De Volta Ao Passado escrita por Laís Sykes


Capítulo 4
Capítulo 3 - O verdadeiro começo.


Notas iniciais do capítulo

Só digo uma coisa... Esse capítulo ficou perfeito na minha humilde opinião... kkkkkk Quero ver se estão gostando mesmo u.ú



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Depois daquele momento, começa a tocar uma música internacional.

- Vai... Uma dança só não faz mal a ninguém! Vem! – Luan falou me puxando.

- Não Luan... Acho melhor não... – Não pude terminar a frase e ele já foi logo me puxando pra perto de si. Mas não tão perto... Numa distância razoável. Uma atitude que me surpreendeu.

- Lembra? 1, 2... – Ele foi dando pequenos passos para a direita. – 1, 2... – Depois para a esquerda.

- 3, 4... – Entrei na onda e continuei. Dei dois passos para frente e ele para trás.

- 3, 4... – Ele olhou em meus olhos e sorriu. Aquele sorriso de confiança e segurança... Ele me rodou.

- 5. – Falei sorrindo e demos uma risada. Depois começamos tudo de novo, até a música terminar. Rimos até nossas barrigas começarem a doer.

- Preciso de água... – Ele falou tomando fôlego.

- Somos dois!! – E demos outra gargalhada voltando à cozinha. Bruna estava lá com um rapaz da idade dela, parecia... Luan olhou sério e depois tossiu tentando chamar a atenção dela. Eles não perceberam. Comecei a rir da cara de ciúmes do Luan e foi aí que eles nos olharam.

- Ah! Lu-Luan? Oi! – Bruna riu mostrando estar nervosa. – Depois a gente se fala Pedro, beijos. – Ela falou quase num sussurro. O tal Pedro tentou beijá-la, mas ela esquivou e deu um meio sorriso. Dei um passo em sua direção, mas não vi a cadeira e bati com o meu pé nela.

- Ai, que porr... – Não terminei a frase. – Desculpa.

- Lerda... – Luan exclamou.

- O que? – Falei fingindo não ter escutado.

- Nada... – Ele disfarçou.

- Lerdo é você. – Bruna começou a rir.

- Vocês são tão fofos juntos!! Hahaha. – Luan levantou uma das sobrancelhas. Já disse que ele ficava a pessoa mais perfeita do mundo fazendo isso?!

- Agora você e aquele Pedro...

- Vixeeee... Tava demorando. – Falei fazendo uma careta.

- Luan, por favor. Ataque de ciúmes agora não...

- Ciúmes? Quem disse que é ciúmes? Eu hein... Só afirmei. – Ele deu com os ombros. Abafei a risada com a mão enquanto me sentava na cadeira.

- Traz um pouco pra mim Luan? – Fiz uma cara fofa enquanto ele bebia o copo d’água. Colocou um pouco mais no mesmo copo e me entregou. – Brigada.

Quando muitos dos convidados do churrasco já tinham ido embora, estava começando o por do sol. Mamãe e papai ficaram conversando com a Dona Marizete e o Seu Amarildo, assim como eu, Bruna e Luan, ao lado da piscina.

- Acho que já podemos começar a arrumar a bagunça né?! – Dona Marizete deu uma risadinha em direção ao Seu Amarildo.

- Também acho!

- Faço questão de ajudar!!

- Não precisa Cláudia! Vocês terem vindo pra cá já foi a melhor coisa!

- Que isso Mari... – Minha mãe tinha essa proximidade com a mãe do Luan a ponto de chamá-la de Mari. Eu achava isso tão fofo.

- A gente insiste!! – Papai disse virando a cadeira de rodas em direção ao Seu Amarildo. Me perguntei como papai iria ajudar... Mas não fiz nada. Era bom que ele fizesse coisas desse tipo. Pra ver o quão importante ainda era.

- Bom... É muita coisa né Marizete? Não nos levem a mal... Mas acho melhor não desperdiçarmos essa ajuda!!

- Ok, ok...

- Está tudo bem!! Vamos começar pela sala então!! – Mamãe falou como se fosse a cabeça do projeto “limpa tudo”. Eu e Luan fomos nos levantando para ajudá-los.

- Não, vocês ficam aqui, conversando! – Marizete disse com autoridade.

- Mas mãe... – Luan disse surpreso.

- Me obedeça Rafael! – Dei uma risada e me sentei de novo na cadeira, seguida de Luan que ainda estava surpreso.

- Bom... Vou pro meu quarto. – Bruna se levantou e me deu dois beijos, depois um tapa nas costas do Luan. Ele protestou e ela só deu uma piscadinha.

Ficamos por um longo tempo em silêncio, só olhando o sol se pondo quando Luan aproxima sua cadeira da minha e me surpreende com um beijo na bochecha. Fiquei imóvel, esperando ele se afastar.

- Lu-Luan... – Virei meu rosto para ele.

- Shiiiu. – Ele exclamou colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Olhava-me nos olhos, como se quisesse encontrar algo, enquanto alisava meu rosto com as costas de sua mão. – Você continua linda como uma boneca de porcelana... – E ele segurava meu rosto como se eu fosse uma mesma. Como se a qualquer instante, eu pudesse quebrar.

