Darkness escrita por The Fallen Angel


Capítulo 22
Capítulo XX - Lar doce lar.


Notas iniciais do capítulo

Beem grande. u-u
Espero que gostem, boa leitura. E Tumn Cipriano, valeu pela recomendação. *-*



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     Alguma coisa roçou de leve em minha mão direita e eu consegui mexê-la. Meu corpo todo estava dolorido e eu sentia algo quente escorrendo por minha testa. Parecia que cada centímetro de meu corpo quebrado.

     Eu abri os olhos com uma força tremenda, o sol estava nascendo. Eu ouvia várias vozes ao meu redor. Então eu não estivera dormindo muito tempo, pelo menos tinha certeza que não estava morta, ou presa. Estava ao ar livre, os galhos e folhas que estavam em baixo de mim, me espetaram quando tentei levantar.

     O carro ainda estava lá, todo amassado e de cabeça para baixo. Minha visão ainda estava meio turva, mas vi dois vultos do outro lado do carro, aparentemente gritando e fazendo gestos violentos um para o outro. Levantei-me, minhas pernas bambas e passando a mão na testa, vi que sangrava.

     - Droga. – Murmurei enquanto dava pequenos passos até as pessoas, só ai que reparei que naquela cena toda, um homem alto e bastante magro estava praticamente ajoelhado nas costas de outro homem, segurando suas mãos, unidas. Só ai que identifiquei o cara que estava por baixo como Elliot.

     - Ei, você está bem? – O homem magro perguntou olhando para o sangue que escorria pelo lado esquerdo de meu rosto.

    Sem ao menos me deixar responder, ele gritou:

     - PATCH! Ela acordou. – Quase no mesmo instante que ele disse isso, uma figura alta, vestida de preto saiu de trás do carro.

     Patch corria em minha direção, ao chegar perto de mim abriu os braços como que para um abraço, antes que ele chegasse até mim, o empurrei.

     - Nora, você está sangrando...

     - Cadê o Scott? – Mudei de assunto, sabia que aquilo tudo, uma hora, levaria até o “pequeno” incidente com Marcie Millar.

     Ele pareceu notar que eu mudei de assunto.

     - Nora... Deixe-me cuidar do seu corte, depois nós conversamos.

     - Não... – Sussurrei e o empurrei de lado.

     O que ele pensava?Além de aparecer depois de todo esse tempo, e ainda vir com essa cara de pau para cima de mim? Perdão, para mim, sempre foi difícil. Ainda maia quando as pessoas me magoavam desse jeito, ele não tinha noção de como eu estava me sentindo destruída por dentro, por causa daquela burrada.

     Contornei o carro e avistei Scott, estava de costa, olhando para a mata que se espalhava por todos os lados, ele parecia nervoso. Talvez fosse alguma coisa de Nefilins e Anjos.

     - Scott, você está bem?

    Ele se virou e estava perfeitamente bem, nenhum corte ou arranhão, mas sua camisa estava com uma grande gota de sangue no peitoral.

     - Não devia estar perguntando isso a si mesma? – Scott deu um sorrisinho e tocou de leve no sangue que estava quase seco em meu rosto.

     Em resposta, apontei para a marca de sangue de sua camisa, ele olhou e revirou os olhos.

     - É seu.

     - Ah... Scott... – Eu hesitei, Patch agora estava atrás de mim, eu sentia seus olhos fitando minhas costas. – Obrigada, por tudo.

     - Já te disse meus motivos para me arriscar tanto assim por você.

    Patch pigarreou atrás de mim e eu me virei, ele foi a nossa direção e parou a meu lado. Ele estava com raiva, dava para ver por seus olhos.   

     - Você já está de saída, não é, Scott?

     - Não, não. Acho que vou acompanhar vocês. – Com um tom sarcástico, Scott deu um sorriso divertido á Patch.

     - Vamos, Nora. Temos que cuidar desse ferimento, e Rixon já deu um jeito naquele Nefilim.

  Instintivamente olhei naquela direção. Elliot agora estava deitado de bruços no chão, não se mexia, nem ao menos respirava.

      - Ele o matou?!

   - Nora, já te expliquei como isso funciona, eles não morrem. – Ele desviou o olhar para Scott antes de continuar. – Infelizmente.

   - O mesmo para os anjos. – Os dois se olhavam feio, pareciam estar escolhendo as formas mais divertidas de matar um ao outro. – Infelizmente.

    Eu me sentia enjoada, minha cabeça, agora, parecia girar. O sangue não estava mais seco, parecia que alguém enfiara a unha dentro dele para abri-lo. Tentei buscar apoio no braço de Patch, mas minha mão simplesmente não conseguiu chegar tão longe, então eu cambaleei para trás.

