De Volta Ao Passado escrita por Laís Sykes


Capítulo 5
Capítulo 4 - Amizade...


Notas iniciais do capítulo

Só espero que estejam gostando u.ú



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- Então vamos começar com algo digno de um começo e meio. Sem fim. – Ele falou.

- Como o quê? – Eu perguntei receosa.

- Amigos? – Ele estendeu a mão direita. Olhei para ele espantada. Nunca deixamos de ser amigos... Bom. Era isso que eu pensava. Mas acho que depois do namoro viramos só conhecidos.

Estendi minha mão direita também, apertando a dele.

- Amigos e vamos ver no que vai dar.

- Pode dar numa tarde fria, filme de terror e sorvete. Ou numa guerra de travesseiro...

- Gostei dessa última idéia. – Dei um meio sorriso.

- Eu sempre ganho, nem vem. – Ele disse se gabando.

- Como pode ter certeza disso? Você por acaso sabe com quem está falando? – Falei com falsa autoridade.

- Com quem eu to falando? – Ele disse ironicamente.

- Com a Campeã Nacional de Guerras de Travesseiros! – Coloquei minhas mãos na cintura e fiz uma pose.

- Existe competição disso? – Ele fez uma cara engraçada me desconsertando e me fazendo rir.

- Não. Mas se existisse eu ganharia. – Joguei meus cabelos pro lado.

- Ahá!! É o que veremos! Que tal uma CGT?

- CGT?

- Competição de Guerra de Travesseiros. – Cai na gargalhada.

- Agora?

- Agora não né. – Ele falou como se isso fosse algo óbvio. Ele sabe que eu odeio quando falam assim comigo.  – Daqui duas semanas tenho uma semana inteira de folga. Sem shows, sem gravações. Nadinha. Que tal?

- Bom... Pode ser.

- Então toca aí! – Ele estendeu o punho direito fechado e eu fiz o mesmo. Depois começamos a rir. Ele me levou até a porta de casa e nisso, esqueci completamente o meu medo de antes. A minha crise sem hora, sem nexo, sem um porque razoável.  Quando fomos nos despedir senti uma pontada de tristeza e saudade.

- Duas semanas passa rápido, você vai ver! – Ele falou percebendo minha expressão.

- Não esquece hein! – Dei uma risada e ele deu outra junto. Ele parecia querer me abraçar, mas não tomou a iniciativa. Ao contrário de mim, que o fato de agora sermos amigos já estava me ajudando. Pulei no seu pescoço. Eu era menor que ele. – Como você cresceu!! Você era do meu tamanho! – Eu exclamei o largando. Ele começou a rir.

- Foi você que diminuiu!! – Então ele bagunçou meu cabelo como um irmão mais velho faria... Como o Pedro sempre fazia. – Tenho que ir. – Ele sorriu me mostrando segurança e proteção, enquanto colocava as mãos nos bolsos do moletom.

- Até daqui duas semanas.

- Até, pimentinha.

- Pimentinha não Luan! Por favor.

- Ta bom... Pimenta. – Bati o pé no chão fingindo estar brava e ele apressou o passo ainda rindo. Abri o portão de casa e corri pela grama brincando com o Snoop, nosso pequeno grande Bulldog cão-de-guarda. Entrei em casa e fui até as escadas. Parei no primeiro degrau e tirei meu sapato. No segundo degrau, tirei o outro e subi correndo. Abri a porta do quarto e joguei os sapatos por lá mesmo. Fui até o banheiro. Lavei meu rosto e enquanto o secava me olhei no espelho.

- Caramba! Olha meu cabelo! Ai ai... Você não tem jeito mesmo né? – Falei como se ele pudesse me escutar. Soltei um sorriso e fui até meu guarda-roupa. Nisso, na minha escrivaninha onde ficava o computador, havia um envelope escrito apenas meu nome com uma linda letra. Peguei, o analisei e abri.

Srta. Helena Vittali. Informamos que a compra de seu apartamento de 5 cômodos, no centro de Londrina, foi feita com sucesso. Sua mudança já pode ser realizada neste final de semana. Ela já vem mobiliada.

Seus pais me pediram que a avisassem por meio a esse documento. A compra de seu apartamento foi realizada pela minha Imobiliária e paga por seu pai.

Espero que goste da surpresa.

Atenciosamente,

Sr. Humberto Santis.

Não estava acreditando nisso. Existe e-mail! E meu pai comprou um apartamento pra mim? Ele ta me mandando embora de casa, é isso? Escutei a porta da sala abrindo e risadas da minha mãe. Coloquei minha pantufa e desci as escadas até a cozinha com aquele envelope nas mãos.

- Alguém pode me explicar se estão me mandando embora ou fazendo um favor pra mim? – Estendi o envelope até meu rosto.

- Bom... Resolva com seu pai. Eu falei pra ele conversar com você antes.

- Existe e-mail ok? Só pra falar mesmo... Enfim. Não sei se agradeço ou fico brava com você pai. Sério.

