Um amor imperfeito escrita por Hachi182


Capítulo 10
Combate


Notas iniciais do capítulo

tava com preguiça de escrever mais, só que não podia deixar vocês sem um cáp. por mais tempo V.V
Espero que gostem !!!



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No capitulo anterior...

[...] Ele até pareceu reconhecer minha mãe, já que só agora, em seus braços, ele abriu os olhinhos.

– Parece mais meu filho do que de vocês dois – disse, e não é que o moleque tinha a minha cara ?? Não, é sério, a Sophie não tem a minha cara e ela é minha irmã !! Mas o garoto.. ele tinha os olhos verdes da minha mãe e a pele cor caramelo, os cabelos pretinhos, que nem os do meu pai.

– Bem vindo ao mundo, Bon. – disse minha mãe

..........................


Cassandra narrando


Realmente, Bon é um garotinho muito saudável, nasceu gordinho, tão fofo !!! As bochechas enormes, que vontade de apertar !!! Mas eu não posso né ? Já que eu sou só a empregada da família, apenas de uns tempos pra cá não parecer tanto assim.

Todos estavam paparicando o novo membro da família, quando com um estrondo, a porta se abre. O falatório cessou, dando lugar a um silêncio mortal, reconheci o oficial na hora, mas não me lembro seu nome... qual era mesmo ?

– Senhor Kizamuri, me perdoe a interrupção mas.. o Senhor do Fogo Osai lhe chama – disse o oficial

– Argh.. é bom que seja rápido – rapidamente, Kizamuri adotou a expressão séria de sempre – Kouta, venha também, você vai ter que aprender a escutar essa ladainha mais cedo ou mais tarde – ele saiu do cômodo, seguido de Kouta atrás dele. O oficial ainda estava aqui dentro.

– Sinto muito, mas não será tão breve assim. E.. a dominadora de água também deve nos acompanhar – assim que ele terminou a frase e pôs os olhos em mim, mais 2 guardas entraram no cômodo e se posicionaram ao meu lado, as lanchas prontas para me matar a qualquer hora

– O que significa isso ?? Eu não tenho nada haver com o assunto !!! – me defendi

– Você deve nos acompanhar, prisioneira. Agora, vamos. – disse, Marilene tentou protestar, mas eu fiz um sinal discreto para que ela não fizesse nada. Deixamos o local ouvindo o choro de Bon, ele parecia com fome.

........

Nunca pensei voltar aqui tão cedo, a sala do Senhor do Fogo era assustadoramente imensa. Quando chegamos, um assunto estava em andamento, mas foi interrompido assim que as portas foram fechadas atrás de nós.

Analisei o ambiente melhor : dessa vez o teto estava iluminado, isso significa que seria mais uma fonte de luz junto com as chamas de Osai, que agora estavam menores. Havia um mensageiro ali no canto, com um pergaminho amarrado em um fita preta, ele estava bufando.

Tentei entender o que estava acontecendo ali e porque eu tinha que estar aqui com todo esse chilê.. Impossível, não faço ideia de nada. Os guardas me fizeram ficar de pé, um pouco atrás de onde estavam Kouta e Kizamuri. Assim que eles se sentaram, Osai começou a falar :

– Agora, mensageiro.. – disse, em um tom calmo e frio, ele estava visivelmente incomodado com algo – Repita a todos o que me foi enviado neste pergaminho que está segurando

O tal mensagueiro tomou fôlego, muito fôlego !! Parecia nervoso, e eu não o culpo, havia vários generais e guardas ali, todos eles podiam queimar o cara em questão de segundos. Ele abriu o pergaminho e começou a ler em voz alta :

– Caros senhores, esse pergaminho nos foi enviado da torre de controle ao sul de nosso país, nossa primeira mensagem amarrada em uma fita preta em muito tempo.. – alguns fizeram cara de surpresa, outros de aflição. A tal fita preta parecia ser uma mensagem bem ruim.. O mensageiro respirou fundo antes de ler o pergaminho já aberto – “O avatar voltou. Foi avistado por um navio de nossas tropas comandado pelo banido Príncipe Zuko, que percorria as águas da Tribo da Água do Sul. De acordo com seus relatórios, o avatar vai começar o treinamento de água, se dirige para a Tribo da Água do Norte em um bisão voador.”

– Como o avatar pode estar vivo ? – disse um dos generais – O ciclo Avatar diz que o próximo que nasceria seria um nômade do ar.. e eles foram exorcitados há muitos anos pela própria nação do fogo !! Como isso é possível ??

