My Dear escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Milena: heey people of my heart! Como estão? Rapidas não? É que estamos supeeeer animadas com a fic e isso também pelos reviews... Amamos todos viu?
Esse capitulo tá super divo porque foi feito pela diva da minha marida Hoppe, agora vocês vão ver o que é escrita de verdade...
Espero que gostem e se divirtam tanto quanto eu babando nele...
Kisses
Hoppe: esperamos q vcs gostem, naum chega aos pés do anterior mas fmz e ahh, obrigada pelos reviws do cap anterior ***
beijos



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Continuei caída no chão, não tinha forças para levantar, mas pude ouvir a buzina mais ao fundo indicando que a competição terminara e Cato Stroke ganhara.

Respirei fundo, sentindo a terra úmida sob meu corpo e fechei os olhos. Mas tornei a abri-los quando senti passos voltarem, passos pesados mas ao mesmo tempo sinuosos.

– Levante-se daí, Clove! – era a voz de Enobaria, mas senti que havia outra pessoa junto dela. Continuei a fitar as altas árvores que cobriam o céu azul anil.

– Se eu conseguisse – murmurei sarcástica, entre dentes, enterrando minhas mãos na terra fofa e apertando-a com toda a força que ainda me restava.

Ouvi uma risada estrondosa, sarcástica e facilmente reconhecível. Os passos pesados voltaram a soar e o rosto de Cato entrou em minha visão.

– Ela é fraca... – ele sorriu cínico – Tão fraca... – suspirou seu hálito frio contra o meu rosto fazendo-me estremecer – Se ela esta assim pela água, imagine como estará quando estiver na arena, onde muitos outros perigos nos aguardam.

Eu não sabia como havia feito aquilo, mas eu nem sequer pensei em meus atos. Em um momento em que eu estava deitada no chão, eu me levantara e pulara em cima de Cato, socando-o com todas as forças. Sentia o cansaço me dominar aos poucos, mas lutei contra ele, tentando resistir á ele, continuando a desferir socos e tapas por qualquer parte do corpo do garoto.

Suas mãos pousaram em minha cintura e um arrepio correu pelo meu corpo, um arrepio involuntário e por alguns segundos, repassei a sensação daquele toque por minha mente tentando entender o que acontecera e Cato aproveitara minha distração para me jogar por sobre o seu ombro.

– Pode deixar que eu a levo de volta ao Centro – ele murmurou rindo.

Do que ele estava rindo?!

– Dê o antídoto á ela, o efeito do veneno logo passará e recomecem o treino, preciso ir á um lugar – Enobaria murmurou nos dando as costas.

Cato começou a andar para fora da floresta, eu soquei suas costas mas sabia que era inútil, eu estava fraca mas tentava com todas as forças relutar o seu aperto.

– PARE DE RIR! – eu gritei ao vê-lo rir das minhas inúteis tentativas.

– Pare de gritar, Spalding – ele murmurou – O que as pessoas vão achar?

Com um mínimo esforço, levantei a cabeça e vi que já estávamos perto do centro de treinamento e as pessoas que passavam por nós, não se incomodavam em nos fitar descaradamente. Em fitar aquela estranha, estúpida e ridícula cena.

Bufei, voltando a abaixar a cabeça, ele empurrou a porta com a mão livre e parou no centro da enorme quadra, colocando-me no chão.

Respirei fundo sentindo meu corpo ainda sob o efeito do veneno. Aquilo era horrível! A sensação de não conseguir levantar, o cansaço constante que aos poucos parecia predominar pelo meu corpo cada vez mais e ao mesmo tempo, a raiva e o ódio que eu sentia mas sem poder fazer nada para descontá-los em alguém.

Cato andou até o armário metálico no canto e mesmo de costas, ele ainda estudava cada movimento meu, analisava cada reação.

Bufei em frustração.

– Não é como se eu fosse me levantar e cravar uma faca em suas costas – murmurei fazendo um eco maior do que o esperado pela extensa quadra – Eu nem tenho uma faca...

– Nunca dê as costas á um inimigo, regra básica de sobrevivência – ele murmurou remexendo nos diversos frascos do armário.

– Somos inimigos agora? Ou melhor... Já? – eu ri sarcasticamente.

– Há 5 minutos atrás, você estava me batendo.

– Não foi sem razão! – exclamei.

– Você estava me batendo por eu ter ganhado? – ele se virou para mim com as sobrancelhas arqueadas e uma sombra do sorriso de deboche – Fracamente Spalding, você é muito infantil. Não é como se eu tivesse envenenado a água que você bebeu.

Bufei mais uma vez enquanto ele voltava com o antídoto em mãos.

– Beba – ele me estendeu o frasco e eu o fuzilei com os olhos.

– Coloque no chão – murmurei e ele riu sarcasticamente.

– Eu não vou me aproveitar da sua fraqueza, Spalding – falou ele estendendo o antídoto com mais insistência.

– Nunca confie em seu inimigo, segunda regra básica de sobrevivência – falei com um sorriso irônico.

Ele continuou a me fitar por algum tempo, eu me sentia estúpida, inútil, em uma posição inferior, deitada ali enquanto ele estava de pé diante de mim.

