Um amor imperfeito escrita por Hachi182


Capítulo 5
Omashu é dominada


Notas iniciais do capítulo

Não gente, a fic não está abandonada, só a autora que é uma preguiçosa e só conseguiu ter idéias pra escrever agora, durnate as férias ^^"
Ai vai mais um cáp. !!!!



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Andamos por longos corredores, mais ou menos 5 minutos em um passo rápido para cada um, sendo que eu perdi a conta do número de corredores..Até que chegamos a uma porta e ele fez um gesto para que eu espera-se ali, enquanto ele entrava no quarto. Pensei em fugir, olhei para os lados para me certificar que não tinha ninguém, mas infelizmente tinha um guarda do outro lado da parede, sendo de as larguras são de 3 metros ou mais, eu nem percebi aquele ser ali até encara-lo.
Respirei fundo e soltei a respiração pesadamente, voltei a olhar para frente com uma cara de taxo. Até que consegui escutar vozes lá de dentro, fiquei curiosa e tentei me concentrar lá dentro :

— Então querido, como foi a viagem de volta ? Você está bem ? – disse uma doce voz feminina, é inacreditável como alguém pode chama-lo de “querido”

— Sim, estou ótimo – respondeu amoroso, inacreditável, depois disso ouvi um estalinho, parece ter sido um beijo - Onde está o meu garoto , Marilene ?

— Lá fora, está tentando lutar contra a irmã, novamente...

— Aquele garoto não sossega !!! – disse meio irritado

— Ele teve a quem puxar – disse Marilene, seguido de um risinho

— Escute, arrumei uma escrava para você, eu a capturei nessa ultima viagem ao Reino da Terra, está ali fora – um arrepio na nuca seguiu toda a minha espinha dorsal, só esperava que ela fosse gentil comigo também – Adestre-a do jeito que quiser, mas ela vai treinar comigo e com Kouta no horário de sempre – disse, saindo do quarto e seguindo a direção oposta a qual eu estava, depois entrou em um corredor claro, parecia dar para o lado de fora, como deixei aquilo escapar ??? Ah é, o guardinha ali do lado.

A tal Marilene saiu do quarto e pude vê-la pela primeira vez : Ela razoavelmente alta, tinha uma cintura perfeita, e o vestido colado realçava as curvas , tinha longos cabelos loiros presos em uma trança, olhos em um tom de cinza claro e a pele bem clarinha. Parecia uma boneca, soltei um sorriso involuntário e ela riu, mas não em forma de deboche

— Ai ai.. ás vezes me pergunto como pessoas como você vem parar nas mãos no meu marido, sinceramente.. Venha, vou te mostrar a casa, já que vai ficar aqui nas próximas 2 semanas. Também vou te explicar as ‘regras’ da casa, antes que Kizamuri perca a paciência..

— Que bom que você conhece seu marido.. NÃO!! Não, desculpa, saiu sem querer – disse fazendo várias referencias, até que ela me segurou pelos ombros e me fez parar.

— Calma, eu não ligo muito pra essas coisas de “Me obedeça a todo custo”, é que eu venho de uma linhagem.. inferior, digamos de eu era uma plebeia antes de conhecer o Kizamuri, então, pode relaxar comigo – ela soltou meus ombros e virou em direção a porta – Me siga, vou te mostrar os cômodos enquanto falo o que deve fazer durante seu tempo aqui..

Eu juro.. que, quando ela encostou nos meus ombros, e me fitou com aquele olhar carinhoso, foi a primeira vez que me senti sozinha em muito tempo. Senti falta do meu pai, senti falta dos garotos que eu considerava amigos e.. principalmente, a imagem dela me lembra minha mãe... Minha mãe.... engoli o choro que estava por vir. Apenas tentei me concentrar nas palavras dela.

Depois de passarmos por todos os cômodos da casa e Marilene me explicar as regras ‘básicas’, disse que eu já estava pronta para servir o Kizamuri sem ele reclamar :

— Ahh!!! Só há mais uma coisa que precisa saber, Kizamuri está tendo dificuldades de treinar o nosso filho caçula porque, como general ele não pode sair perambulando com queimaduras pelo corpo, e a minha filha mais velha é avançada demais para treinar com Kouta.. mas acho que vocês tem a mesma idade, então..... Prepare-se.