– Talvez esse tenha sobrevivido – disse uma outra voz

– Por mais ou menos 100 anos ?? Como ?? – disse outra voz

Um bate-boca começou a acontecer. Todos queriam dar a sua opinião do retorno do Avatar. Eu tambem não achava que isso era possível, mas.. eis que me aparece essa notícia, não evitei um sorriso. Depois de tudo que já sofri pelas mãos da nação do fogo, vê-los desesperados me deu um ar de “vingança cumprida”.

– Quietos !!! – a voz de Osai calou a todos – Realmente não sabemos como ele está vivo, mas temos provas concretas de que ele voltou. Zuko não foi o único a ver o avatar, meu irmão estava junto a ele, tem sua assinatura nesse pergaminho, é completamente confiável. Temos que matar o avatar antes que ele inicie seu treinamento e estrague meus planos de dominação mundial... A tribo da água do sul não tem dominadores há 70 anos, por isso precisamos descobrir a localização da tribo da água do norte e impedi-lo de uma vez por todas !! – ele se levantou da cadeira, abriu caminho entre as chamas, e caminhou lentamente em minha direção.


Meu propósito ali estava tão claro quanto a água de uma nascente.


– Eu me recuso !! – disse em alto e bom tom, atraindo todos os olhares para mim – Nunca vou dizer a localização da Tribo da Água do Norte, não pretendo trair meu povo !! Que o avatar aprenda todas as dominações antes de vocês conseguirem isso !!!

Os que me olhavam antes com surpresa mudaram seus olhares para desprezo. Osai parou uns 5 metros de mim, eu o olhava com raiva.

– O que houve ? Está aqui a menos de 1 ano, criança.. tem tanto tempo para viver ainda.. se me disser o que eu quero, você ganhará a liberdade..

– Prefiro morrer dentro de uma cela !!! – tentei investir em sua direção com os punhos mesmo, já que não havia água para que eu a dominasse, mas os soldados me seguraram violentamente pelos braços, enquanto me debatia. A única coisa que consegui fazer foi cuspir em seu rosto, bem na maçã da bochecha. A quanto tempo eu queria fazer aquilo !!!!

Ele limpou-se devagar, enqaunto os guardas acharam um jeito bem doloroso de me manter parada. Ele chegou friamente perto do meu rosto :

– Muito bem então.. que apodreça em uma das celas.

– Mas antes, devemos cumprir a tradição – disse Kizamuri. Aquele velho imprestável !!!! Osai pensou por alguns segundos, voltou-se para mim com um sorriso frio

– General Kizamuri está certo.. essa é uma tradição muito antiga para ser esquecida por agora.... “Aquele que insulta o Senhor do Fogo deve uma luta honrada com mesmo, até alguém admitir a derrota e aceitar a vergonha e a desonra”

Mas.. isso é um agnikai ?!?! São dominadores do mesmo elemento !!!! Não pode fazer isso !! – Kouta ia dizer mais alguma coisa em minha defesa, mas Kizamuri o impediu, ele olhou para mim como se falasse “Vou te ajudar de qualquer maneira” e eu assenti com a cabeça.

– Sem mais interrupções..- disse Osai, olhando ao seu redor os seguidores calados – Levem-na para o campo de treinamento real, não se esqueçam de encher as bordas com água, um agnikai deve ser duelado em condições iguais.

Minhas costas estavam doendo por ficar tanto tempo na mesma posição sobre as mesmas mãos pesadas, que agora me colocava uma corda, amarrando os braços junto ao corpo e me carregando nos ombros.

Aos poucos, as conversas foram surgindo, alguns dos presentes saíram do salão as pressas, acho que terei uma plateia...

.........

Kouta narrando


Não consigo acreditar no que acabei de presenciar : Osai fora de controle, meu pai parecendo um ditador (mais do que já é) e a Cassandra enfurecida. Tudo isso resultou em um agnikai dela contra o Senhor do Fogo.. mas não é por nada que ele está ali !!!!

Osai já expulsou o próprio filho do País do Fogo, depois dessa acho que é capaz de mandar um exército nadar com tubarões.. tenho medo do que possa acontecer com ela.