“Boneca de porcelana” ou apenas “Boneca”, eram um dos apelidos fofos que Luan me dava quando namorávamos. Por que isso agora...?

O momento estava me fazendo pensar em algo que talvez fosse mortal pra mim... Mas a tentação de ter seus lábios próximos dos meus novamente era maior... Maior que eu... Maior que a minha razão... Maior que tudo. Eu tinha que resistir e repetia isso dentro de mim a todo segundo...

Tarde demais. Senti seus lábios macios, a verdadeira tentação, nos meus. Ele me beijava lentamente, como se quisesse prolongar aquilo. Beijava-me delicadamente. E quando aquele beijo acabou... Acordei. Vi-me naquele estado de transe total e o empurrei, obrigando-o a se afastar de mim e me levantei rapidamente da cadeira.

“Como você pode ser fraca Helena? Como?”, repetia pra mim mesma.

- Helena...

- Não! Não fala nada. Me deixa ok? Me deixa pensar... Me deixa... – Minha voz travou. – ME DEIXA! – Aumentei meu tom de voz e sai dali correndo, nervosa, brava comigo mesma por ser tão fraca.

Minha cabeça tava cheia. Estava tumultuada. Eu não pensava direito... Só queria ir pro meu quarto... Mas cadê meu quarto? A cinco quarteirões dali. Não esperei minha mãe. Sai daquela casa, atravessei a rua e continuei andando. Com passos pesados, as pernas tremendo.

- HELENA! – Escutei aquela voz, dona de milhões de corações e infelizmente... Do meu também.

Parei bruscamente, sentindo meus olhos enxerem d’água. Por que eu queria chorar? Por que eu estava naquele estado? Virei-me na sua direção e ele desacelerou o passo.

- Você está chorando... – Ele aproximou sua mão para secar meu rosto, mas eu desviei. Foi um ato involuntário que me fez chorar ainda mais. Ele pegou no meu ombro e me puxou para o seu peito, me dando um abraço confortante, apertado, quente... Mostrando-me proteção.

- Eu sou muito fraca... – Dizia no meio das lágrimas.

- Não... Você não é... – Ele me confortava falando com uma voz doce e afagando meus cabelos. Ele se afastou e falou olhando nos meus olhos:

- Me desculpa. Eu não poderia ter feito aquilo... – Balancei minha cabeça como um não. – É que... – Ele se aproximou novamente, dei passos para trás bruscamente.

- Não Luan... Por favor... Não... Lembra porque terminamos... Não vai dar certo...

- Como você sabe? – Ele tentou disfarçar o desespero na voz.

~~ Luan narrando on.

Eu estava com medo de perdê-la novamente. Agora que percebi que ela ainda guardava aquele sentimento antigo por mim... Me dei conta que dentro de mim ele nunca havia saído. Isso explica todas as vezes que aquelas lembranças boas me invadiam na madrugada depois de um show.

- Por que eu... Eu apenas sei. Luan, não dá... Vai embora. Deixe-me ir. – Ela segurava as lágrimas. Não iria conseguir vê-la chorando.

- Eu não quero mais me afastar de você... Você não faz idéia da falta que me faz. – Ela me olhou surpresa. Aquilo saiu da minha boca automaticamente.

- E-Eu... – Ela tentou dizer algo, mas dei alguns passos até ela fazendo-a travar.

- Pelo menos... Diz que não vai fugir de mim.

- Você está tão bem sem mim... Qual a diferença?

- A diferença é que antes eu não me dava conta de tudo que estava aqui. – Apontei pro meu peito.

- Você está dizendo que...

- O que tem aqui dentro, pode não ser a mesma coisa de sete anos atrás. Mas que ainda existe algo... Helena. Eu não sou idiota pra não perceber o que senti ao te ver entrando naquela porta de novo...

~~ Luan narrando off.

Ele parou de falar esperando alguma reação minha... Mas aquelas palavras vieram tão fortes sobre mim que eu não tive tempo de pensar. O que eu ia dizer? Aquilo tava mexendo tanto comigo... Mas o bom é que eu já havia parado de chorar.

- E-Eu... – Procurei as palavras certas. – Eu não vou fugir. – Olhei para os meus pés, mas antes que ele tivesse alguma reação, eu continuei:

- Mas ainda acho que não vai dar certo.

- Uma chance, por favor! – Ele me pediu.

- Não seja precipitado Luan. Não quero acabar com algo tão bonito... Se for pra começar... Que não tenha fim. – Vi uma pitada de esperança nos seus olhos e não vou negar que há tempos, eu tenho essa mesma esperança.

Mas será que... Ele ainda sente algo? Será que não é exagero dele?

“Vamos comemorar, não fique triste... Um novo dia sempre existe. Quero dizer o que sinto pra você, numa canção pra você não esquecer.”


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Notas finais do capítulo

O que acharam? :3 Meio exagerado? :x Vou começar a colocar pequenos trechos de músicas no final de cada capítulo.
Esse trecho é da música "Vamos Comemorar - Capital Inicial".
Sobre a fanfic: Será que o Luan vai ter essa chance? O que a Helena vai decidir pra não ficar longe do Luan também? O que vai ser desses dois hein?!



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