“Prepare-se..” aquelas palavras ecoaram na minha cabeça, “O que ela quis dizer com isso ?” pensei. Mas eu sabia, de alguma maneira, que logo iria descobrir porque... Mas, enquanto isso, ia me acostumando ao fato de ficar perto no cara que me trouxe pra cá, ele deve ter um caráter melhor perto da família, assim estaria a salvo

— Qual é o seu nome criança ? – perguntou Marilene
— Cassandra,minha senhora – respondi, apesar de não gostar que ela me chamasse de criança
— De verdade, não se preocupe em falar comigo formalmente !! – disse de novo olhando pela enorme janela da sala, fazendo um gesto para que visse também, seja lá o que fosse – Esta vendo o loirinho ali ? O nome dele é Kouta, tem 13 anos
— Eu tenho 12...

—Parece ter mais idade

— Por isso que estou aqui, a senhora Lorraine acha que eu ainda não sirvo para.... ahm, ‘servir’ os homens do conselho..

— Está certa, como sempre.. aquela mulher tem um olho biônico para tudo !! Mas como pode !!!! – disse olhando para o céu, pensativa.

— Ahm.. quem é a garota ao lado dele ? – disse, mudando de assusto rapidamente, eu não quero me lembrar daquela mulher, apesar de ter sido que me colocou aqui. Ela voltou a realidade

— Aquela é minha filha Sophie.. É o orgulho de Kizamuri, pobre Kouta... ele menospreza tanto o garoto..

— Mas, você não pode fazer nada ?

Ela desviou o olhar do meu, fiquei arrependida de ter perguntado isso, mas a minha língua não sabe se controlar, então... saiu.. Antes que pudesse pedir desculpas , a porta se abriu bruscamente, eu assumi uma pose ereta, apesar do susto. Marilene virou-se aflita, e caminhou lentamente a direção do menino.

— Kouta, meu amor, o que houve ? – perguntou, amorosa

— Papai vai treinar a Sophie primeiro... mãe, o que mais ela pode aprender ??

— Querido, seja paciente, você vai aprender as mesmas coisas que ela, um dia..

— Uhm, até lá ela vai estar léguas melhor que eu.. – então o garoto olhou finalmente para mim,ele tem o jeitinho do pai quanto tá zangado – Quem é a garota ?

— Kouta, essa é a moça que seu pai capturou na ultima viagem dele para o Reino da Terra

— Ahh, essa é a escrava que ele trouxe pra apanhar de mim, que injusto, podia trazer um homem.. qual é o seu nome ?

Meu primeiro pensamento sobre esse garoto : ele é bem bonitinho, olhos verdes que nem os da mãe e um cabelo loiro também, porém mais escuro, a pele era meio moreninha e o rosto, de Kizamuri não tinha quase nada.
Meu segundo pensamento sobre ele : que garoto mimado. Mas como não tenho escolha, me curvei e disse :

— Meu nome é Cassandra, pequeno senhor – isso até que soou engraçado, mas prendi o riso.

Ele simplesmente deu de ombros e foi para dentro, provavelmente pro quarto dele. Fiquei curvada até sair da vista dele, se não, eu seria capaz de gritar. Mas, uma coisa que eu não entendi até agora é o fato do Kizamuri querer me treinar..ok, ele vai treinar o filho ME usando de saco de pancadas, mas, ele consequentemente também vai estar me treinando.. estranho, pra quem me despreza, ou como a Marilene disse, é ele que deve estar me preparando para o pior..

..........................

Uma semana se passou, tenho mais 7 dias dentro desse mesmo ritmo, meu corpo dói de tanto apanhar.. o Kouta não tem piedade, nem mesmo com garotas, deve ser por isso de o Kizamuri me detesta.

Além do mais, tenho me sentido mal por não usar a dobra de água a tanto tempo, dores de cabeça frequentes vem me atormentando desde então, tenho exatamente 1 mês e 1 semana no país do fogo, parece mais tempo, mas isso me sufoca. Quer dizer, a 1 mês atrás eu tinha um ritmo constante da dobra de água, e agora eu simplesmente me proibi a isso !!!

Só tenho tempo para falar com o Kizamuri e o Kouta nos treinos, que são bem puxados, devo admitir. A tal da Sophie não dá as caras em casa, presumi-se que o meu maior contato aqui é a Marilene, tão bondosa.. não sei como ela veio parar aqui, mas eu preferia não ter contato próximo com ninguém, ai não precisaria disfarçar a dor.

