Casais Improváveis escrita por MissTenebrae


Capítulo 15
Dio e Elesis - Especial de Ano Novo


Notas iniciais do capítulo

ENTREGUE NO PRAZO!
Esse momento é histórico, muita emoção nessa hora *limpa lagrima*
Então Feliz Ano Novo!
Essa história é levemente ligada ao Especial de Natal.



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– Hoje é um novo dia, de um novo tempo, que começou... – Ryan, de novo, entrou cantando no meio da sala, com roupas brancas extremamente brilhantes.

– Nesses novos dias, as alegrias serão de todos... – Ronan entrou em seguida, cantando e vestido quase do mesmo jeito. Então os dois passaram a dançar e cantar juntos:

– É SÓ QUEREEEEEE- BUM!

– Eu quero... Não... Eu VOU esmagar seus ossos e dar aos cachorros! – Uma Elesis, novamente, muito, muito estressada encarava os dois garotos reclamando de dor. – Agora saiam daqui que não é a historia de vocês. – Disse chutando os dois.

Deixando os três de lado, vamos à história:

Dia 31 de dezembro, em um lugar qualquer na praia de Copacabana naquele país que chamam de Brasil.

– Não acredito que a Lin nos arrastou para cá. – Elesis reclamou enquanto olhava a imensidão azul, que refletia a lua que brilhava forte. Ela estava distante de todos, que comemoravam como bêbados o fim do ano, apesar de não terem bebido nada. Muitos pulavam, outros cantavam, alguns se jogavam na areia e iam rolando até o mar. Elesis não se sentia confortável com toda aquela animação, então preferiu se afastar.

Não muito longe de onde estava, Dio, um dos que vieram com o grupo, também encarava o mar.

Uma sensação nostálgica passou pelo seu corpo, uma lembrança de muito tempo atrás:

A praia não era a mesma, nem de longe tão bonita ou cheia, mas a felicidade da ruiva era milhares de vezes maior, uma das poucas vezes que pode sair de casa, que eram raras, e ainda ir com seu pai, coisa que era mais rara ainda, foram a praia, não se lembra da ocasião, mas foi especial do mesmo jeito.

Era tarde, e seu pai havia caído no sono, mas a garotinha ainda estava elétrica e resolveu explorar o horizonte, andou, admirou e saltitou, sorria sozinha, na época não era tão rabugenta, a morte do seu pai ainda não tinha chegado e nem lhe afetado. Caminhou tanto que nem via mais o corpo adormecido do pai, estava perto de umas rochas estranhas, desformes e engraçada, e lá ela brincou, por muito tempo, e quando se cansou, resolveu voltar, mas não sabia por onde tinha ido. Ela olhou em volta, correu, correu muito, porém por mais que procurasse continuava perdida do mesmo jeito, talvez até mais.

Ela parou no meio da areia e se sentou, chorando.

– Está perdida? – A voz era fria, embora ainda fosse muito infantil. Ela levantou a cabeça procurando o dono da voz.

– Quem está ai?! – Ela gritou, com medo.

– Do seu lado. – Ela virou a cabeça rápido para um lado. – Do outro. – Então ela viu um garoto, uma criança, não parecia muito mais velho que ela, mas com certeza era mais baixo, e vestia roupas engraçadas, como ela imaginava que filhos de nobres ingleses do passado se vestiriam. – Tá perdida?- Perguntou novamente.

– To. Você não era uma garota? – Perguntou antes que pudesse se impedir.

– Não, não sou uma garota, como pode perceber.

' Ele é muito impaciente, nem parece uma criança' Elesis pensou.

– Mas tem voz de uma garota. – Ela decidiu que era divertido irritar ele, e continuou.

–Você é chata, hein? – Resmungou o garotinho.

– Prefiro ser chata que ter voz de uma garotinha chorona.

– Você é uma garota, eu acho. E pelo menos eu não to perdido.

– É, tá certo. – Ela se levantou e estendeu a mão, percebendo que ele era muito mais baixo do que ela achava. – Meu nome é Elesis.

– Dio. – Ele apertou a mão dela com um pouco de receio. – Tá fazendo o que aqui?

– Estava brincando. E você?

