Evil escrita por Fenix


Capítulo 1
O acidente na ponte




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/219197/chapter/1

Elenco: Ana Beatriz , Bruna Amaral , Carol , Felipe , Freddy , Jonathan e Vinícius .


EVIL


Numa noite escura, na beira de um pântano, troveja e ventava bastante, uma senhora cavava a terra com uma pá, para iluminar, havia uma luminária ao lado. A senhora cavava na área de um antigo cemitério no meio da mata, ela continua a cavar, até encontrar algo por entre a terra, a senhora põe a pá fincada ao chão e retira uma mala, que estava trancada por um cadeado.

Ela se agacha e pega um cordão de pequenos ossos, tendo um crânio de uma pequena cobra no meio. Ela põe uma vela vermelha em cima de uma pedra, então a acende, em seguida cobre a cabeça com um manto vermelho. Recitando encantos vudu, a senhora põe o colar de ossos no pescoço, ela olha para cima e faz o sinal da cruz em sua cabeça.

--------------------

Em uma pequena cidade um pouco longe, uma lanchonete estava aberta atendendo os fregueses, Felipe está sentado numa mesa observando Carol trabalhar no balcão.

- Da um tempo cara, se liga – Diz Jonathan – Olha só a gente mora num fim de mundo!

Felipe não para de admirá-la.

- O que tem de errado nessa cidade hein? – Pergunta Felipe.

Vinícius senta a uma cadeira ao lado de Felipe.

- Só crenças arcaicas e mentalidade retrograda – Diz Vinícius, com um copo de refrigerante na mão.

Felipe olha para os dois, Jonathan abre o hambúrguer e põe um pouco de ketchup.

- A qual é? Eu gosto daqui – Diz Felipe.

- Jona – Caren o chama com um tom um pouco irritante.

- O que? – Pergunta Jonathan, curto e grosso.

- Estamos quase bêbadas, será que podemos beber mais um pouco? – Pergunta Caren.

Felipe e Vinícius o encaram, Jonathan sendo o bad boy da cidade, sempre com sua jaqueta de couro preta e correntes na calça. Ele revira os olhos e entrega uma garrafa de 51 nas mãos de Vinícius, que por sua vez corre até a mesa das garotas.

- Você é um máximo – Diz Caren.

Vinícius derrama a bebida no copo de refrigerante delas. Jonathan olha para trás e observa Carol no balcão, ele volta seu olhar para Felipe.

- Qual é...? Vai ficar só de olho a noite inteira, é? – Ele pergunta.

- Ela... Não quer conversar – Diz Felipe – Da pra vê pela postura.

- Postura? – Jonathan da uma risada e olha para trás.

Carol olha para eles e fica séria, ela se afasta do balcão indo para o outro lado da lanchonete. Jonathan se vira rindo.

- Viu só? – Diz Felipe.

Carol entra na cozinha, com seu olhar entristecido, ela caminha um pouco desligada, Bruna a avista e lhe chama, Carol se vira para ela.

- Tudo bem? – Pergunta Bruna, sua amiga, era lavadora de pratos da lanchonete.

- Tudo – Responde Carol, ela se aproxima de Bruna – Não, é que começou a chover ...

Carol encosta-se de costas para pia, Bruna para de lavar os pratos e vira-se para Carol.

- Vocês vão se acertar – Ela diz.

Carol da um sorriso.

- A é...? Como? – Pergunta Carol.

Bruna da um sorriso e a encara suavemente.

- Eu tenho sexto sentido pra essas coisas.

Carol da um sorriso, em seguida fica séria e um pouco pensativa, ela olha para o lado e desce o olhar para o chão.

Um reboque antigo e enferrujado estaciona em frente à lanchonete, Freddy, um homem cerca de 38 anos, desce do reboque e caminha em direção a área externa da lanchonete, ele põe as chaves presa no cinto.

Vinícius, Caren e Ranny bebem feliz a garrafa de 51, só Ranny vira a metade da garrafa no copo.