Mas pra que disfarçar né ?? Se ela já me disse que posso ser sincera em sua presença, acho que é receio... acabei tornando minha mente escrava, de uma “prisão” psicológica que eu criei sozinha.

Um mês...

Que tipo de terapia eles me fizeram passar por aqui ?? Me sinto tão diferente.. submissa.. é uma coisa que passei sem perceber. Mas, afinal, agora no fim da tarde, estou tendo tempo para pensar em mim mesma.

É mesmo... para a Cecília e o resto do pessoal, já acabou a semana no castelo, acho que estão preocupados, ou não, Eric me disse algo como “Alguns não voltam depois do tempo no castelo, provavelmente estão morto ou servindo os generais, na maioria dos casos, são morto”, disse dando de ombros, enquanto estávamos na fila.

Me pergunto se Cecília conseguiu voltar, se eu voltar, gostaria de vê-la, ela é uma boa companhia, assim como o mala do Eric, ele é um daqueles chatos que agente sente falta.

Aproveitei por estar dentro do banheiro, com a banheira cheia, e quis entrar ali dentro. “Por que não? Depois posso colocar tudo de novo em um piscar de olhos !!” pensei. E podia mesmo, encher uma banherinha como aquela, pra mim, seria mamão com açúcar !!! E é uma desculpa pra eu usar a dominação de água sem ser descoberta, qualquer coisa encho o balde e digo que estava trocando a água... perfeito !!!!

Tirei a roupa e entrei lá dentro sem dó !! Agora sabia porque todo mundo ficava horas no banheiro, aquilo é uma delicia !! Mas eu só posso me dar o luxo de ter apenas alguns minutos.

Soltei o cabelo e afundei a cabeça água abaixo, fiquei ali até a minha respiração não aguentar, e subi devagarinho. Relaxei os músculos das costas, encostando-a na borda da banheira, e fechei os olhos. Fiz a água curar meu corpo, aquilo me deixou mais relaxada ainda, depois fiquei fazendo mini-ondas,variando entre movimentos de vai e vem com a água.

Na hora, me passou pela cabeça que eu podia dormir ali dentro, mas ignorei essa hipótese. Até ouvir o ranger da porta se abrindo e alguém entrando, fechando a porta logo em seguida. Me agitei ali dentro, parei de brincar com a água e cobri os seios, ao olhar para trás, dei de cara com Kouta.

Foi um milagre eu não ter gritado, nem ele. Não sei o que aconteceu com ele, mas eu quase deu um pulo dali de dentro e me virei para a direção oposta a dele.

— Pe..pensei que vocês só voltavam mais tarde..- disse, meio que gaguejando, eu esqueci de dizer que a família tinha ido visitar a cidade, parece que a noite, iam soltar fogos de artifício por terem conseguido dominar com sucesso a cidade de Ba Sing Se, infelizmente.

—Voltei mais cedo – disse ele, devia estar tão corado e tímido quanto eu – Não aguentei ficar para ver os fogos, vão ser soltos tarde demais... – me virei para ver se ele estava me encarando, não.. ele esta de costas para mim e de braços cruzados, como se fosse uma proteção.

— Eu.. preciso que você saia, para que eu possa colocar as roupas – disse, encabulada

— Ata, desculpa – ele se apressou em sair, mas parou na porta, já aberta- E.. escuta, sobre os treinos... me desculpa, eu não gosto de bater em mulheres, mas o meu pai diz que não se deve ter piedade de prisioneiros, então.. desculpa – disse fechando a porta depressa, ouvi ele correr pelo corredor até os passos sumirem.


Tratei de sair logo dali e colocar as roupas, me enxuguei com a dobra de água e fiz o mesmo no cabelo, agora estava encaracolado e macio, como sempre. Mas se ele havia voltado, é muito provável que a família, pelo menos 1 deles, volte para ter certeza que Kouta está bem, ou não né...

................................

Kouta narrando

Então, viemos na cidade, parece que, depois do meu pai ter voltado, eles enviaram outra tropa para reforçar a que já estava lá e eles conseguiram finalmente derrubar Ba Sing Se, agora só falta Omashu, e devido ao grande murro que cerca a cidade, creio que vai levar mais alguns anos até eles conseguirem o controle total do Reino da Terra.

Eu já não estava aguentando tudo aqui, afinal, como sempre, meu pai foi chamado no meio de mais um dos nossos passeios em família para resolver alguma coisa, e meu deixou plantado com a mamãe e a Sophie em um restaurante, e aquele cheiro de comida estava me torturando, mas ainda não era a hora de jantar.

