The Face Of Death 2 escrita por Fenix


Capítulo 3
Nada é o que parece




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Eles entram na van e seguem o caminho, com o corpo ainda dentro, Lilo espalha spray de lavanda pela van.

- Então quer dizer que o cérebro é assim? – Diz Leonardo.

Allan nega com a cabeça.

- É meio parecido com... Lasanha, legal – Diz Leonardo.

Bruna olha para ele seriamente.

- Ta bem eu vou calar a boca – Diz Leonardo.

- O troço é o seguinte, o próximo carona não terá tanta sorte, eu juro por Deus – Diz Allan.

Eles passam em frente a uma placa, “Posto de Hargword”.

- Ei, tem um posto logo ali – Diz Leonardo.

Eles param em frente ao posto, uma senhora os observa da janela da loja do posto, todos saem da van, Leonardo fica encostado na van, enquanto as garotas conversavam perto das bombas de gasolina, um tempo depois elas entram na loja, em seguida os garotos as seguem.

- Senhora nos precisamos comunicar um suicídio – Diz Allan.

- Quando algo assim acontece, percebemos que o mundo lá fora esta cada vez mais maluco – Diz Patrícia.

- Certo, pode ligar para o xerife? – Pergunta Allan.

- Vai lhe custar 10 centavos – Diz Patrícia.

Bruna e Lilo vão para trás da loja, para irem ao banheiro, Bruna tenta puxar a porta, porém esta trancada, Bruna pega um graveto que havia no chão e abre o cadeado.

- Nossa, onde aprendeu isso? – Pergunta Lilo.

- Ou eu aprendia, ou morria – Responde Bruna.

Bruna abre a porta.

- To me sentindo tão suja – Diz Lilo.

Ela olha para baixo, se deparando com um vaso todo sujo e um pneu como acento.

- Bem eles são 6 ao todo, contanto com a falecida – Diz Patrícia – Pobrezinha, é horrível... Bem porque você não pergunta?... Certo – Patrícia vira para os meninos – Onde vocês a encontraram mesmo?

- Senhora eu já falei, aos 10 minutos a oeste daqui – Diz Allan.

Carol esta em algum lugar observando os garotos pela câmera, ela da um sorriso.

- Meu filme esta no ar – Diz Carol, ela olha para Baby Face e caminha até ele – Meu querido, aquelas pessoas foram muito más com você quando era pequeno, agora tragam todos para mim, não se esqueça do filme, precisamos pegar ótimas cenas... Meu pai achava que eu não conseguia dirigir um filme, mas olha agora, ele ia ficar orgulhoso de mim!

Baby Face sai dali, Carol o chama e corre até ele.

- Leve-os para casa, lá é melhor – Diz Carol.

Baby Face se vira e volta a andar.

- Cerca de oito kilometros a oeste – Diz Patrícia, no telefone.

Ela desliga o telefone.

- Senhora, com licença, quando o xerife vai chegar aqui? – Pergunta Allan.

- O Xerife disse que foi para um velho muinho cralford – Diz Patrícia.

- Desculpe, foi pra onde? – Pergunta Allan.

- Para um velho muinho cralford – Diz Patrícia – Ele perguntou se não se importam de ir lá dar depoimento!

- Sim, sim, nos importamos sim – Diz Allan.

- Ah, me desculpa, mas as garotas dessa região costumam estourar os miolos com freqüência? – Pergunta Michael, irritado.

- Ei fica calma, deixa comigo – Diz Allan – Eu peço desculpa, mas senhora eu não entendi, porque o xerife não vem pra cá?

- Ele não disse, disse que ia demorar 2 horas para chegar aqui – Diz Patrícia.

- Nós não vamos andar pela cidade com uma garota morta no banco de trás da nossa van – Diz Allan.

- Meu jovem, o que você vai fazer é problema seu – Diz Patrícia.

Eles saem da loja encontrando com as garotas, eles entram no carro, Bruna fica parada na porta.

- Entra – Diz Allan.

- Eu só quero ir pra casa ta bom? – Diz Bruna.

- Esta bem – Diz Allan.

Bruna entra na van e fecha a porta, Allan arranca com a van, Patrícia os observam sair do posto, ela liga para alguém pelo telefone.

- Sim, acabaram de sair daqui... De nada – Diz Patrícia.

Depois de andarem kilometros com a van, eles entram numa estrada cercada por uma mata fechada, Bruna ao olhar para mata fica um pouco apreensiva.

