Um amor imperfeito escrita por Hachi182


Capítulo 25
Prisão de Gelo


Notas iniciais do capítulo

GALERAAAAAAAAAA EU ESTOU MUITO FELIZ!!!!!!!!!

Por fim, nesse maravilhoso cáp.26 , a fic chegou aos 100 comentários *^* !!!!! Parece que o pessoal ficou meio revoltado com o Lucas no último cáp.! Talvez isso me influencie a atrapalhar ainda mais os nossos pombinhos....

MUASHUAHUAHUAHSAUHA

Enfim.. acabei me animando para escrever (mesmo com a semana de provas ai na minha porta x.x), espero que vocês gostem do cáp.!
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Boa leitura ^^



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No capítulo anterior...

Lucas fingiu que ia dar um golpe usando essa técnica, e teve de tentar mais duas vezes antes de distrai-la o suficiente para conseguir seu objetivo. A intenção do garoto era usar o chicote nas pernas de Cassandra, para derruba-la.

Logo fiquei alerta. Aquilo estava saindo do normal em um nível alarmante! Assim que ele conseguiu derruba-la, meu corpo enrijeceu. Eu só o vi puxa-la pela cintura para que não caísse e então...

Beijou-a a força.

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Kouta narrando

Minha mente nublou.

Em um momento eu estava simplesmente assistindo dois dominadores de água treinarem suas técnicas juntos. Em outro, eu já andava em sua direção. Dentro de mim, o calor se agitava de uma maneira insuportável, e misturados a raiva do momento, só me faziam querer ser mais violento. Se Cassandra pretendia fazer alguma coisa quanto a isso, ela teria que esperar.

Assim que ele a soltou, consegui ver o desgraçado sorrir sádico para mim, antes de levar um belo murro na cara. Minha respiração estava descompassada, meus músculos tremiam de raiva e ansiedade de acabar com o desgraçado que me provocou.

O soco acertou em cheio o queixo de Lucas, tanto que ele caiu no chão, mas não consegui dar tempo de ele se recuperar. Apenas subi em cima dele e comecei a desferir socos ao longo de seu corpo. Eu cheguei a escutar vozes, mas não conseguia diferenciar nada, alguém chegou a tentar me parar, mas eu acabei empurrando a pessoa para longe.

Estava prestes a dar outro soco. Estendi meu braço até acima de minha cabeça, ele desceria com força total se um pilar de gelo não tivesse envolvido a minha mão. Gritei algo incoerente e soltei meu braço destruindo o pilar de gelo com a dominação. Antes de conseguir fazer algum outro movimento, senti muitos braços me envolverem e me pararem. Alguém acudia Lucas.

Por que o socorrem ?? Ele é o culpado!!!!!

Eu queria gritar, espernear, me libertar e acabar com aquilo tudo e com a raça daquele desgraçado. Me debati por pouco tempo, quase teria me soltado, mas de repente, senti uma dor muito aguda em minha cabeça.

Perdi as forças do corpo, tudo ficou nublado, enquanto eu caia na neve fofa e lutava contra a inconsciência. Cassandra gritava pelo meu nome...Finalmente distingui alguma voz naquela confusão..senti um pouco de sangue escorrer pela minha nuca. Mais uma porrada na cabeça e não aguentei, deixando minha mente vagar na escuridão.

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Cassandra narrando

Hoje a manhã foi bem tranquila. Assim que eu e minha família terminamos de tomar o café da manha, brinquei um pouco com Leo e em seguida, fui com meu pai até seu ofício militar. No meio do caminho, encontramos Lucas.

Antes, eu ficaria um pouco mais tranquila com sua presença, mas depois de minha conversa com Kouta sobre a origem de nossa viagem, eu simplesmente não conseguia relaxar em sua presença.

Conversamos um pouco antes de ele me convidar para treinar. Foi uma boa ideia, até porque eu não havia alguém para fazer isso á muito tempo.
O início foi tranquilo, começamos com movimentos leves e aos poucos fomos perdendo o limite do treino e entramos em algo mais competitivo.

Quando dei por mim, parecíamos aquelas crianças que ficam brincando com água e se molham até não poderem mais. Estávamos encharcados, ambos haviam conseguidos bons golpes, mas nada letal. Meu lado competitivo aflorou, e agora estava totalmente focada em derruba-lo, para dar um fim naquilo tudo. Tentava desde provações à ataques surpresas, mas ele conseguiu desviar de tudo. Ainda estávamos levanto tudo na brincadeira, afinal de contas.