– Moro bem ali. – Dio apontou para uma mansão não muito longe dali. – Na verdade não moro, é só a casa de praia.

– Nooosssa. Mas você não é muito baixinho para morar lá?

– Você não é meio mal educada de mais para estar precisando de ajuda?

– Não to precisando de ajuda. – Ela reclamou.

– É, e eu sou um macaco.

– Parece mesmo, bem que desconfiei. – Em troca do 'gentil' comentário ela recebeu um tapa na cabeça. – Não se deve bater numa dama! – Exclamou.

– Se você agisse como uma dama, até que eu podia considerar essa lei, mas não é o caso. – E recebeu um soco no ombro. – Ai! Não pode bater em mim! Ninguém nunca bateu em mim!

– Talvez seja por isso que você é tão chato. – Ela deu língua para ele.

– Chata! – Ele retribuiu.

Então começaram a rir.

– Bem, eu não quero, mas como o protocolo manda, eu tenho que acompanha-la de volta. – Disse Dio depois de se recompor. – Vamos.

Ele segurou sua mão, naquela hora, ela nem se importou com o ato. Eles foram andando, brincando, correndo e se empurrando até acharem o pai de Elesis, que estava acordando e nem percebeu o sumiço da filha.

– Até mais. – Dio largou sua mão e saiu correndo. E Ela nunca mais viu o garoto.

'Até que ele resolveu entrar para a minha escola e meu grupo' Elesis suspirou e depois sorriu. ' Tadinha de mim, pareço até quando a Amy fica apaixonada e age como uma idiota. '

Ela levantou a cabeça e começou a encarar Dio, que ainda não estava muito longe.

– Ei, Dio! – Ele se virou para ela. – Vem cá.

– Porque está falando comigo? – Disse a olhando estranho. – E pior ainda, porque está falando comigo educadamente?

– Eu vou te bater.

– Essa é a Elesis que todos conhecem. – Disse Dio rindo. – Mas é melhor nem tentar. – Disse Dio, com um tom ameaçador, se aproximando.

– Se você me disser mais uma coisa dessas, eu te bato mesmo, e se você me bater de volta, eu te esfolo.

– Estava demorando... – Quando a viu começar a ficar com raiva, ele mudou de assunto. – Então, o que você quer?

Ela se acalmou.

– Dio, lembra quando, há muito tempo atrás, quando nós éramos crianças, nós nos encontramos em uma praia? – Elesis disse o tom nostálgico tomando a sua voz.

– Não.

E quase caiu no chão ao levar um soco na cara.

– Você pelo menos podia dizer que sim. – Elesis, que estava muito raivosa com a resposta do garoto, estava pronta pra explodir e começar a acabar com o garoto.

– Para que mentir? E porque você ficou tão brava por eu não ter lembrado? – Disse esfregando o lugar onde fora acertado.

Elesis parou por um momento para refletir, mas não achou resposta.

– Eu... Não sei.

Dio começou a rir.

– Não seria muito engraçado se você tivesse se apaixonado por uma lembrança que eu nem lembro? Hahahaha, a Elesis apaixonada, que piada. – Ele sentiu o olhar raivoso e penetrante em cima dele, lentamente ele se virou para ela com uma cara pasma. – Não vai me dizer que... É verdade...

Ela nem se pôs a responder, apenas virou de costas para ele, na verdade nem sabia a resposta, mas mesmo assim o que Dio tinha falado havia a machucado.

– Ah, não, você não vai chorar... Você tá chorando... A Elesis tá chorando, o mundo vai acabar! – Vendo que seu comentário fora de hora só havia piorado a situação, ele se aproximou e passou um braço pelo seu ombro. – Porque você não me conta como é essa memoria? Talvez eu me lembre.

– Nossa, você sendo compreensivo, agora é certeza que o mundo vai acabar. – Vendo a cara dele, ela riu e começou o relato: - Eu havia me perdido na praia, então eu ouvi uma voz de garotinha e, do nada, um garotinho mais baixo que eu apareceu, era você...

– Nem a pau eu era mais baixo que você. – Ele reclamou.

– Era sim, e além da voz ainda parecia uma garotinha. – Antes que ele começasse com mais reclamações, ela falou: - Posso continuar?

Ele confirmou e ela continuou seu relato, no final dele as lagrimas já haviam ido embora e ele estavam se tratando muito melhor.

