Eu Campista 2 escrita por Katagyu Suzuki


Capítulo 4
Capítulo 4: Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Bem, começando com um pedido de desculpas por ter demorado pra postar. Eu acho que vocês vão gostar desse capítulo. XD
E já explicando aqui: Tsundere é um termo japonês para uma personalidade que é inicialmente agressiva, que alterna com uma outra mais amável.
Dan-Aye!~



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Eu cantava baixinho a música que toquei no violão para os filhos de Apollo. Ok, não é como se eu tivesse feito o melhor “show” da minha vida, mas se eles aplaudiram, então pelo menos não fui desafinada.

Arrumei a alça transversal da capa do violão algumas vezes enquanto ia até o chalé 13. Não, não é que estava ruim ou incomodando... Eu ia parando no caminho, pra ver se o Percy estava me perseguindo, ou qualquer outra coisa assim. Acho que ele deve estar matando o Travis agora.

Normal. Um dia quase normal, tirando que eu ganhei um violão PERFEITO. E eu ainda estou admirada que o Vinícius não tenha arranjado uma namorada. E olha que ele está a mais tempo aqui no acampamento do que eu!

Deixando isso de lado, eu finalmente cheguei ao chalé de Hades, onde Connor estaria provavelmente me esperando. Abri a porta, distraidamente olhando para o fogo grego em frente ao meu chalé.

– Oi... – disse, ao pisar, ainda olhando para o fogo. Senti uma mão me puxando para dentro da pequena construção. Fiquei com falta de equilíbrio, e quando a mão me largou, caí no chão, de cara, os braços estendidos.

“Ah, quem será o filho da puta que eu vou matar...” pensei, tirando discretamente o violão das minhas costas, já abrindo a capa. Ainda no chão, ouvi um barulho de chave, o que significava que o chalé estava trancado. Não ia dar tempo de eu transformar o violão em espada, então já fiquei com as adagas preparadas, até que...

Eu estava de costas para a porta, ouvindo os passos de alguém se aproximando. Eu estava de joelhos no chão. Quando me virei, um vulto de cabelos castanhos ficou em cima de mim, me imobilizando no chão, prendendo com as mãos os meus pulsos, e com as pernas ao lado do meu corpo. Eu dei um longo e audível suspiro, olhando para o rosto do garoto de olhos azuis, que estava sorridente.

– Connor! – eu disse, mexendo uma das minhas mãos, numa espécie de “oi”, abrindo um sorriso.

– Quíron deve ter falado muito, pelo jeito, hein? – perguntou, rindo. Eu corei levemente, dando um meio sorriso. – Hey, o que é aquilo? – perguntou, olhando pro violão. Virei a cabeça lentamente para o instrumento.

– É um violão. – respondi, enquanto ele semicerrou os olhos.

–... Aonde você conseguiu isso? – perguntou, aproximando sua cabeça da minha, praticamente sussurrando.

– Um amigo deu o violão pra mim – respondi, corando um pouco mais.

–... Amigo? – ele não estava mais sorrindo. Eu ri maliciosamente. É fofo quando seu namorado tem ciúmes seu.

– É. Amigo. – eu disse, naturalmente – Vinícius. Filho de Apollo. Loiro, de olhos azuis. Não conhece?

– Conheço sim – respondeu, cerrando os dentes – Ele tá solteiro, não tá?

Não sei como ele sabia disso, mas eu assenti com a cabeça, devagar. Ele apertou um pouco mais meus pulsos, fechando a cara.

– Tá sim – eu não me incomodei por ele ter feito mais força nos meus pulsos, porque além do mais, não era tanta força a ponto de doer – Qual o problema?

– Eu não gosto quando esses tipos de garotos ficam dando presentes pra minha namorada – não entendi o que ele disse com “esses tipos de garotos”. Depois ele inclinou a cabeça pro lado, começando um beijo demorado. – Porque você é minha. – completou depois do beijo, me fazendo ficar com o rosto totalmente vermelho.