No final, quem me surpreendeu foi o próprio Lucas.

Me distraindo, ele usou o chicote de água várias vezes, e quando pensei que tinha uma brecha para atacar, ele conseguiu me derrubar!! Enquanto caia, ainda tive uma fração de segundo para mentalmente admitir a minha derrota, quando ele me puxou e me beijou a força.

Arregalei os olhos, ele nunca tinha tentado algo tão ousado! Não deu tempo para que eu tivesse nenhum tipo de reação. Assim que nos separamos, eu ainda o olhava espantada. O vi sorrir para outra direção, e logo depois, mais uma surpresa :

Kouta surgiu do nada, aparentemente de algum lugar atrás de mim, e socou Lucas bem no queixo.

Meu instinto me fez dar alguns passos para trás, mas assim que voltei a mim e vi o loiro imobilizando e espancando Lucas, tive que fazer alguma coisa.

– Kouta!!!!! Chega com isso por favor!!!!!! – tentei puxa-lo a força para sair de cima do outro, porém ele acabou me empurrando para trás. Não esperava nada igual, então ainda fiquei alguns segundos no chão antes de me mover.

Olhei ao redor, aquela confusão já atraia alguns olhares, e isso me preocupou por estarmos tão perto da onde os militares mantinham sua base. Tentei mais uma vez afasta-lo, quando sua mão esbarrou em minha barriga, queimando-a.

A dominação de fogo estava fora de controle! Segurei firme o local queimado, enquanto me desesperava em ver o descontrole todo. A neve ao seu redor facilmente estava virando água, boa parte de seu casaco havia queimado, e a cada soco o rosto de Lucas ficava mais tingido de vermelho, tanto a pele ardida quanto o sangue e as queimaduras.

Ia me levantar de novo, mas alguém me impediu. Duas mulheres vieram em meu auxílio, logo aliviando a dor de meu machucado, enquanto os homens do exército chegavam pouco a pouco perto dos dois para intervir na luta. Um deles aproveitou que o braço de Kouta foi para o alto e o imobilizou com um pilar de gelo. Eu gritei novamente . Aquilo não seria o suficiente para segura-lo...!!!!!

E então aconteceu. A mão de Kouta foi envolvida por fogo, e assim que ele quebrou o pilar de gelo, uma onda de calor se espalhou ao redor de todos nós. A maioria do batalhão ficaram chocados e muitos “oh!” de surpresa se seguiram . Um homem tomou a iniciativa para detê-lo, batendo em sua cabeça com um chicote de água congelado.

Tentei mais uma vez me libertar quando o vi parar de reagir. Outros dois o seguraram pelos braços, e quando Kouta pareceu ainda querer lutar, levou mais uma chicotada congelada, dessa vez, tirando algum sangue de sua nuca. Outro homem apareceu para me segurar, uma das mulheres que estava ao meu lado foi a socorro de Lucas, e Kouta perdia a consciência aos poucos.

Quando seus olhos verdes fecharam por completo, Kouta caiu na neve parcialmente derretida. Eu queria muito ir em seu auxílio, mas me prenderam com força para que eu não tentasse nada. Logo, vi meu pai chegar as pressas no local. Ele olhava para todos : para mim, para Kouta jogado no chão e Lucas com o rosto completamente machucado.

– MAS QUE MERDA ACONTECEU AQUI ?!?!?! – Ele gritou para o vento, mas sendo quem era, obviamente ele receberia uma resposta.

– M-meu Senhor... – Disse Lucas com a voz fraca, ainda machucado – O garoto cujo senhor gentilmente ofereceu proteção acabou de me agredir, ele se mostrou ser um perigo para a nação !!

Eu só queria que ele ficasse calado nesse exato momento!!!! ...ou para sempre de preferência!!!

– É um dominador de fogo Meu Senhor !!! – disse o homem que havia chicoteado Kouta – Estava prestes a matar um dos nossos !!!!!

Mais gritos de protestos se seguiram. Meu pai tentava associar a história toda, enquanto as testemunhas da onda de calor continuavam a ir contra Kouta e sua existência aqui.

– CHEGA!!!!!!!!!!!!!! – o silêncio reinou a partir daí – Enquanto não me explicarem essa história direito, nada será feito !!!!! Alguém prenda o estrangeiro na prisão de gelo!!! E você Lucas, quando estiver recuperado, venha me relatar o que aconteceu aqui.... Agora se me dão licença, eu tenho mais o que fazer..

