De Volta Ao Passado escrita por Laís Sykes


Capítulo 6
Capítulo 5 - Meu apartamento!


Notas iniciais do capítulo

Ai gente. Muita coisa pra fazer por aqui, mas tá aí! Não deve ter ficado muito bom, mas foi o máximo que consegui pra compensar o tempo de espera de vocês! kkkkk'



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Será que ele se lembraria do meu aniversário? Se sim... O que ele me daria?

O apartamento era espaçoso. Ideal pra uma pessoa solteira e com hábitos de vida como eu. Cozinha simples. Mesa redonda com quatro cadeiras. Sala de estar com dois sofás; 3 e 2 lugares. Uma estante pequena com algumas prateleiras para decoração e espaço para a TV. Área de serviço com uma máquina de lavar, tanque, espaço vazio e um varal. A sacada era pequena, mas com uma limpeza e um toque de decoração, ficaria aconchegante. Primeiro ajudei a minha mãe a trazer as caixas para cima e depois prometi a ela que ficaria bem. Conseguiria arrumar tudo sozinha e se a preguiça batesse sobre as roupas, as arrumaria amanhã... Mas não precisou. Lá estava eu, jogada na cama depois de dobrar pilhas de roupas e jogar fora outras pilhas de roupas velhas... Ou melhor, levar ao porteiro e pedir pra ele por um bom fim naquelas roupas.

Acordei assustada. Um pouco suada. Será que tive um pesadelo? Não me lembrava de nada... Peguei um shorts jeans, uma camisa normal branca e fui tomar um banho. Coloquei uma rasteirinha, um moleton, peguei uns 15 reais e caminhei até a padaria mais próxima que era a dois quarteirões dali. O caminho de volta pareceu mais longo... A cidade às 7 horas da manhã era tão calma... Cumprimentei o porteiro novamente e subi até o 6º andar daquele prédio no elevador.

- 601... 602... 603... – Repetia os números dos apartamentos conforme ia seguindo por aquele corredor. – 604... – Virei no corredor da esquerda. – 605. – Sorri, peguei as chaves e entrei. Coloquei as compras em cima da mesa, o molho de chaves pendurado no porta chaves. Joguei o moleton no braço do sofá. Peguei o meu CD do Fernando e Sorocaba e coloquei pra tocar no meu rádio.

- Diz pra ela que eu to curtindo a liberdade... E que eu to trabalhando e tudo tá corrido. – Cantava junto com os meninos. Sempre fui muito fã do Fernando e Sorocaba, Jorge e Mateus... Sertanejo era, é e sempre será minha vida!

Escutei meu celular tocando no meu quarto. Era o toque de mensagem. Corri e pulei na cama. Enfiei meu braço por baixo do travesseiro e o agarrei.

Bom dia meninaaaaaa! Fiquei sabendo do seu AP.! Que tal eu almoçar por ai hein? Ok, fechado. Até as 11h to aí. Mil beijooooos rsrs”

- Ai ai Bruna... – Dei uma risada. Era 7h30min. Tinha tempo até ter certeza do que preparar.

Depois de tomar meu café, fui arrumar a TV, que antes ficava no meu antigo quarto e instalar o aparelho de DVD. Depois de vários pequenos choques, consegui. Lavei a sacada. Tirei o pó da mobília. Lavei algumas roupas sujas.

Fui ao mercado e comprei um jogo de pratos. Lindinho por sinal. Eu odiava os da casa dos meus pais... Comprei talheres. Uma caixa com 12 copos normais, uma panela pequena e o necessário para o banquete do meio dia. Quando recebesse meu salário, cuidaria da parte de decorações do apartamento...

O almoço estava quase pronto. Fiz arroz, macarrão com molho pronto e uma salada de tomate. Escutei o interfone e fui logo atender.

- Oi?

- Srta. Helena Vitali?

- Só Helena, por favor.

- Ok... Tal de Bruna está aqui em baixo, ela pode subir?

- Claro! Aliás... Sempre que ela estiver ai, a deixe subir!

- Tudo bem! – Desliguei, arrumei a mesa, troquei o CD que estava tocando, por um d Jorge e Mateus, mas antes que pudesse apertar o play escuto alguém batendo na porta.

- Brunaaaaaa! – Falei a abraçando e beijando seu rosto. – Bem vinda à minha humilde residência. – Começamos a rir.

- Muito obrigada e... – Ela respirou fundo. – Que cheirinho booooom! Pelo jeito cheguei na hora exata! – Ela entrou e jogou sua mochila no sofá.

- Ué, vai direto pra escola depois?

- Yes. Por isso vim almoçar aqui né. E aliás, bem pertinho da minha escola.

