Are You Falling? escrita por nina staff


Capítulo 5
Capítulo 5 - Protegida


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo curto só pra ter um pouco de suspense. Espero que gostem. ♥



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Após Beck ir embora encostei a porta e sentei no chão. Senti uma tristeza repentina que me assustou. Meu olhos começaram a lacrimejar, desejei que Beck estivesse aqui para me consolar. Fiquei vários minutos sentada, apenas pensando no que faria ao ver o Kevin. Me levantei e fui tomar um banho, coloquei uma blusa branca e um short rasgado, me perfumei e mandei uma mensagem de texto para o Kevin. "Estou indo para sua casa agora, chego ai em 15 minutos." Peguei o celular e as chaves, sai de casa. Chamei um taxi e fui o mais rápido possível para a casa do Kevin. Quando eu estava de frente para sua porta, senti meu coração gelar. Minhas mãos estavam suando e minha respiração estava fora no normal. Abri a porta devagar e antes de entrar lembrei das palavras de Beck "Você é minha, Anjo." Suspirei. "Sim, sou sua, amor."

– Kevin?

A casa estava vazia, o cheiro de queimado era intenso. Bati a mão na parede até achar o interruptor e liguei a luz. Fiquei espantada com o que vi: a sala estava totalmente bagunçada, mesa virada, cacos de vidro espalhados pelo chão, móveis fora do lugar, cortinhas soltas e rasgadas. Atravessei a sala correndo e fui em direção ao quarto de Kevin, estava na mesma situação que a sala. Corri até a outra sala, abri todas as portas que vi na minha frente, onde estava Kevin? Encostei na parede e sentei no chão, comecei a chorar e a soluçar alto.

– Bells?

Levantei rapidamente ao escutar sua voz.

– Kev? Cadê você? Não estou te vendo! - Olhei para todos os lados, eu estava entrando em pânico novamente. Vi Kevin deitado no quintal, estava encolhido e imóvel. Tentei abrir a porta do fundo, mas estava trancada. Pulei a janela e corri até Kev.

– Ei, me escuta, você vai ficar bem, ta? Fica acordado.

– Bells... Não fica aqui, vai embora.

– O que? Você está chapado Kevin? Eu vou chamar alguém pra nos ajudar. - Peguei meu celular e fui nos contatos, quem eu chamaria? Vejo um contato chamado 'amor', liguei e torci para ser quem eu estava imaginando.

– Oi Anjo.

– Beck? Me ajuda, eu estou na casa do Kevin, acho que aconteceu alguma coisa muito séria aqui.

– Ele te machucou? Belle, se ele encostar o dedo em você de novo eu juro que eu...

– Eu estou bem, o problema é com o Kev. Pode vir me buscar? Precisamos levar ele para um hospital.

– Quem mais está ai?

– Apenas eu e Kevin.

– Sozinhos? Espera, já estou chegando. - Desliguei o celular e fui reanimar Kevin. Ele estava pálido, com vários hematomas e cortes no rosto. Estava totalmente sujo de terra e estava com as roupas molhadas. Apoiei sua cabeça no meu colo e suspirei, torci para Beck não demorar.

– Bells, me leva pra sala, está frio aqui.

Olhei para a porta, estava aberta. Me lembrei de ter tentando abri-la antes de pular a janela, parecia estar trancada. Levantei Kev e entramos na casa. Deixei-o no sofá e fui buscar o copo de água, quando um vento começou a soprar. Abri a geladeira e demorei pelo menos um minuto para encontrar o que eu queria, tirei a água e fechei a porta. Tive a sensação de que alguém estava atrás de mim, fiquei em silêncio, me virei rapidamente e senti todos os meus músculos relaxarem: não havia ninguém ali. Atravessei a cozinha e peguei um copo no outro balcão, coloquei a água e voltei para a porta da geladeira. Ao encostar na porta percebi uma súbita mudança. A frase "Você não pode ser salva" estava escrita em tinta vermelha, tão vermelha quanto sangue. Minhas mãos gelaram, senti meus dedos paralisarem e a garrafa de água escapar das minhas mãos. Gritei. Todas as lágrimas que eu estava tentando segurar rolaram de uma vez só. Senti alguém segurar meus ombros, não hesitei. Aquele cheiro... Me virei rapidamente e abracei Beck o mais forte que pude.

– Anjo, se acalme. Vem, eu preciso tirar você daqui.

Não falei nada, apenas deixei que ele me levasse. Colocamos Kevin no carro e o deixamos no hospital, ele teria que ficar internado aquela noite. Ligamos pra polícia e tive que explicar tudo o que aconteceu naquela noite. Logo após tudo isso, Beck me levou para casa. Entrou no apartamento e checou todas as janelas, fechando cada uma da forma mais cuidadosa possível.

– Acho que está segura. - Virou-se para ir embora.

– Ei. - Segurei sua mão.- Fica.

Ele sorriu e me abraçou, me beijou e me pegou no seu colo. Desabotoei rapidamente sua camisa. Fomos da sala até o quarto trocando beijos e batendo nas paredes. Ele me jogou na cama e começou a beijar o meu pescoço. Estar com Beck era como ter uma energia sedenta me dominando. Eu o tinha, mas eu queria mais.

– Você não sabe o quanto tive medo de te perder hoje. - Ele disse enquanto beijava minha testa.

– Não vai se livrar tão fácil de mim. - Abracei-o forte. Passei os dedos nos músculos de seu braço, ele era sempre tão tentador. Voltamos a nos beijar, com uma intensidade maior que da ultima vez. Beck acariciava meu rosto e puxava de leve meu cabelo, tirou minha blusa e me fez cócegas. - Ei, não faça isso! - Eu ria descontroladamente.

– É bom te ver sorrir. - Ele disse olhando em meus olhos.

Sentei na cama e ignorei o fato de eu estar com um sutiã que tinha o desenho de uma pokebola.

– Sempre sabe como me deixar boba, não é? - Ri baixinho. Ele segurou minha mão e beijou as pontas dos meus dedos. - Quero dormir com você.

– Só dormir, Anjo?

– Beck...

– Entendi. - Ele me abraçou e me derrubou em cima dos travesseiros. - Quer sua blusa?

– Não precisa.

– Não vai sentir frio Anjo?

Olhei nos teus olhos e sorri.

– Você me esquenta.


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