Um amor imperfeito escrita por Hachi182


Capítulo 27
Confusão


Notas iniciais do capítulo

Oi.... ^^;

Vejo você snas notas finais :3 Boa leitura! (obs.: qualquer erro de digitação ou ortografia foi por pura preguiça da autora de reler 3500 palavras -.-)



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No capítulo anterior...

Haviam treze pessoas na sala.
Doze faziam parte do conselho.

Sete haviam levantado a mão a favor da proposta.

– Muito bem, que assim seja feito. Tragam o garoto amanhã ao cair da noite, para ser interrogado.

E assim, todos se levantaram, e depois de uma reverencia ao ancião da tribo, cada um seguiu para sua própria casa.
Inclusive Pedro, que até então assistira a cena toda sorrindo. Mal podia esperar para contar as novidades a Cassandra, cedo do dia seguinte .

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Kouta narrando

Os guardas me levaram praticamente sem nada para a minha sentença! Será que sou tão mal visto assim ?

Sinto frio... Muito frio...

Era só isso. Ainda que desacordado, sabia que meus braços e pernas estavam quase congelados, e o frio contrastava com a temperatura do meu tórax. Minha cabeça era um peso morto. Não conseguia move-la e nem ao pescoço. Lembro-me de ter acordado ali em baixo em algum momento sentindo tudo isso, mas desmaiei logo em seguida.

Despertei novamente, mas desta vez meu corpo todo tremia. Já não estava com tanto frio quanto mais cedo. Alguém estava ao meu lado. Não estava pendurado.

Algo me cobria. Pesado e quentinho.

Queria acreditar que haviam me tirado daquele lugar, mas o frio que sentia na pele exposta me dizia que ainda me encontrava ali em baixo.

Carinho. A pessoa que estava ali estava fazendo carinho no meu cabelo.. Eu não conseguia senti-lo muito bem porque meu couro cabeludo inteiro latejava, mas ainda assim, podia sentir.

Me forcei a abrir os olhos, as pestanas grudadas uma nas outras não ajudaram em nada, mas eu consegui separa-las e olhar ao meu redor. Forcei meu pescoço para que conseguisse me movimentar. Nada.

O ambiente ao meu redor estava iluminado graças a uma pálida luz verde , e minha cabeça estava encostada no ombro de alguém.. Tentei movimentar o pescoço novamente, e tive um sucesso mínimo. Pelo menos, consegui chamar a atenção da pessoa que estava comigo.

Ela se movimentou um pouco e meu rosto saiu de seu ombro. “Não... estava confortável...” , murmurei em minha cabeça, mas a curiosidade de saber quem era estava um pouco maior.

Grandes olhos azuis me encararam naquela luz verde. O sorriso mais lindo que eu já vi surgiu naquele clima gélido. As mãos que estavam no meu cabelo agora acariciavam meu rosto. Tentei dizer alguma coisa. Nada saiu por causa da tremedeira que sentia no corpo. Meus dentes batiam constantemente. Maldito frio...

– Por favor fique parado! – disse ela em um tom preocupado – Você ainda esta muito fraco...

– Cas... – consegui murmurar entre os lábios trêmulos, e por estarmos muito perto, ela conseguiu me ouvir.

– Shiiii... descanse agora.. – Ela voltou a acariciar o meu rosto, ainda queria que minha cabeça estivesse em seu ombro.. - Você está vivo graças ao seu ki, que aqueceu seu tórax, mas ainda estou preocupada com as suas pernas e braços.. não sei se o seu sangue foi suficientemente circulado pra lá ...

Ela começou a falar como uma verdadeira curandeira. Sobre coisas que eu não entendi, ou que não prestei atenção, e ainda, algumas que não faziam o menor sentido para um mero ouvinte com eu. Ahh sim, naquela hora, eu queria ser tudo, menos um ouvinte.

Cassandra não fazia ideia do quão próximo de um anjo ela parecia. Meu anjo.. Queria poder chama-la assim. Minha verdadeira vontade era abraça-la e depois agradece-la, por fazer tanto por alguém que a princípio só a atacava durantes os treinamentos no pátio de minha casa.

Sua voz ainda ecoava pelo espaço que estávamos. Houve silêncio quando eu pousei minha mão sob sua cintura, debaixo da coberta. Ela abraçou minha cabeça novamente, dessa vez trazendo-me para seu peitoral, onde descansei mais uma vez.

