Jogos Vorazes- I Promise You. escrita por Clove Flor


Capítulo 8
Arena I


Notas iniciais do capítulo

Esse foi o maior cap. Aproveitem, e espero que não cansem!!
Dedico este capítulo a todos meus 9 leitores, estou emocionada!
Mas dedico mesmo á essas meninas:
GabsSalvatore
Kat Mellark
DanyCJ
Cat Styles.
Obrigada a todos!!!



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POV PRIMRUE

Zony me veste com um macacão que parece bem útil nos tempos secos e prende meu cabelo num rabo-de-cavalo.

Entro no tubo em que me leva na arena e dou um último adeus em Zony. O tubo vai me levando para cima, a luz é muito forte, e demora um tempo para me acostumar. Dou uma olhada na arena. Não era o que eu esperava. A Cornucópia é uma pirâmide. Estamos em um deserto. Apesar da areia ser suave e tudo mais, á milhões de pedras enormes nos cantos, cavernas e tudo.

“Não participe do banho de sangue...”

Eu vou participar. Tenho que arranjar água e aposto que será muito difícil se eu for andando, sem nenhuma arma.

“10...9...8...7...6...5...4...3...2...1... Está aberta a septuagésima sexta edição dos Jogos Vorazes!”

Toca um sinal pata que podemos sair, mas fico parada, imóvel, sem uma reação vaga. A menina do Distrito 7 corre em minha direção, sangrando, com um machado na mão. Agora meus sentidos voltaram e saí correndo. Vejo um menino, que participou do banho de sangue, morto no chão, com uma mochila nas costas. Corro para lá e tento retirá-la, mas ele é muito pesado, seus braços estão segurando a mochila.

A garota do 7,  magra e alta, cabelos compridos e negros e olhos castanhos, avança de novo em cima de mim. Entro num desespero enquanto tento retirar a mochila, e quando a menina levantou o machado para me atacar, um vulto passou por mim, me carregando, com a mochila. Mas não é Peter. É o garoto de 18 anos do Distrito 1. Pronto, morri.

Ele me coloca no chão, já longe da Cornucópia,  e ambos do 2 e do 4 estão com ele, inclusive sua parceira.

“Ora, ora. A garotinha sobreviveu ao banho de sangue?” diz a menina do 4, cujo o nome é Lisa.

“Ela será útil.” Informa o garoto do 1, que o nome é Steff.

“Útil? Está brincando né?” pergunta a menina do 1.

“Ela é ótima na camuflagem e no arco e flecha!” ele se vira para mim “Tome a mochila” ele lança a mochila do garoto morto para mim.

“O-obrigada...” digo.

“Vamos continuar andando.” Diz o menino do 2.

Levantamos-nos, e apenas consigo formular um pensamento:

Sou uma Carreirista.

Abro a mochila e encontro: 3 pacotes de Tiras de carne seca; duas facas; dois odre de água cheio; tinta laranja e amarela; saco de dormir; casaco e lenços de papel. Pego um lenço e deixo no bolso de meu macacão.

Logo eu espirro e pego o papel e limpo meu nariz. Dou um grito.

“Que foi? Que foi? A menina do 2 corre em minha direção. Achei isso fofo.

Mostrei o lenço pra ela. Estava cheio de sangue.

“Estou sangrando!”

“Calma, deve ser apenas o clima seco...” diz o Steff.

Só nesse instante que vejo como ele é: Tem cabelos loiros igual o meu, olhos azuis, é alto e forte. Ele vai ganhar, aposto.

~*~

A tarde vai chegando, e é nessa hora que ouvimos os tiros de canhão.

Poww...

Poww...

Poww...

Poww...

Poww...

Poww...

Poww…

Poww…

Poww…

Poww…

Vou contando lentamente cada tiro dado. 10 Pessoas morreram hoje.

Não posso evitar de pensar em Peter, meu “colega”.

O frio da noite invade a arena, nos obrigando a entrar em uma caverna. Criamos uma fogueira, sem importar dos outros Trinutos. Ninguém quer se meter com Steff, Lisa, a parceira de Steff que, pelo que eu me lembre, se chama Faby, e o menino do 4. Todos morrem de medo deles.

Abro minha mochila e como 3 tiras de carne seca e visto meu casaco por cima do macacão. As trompetes de Claudius tocam e vemos os rostos de todos os mortos.

Começa pelo Distrito 3, o menino; ambos do 5, o menino do 6, a garota do 8, ambos do 9 e do 10.

Peter sobreviveu.

“Preparados para caçar os Tributos vivos?” pergunta o menino do 2.

“Demorou” diz Steff “Primrue, fiquei aqui escondida, não queremos que se machuque” ele apaga a fogueira.

Aceno com a cabeça e eles saem para matar os outros Tributos enquanto eu fico encolhida na caverna, com meu nariz ainda sangrando e com frio apesar do excesso  de roupa.

Abro a mala e tomo um gole de água e fecho meus olhos, na esperança de dormir.

[...]

“Mãe... Finn... Pai! Esperem! Não me deixem aqui sozinha... Não me deixem...” digo quando os Pacificadores levam os embora da sala de visitas. Não recebo mais nenhuma visita, mas as palavras de meu irmão ficam em minha cabeça:

“Por mim...”

Tudo se apaga. Estou no Trem, um paço antes de entrar neste pesadelo:

“Eu prometo...” minha mãe repetia.

Tudo se apaga novamente e me encontro num berço, onde uma mulher com uma trança em seu cabelo escorria por seu rosto, enquanto ela cantava:

Bem no fundo da Campina, embaixo do salgueiro.

Um leito de grama e um macio e verde travesseiro.

Feche esses olhos cansados, e quando se abrirem o Sol já estará alto nos prados.

Aqui é seguro aqui é um abrigo.

Aqui as margaridas de protegem de todo perigo.

Aqui seus sonhos são doces e amanhã serão lei.

Aqui é o lugar onde sempre te amarei.”

“Não me abandone...” foi a última palavra que consegui dizer antes de tudo ficar escuro novamente.

[...]

Abro meus olhos lentamente e três pessoas entram em meu campo de visão: A menina do 3, a menina do 6 e o menino do 8.

“Olha só o que encontramos, Caio!” diz a menina do 3.

“Uau, a garotinha ainda está viva!”

“Como acabaremos com a vida dela?” pergunta, rindo a menina do 6.

“Com uma morte lenta e dolorosa” diz o menino.

Eles abrem sua bolsa, onde se encontra uma faca, um arco e flecha e um machado, idêntico o da menina do 7.

“Vamos começar...” a menina do 3 anda em minha direção com a faca na mão.

Mas não sei o que, não sei como, uma tempestade de areia vem em nossa direção. Logo pego minha mala e saio correndo por baixo das pernas da menina que prestava atenção no vento forte. Ouço um tiro. Dois tiros. E quanto mais barulho tem, mais eu corro. Até que eu paro por um instante e caio no chão, cansada. Passo a mão em minha barriga e sinto algo molhado.

Sangue.


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Notas finais do capítulo

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