As duas estavam falando dos vários tipos de casamento entre as tribos, já que no mês que vem, a Sophie vai fazer 16 anos, e já vai ter idade suficiente para se casar, aquele papo de mulher estava aumentando ainda mais o tédio que eu sentia. Apoiei os braços sobre a mesa e deitei a cabeça em cima deles, de modo que eu conseguisse observar minha mãe.

Minha mãe é bem bonita, dizem que o primogênito parece mais com o pai e o segundo filho se parece mais com a mãe, eu e Sophie éramos um exemplo disso : a Sophie tinha os cabelos castanhos e cacheados do meu pai, e a pele meio moreninha, com olhos castanho-mel.
Já eu.. bom, eu sou loiro que nem a mamãe, meu cabelo é liso igual ao dela, porém mais escuro, também sou meio branquelo e meus olhos são um tipo de verde que parece tom de garrafa. E eu sou bem baixinho, quer dizer, eu tenho 13 anos e 1,57 de altura , pelo menos a minha irmã não cresce mais, já que tem 1,65 de altura. Mas ai, um dos casamentos que elas estavam comentando me fez voltar a realidade :

— Ei, você sabe que os casamentos de ambas Tribos da Água é considerado um dos mais românticos ?? – disse minha irmã, entusiasmada

— Eu concordo, pena que não sei de todos os detalhes... – lamentou-se minha mãe

— O que você sabe sobre isso mãe ? – perguntei

—Olha só, pensei que estava morto de tédio, garoto – disse Sophie em um tom de deboche

— Estou mesmo – disse me levantando – Desculpa mãe, eu não vou aguentar ficar para ver o os fogos, estou indo pra casa !!! – disse saindo da mesa e me dirigindo ao castelo do senhor do fogo

—Vá com cuidado !! – escutei minha mãe dizer ao longe.. ela sempre zelou mais por mim que pela mina irmã.

Ok, cheguei em casa acelerado, vim correndo não sei por que, mas um banho me cairia agora muito bem, nem sei onde foi parar a Cassandra, devem te-la mandado ir pra perto dos escravos, já que eles foram embora hoje de manhã. Mas quando chego do banheiro, eis a minha surpresa : ela estava dentro da banheira, parecia aflita, deve ter ouvido eu entrando. Felizmente, ela estava de costas, então, eu não vi nada que a desrespeitasse como mulher, mas assim que ela virou para ver quem tinha entrado, eu deu um pulo e virei de costas, pelo barulho da água, ela deve ter feito o mesmo :

— Pe..pensei que vocês só voltavam mais tarde..- disse ela gaguejando

—Voltei mais cedo – cruzei os braços, ainda não ousava olhar para ela de novo – Não aguentei ficar para ver os fogos, vão ser soltos tarde demais

— Eu.. preciso que você saia, para que eu possa colocar as roupas – disse ela, depois de alguns segundos em silêncio

— Ata, desculpa – tinha até esquecido de sair do banheiro de tanta vergonha, que.....vergonha !!! Abri a porta, já estava com um pé do lado de fora, mas acabei parando, tinha uma coisa que eu precisava dizer se ela fosse mesmo embora essa noite - E.. escuta, sobre os treinos... me desculpa, eu não gosto de bater em mulheres, mas o meu pai diz que não se deve ter piedade de prisioneiros, então.. desculpa – disse fechando a porta depressa, sai correndo pelo corredor, nem esperei uma resposta. Fui até a varanda e me deitei ali, vendo os últimos raios de sol, a fonte da dominação de fogo, indo embora...

Mais alguns minutos, ouvi passos chegando perto de mim, levantei a cabeça para ver quem era, e era a Cassandra

— Nossa, que rápida !! Até seu cabelo está seco..

— Ahm.. eu conheço uns bons truques pra cabelo e.. essas coisas – ela pareceu nervosa quando comentei do cabelo – Posso sentar do seu lado ?

— Po..pode, sem problemas – na verdade, tinha problema.. eu sou um garoto, ela é uma garota, os dois pertinhos, dentro de uma casa vazia.. droga, meu pai vem fazendo a minha mente ficar cheia de pensamentos impróprios...


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Notas finais do capítulo

continua no próximo episódio pessoal !!!
Mereço reviews ??



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