   Os dois á minha frente correram ao meu encontro, e Patch conseguiu me puxar para seus braços antes que eu caísse no chão, mas Scott também conseguira me puxar por um braço, e agora os dois voltavam a ter aquelas expressões agressivas.

    - Eu já a peguei.

    - É, parece que eu também.

    - É melhor tirar as mãos de cima dela.

    Patch me segurava pela cintura como se Scott fosse me puxar de seus braços a qualquer momento. Mentalmente, eu não me sentia bem ali, sentia que carregava uma galhada enorme em minha testa. Mas fisicamente, eu me sentia quente, protegida, poderia ficar ali para sempre.

    - Acho que você não tem moral para falar isso, já que a trocou por aquela loira seca.

    - Eu não a troquei. – Sibilou Patch, ele continuara se eu não tivesse levantado a voz pela primeira vez.

    - Calem a boca, e me tirem daqui.

    Scott me soltou na hora e Patch passou os braços por minhas pernas, me levantando. O homem que Patch chamara de “Rixon” estava no banco do motorista de um carro alto e preto, se olhava no espelho quando entramos no carro.

     Os dois se sentaram comigo, um de cada lado no banco de trás. Para evitar qualquer briga só por que um tocara em mim, puxei minhas pernas para cima e abaixei a cabeça.

     - Onde o Nefilim vai descer? – Rixon perguntou, sua voz expressara verdadeiro nojo até para dizer a palavra. Se era tão errado assim os Anjos ficarem com os Nefilins, por que Patch estava comigo?

    “Você tem um pouco de sangue Nefilim” Patch me disse quando contou toda a verdade, o que ele era realmente. Ele devia gostar mesmo de mim, mas então por que a Marcie?

     - Pode me deixar aqui, posso ir andando até em casa. – Ergui minha cabeça. Era o começo da cidade, abri minha boca para reclamar. A casa dele era longe dali, ele andaria quantos quilômetros?

     Ele só deu um leve aceno de cabeça quando me viu pronta para falar. Rixon parou o carro em frente a minha casa, que ainda ficava fora dos limites da cidade. Saímos eu, Patch e Scott. Rixon seguiu dirigindo, agora mais rápido.

     - Volto para te ver mais tarde. Talitha deve estar fofocando com minha mãe onde eu passei a noite. – E surpreendeu-me a me dar um beijo na bochecha que não estava com sangue.

     - Até mais. – Dei um sorriso, e ele se virou, apressando o passo. Logo ele já sumira de vista, que o nevoeiro, que geralmente cobria o jardim, estava densa.

     - Temos muito que conversar. – Virei-me para Patch.

     - Eu sei. Vamos cuidar do corte primeiro...

     - Não, vamos resolver isso agora. – Bati o pé, minha tontura já estava passando, eu estava perfeitamente bem para resolver o assunto agora.

     - Informações, foi o motivo de eu ter começado a conversar com ela.

     - E o beijo?

     - Ela me beijou, estava me contando uma coisa importante sobre o que o pai dela anda fazendo e de repente pulou em cima de mim. Se eu a empurrasse perderia a informação.

     - Que perdesse, então!

     - Sabe que eu não podia, Nora. – Sua voz ainda estava calma e controlada. – Não teve sentimentos, tem que confiar em mim. Eu amo você, Nora, só você.

     - Quantas vezes isso aconteceu? Quantas vezes me traiu?

     - Eu não te trai, eu nem ao menos gosto dela.

  Lágrimas começaram a rolar por meu rosto, eu me sentia exausta, cansada e destruída, por dentro e por fora.

     - Ei, não chore, por favor. – Patch me puxou pela cintura e me deu um abraço forte, todo o meu corpo podia estar doendo, mas eu não me importava. – Me desculpe, Nora. Eu prometo me afastar dela, de todas, se você quiser. Eu largaria de tudo por você, está me ouvindo? Tudo.

     - Vai se parar de falar, ouvir, tocar e olhar pra ela. Entendeu? – Eu o olhava nos olhos e segurava-o pelos ombros.

     - Faria tudo para ter você de volta. – Ele me deu um beijo na testa, ignorando o sangue. Logo, deu um sorrisinho brincalhão. – Você é muito ciumenta sabia?

     - Não sou não!

     - Ah, não? Eu vi uma garota linda hoje...

     - Por que não ficou com ela então?! – Dei um soco em seu braço e fui em direção à entrada de minha casa, ele me seguiu. – Idiota.

     - Espera. – Seu rosto estava a centímetros do meu quando me virei. – Beijo de reconciliação?      

     Aproximei-me dele até nossos lábios se roçarem de leve, depois me afastei subitamente.

     - Não. – Dei um sorriso e abri a porta da sala. Lar doce lar, finalmente.


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Notas finais do capítulo

Reviews? *U*



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