– Me deixem passar, por favor – disse aos guardas de estavam na porta do quarto onde ela estava, demoraria mais uns 20 minutos antes do duelo

– Não estamos autorizados a deixar ninguém entrar – disse um deles

– CALA BOCA DESGRAÇADO, ME DEIXA PASSAR !!! – disse empurrando os dois e entrando quarto adentro, me virei e bati a porta com força, para logo em seguida traça-la. Lá de fora, ouvi os guardas comentando coisa do tipo “É ele o filho do general Kamuri ?” ou então “Eles tem o mesmo temperamento explosivo” e outra coisas.

Bufei com ódio e me virei, olhando para baixo , eu não escolhi o pai que tenho !!!

– Kou..ta ? – disse uma voz feminina, sai quase como um sussurro. Rapidamente levantei a cabeça, Cassandra estava parada na minha frente, com lágrimas nos olhos – Eu... eu... ai meu Deus, aonde eu me meti ?

– Não é culpa sua, se eles não tivessem invadido o castelo, nada disso teria acontecido

– É minha sim !!! Eu podia ter deixado que eles nos usassem de reféns !!!

– Mas não deixou !! E eu fico feliz que não tenha se machucado !! Nem você e nem a minha mãe.. Poderia ter acontecido alguma coisa pior se você não fizesse nada, isso é motivo de orgulho !!

– Tá, mas.. e agora ? Isso tudo a custo do meu pescoço naquela arena contra o cara mais poderoso do País do Fogo !!! – as lágrimas rolaram por sua face, ela me abraçou e eu correspondi quase de imediato. Uma das minhas mãos afagava seus cabelos enquanto a outra estava em sua cintura.

Ela tinha trocado de roupa, ao invés do vestido longo, usava uma calça larga e um top tomara que caia, os pés descalços e o cabelo preso em uma trança que chegava até a cintura.

– Vai dar tudo certo, ok ? Eu confio nas suas habilidades de dominação

– Eu não.. pratico a meses.. e se eu não conseguiu, eles vão me jogar uma cela como se eu fosse algo descartável

– Vai conseguir, sim ! Agora.. pare de chorar, você fica mais bonita com um sorriso no rosto – seus olhos encontraram os meus.. aquele azul tão profundo que agora brilhava

– Kouta.. por que você.. quer dizer, como você aceitou tudo isso tão depressa ??

– Isso tudo o que ?

– Não se finja de otário !!! Ontem eu te.. beijei , depois você descobriu de onde venho e que eu sou uma dominadora de água, ai sua mãe dá a luz e eu desafio o senhor do fogo !! Como você ainda.. esta do meu lado ?

– Cara.. eu também tentaria esconder de onde venho e a minha dominação de eu fosse capturado por outra nação, isso é bem lógico. Aquilo ontem foi uma emergência, você não teve escolha. E desafiar o senhor do fogo para proteger sua nação... de certa forma é corajoso da sua parte, mas continua sendo uma burrice – ela riu do tom de voz que eu usei na ultima frase, as lágrimas cessaram mas seus olhos ainda estavam vermelhos.

Ouvimos batidas fortes na porta e rapidamente nos separamos, parece que a luta estava para começar. Puxei uma algema de ferro do cinto e estendi para ela

– Por favor.. eu prefiro te levar do que ver eles te puxando – ela estendeu os pulsos e eu prendi as algemas, saímos do quarto em silêncio, ela estava de cabeça baixa, um dos guardas tentou de tirar a corrente da mão, mas com um gesto esclareci que a levaria sozinho até sei destino.

...........

Realmente tinha uma plateia ali, formada por todos os nobres do castelo e alguns oficiais.

E adivinha quem estava ma primeira fileira ? Meu pai e a princesa Azula. Desviei o olhar deles dois, segui o percurso analisando o campo, um trecho de água limitava a área de combate, pelo menos Cassandra estaria lutando de igual para igual.

Osai a esperava, já em pé dentro do campo apenas com a calça e uma capa sobre os ombros. Assim que chegamos ao centro, soltei-a das algemas de ferro, que caíram no chão com um estrondo. Peguei-as e olhei Cassandra uma ultima vez, antes de me retirar. A mensagem nos meus olhos estava clara : Tenha cuidado.


Cassandra narrando

Assim que Kouta deixou o campo, senti a culpa que lhe pesava por não poder me ajudar, mas eu me meti nessa encrenca sozinha. E além do mais.. é uma chance de bater no Senhor do Fogo sem ser presa ou interrompida.

Sorri com gosto ao pensar nisso, Osai rapidamente percebeu que eu pensava algo e me olhou com cara de sério, tirando a capa que pendia em seus ombros.

