Evil escrita por Fenix


Capítulo 2
A maldição se realiza




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Freddy sai do reboque, Carol e Felipe se aproximam do carro.

- Meu deus – Diz Freddy.

Felipe olha para a senhora desmaiada com a cabeça no vidro.

- Quem é? – Ele pergunta.

- Ai meu deus, é a avó da Bruna – Diz Carol.

- Ta vendo o que vocês fizeram? – Diz Freddy, culpando-os pelo acidente.

- Ta louco? Você é que tava na contra mão – Diz Felipe.

- Olha onde você parou o carro – Diz Freddy.

- Vocês querem calar a boca, ela está se mexendo – Diz Carol – A senhora está bem?

Carol fica agitada, Andressa deita a cabeça para o outro lado, Felipe tenta salvar Andressa, porém ao descer para uma parte de madeira que havia mais abaixo da ponte, a madeira se quebra e deixa passar toda a perna de Felipe.

- Felipe não! – Diz Carol, assustada.

Freddy da à volta correndo.

- Felipe, segura a minha mão – Diz Carol, inclinando-se para frente.

 - Saí, saí – Diz Freddy, afastando Carol pela cintura.

Freddy desce a parte de madeira, segura Felipe pelos braços e o tira do buraco, Felipe sobe para ponte e fica ao lado de Carol.

- Eu vou tentar tirá-la de lá, está bem? – Diz Freddy.

- Ok, ok – Diz Felipe, limpando as mãos na calça.

Carol põe as mãos em seu ombro, Freddy desce para parte de madeira, ele abre a porta do carro. O veículo range estando bem inclinado para trás. Freddy entra no carro bem devagar, sendo bastante cauteloso, ele não fazia movimentos bruscos.

- Calma, vou tirá-la daqui – Diz Freddy.

Ele olha para o vidro e observa um rastro de sangue, Andressa olha para ele.

- A mala... Pegue... A mala... A mala – Diz Andressa.

Freddy a pega no colo, Andressa sangrava pela cabeça, ele a tira devagar de dentro do carro.

- A mala, por favor, pegue a mala – Insiste Andressa.

Felipe pega Andressa do colo de Freddy, com a ajuda de Carol, ele a leva para o canto da ponte e a põe no chão.

- A mala, a mala, a mala – Andressa repetia sem parar.

Freddy olha para dentro do carro.

- Calma, calma – Diz Felipe.

Freddy entra no carro novamente, ele olha para o chão e então a avista no banco de trás. Andressa arregala os olhos.

- É muito perigoso – Ela diz.

- A ambulância já está vindo – Diz Carol, agachada ao lado de Andressa.

Felipe olha para o carro e observa Freddy dentro, ele se levanta e rapidamente se aproxima.

- O que você ta fazendo? – Pergunta Felipe, assustado.

- Pegando a mala! – Responde Freddy.

Andressa passa a recitar as palavras vudu, Carol fica um pouco apreensiva.

- Para com isso Freddy, sai desse carro – Diz Felipe.

- Não se preocupe garoto – Diz Freddy.

Andressa recitava enquanto arregalava os olhos de dar medo.

- Não fala nada, se acalme – Diz Carol, preocupada.

Freddy estica a mão para pegar a mala, quando de repente ela se abre sozinha e 4 cobras saem de dentro dela, Freddy arregala os olhos, uma cobra se levanta e abre a boca em sua frente. Andressa segura o colar, sem parar de ficar recitando seus encantos, ela passa a tremer.

A cobra morde o pescoço de Freddy, ele cai para o banco de trás, assim o carro cai da ponte.

- FREDDYYYYYYYYY – Grita Felipe, desesperado, ao vê o carro cair.

Carol se vira e vê o carro despencando, ela arregala os olhos e se levanta.

- NÃÃÃÃÃOOOO – Grita Carol.

O carro cai no lago, Felipe se prepara para pular no lago quando Carol o segura.

- Felipe não! – Diz Carol.

Freddy olha para o lado e as cobras ficam em posição de ataque, ele assustado encolhe-se no canto do carro, a água vai entrando de pressa, o carro vai afundando cada vez mais, Felipe passa a mão na cabeça, Carol o segurava.

- Não, não,não – Diz Felipe, quase chorando.

Carol está chorando observando o carro indo para o fundo do lago. As cobras vão picando Freddy várias e várias vezes.

- AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH – Ele grita.

Ele se debatia e as cobras o atacam.  Carol e Felipe ficam abraçados, com seus olhos arregalados, suas expressões de medo e angustia.

- Ai meu deus – Diz Felipe.