Jonathan olha para trás e depois para frente com uma expressão nada agradável, Felipe segue Freddy com o olhar. Carol vai à janela do drive-thru, onde Freddy se apóia.

- Oi Freddy – Diz Carol, gentilmente – Tudo bem?

Freddy olha para o lado, ele e Jonathan trocam olhares, em seguida Freddy olha para Carol.

- Nem tanto – Diz Freddy.

- Tudo bem... Eu vou pegar o seu pedido - Diz Carol, ela se afasta da janela.

Freddy olha para Jonathan, ele desvia o olhar, Freddy volta sua atenção para frente. Carol passa pelo caixa, onde Juliana trabalha.

- Psssiu – Diz Juliana, no instante em que Carol passa.

Carol caminha até a janela com o pedido de Freddy nas mãos.

- Ta aqui, bom apetite – Diz Carol.

Freddy pega o lanche e afasta-se dali, Carol volta ao balcão.

- Esse homem me da calafrios – Diz Juliana.

- A, é só uma cicatriz no meio do rosto – Diz Carol.

Carol passa o pano no balcão enquanto conversa, Ana se aproxima das duas.

- Esquece a cicatriz, são os olhos – Diz Juliana

– E o jeito que ele encara você – Diz Ana, depois uma risada.

Carol olha para elas e nega rindo com a cabeça, ela se afasta, Juliana volta para o caixa e Ana segue Carol.

---------------------

Andressa, a senhora que achou a mala, caminha debaixo da chuva por entre as árvores da gigantesca floresta, ofegante e exausta de carrega a pesada mala, ela chega ao seu carro, abre a porta e põe a mala no banco de trás, Andressa arregala os olhos ao vê uma movimentação dentro da mala, ela se afasta e recita mais algumas palavras vudu, logo entra no carro e arranca dali.

-----------------------

Freddy comi seu lanche dentro do sinistro reboque, que colocava medo em todos que viam.

Vinícius segura a alça do sutiã de Caren.

- Isso ai é de couro sintético? – Pergunta Vinícius.

- É, eu peguei de uma loja aqui perto – Diz Caren.

- Eu estava apenas lendo uma revista, então não me inclua nesse crime – Diz Ranny.

- Você roubou? – Pergunta Vinícius.

- Eu não ia comprar, era muito feio – Diz Caren – Eu ia me sentir mau comprando uma coisa assim...

- Você é uma ladra – Diz Ranny.

Caren abaixa a blusa mostrando o sutiã.

- Uma ladra de seios lindos – Diz Caren.

Vinícius olha para o reboque e inclina-se para Caren.

- Eu acho bom você tampar esses seios – Diz Vinícius.

- Freddy – Diz Caren, ela corre até a ponta da área externa.

- Ei, Caren, o que vai fazer? – Pergunta Ranny.

- Caren! – Diz Vinícius.

- Ei Freddy, Freddy – Caren o chama, ela abaixa a blusa e junta os seios com o braço – Ei, você gosta? Gosta?

Jonathan e Felipe olham para o reboque e depois para Caren.

- Vai se ferrar seu otário – Diz Caren, em seguida mostra o dedo do meio, ela volta correndo até a mesa.

Freddy a encara com um olhar amedrontador, então vai fechando a janela sem tirar os olhos de Caren.

--------------------

Horas depois, já tarde da noite, a lanchonete é apagada, Ana e Carol saem de dentro do estabelecimento.

- Juliana disse que quando eu ganhar meu diploma, vai me dar uma cadeira pra eu ganhar clientela – Diz Ana, trancando a porta.

- A Juliana vai ter que morrer pra você ter uma clientela – Diz Carol.

Carol caminha até sua bicicleta.

- Ela agora ta cortando o cabelo e tingindo – Diz Ana – Não vai demorar.

Carol pega sua bicicleta.

- Isso já ta ficando sem graça – Diz Ana.

- Escola, prestação do carro, escola, prestação do carro – Diz Carol, ela da um sorriso.

- Quem é a boba em cima da bicicleta? – Diz Ana, ela da uma risada – É a doutora Carol, ela vai me da um cupom de desconto.