- Deveria agradecer... – Ele disse tomando um gole de água.

- Ok. Obrigada. Mas... Mas por quê?

- Fica mais perto da faculdade. E você já tem 21 anos, Helena. Está uma mulher. Por mais que ainda seja a minha menininha... Isso presente de aniversário. Ok?

- Aniver-Aniversário? AAAAH É! Meu aniversário é daqui 2 semanas... Como eu esqueci? Brigada pai! – Falei o abraçando.

- Desculpa se pareceu que a gente tá te botando pra fora de casa.

- É que foi uma surpresa enorme sabe? Mas enfim... Esse fim de semana então.

- Você só precisa arrumar suas roupas. Já é mobiliado.

- Verdade! Amanhã à tarde. Domingo. Eu vou pra lá! Ah não ser que queiram que eu fique mais um pouco aqui e tal...

- Não filha. Não precisa! É aqui pertinho, no centro!

- Brigada paaaaaaaaaai! – Falei o abraçando de novo. Corri pro meu quarto, tomei um banho e logo já comecei a arrumar minhas coisas. Aquilo tava acontecendo rápido demais. Parecia surreal... Mas não pensei nisso. Arrumei um pouco das roupas e o outro monte deixaria para amanhã cedo. Arrumei minhas jóias colocando-as certinho dentro de caixinhas e liguei meu computador. Fui me divertir um pouco...

- Helena minha filha. Acorda. Vamos arrumar suas coisas.

- Ah mãe... Mais cinco minutinhos...

- Não pode esquecer-se de comprar um despertador.

- Ok. Acordei. E não, não vou me esquecer.

- Ótimo. Lava esse rosto, desce, toma café, arruma o resto das coisas e leva lá em baixo pra colocar no carro.

- Eu sei mãe.

- Que bom, agora vamos. To te esperando lá em baixo. – Levantei da cama e tomei um banho. Tomei meu café e subi de volta pra terminar de arrumar as coisas. Terminei lá pelo meio dia.

- Pronto. – Bati as mãos na minha bermuda. – Tudo arrumado. Vou sentir falta disso aqui.

- Tudo pronto? Podemos descer?

- Yes. Bora. – Peguei duas caixas e mamãe uma. Levamos tudo para dentro do meu carro. Algumas não couberam e foram no carro da mamãe. Papai ficou em casa, vendo futebol. Homens... São todos iguais.

~~Luan narrando on.

Amigos... Só amigos. Anormal seria não ter mexido comigo. Eu ainda sinto algo por ela e isso é visível. Peguei-me sorrindo, lembrando que dali duas semanas eu a veria de novo.

- Luan! A Dag chegou!

- Já to descendo! – Gritei do banheiro. Estava arrumando meu cabelo depois de um bom banho quente. Sai dele cantarolando “Um beijo”.

- Iiiiih. Que felicidade é essa? Que leveza é essa, Seu Luan Santana?

- Testa? Vixe. Deu pra virar segurança também? Nem o Well fica me esperando na porta do quarto.

- Hahaha, muito engraçadinho.

- Eu sei. Mas que foi? O que você quer?

- Nada... Só entrei pra pegar a capa do meu celular. – Ele levantou a capa até seu rosto.

- Ata... Tava comigo né. Desculpa, esqueci de te devolver. Mas vamos embora? Viageeeeeem Seu Roberval!!

- Viageeeeeeeem Luan Rafael. Viagem legal. Você não me respondeu... Que felicidade é essa?

- Não posso mais acordar com bom humor? Que isso? Aff. Estressou agora, dá licença. – Rober deu uma gargalhada e me seguiu até a cozinha. – Bom dia Dagmar Alba. – Dei um beijo no seu rosto.

- Bom dia Luan Santana.

- Luaaaan! Ficou sabendo que a Helena ganhou um apartamento no centro da cidade, do pai dela? O aniversário dela é daqui 2 semanas! – Bruna falou vindo da sala de estar.

- 2 semanas e ela não me fala nada?

- Ué. Você já deveria saber. Né não?

- Quem é Helena? – Dagmar me olhou séria.

- É uma velha amiga minha, ok Dag. Nada que te interesse.

- Toma cuidado Luan. Amiguinhas são perigosas...

- Não fala assim da Helena, Dagmar! – Bruna protestou. – Ela é uma boa pessoa. Muito melhor do que essa Cacau, essa Denise... Renata...

- Ok, chega Bruna. – Olhei sério pra ela. – Ela é apenas uma velha amiga. – Repeti. – Mas chega disso. Cadê o café? Ah, tá aqui.

~~Luan narrando off.

"Tô com vontade de enfrentar o mundo, ser pra sempre o guia do seu coração. Sou a metade de um amor que vibra numa poesia em forma de canção."


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Notas finais do capítulo

Trechinho da música nova da super bela Paula Fernandes; Eu sem Você.
E aí? Reviews? :3



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