Carol esconde seu rosto no ombro de Felipe, ele põe sua mão na nuca de Carol, sem parar de olhar fixo para o lago.

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Horas mais tarde.

Há policiais, uma ambulância e um caminhão de bombeiros na ponte, além de botes pelo lago.

- Mas então, o que aconteceu? – Diz Hélio.

- Junior e os policiais tiraram ele – Relata Brandon – Mas não da pra tirar o carro até a maré baixar.

Eles caminham até o corpo em cima de uma maca, dentro de um plástico preto, Hélio abre o saco, assim fica surpreso com o que vê e olha para o lado.

- Ai meu deus!

- Alguma coisa picou ele lá embaixo – Diz Brandon – Arrebentou ele todo.

- Esse pântano é cheio de cobras – Diz Hélio.

- Vem vê isso aqui – Brandon o chama.

Hélio encara o corpo e segue Brandon, eles caminham em direção a uma pedra, que havia a mala aberta em cima.

- Retiraram do carro – Diz Brandon.

Hélio observa um desenho de um pedestal e duas cobras ao lado no fundo da mala.

- Que isso? – Pergunta Hélio, assustado.

Ele respira fundo.

- O desenho é de um velho ritual – Diz Hélio – Jarnet Vigor.

- Meu avô me contava histórias dessa mulher – Diz Brandon, com medo – São de assustar.

Hélio olha para Brandon.

- Escuta, eu quero a ponte segura e a estrada liberada – Diz Hélio.

- Ah não, espera ai, espera ai, meu turno começou a 2 horas – Diz Brandon – Como é que eu vou rebocar um reboque?

- Eu disse para começar agora – Diz Hélio, ele se afasta dali.

- Droga! – Brandon reclama.

Felipe fica parado na ponta da ponte, olhando para o lago, Carol aparece ao seu lado.

- Foi um acidente Felipe – Diz Carol.

Felipe fica olhando para frente, abismado, em choque.

- Os dois morreram – Diz Felipe, sem olhar para Carol – Eu devia ter mergulhado para salvar ele.

Carol o encara com seus olhos cheios de lágrimas.

- Pra que...? Pra se afogar também? – Pergunta Carol.

 Eles ficam em silencio por um tempo.

- Eu devia ter feito alguma coisa – Diz Felipe.

Bruna chega com uma viatura, ao parar, ela sai rapidamente do carro e corre para dentro da ambulância. Carol observa Bruna entrando, ela respira fundo e da uns passos para frente, Bruna derramando-se em lágrimas, remove o pano sobre o corpo de sua avó, ao observa, senta no chão da ambulância e não para de chorar, Felipe se aproxima de Carol.

Bruna põe a mão na boca e chorava de soluçar, ela olha para cima e depois para o corpo de sua avó, até que observa o colar de ossos no pescoço dela, Bruna fica séria encarando-o. Ela retira o colocar do pescoço de sua avó e olha para os lados assustada, o medo era expresso pelos seus olhos.

Bruna sai rapidamente da ambulância ao vê Hélio.

- Xerife – Chama Bruna, correndo até ele – Acharam uma mala?

- Acharam o que?

- No carro, tinha uma mala dentro do carro?

Carol e Felipe se aproximam assustados, impressionados de como Bruna sabia sobre a mala.

- Tinha sim, nós a retiramos, mas estava vazia.

- Ai meu deus – Diz Bruna, ela chora sem parar, o desespero aumenta – Meu deus!

- Bruna você ta bem? – Pergunta Carol, preocupada.

- O que aconteceu? – Pergunta Bruna.

- Foi um acidente – Diz Carol.

- Não, o que aconteceu com o Freddy? Disseram que o Freddy estava no carro – Diz Bruna, nervosa.

- O carro caiu na água e... Ele se afogou – Responde Felipe.

Bruna puxa ar para poder falar, o desespero era muito grande, ela olha para Hélio.

- Isso é verdade?

- Isso ou as cobras do pântano pegaram ele, não temos certeza – Diz Hélio.

- Ai meu deus, ai meu deus – Diz Bruna, ela fica em pânico – Eu tenho que ir pra casa da minha avó, me levem pra casa da minha avó.

- Você não deve ir lá sozinha – Diz Hélio.

- Não, por favor – Diz Bruna – Por favor, o meu pai está em Portsdalle, ele vai ficar lá até domingo, então, por favor, me leve até a casa da minha avó.

- Ta bem – Diz Hélio – Eu levo você.

Bruna o segue, Carol e Felipe ficam parados lhe observando a afastar.

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No necrotério, não muito longe da floresta.

- Eu não sei, mas as cobras do pântano pegaram ele – Diz Gabriel, ao telefone.