– N-Não é como s-se eu s-sentisse o mesmo – respondi, desviando o olhar. – I-Idiota.

Ele riu, esfregando o nariz em uma das minhas bochechas, colocando as mãos agora na minha cintura. Com os pulsos novamente livres, me apoiei com os braços no chão, agora eu beijando Connor, que se surpreendeu pelo beijo repentino, mas fechou os olhos e o correspondeu. A minha mão esquerda continuou apoiada no chão, enquanto coloquei a direita no pescoço dele.

Foi nessa hora que eu descobri o quanto eu senti falta dele. Uma das mãos dele começou a alisar minha cabeça. Eu estava completamente vermelha, mas ainda sim...

– Hey, Dani. Você viu a minha...

Certo. Eu pelo menos achei que o Connor tinha trancado a porta. Interrompi o beijo, olhando por cima do ombro de Connor...

Meu irmão estava parado de pé, na nossa frente, encarando a cena, com o rosto contorcido em raiva. A camiseta estava cheia de suor, e dava pra perceber que ele estava cerrando os dentes, e fuzilava Connor com o olhar. O garoto de cabelos castanhos congelou na mesma posição de quando Nico entrou no chalé. Pelo jeito ele também não sabia que não havia trancado a porta do chalé direito.

– Você... – uma aura assassina começou a rondar o corpo de Nico, e a voz dele estava carregada de rancor e ódio – Eu ainda vou te matar, seu ladrãozinho de merda...

– Hey! – protestei, lançando a Nico o mesmo olhar que ele lançava à Connor. Nico não se incomodou, mas pisou nas costas do Connor.

– Tira essas mãos da minha irmãzinha – falou Nico. Connor tirou a mão da minha cintura e da minha cabeça, devagar. Inflei as bochechas com ar, e puxei-o pela gola da camisa, começando outro beijo longo. Abrindo uma pequena fenda com os olhos, eu percebi Nico corando, ainda com a expressão de raiva. Eu apenas parei de beijar Connor quando eu não conseguia mais segurar a respiração. – Tch. – disse Nico.

– E-Eu to indo... – disse Connor, meio surpreso, mas ainda um pouco feliz – P-Preciso ver como está o T-Travis. – ele de levantou, e fechando a porta, saiu do chalé, deixando eu e Nico sozinhos. Me levantei, com os braços cruzados.

– Vamos – eu disse, com um sorrisinho malicioso – Como se você não fizesse as mesmas coisas com a Lucy.

Nico corou absurdamente, cruzando os braços. Agora todos os filhos de Hades são tsunderes, pelo o que me parece.

– Ah, o que você queria? – perguntei, tentando mudar o assunto.

– Minha espada – droga – Sabe onde ela está?

E agora? Dizer ou não dizer onde está a espada do Nico?

–... Se você não matar o Connor ou o Vinícius... – comecei.

– Não vou maninha. – depois ouvi ele murmurar algo do tipo “não hoje”.

– Hm... – eu ainda estava um pouco desconfiada, mas deixei de lado – Está embaixo da sua cama – apontei para a cama dele, onde uma espada fria estava escondida.

– Valeu – ele disse, quando pegou a espada em mãos e cortou o ar com ela, com um sorriso maníaco. Pelo jeito estava imaginando que estava matando o Connor ou o Vinícius.

– Se eu encontrar um dos dois com algum ferimento, eu vou te matar, Nico – avisei-o, antes de ele fechar a porta. Me devolveu uma careta, um pouco infantil, e bateu a porta com tudo. – Gordo viciado em McDonald. – completei para mim mesma, baixinho.

Olhei para o violão, e tirei-o da capa, começando a dedilhar alguns acordes, cantando baixinho.

– You're better than drugs
Your love is like wine
Feel you comin' on so fast
Feel you comin' to get me high
You're better than drugs
Addicted for life
Feel you comin' on so fast
Feel you comin' on to get me high…


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? ¬w¬
Música: You're Better than Drugs - Skillet.