melhorada aqui, vou reinaugurar o posto... O que você acha...? Azul cairia bem?... Ou quem sabe amarelo?... Amarelo é uma cor bem alegre.

Jonathan encosta-se na bomba de gasolina e põe sua cerveja em cima.

- Vamos logo pra casa – Diz Felipe.

Jonathan pega a mangueira e olha para Felipe.

- Como é que eu estou...? Acha que eu levo jeito pra ser frentista? – Pergunta Jonathan, ele põe a mangueira de volta e se afasta – Mas é claro que eu vou ter que fazer umas tatuagens, arranjar uma cicatriz, porque pra ser o novo maluco da cidade, eu vou ter que fazer tudo do jeito que deve ser.

Ele pisa numa linha que toca um sino no teto, Jonathan olha para Felipe e da um sorriso, logo aponta para cima, Felipe fica sério lhe encarando, Jonathan pisa toda hora tocando o sino. Até que para, põe as mãos na cintura e olha para Felipe.

- O que você acha...? Acha que eu dou conta? Hein?

Felipe olha para o lado e depois para Jonathan.

- Eu sirvo pra isso? As pessoas vão vir aqui e vão tocar a campainha – Diz Jonathan, irritado – VOCÊ ACHA QUE ALGUÉM VAI TOCAR A CAMPAINHA? – Jonathan pisa na linha – VOCÊ ACHA QUE ALGUÉM VAI VIR AQUI? – Ele pisa mais algumas vezes com muita raiva.

- Não faça isso cara – Diz Felipe, calmamente.

- NÃO FAÇA O QUE?... A NÃO SE PREOCUPE NÃO PAPAI, EU VOU TE DEIXAR ORGULHOSO – Jonathan pega um pneu no chão e joga contra a janela da loja, Felipe corre para impedir, mas chega tarde demais e para no caminho.

- Jonathan! – Diz Felipe.

Jonathan entra furioso na loja, ele joga tudo do balcão no chão.

- JONATHAN, VAMOS EMBORA! – Grita Felipe, chamando-o.

Jonathan chuta a mesa, quebrando-a, Felipe chega a porta da loja.

- JONATHAN, PARA COM ISSO!

Jonathan empurra a estante de caixas no chão, ele se vira e espalha vários papeis que estavam sobre a mesa ao lado do balcão, Felipe corre até ele e o segura.

- PARA, ME SOLTA, ME DEIXA EM PAZ – Grita Jonathan.

Eles avistam uma foto no chão, Felipe o solta e da um passo para trás, Jonathan fica parado encarando a foto de quando era criança, Jonathan sai de dentro da loja rapidamente, Felipe se agacha em frente a foto e a pega, ofegante ele a observa.

- Ai caramba! – Felipe ouve Jonathan dizer.

Ele olha para trás e sai correndo para os fundos da loja, indo até em frente a oficina, no entanto avista Jonathan agachado no chão vomitando. Felipe corre entrando na oficina, ele se depara com as correntes penduras sujas de sangue e no chão, desenhado com uma enorme quantidade de sangue, havia um desenho de um pedestal entre duas cobras. Felipe arregala os olhos e fica completamente assustado com que estava vendo.

Logo eles saem do posto com o bugre de Felipe.

--------------------------

Na casa da avó da Bruna, Ana e Vinícius estão na sala de estar, Ana observa as garrafas com poeiras em cima da lareira, Vinícius admira as cabeças de animais nas prateleiras.

- Isso é muito esquisito! – Diz Vinícius.

Ana põe as mãos nos bolsos do casaco, ela se afasta indo para o corredor.

- Eu não gosto disso – Comenta Ana com Vinícius.

Ela entra na sala onde Bruna e Carol estavam, Ana observa um feto morto dentro da garrafa, ela abre a boca com repulsa, Ana fecha os olhos e respira fundo. Bruna fica olhando a floresta pela janela.

- Quando o corpo do Freddy desapareceu? – Ela pergunta.

- Eu não sei... Mas eu vi o reboque dele hoje de manhã no cemitério – Diz Carol, Bruna lhe encara um pouco assustada.

Ela olha para frente, fica um pouco calada, respira fundo e fecha os olhos.

- Quem mais sumiu? – Pergunta Bruna, ela abre os olhos.

- Gabriel que trabalha no necrotério e o policial Brandon – Responde Carol, ela da um passo a frente – O que é que está acontecendo?

Bruna lhe encara e a leva a uma sala onde praticam ritual vudu, Carol fica um pouco apreensiva, ela e Bruna trocam olhares.

- É um templo vudu – Diz Bruna.

Carol e Bruna dão um passo a frente, Carol caminha até uma mesa com várias garrafas e potes.

- Minha avó era uma feiticeira – Diz Bruna.

Carol olha para uma madeira no centro da sala, no chão ao redor, havia um símbolo de sal e 4 velas vermelhas.

- Assim como a mãe dela... Está de geração em geração – Diz Bruna.

Carol olha para trás, lhe observando, Bruna caminha para dentro da sala.

- Em várias gerações, as pessoas vinham em cultos aqui – Conta Bruna – É uma religião, como qualquer outra... Existem espíritos do bem e do mal... A minha avó ajudou muita gente aqui – Bruna caminha até uma mesa com penas e ossos, Carol se aproxima devagar – Ela era uma pessoa muito boa!

Carol observa o colar de ossos com a cabeça de uma cobra em cima da madeira no centro do cômodo, ela segura o colar.

- Sua avó estava usando isso – Diz Carol.

- Isso é um Umbaka – Diz Bruna, se aproximando de Carol – Isso é um amuleto que te protege de todo o mal.

Carol observa o colar, ela olha para o chão e depois para Bruna.

- O que ela fazia tão tarde da noite? – Pergunta Carol.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Evil" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.