– Sim senhor – disse Lucas, se fingindo de frágil enquanto ainda recebia tratamento.

– Pai!!! – tentei protestar - Não pode prende-lo assim sem nem ao menos saber o que aconteceu e-

– EU DECIDO A HORA QUE VOU QUERER SABER O QUE ACONTECEU! Você ainda é uma criança ingênua!! Não preciso saber aos fundos o que aconteceu, apenas devo tomar atitudes, e por hora está será a minha decisão.

– VAI DAR AS COSTAS PARA A PESSOA QUE ME TROUXE DE VOLTA EM SEGURANÇA ? MESMO QUANDO TODOS ACHAVAM QUE EU ESTAVA MORTA ??? – confesso que eu peguei pesado, mas Kouta estava machucado também! Não era justo..

– CHEGA!!!!!!!!! Vá para casa!!

– NÃO! O SENHOR NÃO ESTA SENDO JUSTO!!

Meu pai.. Alias.. O general Giotto fez um sinal para um de seus guardas, e um deles me pegou pelas pernas e me jogou nas costas como se eu fosse um saco de batata, enquanto eu batia com força nele para me libertar. Virei para o lado e vi que os mesmos homens que seguraram Kouta, agora o levando para a Prisão de Gelo.

Fui fazendo um escândalo até em casa, as pessoas na rua pararam para tentar entender os meus motivos, mas elas nunca conseguiriam saber tudo o que se passava dentro de mim naquele momento. Gabrielle se espantou com o modo que o tal soldado entrou em nossa casa, me colocando no chão de qualquer maneira, dando bom dia a ela e saindo de casa como se nada tivesse acontecido!!!!

– Querida ! O que aconteceu ?– me perguntou ela, aparentemente Leo tinha saído para brincar lá fora... mesmo pequeno, ela inteligente o suficiente para que eles o deixassem sair assim..

– Giotto mandou que prendessem o Kouta por causa do maldito do Lucas !!!

– Mas isso ocorreu sem fundamento ? Assim do nada ?? – ela tentou chegar perto de mim, mas eu me afastei e fui para o meu quarto, fiquei com raiva de suas palavras, com mais o que eu já estava sentindo eu só queria explodir tudo ao meu redor.

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Fazia algum tempo que eu já estava trancada ali, apenas me culpando pelo o que aconteceu... Quer dizer, a quanto tempo Kouta estava ali ? Por que Lucas tinha que ter feito aquilo ? Foi minha culpa por ter dado alguma abertura ?

Estava olhando para o teto do meu quarto agora, deitava na cama, apenas sentindo o frio familiar e todas as perguntas preencherem a minha cabeça.

Me sentei na cama, nunca conseguiria ajudar Kouta no estado em que me encontrava. Claro que eu tinha a resposta para a maioria das perguntas, mas me negava a aceitar algumas delas. Respirei fundo... Kouta estava certo, ele sempre esteve desde que partimos daquele maldito castelo juntos, mas eu me recusava a ouvi-lo, e isso só nos trouxe problemas.

Estava prestes a desistir de pensar nessas coisa, quando alguém bateu a porta.

– Vá embora..- respondi com uma voz fraca

– Cas ? Posso entrar ?? Por favor, estou preocupado!!! – disse Pedro para mim – Gabrielle me contou como você chegou em casa! Anda.. vamos conversar, por favor..!

– .....Meu pai está ai fora..?

– Ahm.. ele ainda não chegou...

Peguei meu casaco e abri a porta, Pedro tinha um olhar preocupado. Mesmo eu sendo 2 anos mais velha que ele, sempre acontecia situações em que eu era a pessoa que precisava de ajuda e ele quem me ajudava, não o contrário.

Sussurrei para ele um “siga-me” e ele prontamente veio atrás de mim, se despedindo de Gabrielle quando saiu, enquanto eu apenas a ignorei novamente. Já era tarde, o céu brilhava nas cores laranja e azul enquanto a Lua Crescente começava a aparecer.

Fomos até uma parte mais afastada da cidade, em uma direção que nem ele nem eu nunca havíamos explorado. Aparentemente haviam mais focas ali que em outros lugares, o que a princípio chamou a atenção de Pedro, mas logo ele se voltou para mim .

– Cas... O que houve ??