Eu havia perdido a noção do tempo que estávamos assim. Caia no sono de minuto em minuto, e todas as vezes que eu acordava, sentia o carinho que Cassandra fazia em minhas costas. A medida que o frio ia embora de meu corpo, meu ki ficava mais forte, e cada vez mais estava mais quente.

Quando me senti relativamente recuperado, me afastei um pouco do corpo de Cassandra. Os olhos azuis me fitavam com esperança, e eu sorri para ela, tranquilizando-a.

– Quanto tempo eu dormi ? – perguntei.

– Pelo menos umas três horas... – respondeu ela, se ajeitando.

– Tem noção que horas são lá fora ?

– Deve faltar pouco para o sol surgir... Logo vou precisar voltar para casa...

Seu olhar entristeceu. Eu sabia que ela queria fazer o possível para me tirar dali, mas se o fizesse, talvez mais tarde não houvesse a menor chance para nós dois...

– Cas.... Você não devia ter vindo aqui... Mas eu tenho muito a te agradecer por ter feito isso.. Não faço a menor ideia de como eu estaria agora sem a sua ajuda... Obrigado.

– Você já fez tanto por mim, por que eu arriscaria te perder?

– Pra eu fazer mais coisas por você ?? – ela tentou fazer uma cara de quem estava magoada, mas falhou miseravelmente, e eu tive que rir daquilo, mesmo que baixinho.

– Você não existe!

– Existo sim, e você acabou de me salvar. E você sabe disso.

– É verdade.. eu salvei um cara do País do Fogo.

– Quer dizer então que eu sou só um “cara” pra você? – Ah não, eu nunca perderia a oportunidade de irrita-la - Depois de tudo, eu esperava um posto um pouco maior no seu conceito pra você ter arriscado o seu pescoço em estar aqui em baixo comigo.

E mesmo apesar do meu leve tom de sarcasmo, Cassandra pareceu levar algo naquela frase a sério, já que o rosto dela neste momento devia estar dando inveja aos tons de vermelho que a Nação do Fogo costuma a usar. Prendi meu riso ao máximo perante a essa situação, para que ela se recuperasse mais rápido.

– E-eu preciso ir.. – disse ela quando estava mais calma – Se eu ficar mais tempo, não sei se vou conseguir ir embora sem levantar suspeitas...

– Eu entendo... Você realmente já fez demais por mim só por estar aqui e me trazendo cobertores....E além do mais, você tem que dormir também.

– Se possível..

Ela deu uma leve risada, enquanto saia debaixo das cobertas e procurava pelo casaco e as luvas. Minha resistência ao frio havia voltado com a minha consciência, agora conseguia me movimentar sem as proteções que Cassandra havia me trago. A observei colocar os tecidos e pegar os cristais junto com os cobertores em uma mochila que não havia reparado até então.

Com a dominação de água, mesmo que contra vontade, ela recriou os pilares que me seguravam, mas de uma forma sutil que não fosse me machucar tanto quanto estavam antes. Ao sair, as barras da sela de gelo foram refeitas e ela se virou em minha direção.

– Tem certeza que você esta bem ? Eu posso deixar o cobertor aqui e-

– Eu não teria como esconde-lo, e não quero que eles suspeitem que você veio aqui em baixo...

– Eu vou ficar preocupada... – disse ela, apoiando as mãos nas barras de gelo recém feitas e colocando o rosto entre elas.

– Você sempre esta... Olha, não vai acontecer nada a qual eu não sobreviva, ok ?

– Bem tranquilizador, não acha ?

– Fazer o que.

Dito isso eu sorri , e em resposta ela suspirou, enquanto se afastava das barras, aparentemente não convencida. Cassandra começou a andar em direção aos níveis mais altos, parando na beira da escada para me olhar uma ultima vez,e fez um sinal de positivo.

Quando ela foi embora, suspirei aliviado. Não que eu não goste da presença dela, mas é que... acho que a vontade de não ir embora esta inconscientemente me induzindo a fazer mais coisas compulsivas do que o normal. Enfim... De alguma maneira eu estou encrencado.

Encrencado de muitos modos. Já que agora tem uma nação inteira que me acha um infiltrado e me odeiam. E eu não os culpo também, alguns tempos atrás eu pensaria da mesma forma e já teria me matado bem antes.

Por que eu estou aqui embaixo mesmo ? Tinha outra razão além dessa.....

Ahh sim, o energúmeno do Multicolor.