- Boa noite Ana! – Diz Carol, com um sorriso.

- Boa noite Carol!

Carol segue as ruas da pequena cidade de bicicleta, todas as ruas completamente desertas e escuras, ela segue uma rua na qual saia da cidade, porém passava pela floresta.

Andressa segue com o carro pela estrada da floresta, a mala no banco de trás tenta abrir, mas estava fechada com cadeado, Andressa não para de recitar as palavras de vudu.

Entrando para a estrada da floresta, Carol observa o posto de Freddy todo escuro, a porta estava aberta, no instante em que ela passa do posto, Freddy parece na porta fumando cigarro, ele joga no chão e encara Carol se afastar.

Carol continua a seguir a estrada deserta, um carro vira a esquina atrás de Carol, pela estrada havia um pouco de neblina, Carol não olha para trás, o carro acende o farol e acelera um pouco mais, ao olhar para trás Felipe a ultrapassa e estaciona no começo de uma pequena ponte, Carol passa pelo carro e o ignora.

- Carol! – Felipe a chama.

Carol o ignora.

- Carol, espera! – Diz Felipe.

Ela para de pedalar, ficando no centro da ponte, Felipe sai do carro, Carol desce da bicicleta e vira-se para Felipe, ele se aproxima dela.

- O que esta acontecendo? – Pergunta Felipe.

- Você terminou comigo Felipe – Diz Carol.

- Do que é que você está falando? – Pergunta Felipe – Eu não terminei, foi você que terminou comigo.

- Eu disse que tinha que pensar na idéia deu ir pra faculdade – Diz Carol.

- É, mas pra LCU não pra Columbia !

- Eu consegui uma bolsa, o que queria que eu fizesse?

- Olha aqui, admiti que você se inscreveu pra Columbia primeiro.

Carol olha para o lado e depois encara Felipe.

- Eu sabia que você ia se irritar – Ela diz.

- Você chegou um dia e disse:”Ah, a propósito eu vou estudar em Nova Iorque”... Não em Longsdalle onde planejamos isso por anos, íamos nós vê finais de semana, esse era o plano.

- Aqui não tem nada pra mim – Diz Carol, um pouco irritada – Felipe você tem a empresa do seu pai, seja realista, minha chance é fora dessa cidade.

Felipe gira sem acreditar, ele olha para Carol.

- Que idiotice é essa...? Aqui você não pode ser médica? – Pergunta Felipe, um pouco exaltado.

- Eu não gosto desse lugar! – Diz Carol, curta e grossa.

Eles se encaram por segundos, Carol fica com uma expressão séria.

- Tem certeza? – Felipe pergunta.

Carol o encara fortemente.

- Ou é de mim que não gosta mais?

- Felipe...

Um carro vai se aproximando, Felipe olha para trás, Carol respira fundo.

- Legal! – Diz Felipe, irritado.

O reboque vai se aproximando, Freddy para ao lado deles, ele olha para Carol.

- Ta tudo bem ai? – Pergunta Freddy.

- Sabe o que é, Freddy? A gente ta levando um papo aqui – Diz Felipe – E é particular.

- Esse garoto ta te incomodando? – Pergunta Freddy.

- Não – Responde Carol, com os olhos se enchendo de lágrimas – Não, ele não ta não, só... Estamos conversando.

- Não se pode parar o carro na ponte garoto – Diz Freddy – Tenha mais juízo.

 - Valeu Freddy – Diz Felipe, um pouco irritado.

Freddy da à partida, de repente vem um carro em alta velocidade, Andressa arregala os olhos e pisa no freio, assim desvia do reboque,indo em direção a Felipe e Carol.

- FELIPE CUIDADO – Grita Carol, eles correm para longe.

O carro gira na ponte, quebra as barras e fica pendurado, Andressa bate com a cabeça no vidro, o carro fica com a parte da frente na ponte, a parte de trás fica inclinada para cair.

Felipe está segurando o braço de Carol, ele olha para o carro e arregala os olhos, o carro vai um pouco mais para trás, está quase caindo da ponte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!