- Da faculdade também, da padaria, do mercado nem tanto... Mas é um bom lugar!

- Claro... Posso? – Ela falou apontando para o rádio.

- Sempre! – E dei uma risada.

Chega, eu não quero mais ficar te esperando, pra mim tanto faz.
Chega, um longo tempo se passou é hora da despedida desse nosso amor.

- Jorge e Mateus? Nunca pode faltar na sua lista, não é mesmo? – Ela deu uma risada.

- Nunca mesmo! Jamais!

- Hahaha! Tem Aí Já Era? Nossa... Essa música é pra chorar...

- Escondida no quarto e lembrando-se de certas coisas, assim com “Férias em Salvador”. Hahaha. – A interrompi.

- Exatamente!

- Almoço está pronto! – Ela apertou o passo e sentou-se à mesa. – Temos arroz, macarrão ao molho de tomate e salada. Pode se servir.

- Hmmmmm! Simples, mas com uma cara ótima! Com licença! – Ela pegou o prato e se serviu. Depois de alguns minutos e algumas garfadas, Bruna pegou um pouco de suco e perguntou virando-se pra mim:

- Como vai você e o Luan? – Essa pergunta me pegou de surpresa. Mal consegui terminar de  mastigar a comida.

- Co-Como assim? – Falei gaguejando e tomando um gole de suco também.

- Você e o Luan... Há tempos não se viam direito, não se falavam direito... Queria saber se agora viraram só conhecidos...

- Bom... Decidimos por uma amizade. Sei lá... É algo mais... Puro. Digamos assim.

- Então, mais que amigos... Não tem? Não existe? – Me surpreendeu de novo. Agora eu quase me afoguei com o suco. Tossi um pouco e respondi:

- Não! Sem chances... Isso acabou há 7 anos Bruna. – Falei tentando convencer a mim mesma também. Mesmo sabendo que era mentira e sem efeito algum.

- Ah! É que sei lá... O que vocês dois tinham era tão bonito e muito mais puro do que uma amizade...

- Eu concordo contigo. Mas nós tínhamos, verbo no passado. Com o tempo tudo muda, tudo passa. E amizade é o que nos resta...

- Vejo mentira nesses seus olhinhos Helena. Você é mais velha, mas em quesito de mentiras, não cresceu nada. Percebo que está tentando enganar até a si mesma. E se não tivesse nada mais, se não existisse vestígios daquele amor de 7 anos atrás, vocês não tentariam de todo jeito, continuarem próximos. Ao contrário, vocês não ligariam para isso... – Tentei interrompe-la, mas não pude e ela continuou. – Saiba que não estou do lado de ninguém. Nem seu, nem do Luan. Mas não me leve a mal.

- Claro... Sou sua melhor amiga e ele seu irmão.

- Exato! E concordarei, mesmo achando erradas, todas as opiniões de vocês.

- Nós dois, sermos apenas amigos. É algo errado em sua opinião?

- Não! Ao contrário. Melhor assim, do que afastados um do outro. Mas acho que isso não dura muito tempo... Eu sei que aí dentro, ainda existe algo. O mesmo com o Luan! E assim, daqui a pouco isso vai ser visível a todos!

- Não, não quero algo mais do que amizade. Não quero começar algo tão bonito e logo depois acabar com o mesmo motivo da outra vez.

- Você está com medo! E não digo pra você esquecer esse medo e ir fundo, pois concordo contigo que será um pouco difícil viver a vida do Luan... Só digo que... Deixe tudo fluir e se acontecer... Aconteceu e sua obrigação é deixar rolar!

- E quem disse que eu não vou fazer isso?

- Sei lá... Você vai fazer isso?

- Não sei... – Disse sinceramente.

- Viu só? Bom, deixe-me ir! Escola agora... Apresentar trabalhos, receber provas com notas... Que Deus me ajude! – Ela falou levantando-se, indo até o sofá e pegando sua mochila. Eu a acompanhava. – Pensa bem no que te falei, ta bom? Quero vocês dois felizes. – Ela me abraçou e me deu um beijo na bochecha.

- Pode deixar. Pensarei com carinho! Ah! Ele já foi viajar? – Perguntei na porta.

- Já! Foi hoje cedo! Campo Grande, terra Natal!! Hahaha.

- Hahaha! Ok então! Boa aula! – Ela acenou enquanto virava o corredor. Fechei a porta, lavei a louça e descansei um pouco. Na segunda nunca trabalhava de manhã e nessa tarde havia recebido folga. À noite tinha faculdade.


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Notas finais do capítulo

E aeeeee? kkk O que acharam? :3



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