Bem, pelo menos minha consciência está limpa por te-lo feito ficar tão acabado que deve estar doendo até agora.

Cassandra, Cassandra... o que eu não faço por você ? ....Essa pergunta já deve ter rodado na minha cabeça por algumas centenas de vezes, e sempre com a mesma resposta...

Suspirei. E diante dessa solidão gélida, abri a boca e soltei aquelas palavras de mim, a tanto tempo querendo sair, mesmo que fosse para o vazio a frente. A partir dali, comecei a pensar sobre um jeito de me entreter até o primeiro guarda aparecer com o meu café da manha.

Acho que me exercitar nesses pilares seria uma boa ideia, não ?

.

.

.

Já haviam se passado algumas horas,. Apesar da minha noção de tempo agora ser terrível, eu podia afirmar isso por causa dos repetidos exercícios para os braços que almejei fazer na esperança de matar um pouco do tempo, só que já estavam me deixando cansado e dolorido. Não é como se eu tivesse enfraquecido desde que cheguei aqui, mas a falta de prática pesou muito durante esse tempo. Pelo menos umas 2 horas haviam se passado.

Comecei a ouvir passos. Quem quer que esteja vindo, não estava fazendo cerimônia para ocultar sua presença. Não demorou muito para dois guardas aparecerem na escada lateral : um deles estava armado com uma lança e o outro carregava o que seria o meu café da manhã. Atrás de um dos guardas, consegui ver uma figura feminina, provavelmente uma curandeira da tribo, mas ela não fazia questão de se manifestar.

Os guardas ao me olharem, ficaram surpresos por eu estar de pé e não tremendo dos pés a cabeça. Até mesmo a tal garota resolveu sair de trás do guarda armado para avaliar melhor a situação.

Bem, se eu estivesse no lugar deles, e estivesse esperando encontrar alguém desmaiado pelo frio, não uma pessoa praticamente soltando fumaça pela pele por causa da diferença de temperatura minha para o ambiente, eu também ficaria surpreso. E muito.

O guarda armado quase deixou cair a lança. O cara que segurava o meu café da manha caiu de joelhos, e por pouco minha comida não foi pelos ares. A garota que tinha tomado a frente saiu e disparada por onde veio. Vai entender.

Depois que os dois haviam recuperado suas posturas, o guarda armado me apontava a lança, enquanto o outro se arriscava em desfazer as barras de gelo par ame alimentar.

– Olá pessoal, tiveram uma boa noite ? – perguntei, com o clássico sorriso sarcástico.

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Cassandra narrando

Ainda não posso acreditar no que eu ouvi.

Meu coração estava aos pulos. Tentei voltar para casa na maior velocidade que minhas pernas conseguiam alcançar, mesmo cobertas de neve até os joelhos. Atrás de mim, as pegadas se desfaziam graças a minha dominação. Ao chegar nas redondezas da cidade, invoquei um pilar de gelo que me levou durante todo o caminho acima do chão da cidade.

Quando cheguei na janela da minha casa, o pilar de gelo foi desfeito em neve, e quando finalmente entrei e fechei as grossas cortinas de pele, permiti a mim mesma de se jogar na cama, de cara no travesseiro.

Fiquei um tempo assim. Depois virei para cima e tirei as luvas, logo depois colocando o polegar sob meu pulso para medir minha pressão. Se continuasse acelerada do jeito que estava, eu nunca iria conseguir dormir a tempo de disfarçar minha escapada noturna.

Sentei na cama. Logo depois tirei o casaco, as botas e todo o equipamento extra que tinha levado na grossa mochila de pano, e os guardei em seus devidos lugares no meu armário. Coincidentemente, os 2 pares de luvas foram as ultimas peças a serem guardadas. Fiquei olhando-as por mais um tempo. O meu par de luvas azuis claras e apenas uma luva branca, para uma mão muito maior que a minha.....

Guardei as luvas azuis no armário e o fechei, logo depois indo para a cama com a luva branca em mãos. Quando me deitei pela segunda vez, menos eufórica, um flash de imagens de alguns minutos atrás havia invadido minha mente.

Me senti como se estivesse naquele momento de novo.

FLASHBACK on

Havia acabado de subir o primeiro lance de escadas. Agora tinha que tomar cuidado com o restante dos prisioneiros, já que não sabia se eles estariam acordados ou não.

Suspirei e logo dei início a minha caminhada rumo a saída, que ainda estava bem longe, e quando apoiei minhas mãos na parede mais próxima, senti um frio repentino em minhas mãos.