Ambos estávamos nas posições iniciais de dominação do elemento, quando escuto um barulho de vidro quebrando atrás de mim, não me contive em olhar.


E esse foi o meu maior erro.


Sair da posição de dobra significa que abandonei minha defesa, deixando uma brecha perfeita para o Senhor do Fogo atacar primeiro. Mesmo de costas, já sabia que o ataque seria direto, então me taquei para a direita, rolei um pouco e me coloquei de joelhos, dominando uma parede de água para me defender do próximo ataque. Mas, ao invés de fogo, como eu esperava, raios de eletricidade bateram do outro lado da água, não consegui segurar a pressão do outro lado e fui atirada a parede mais próxima de mim, caindo na água das bordas.

Antes de cair, consegui escutar alguns suspiros de surpresa.. ahh, mas eu tenho algo melhor que isso. Dentro d’água, manipulei as correntes , fazendo-as formar pequenas ondas que caiam em direção ao fluxo, agora ele n]ao sabia aonde eu estava, perfeito !!!

Sai da água o mais rápido que pude, não iria perder esse ataque surpresa, meus olhos rapidamente focaram Osai, e eu fiz com que vários dardos de gelo fossem em sua direção, logo em seguida, voltei para a água.

Quando voltei a subir, imaginei que estaria a sua esquerda, então fiz uma onda vir da direita, meus olhos estavam chegados por causa da água, aquilo era água salgada, e estava bem gelada. Quando a onda que crie chegou em mim, fiz com que ela se separasse para não me atingir. Com um choque, ela bateu na parede atrás de mim, molhando os que estavam na primeira fileira. Vi Kizamuri bufar de raiva por estar todo ensopado.

Eis que, quando volta a olhar o campo, não encontro meu alvo. Será que mergulhou na água como em fiz ?
Levantei toda a água com grande esforço e a fiz tombar no centro do chão da arena. Se estivesse dentro d’água, estaria inconsciente.. mas, aonde ele..?

– Pelos movimentos – disse uma voz atrás de mim – Agora é minha vez

O que ?? Ele estava atrás de mim o tempo todo ?? Por isso não foi afetado por meus golpes, afinal, eu também estava pensando na minha segurança. Mas quando... ? Quando sai da água.. é claro !! Estava de olhos fechados por causa do sal. Aquele maldito !!!

Usei a água esparramada ao meu redor para criar tentáculos a minha volta, teria conseguido chicotea-lo com deles se Osai não pulasse. Ele tentou pisar em mim, mas os tentáculos me envolveram e o jogaram para outra direção. Nem vi quanto ele lançou uma corrente elétrica nos meus pés, consequentemente esta foi mais forte por causa da água ao meu redor, me causando uma dor horrível.

Gemi de dor antes da cair no chão feito um saco de batatas, meu corpo todo formigava, dessa vez foi bem mais potente. Havia pequenos cortes por todo meu corpo, alguns provocados pelo meu deslize no chão, outros pelo impacto com a parede e alguns eu realmente não sei de onde vieram.

Estava derrotada, mau quis me levantar para desafia-lo de novo, Percebendo isso, Osai virou de costas e seguiu em direção a saída do campo. Ele colocou novamente a capa e deu ordens aos soldados

– Levem-na para a cela do subsolo – disse,enquanto caminhava para longe do meu campo de visão.Antes dos guardas me forçarem a ficar de pé e começarem a me puxar, ouvi todos os tipos de comentários possíveis :


“O Senhor do Fogo só estava brincando com ela”

“Essa ai deu mais trabalho que o Zuko”

“ Só 20 minutos de combate ? Esperava mais dessa fraca!! ”

“Escrava maldita... deviam mata-la de uma vez !! É assim que se começa uma rebelião !!! ”


Comentários assim e outros um pouco piores, fizeram o meu humor cair ainda mais.

Chegando na tal cela do subsolo, eles prenderam uma corda as minhas mãos e empurraram minhas costas cela adentro. Cai no chão, fiquei deitada lá um bom tempo...Agora teria que trair a minha própria tribo.. Estava tão fraca que mal conseguia chorar, apenas fechei os olhos, invadida pelo cansaço.


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Notas finais do capítulo

alguem recomenda a fic *w* ???
OBs.: a autora pegou uma gripe muito forte e está com dores de cabeça oméricas, então sejam legais e mandem bons reviews V.V O que vai acontecer agora com a Cassandra gente ??



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