- Ela ta começando a feder – Diz Lilo.

- Não é pior que o cheiro daquela loja – Diz Michael.

A van passa por um buraco e o corpo de Paula cai pro lado, Lilo fecha os olhos, Bruna põe a mão na boca e olha para frente, eles enfim chegam num lugar abandonado, de longe os observando esta Baby Face.

Eles saem da van.

- Oooooi – Diz Leonardo.

- Oláááá – Diz Michael.

Eles ficam um tempo em silencio.

- Não tem nenhum xerife aqui – Diz Allan.

- A gente devia deixar o corpo aqui e ir embora – Diz Michael.

Bruna olha para Michael, sem acreditar.

- Vamos fazer uma votação – Diz Allan.

- Allan não – Diz Bruna.

Todos olham para ela.

- Porque não Bruna?  Isso é uma democracia – Diz Michael.

- Ham, você ia querer que largássemos o seu corpo aqui? – Pergunta Bruna.

- Escuta, ninguém pediu para ela estourar os miolos na nossa van – Diz Michael.

- Na minha van – Diz Leonardo – Mas por mim largamos ela!

- Idiota – Diz Lilo.

- Ta legal beleza, dois votos, só ta faltando um, Allan? – Diz Michael, ele fica em frente a Allan – Allan, por favor.

Baby Face caminha em direção a eles, Allan olha para Bruna, ela levanta as sobrancelhas.

- Amor ela esta morta – Diz Allan – Acho que... Não tem importância onde a deixaremos.

- Importa pra mim – Diz Bruna – Se é que faz diferença.

- Bruna isso... – Diz Allan.

- Aquela garota tem pai e mãe que vão querer ela de volta, e não jogada, jogada na beira da estrada como se fosse um lixo – Diz Bruna.

Eles andam para o lado do local que parecia ser uma casa.

- Alguém viu o nosso justiceiro em algum lugar? – Pergunta Leonardo.

- Talvez esse não seja o muinho cralford – Diz Bruna.

Eles abre a porta, se deparando com um corredor bem largo e muito bagunçado, Bruna olha para cima e vê uma cruz, nela esta pregado um boneco sem a face, ela olha para Allan e senta no chão, todos se acomodam.

- Fala sério, não tem ninguém aqui, não tem nenhum xerife – Diz Michael.

Carol olha pela câmera e vê que Baby Face esta pronto para atacar.

- Não, não, não – Diz Carol – Merda, não é para ser agora, mas que merda, porra, esse imbecil, merda, merda – Carol chuta a cadeira – Mas que droga!

Lilo esta olhando para dentro da casa quando vê um vulto, ela se assusta, Bruna, Allan e Leonardo rapidamente se levantam olhando para trás.

- O que foi? – Pergunta Allan.

- Eu vi alguma coisa – Diz Lilo.

- Eu também vi, eu juro que vi alguma coisa se movendo – Diz Michael.

- Ah, quer me assustar pra irmos embora – Diz Bruna, ela se levanta e caminha para dentro da residência, Allan segura seu braço.

- Bruna não – Diz Allan.

- Vai pro inferno – Diz Bruna, fazendo-o soltá-la.

Ela sobe a escada para o segundo andar, o silencio e a tensão predomina o lugar, Bruna apreensiva olha para os lados, ela desce um degrau e continua  andar, a luz era pouca, não iluminava direito, Bruna olha para cima.

- AAAAAHHHHHH – Eles ouvem seu grito.

- BRUNA – Grita Allan, ele corre para saber o que houve.

Leonardo, Lilo e Michael vão logo atrás deles, eles sobem a escada, Allan olha para os lados, mas não conseguia enxergar direito com aquela escuridão.

- Bruna! Bruna onde você esta? – Pergunta Allan.

Lilo a avista.

- Ali – Ela grita.

Todos vão até Bruna.

- O que houve? – Pergunta Allan.

Bruna aponta para o armário.

- Ta bem, fica aqui – Diz Allan.

Allan pega um pedaço de ferro e abre a porta.

- AAAAHHHH – Grita Lilo.

Havia um guaxinim no armário.

- AAAAHHHHH – Grita Bruna e Lilo.

- FECHA, FECHA – Grita Leonardo.

Allan fecha a porta e a tranca, eles começam a rir, até ouvem um barulho, todos ficam quietos olhando para o lado.

- Agora não foi um guaxinim – Diz Allan.

Eles ficam parados olhando, Bruna fica assustada.