Mas por fim, ele se agachou, colocando o frasquinho ao meu lado e se levantou, recuando um passo e cruzando os braços enquanto encostava-se no armário metálico.

Suspirei, com muito esforço pegando o pequeno frasco, abrindo-o e o levando até minha boca. Senti o liquido passar raspando por minha garganta, queimando mas á medida que sentia correr pelo meu corpo, o antídoto quebrava todos os efeitos do veneno.

Me levantei lentamente, cambaleando e senti minhas pernas trêmulas. Cato se apressou ao meu lado, pegando minha mão. Respirei fundo, deixando um sorriso insano se abrir em meus lábios.

– Ataque seu inimigo na primeira oportunidade – murmurei rouca e ele me fitou em confusão – Regra básica de sobrevivência do meu irmão.

Eu o empurrei com uma força descomunal para alguém que ainda se recuperava do veneno, fazendo-o tropeçar nos próprios pés e cair ao chão. Olhei para a mesa do centro vendo que ainda restava uma faca que eu não jogara naquela manhã.

Voltei meus olhos para ele, arqueando a sobrancelha como um claro sinal do meu próximo movimento. Ele, ainda caído no chão, arregalou os olhos se levantando com agilidade.

Corremos até a mesa do centro. Eu, menos rápida que o habitual mas o bastante para alcançar a faca antes dele.

Apontei diretamente para ele, que recuou alguns passos.

– Ei, Spalding... – ele engoliu a seco, sem nenhum vestígio do que antes fora um sorriso, parecia que finalmente percebera a seriedade da situação.

– Eu não vou matá-lo, Stroke... – sorri – Menos que isso... Prometo. Vou deixar isso para quando estivermos na arena.

– Afaste-se – murmurou entre dentes, dando um passo incerto em minha direção, confuso entre parecer ameaçador o bastante para que eu desistisse ou se afastar pelo seu próprio bem.

– Ria agora – eu alarguei o sorriso dando um largo passo em sua direção, fazendo-o recuar imediatamente.

Antes que eu pudesse pensar em qualquer maneira de machucá-lo gravemente, sua mão se prendeu em torno do meu pulso, imobilizando-me completamente. O sorriso de deboche voltou, o maldito sorriso de deboche.

– Por que não? – ele riu logo em seguida.

Chutei seu estômago, fazendo-o derrapar para trás provocando um guincho contra o piso e os seus tênis. Corri em sua direção, largando a faca no chão, decidida a machucá-lo gravemente com as minhas próprias mãos.

Ele segurou novamente meus braços ainda com a sombra do riso em seus lábios. Por que ele tinha sempre que rir? Já não era insuportável o bastante ter de estar em um mesmo ambiente que ele?

– Seja melhor do que isso, Clove – ele murmurou segurando meus braços fortemente, impedindo meus movimentos, estremeci ao ouvir meu nome saindo de sua voz – Ou serei sempre melhor que você.

As palavras saindo de sua boca tornaram evidente que ele estava me testando, me desafiando. Mas se era mesmo verdade, eu não suportava aquilo. Eu não suportava que ele fosse melhor do que eu. Ele, Cato Stroke, melhor do que eu.

Chutei novamente seu estômago, mas ele não se abalou, nem mesmo um vestígio de dor transparecera pelo seu rosto e aquilo me irritara ainda mais.

Grunhi em frustração e em um impulso totalmente estúpido, eu o empurrei para trás, derrubando-o no chão em um ato totalmente infantil. Mas suas mãos ainda continuaram firmes em torno dos meus pulsos, puxando-me junto de si.

Caí sobre seu corpo e senti outro arrepio perpassar por entre nós, arfei sentindo meu coração se acelerar mais rápido que o normal. O sorriso presunçoso desapareceu de seus lábios e soube que ele também sentira aquela estranha sensação.

Eu o encarei com os olhos semi-cerrados, tentando ler o que se passava pela sua expressão, mas estava vazia. Vazia como nunca estivera.

– Esplêndido! – palmas cortaram minha linha de raciocínio, fazendo-me me afastar de seu corpo febril e me colocar imediatamente de pé.

Por algum motivo, eu estendi minha mão á Cato e quando percebi o que eu fizera, já era tarde demais. Ele a aceitara e novamente a estranha sensação percorreu meu corpo.

Soltei rapidamente sua mão, forçando meus olhos á continuarem fixos no chão. Mas logo os levantei para os recém-chegados. O monstruoso Brutus estava postado ao lado de Enobaria, próximo á porta.

Brutus, fora um voluntário dos jogos passados, devia ter no mínimo 40 anos. Era alto e monstruoso, aparentemente, mesmo depois de sua vitória ele ainda treinava. Enobaria nos fitava com a sobrancelha arqueada.

– São bons – Brutus nos analisou enquanto nos rondava – Mas juntos, serão melhores ainda.

Olhei para Enobaria com os olhos arregalados, ela cruzou os braços sorrindo-me em confirmação ao que eu entendera das palavras de Brutus. O ouro no final de suas presas á mostra, reluziu em minha direção.

“São bons. Mas juntos, serão melhores ainda.”



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Notas finais do capítulo

Milena: Eai? Amaram? Odiaram? Reviews?



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