– E ai? Se lembrou? – Ela perguntou baixinho.

– Claro. – Ele sorriu para ela.

– Mentiroso.

– Não foi você que pediu? – Os dois riram, animados. Apesar de não se lembrar, Dio estava tocado, que era coisa rara de acontecer, com o relato da ruivinha.

Os dois deixaram o passado e passaram a falar do presente, as cutucadas ainda estavam lá, mesmo sendo menos frequentes. Aos poucos a distancia foi diminuindo, os rostos foram ficando mais corados e conversa foi diminuindo, até que seus lábios se tocaram. Os dois poucos se importavam com o grupo que podia vê-los, aquele momento eram deles.

A contagem regressiva começou e acabou, e eles ainda estavam lá.

– Um, dois, três, quatro, cinco, seis...- Dio e Elesis se separam, estranhando o momento.

– Mas a contagem já acabou. – Elesis comentou.

– E ela é regressiva, de trás para frente. – Os dois se viraram para o mar, tendo a bela visão de um idiota – vulgo Ryan – pulando ondas com o pé esquerdo.

– Sete, oito, nove...

– Ryan, seu boçal, o que você pensa que está fazendo? – Elesis disse, com muita raiva.

– Dez, onze... Oi? Ah, pulando as dezessete ondas com o pé esquerdo para dá sorte... Catorze, quinze...

– Ryan, são sete ondas e se pula com o pé direito, o esquerdo dá azar. – Dio, se perguntando como alguém podia ser tão idiota, declarou.

Ryan parou de pular e começou a chorar.

– Eu fui enganado a vida toda! Minha vida foi uma mentira! – Ryan começou a gritar, até que caiu de cara na água, depois de um chute de Elesis.

– Qual o seu problema com rituais e musica? E pare de ser dramático, me dá raiva. – Disse e deu as costas a ele. Ryan começou a reclamar, gritar e rolar, obrigando Lin a tirá-lo dali, mas os dois poucos se importavam, haviam retomado seu momento particular.

–------------------------- Extra------------------------

No Show da virada.

Algum artista qualquer pulava e cantava no palco, até ele ser invadido por diversos tipos das mais estranhas crianças, que se julgam adolescente, e o expulsarem do palco.

Eles fecharam a cortina e vaias começaram a ser ouvidas, até que ela foi aberta novamente e uma pessoa de vestido Lolita rosa estava parada no meio dele.

Essa pessoa era na verdade um garoto, e esse garoto era.... Lass?!

– Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa. – Lass começou a cantar e dançar can-can no meio do palco, logo as vaias pararam e a plateia foi à loucura, gritando e rindo. – É de quem quiser, quem vier.

Então, todas as pessoas da GC entraram no palco, pouco a pouco, acompanhando Lass em sua dancinha de jogar as pernas ao alto.

– Depois disso, eu vou te matar, Dio. – Lass sussurrou para o garoto ao seu lado.

– Minhas irmãs formigas vão me proteger. Agora volta a dançar e cantar. – Dio rebateu.

– Hoje a festa é sua, hoje é a festa é nossa, é de quem quiser, quem vieeeeeeeeeeer- Todos cantaram juntos, para depois deslizar no palco e acabar em uma pose um tanto quanto estranha, com pessoas umas em cima da outra e contorcionismo.

– FELIZ ANO NOVO!

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Notas finais do capítulo

E ai está! Desculpa começar do mesmo jeito, mas é que eu PRECISAVA!
Ruim mas no prazo (finalmente)
Para quem não entendeu a piada *dio e suas irmãs formigas*
Eu não sei se vocês perceberam, mas os novos chifres da quarta classe do Dio parecem MUITO presas de formigas.
Pelo menos é nisso que eu, a Nath-chan ( que escreve This is Halloween comigo) e a Tori-chan (que me ajudou nesse e no outro capitulo) acreditamos. É tipo consentimento geral kkkkkk
Quem quer ver o Lass de vestido dançando can can levanta a mão
o/ - só eu lá, mas tudo bem.
Quem quer uma revanche do Lass?
o/ - só eu lá de novo, talvez em um futuro distante.
Bem, obrigado por lerem e até a proxima!



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