- Certo, TA LEGAL, SE TEM ALGUÉM AI PODE PARAR DE GRAÇA TA? É SÉRIO APARECE – Grita Allan.

Eles viram o corredor e encontram um menino encolhido na sombra.

- Quem é você? – Pergunta Allan.

- O que fizeram com ela?

- Ham? – Pergunta Allan.

- A garota lá fora, no carro.

- Não fizemos nada com ela – Diz Allan.

- Ela fez aquilo sozinha – Diz Michael.

O menino se aproxima, sua aparência não é muito boa, seu rosto não era deformado, mas também não era bonito, estava longe disso.

- Ai meu deus – Diz Bruna, sussurrando.

- Não vão me machucar? – Pergunta o menino.

- Mas é claro que não – Diz Lilo.

Eles saem do local e ficam sentados do lado de fora.

- Por que esta aqui sozinho? – Pergunta Lilo.

- Uma moça tentou me pegar, ela disse que ia me transformar num astro, mas ela vive com um homem que mata as pessoas, eu fiquei com medo e fugi, não posso voltar pra casa – Diz o menino.

- Esse aqui é o velho muinho cralford certo? – Pergunta Allan.

Ele confirma, acenando com a cabeça.

- O meu nome é Bruna – Diz Bruna.

- Nicolas – Ele diz.

- O garoto, a gente esta esperando o xerife, sabe onde ele ta? – Pergunta Leonardo.

Ele acena com a cabeça, confirmando.

- Ta, onde? – Pergunta Leonardo.

- Em casa... Enchendo a cara – Diz Nicolas.

- Ah, legal, então vamos embora – Diz Michael – Se o xerife não da a mínima, muito menos a gente!

- Ele mora aqui perto? – Pergunta Bruna.

- Da pra ir de carro? – Pergunta Allan.

- A qual é? Precisamos chegar no México – Diz Michael.

- A estrada não chega lá, mas é perto – Diz Nicolas.

- A gente tem que ir embora, agora, tipo... Ontem – Diz Michael.

- Como eu chego a casa do xerife? – Pergunta Allan.

Um tempo depois, Allan e Bruna estão atravessando a floresta, ela apreensiva fica olhando para os lados, ela lembra de Baby Face e da uma parada, Allan se vira.

- Ta tudo bem?

- Eu não sei se consigo continuar – Diz Bruna.

- Olha, fica perto de mim, eu não vou deixar nada te acontecer – Diz Allan – Eu prometo!

- Não faça promessas que não pode cumprir – Diz Bruna.

Ele segura sua mão e continuam a andar, dentro de uma árvore há uma câmera, filmando-os, Carol pega seu casaco e caminha seguindo o corredor.

Leonardo olha para van e Nicolas esta olhando o corpo de Paula.

- Ei, ei moleque mutante – Diz Leonardo, correndo até ele – Ei, deixa ela, sai fora, sai daqui, isso é prova criminal!

Nicolas sai correndo, Bruna e Allan acham uma enorme casa no meio do campo, eles correm até a casa, ao chegarem na porta, batem, eles não conseguiam vê dentro da casa, por causa a placa contra mosquito e pelo vidro da porta se um pouco escuro.

- Tem alguém em casa? – Pergunta Bruna, batendo.

- O que vocês querem?

- Hm, você é o xerife? – Pergunta Bruna.

- Eu tenho cara de xerife?

- Ah... Sei lá, não da pra vê – Diz Bruna.

- Afastem-se da porta!

Bruna e Allan dão uns passos para trás, a porta se abre fortemente, um de cadeira de rodas passa por ela.

- O xerife não mora aqui, pode telefonar para ele se quiser!

- Ah, muito obrigada, a gente quer sim – Diz Bruna.

Bruna passa pela porta.

- Limpe os pés, eu gosto de ter a casa limpa!

Bruna fecha os olhos e respira fundo, ela limpa os pés e entra, Allan avança para ir junto quando o senhor estica a mão.

- Eu falei que ela podia ligar, você fica aqui fora!

- Esta bem chefe – Diz Allan.

- Eu não quero problemas!

- Não atire – Diz Allan.

O senhor vira a cadeira, Allan abre a porta para que ele pudesse entrar, Bruna olha para cima, vagando seu olhar pelo segundo andar.

- Me segue.

Bruna segue o senhor, Allan desce a varanda fica olhando a floresta do outro lado, entre os galhos e as árvores, esta um homem o observando, ele corre para o lado.


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