O corpo de Freddy esta sobre uma maca e está coberto por um plástico branco, o corpo estava liberando muita água. Gabriel está dentro de outra sala.

- Ele está acabado – Diz Gabriel – Eu não vejo nada assim desde que Luca morreu naquela muinho.

Ele houve uma respiração vindo da sala onde estava o corpo, então vira-se para o vidro e encara o corpo deitado.

- Espera só um instante! – Diz Gabriel.

Ele entra na sala e se aproxima normalmente até o corpo, ele remove o plástico, revelando o corpo de Freddy com várias mordidas no braço, uma pele acinzentada, Gabriel se aproxima bem do rosto de Freddy.

Gabriel põe luvas e abre a boca do corpo, então segura sua testa e pressiona sua barriga, um pouco de água sai da boca de Freddy, Gabriel o encara, nega com a cabeça e sai da sala.

- Me desculpa ta? – Ele volta ao telefone – É que eu escutei um barulho... O pessoal deve chegar, amanhã ao meio dia...

Gabriel vai até o calendário, ao voltar para frente do vidro o corpo não estava em cima da maca.

- É, eu também... – Gabriel da uma risada, ele fica de costas para o vidro – Tchau amor!

Ele desliga o telefone e volta para sala, até que se depara com a maca vazia.

- Ai meu deus do céu – Diz Gabriel.

Ele sai do necrotério indo para o corredor, que estava vazio com a luz piscando. Gabriel caminha até o final do corredor, ao virar na parte escura, não havia ninguém, assustado ele olha para os lados, até que avista uma poça de água no chão e a porta da sala ao lado aberta.

Ele a encara, Gabriel da uns passos para trás, ao se virar para o corredor... Não havia, ele respira fundo, fecha os olhos, ao virar-se para janela, nota algo estranho, ele se aproxima e Freddy atravessa a janela pulando em cima de Gabriel.

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Brandon dirigia o reboque enquanto rebocava a viatura, Brandon estaciona do lado do posto de Freddy, Brandon desliga e sai do reboque, ele põe as chaves sobre o capô, então caminha até a viatura.

- 4 anos na academia para ficar fazendo essas palhaçadas – Reclama Brandon.

Ele nota que havia amassado o pára-choque do carro.

- Mas que droga! – Diz Brandon.

Ele ouve um barulho atrás de si, rapidamente se vira e observa a porta da oficina aberta, Brandon segura a arma na cintura e caminha para perto da porta, ele analisa o local e da uns passos para frente.

- Oi?!

 A oficina estava escura, algumas correntes no teto, mangueiras atiradas no chão e um carro suspenso por correntes no centro.

- Quem é que está ai dentro? – Pergunta Brandon, ele ouve um barulho vindo de fora, então sai da oficina e leva seu olhar para o reboque.

Ao se aproximar, observa que as chaves haviam sumido.

- Droga!

Ele ouve uns passos, rapidamente olha para o lado, não havia ninguém do outro lado do reboque, Brandon se vira e saca a arma da cintura , ele ouve os passos vindo do outro lado do reboque, por mais que tivesse ouvindo, não avistava ninguém.

- Sou o policial Brandon – Ele diz, então olha para trás, não havia ninguém em frente ao reboque – Seja você quem for, apareça logo!

Brandon se agacha novamente e vê alguém correndo para frente do reboque, Brandon se levanta rapidamente e corre até a viatura, logo pega o rádio que estava no carro e olha para o lado.

- CHAME O XERIFE! – Grita Brandon, aflito.

Ele ouve uma respiração se aproximando, Brandon olha para trás, mas não avistava ninguém.

- Brandon, onde você está garoto?

- Sophie faz o que eu pedi, chame o Xerife – Diz Brandon, agitado.

Freddy para ao lado do reboque e pega um pé-de-cabra que estava em cima de uma pilha de pneus ao seu lado.

- CHAME-O AGORA MESMO! – Grita Brandon.

Ele se vira e Freddy está em pé atrás dele, Brandon arregala os olhos, dando tempo de Freddy lhe atacar com o pé-de-cabra e cortar profundamente sua garganta, Brandon da um giro e cai sentado no chão com as mãos no pescoço, que estava sangrando horrores.

Freddy passa a se aproximar, Brandon bastante tremulo, pega o rádio que estava caído para fora da janela da viatura, o sangue escorre pela sua blusa, Freddy levanta o braço para trás e com muita força encrava a ponta do pé-de-cabra no queixo de Brandon, assim matando-o.

Puxando o corpo pelo pé-de-cabra, Freddy o arrasta para dentro da oficina.


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