Ao ver do que se tratava, notei que minhas luvas de neve estavam rasgadas bem na palma da minha mão. Bem, não tinha jeito, teria que usar as luvas extras que trouxera para Kouta se não quisesse que as minhas próprias mãos congelassem nessa temperatura maldita.

Voltei a beira da escada, onde podia me sentar e apoiar a mochila, e comecei a mexer nela procurando as luvas brancas. Havia achado uma do par logo de cara, mas a outra estava perdida entre as tralhas. Havia chegado a tirar os tecidos maiores para procurar melhor, mas ela não estava ali. Creio que na confusão de colocar tudo na mochila e sair rápido, ela deva ter ficado lá embaixo....

Coloquei tudo novamente na mochila, e com o par faltando na mão, desci tudo novamente até a cela de Kouta. Estava quase lá, quando o ouvi falando sozinho, ou pelo menos, relutando em falar alguma coisa.

Tentei chegar mais perto para ouvir melhor, eu sei que não era o certo a se fazer, mas eu estava curiosa para saber o que ele falava estando sozinho na calada da noite. E então.....

– Eu te amo Cassandra.

Surpresa.

A primeira coisa que pensei ao ouvir isso foi se ele sabia que eu estava aqui e queria me pregar uma peça. A segunda coisa a surgir na minha cabeça foi a possibilidade que isso não havia saído da boca pra fora.

Seria verdade mesmo ??

Fiquei imóvel por um momento, apenas processando a informação, para logo depois, subir as escadas com a mesma delicadeza de antes, apesar da rapidez de agora para sair daqui.

Tudo o que eu queria era chegar em casa e ter tempo de pensar que aquilo que ouvi não era um sonho.

FLASHBACK off

E agora, aqui estava eu, sonhando na possibilidade de eu ter escutado certo, ou a ele estar blefando para o nada, ou ainda, ele pode estar pensando que me ama como eu amo o Pedro ? Como um irmão ?

Não... Não podia ser verdade... Eu não queria que fosse de verdade! Se fosse esse tipo de amor fraternal eu saberia como reagir, mas essa simples frase me atingiu de uma forma tão profunda que eu mal consigo pensar direito!!!!

.

.

.

Se passou mais algum tempo, e eu ainda não havia conseguido dormir. Lá embaixo eu já escutava os barulhos habituais de Gabrielle fazendo suas tarefas domésticas antes de sair para dar aulas de cura.

Cheguei a ouvir meu pai dizer alguma coisa a ela, e logo depois, sair e fechar a porta com sua força habitual.

Parece que o dia havia começado para todos lá fora. Acho que eu deveria me levantar para na levantar suspeitas....

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.

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– Querida!! O que aconteceu ?? Seus olhos estão tão vermelhos! Você teve uma boa noite de sono ?

Sim Gabrielle, eu tive a mais assustadora porém romântica noite da minha vida, e não foi de sono.

– Não consegui dormir muito bem.. depois que Kouta foi preso eu tenho tido alguns pesadelos... Nem sei se vou durar o dia inteiro – É.. minha mentira perfeita!

– Bem querida, tenho certeza que hoje a noite você dormirá melhor! Agora se me dá licença, tenho um pequeno Leo a acordar. Bom café da manhã!

E assim, ela se retirou, me deixando sozinha na bancada da cozinha. Bebi café gelado para ver se espantava meu sono e comi mais alguma coisa que peguei aleatoriamente. Estava prestes a voltar para o quarto quando alguém bateu ferozmente na porta.

– DONA GABRIELLE, É O PEDRO!!!! PRECISO FALAR COM A CAS URGENTE!!!! A SENHORA ESTA AI ??

Pedro? A essa hora da manhã ?? Espero que seja coisa boa..... Ao abrir a porta, dei de cara com um Pedro afobado, não sabia dizer se era da provável corrida que ele tinha feito até aqui ou se ela de tanto bater na porta.

– E-eu.. pre...preciso... falar com.. você...- disse o coitado sem fôlego.

– Cas! Tem alguém ai em baixo ? – perguntou Gabrielle do andar de cima, a coitada deve ter escutado as batidas, e o pequeno Leo também.

– Está tudo bem!! É o Pedro, ele queria me ver, vou la para fora e já volto!!!! Beijos!!! – respondi a ela, e dito isso, eu empurrei Pedro para fora de casa, e quando chegamos lá fora, ele aparentemente recuperou as forças, pois já estava me puxando para bem longe dali.