E eu não aguentei mais. Comecei a colocar todas as minhas emoções reprimidas para fora, enquanto Pedro me ouvia atentamente. Falei sobre o que devia e o que não devia, sobre a verdadeira história de eu ter conhecido Kouta, o como estava com raiva de Lucas e como me sentia mal agradecida por deixar que algo desse porte acontecesse a Kouta mesmo depois de todo o sacrifício que ele tinha feito para me trazer até aqui.

Em meio a tudo isso, Pedro se manteve a uma distância razoável de mim, ora ou outra surpreso com os novos fatos que eu lhe contava. Ele viu meu descontrole, escutou todas as minhas palavras, viu a minha dominação descontrolada invocar ondas e pilares de gelo do nada, e chegou a desviar de alguns deles por sua própria segurança, mas em nenhum momento me pediu calma ou algo do tipo, o que eu achei ótimo.

– ..... E agora!.... Ele está lá! Com uma pancada na cabeça e congelando até os dentes porque ele viu aquele filho da mãe me beijar !!!!!!! – Mais um pilar de gelo formado – E porque Lucas sabia que eu era a chave para o descontrole dele !!!! – o mesmo pilar formado tinha acabado de ser destruído – Se eu soubesse que ele teria uma reação tão explosiva eu nem mesmo estaria perto do Multicolor !!!!!!

– Multicolor ? – ele me olhou confuso, acho que foi a única pergunta que ele havia feito até agora..

– É!!!!!!!!!! – mais uma explosão de raiva fez com que todos os outros pilares formados virassem neve.

Por fim, meus pulmões não aguentavam mais de tanto trabalhar, minha garganta doía por causa dos berros, meu corpo tremia de tanto esforço que fiz naquele acesso de ira, meus olhos estavam inchados por tantas lágrimas eu derrubei sem perceber.. E agora estava sentada na neve, tentando me acalmar, com a respiração ofegante e sem forças para dizer mais nada.

Pedro finalmente se aproximou de mim, ele sentou ao meu lado e abriu os braços em minha direção. E eu não recusei. Me afundei em seu abraço, me sentindo cansada demais para continuar com o espetáculo.

Desde que nos conhecemos, sempre senti que Pedro é algo como um irmãozinho que eu nunca tive, afinal, o Leo ainda não existia na época.. E são nessas horas que eu percebo o quão bom foi ter cultivado essa segurança na nossa convivência, para que pelo menos eu pudesse desfrutar disso com alguém .

– Cas.. Eu não sei o que dizer... Entendo completamente a sua posição ao ser contra o que fizeram com o Kouta, mas a partir do momento que ele agiu contra o Lucas, não vamos conseguir que eles deixem passar isso em branco, e você sabe disso..

– E é isso que me preocupa.. o que podem fazer com ele ? Disseram que a prisão de gelo era temporária, mas e depois..? Ele seria expulso?.. O-ou pior.....

– Ele não vai ser executado, Giotto não pode ser tão frio a ponto de esquecer o que ele fez por você... Hey.. ahm... Obrigado por ter me contato tudo.. Eu não fazia ideia...

– Ninguém sabe disso.. Ninguém pode saber disso...

–Pode deixar que de mim não vai sair nada.. mas.. nem mesmo ai seu pai ? Quer dizer.. quem sabe ele leve isso em consideração e tal..

– Não posso contar o que realmente aconteceu para ele, tenho medo que isso condene Kouta ainda mais... Além do mais, eu já contei uma versão meio distorcida disso..

Suspirei fundo e alisei os braços, aos poucos lembrei que estava com fome.. Pedro logo percebeu isso, e assim voltamos para a cidade sob um silêncio confortável. Me sentia mais leve por finalmente ter me aberto com alguém em relação ao que vivi nos últimos anos. Pedro é uma pessoa de confiança, uma amizade que eu não trocaria por nada.

Nos separamos no meio da rua e eu me dirigi a minha cama. Encontrei uma sopa de baleia pronta e não pensei duas vezes antes de encher três pratos fundos daquilo e comer tudo de uma vez. Meu pai ainda não estava em casa, porém Gabrielle e Leo já haviam ido dormir.

Eu estava elétrica. Por ter ficado parada a tarde toda e por ter acabado de comer muito, era óbvio que eu não dormiria agora. Mas ainda havia uma coisa planejada para eu fazer naquele dia final de dia. Coloquei novamente o meu casaco de neve, e saí. O frio da noite era dez vezes pior que ficar sem casaco durante o dia.

Meu novo destino : A prisão de Gelo


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Notas finais do capítulo

E então.. quem não vai matar a tia aqui pra eu concluir a história ?? levanta a mão ai o/



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