Quando finalmente paramos, percebi que estávamos perto de onde os pinguins ficavam.

– Não me diga que essa urgência toda era por que você queria alguém pra competir com os pinguins ?? – perguntei.

– Cas!!! A gente tem que comemorar !!!!

– Ahm?!

– Eu fui no conselho ontem, vi eles julgando o Kouta, e eles decidiram dar uma chance a ele !!!!

– Como assim ??

– Pera, deixa eu explicar melhor, não foi uma chance do tipo “Vamos perdoa-lo pela invasão suspeita”, foi mais para “Não vamos julgar o garoto sem que ele próprio tenha a chance de se explicar” ou algo do tipo!!

– Então... isso significa que ele tem uma chance de ser solto!!

– Solto e apenar expulso daqui sim, mas se ele falar alguma coisa suspeita.... – Pedro então, fez uma careta enquanto passava dois dedos ao redor de seu pescoço, o gesto universal de “morte”

– uhm.. que tal comemorarmos apenas pela chance que ele mereceu ??

Ele soriu ao ouvir minha frase. E assim, nós dois atacamos os pinguins.

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Autora narrando

Já era manhã quando os doze membros do conselho se reuniram. Cada um em sua cadeira, todos estavam esperando o relatório dos primeiros guardas que haviam ido visitar Kouta.

Mas a primeira visitante que chegou foi a pequena curandeira que havia se juntado aos guardas para avaliar o estado do intruso.

– E então ? Como ele está ? – perguntou o ancião.

A garota, que já tremia levemente, agora engoliu seco. Alguns membros já temiam sua resposta, por causa dessas reações. A garota suspirou fundo antes de falar o que todos queriam saber.

– Senhor.... Devo dizer que fiquei apreensiva ao saber que ele foi posto em nossa sela mais profunda quando ainda estava inconsciente.... A princípio achei que fosse muito, mas.... E-ele está de pé. E seu corpo está tão quente que a própria água ao redor dele está evaporando....

Um “ohhhh!” de surpresa se instalou no ambiente. A menina se encolheu nos trajes de frio, e os protestos vieram com força total. Os que haviam votado para que Kouta tivesse uma chance em seu julgamento, agora estavam arrependidos e pediam execução imediata. O ancião por sua vez, levantou a mão em um gesto de silêncio, e tão rápido como surgiu, os barulhos da sala se aquietaram.

– A senhorita tem certeza da sua avaliação ? – perguntou o Ancião

– Sim Senhor!

– Está vendo meu Senhor ?!?! Eles mandaram alguém que conseguiria suportar o nosso frio ! Ele é o perfeito bode expiatório da Nação do Fogo !!!!! – disse um dos presentes.

– Por favor senhores, demos essa chance a ele na reunião de ontem a noite e em menos de 24 horas vocês já mudaram de ideia ? O garoto pode ter sobrevivido por sorte! – disse um dos poucos que ainda estava a favor do julgamento prévio

A confusão indica voltar, quando Giotto se levantou de seu posto, chamando a atenção de todos

– Com toda licença, Senhor Ancião, mas já que nós demos essa chance ao garoto, não podemos retira-la assim do nada. Para evitar mais confusões, eu proponho que o julgamento seja adiantado, para o meio dia de hoje. Assim, teremos um esclarecimento mais rápido.

Agora, todos haviam se voltado ao Ancião novamente. Ele ponderou alguns minutos antes de dar seu veredito.

– Pois bem, para mantermos nossa decisão e a ordem deste conselho... Aceito sua sugestão Giotto. Ao meio dia de hoje, mandem buscar o garoto.

E assim, a reunião da manha havia se encerrado.


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Notas finais do capítulo

Oiii!!!!!! voltamos a nos falar pessoal ;3
E então ? Gostaram do cáp. ? Devo avisar que a partir daqui as coisas realmente vão pegar fogo no polo Sul!!!!! Vocês nem saber o que os aguarda òvó (e nem eu né, por ter demorado tanto a postar..)

Ok ok, vamos ao motivo para o meu sumiço da vez. A verdade é que o mês de janeiro inteiro eu viajei pra fazer um curso, e eu pretendia postar um cáp. antes avisando o porque da próxima grande demora, mas não deu tempo porque as ideias surgiram de ultima hora e eu comecei a escrever as primeira palavras um dia antes do vôo >.



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