I Will Possess Your Heart escrita por Bennet


Capítulo 7
Capítulo VI - Catch me if you can.


Notas iniciais do capítulo

OI GEEEEEEEENTE.
Okay, tenho MUITA coisa pra falar.
Primeiro, eu estava linda e maravilhosa escrevendo esse capítulo na quinta feira passada e começou a chover, daí meu computador simplesmente explodiu. @_@ Por sorte, ontem eu liguei ele, deu uns pipocos e FUCK YEAH, não queimou. Só que o que eu estava escrevendo na hora não foi salvo, e eu tive que escrever quase tudo de novo.
Segundo, não sei se é o word ou o Nyah que tá louco, mas eu colei a fic aqui e ficou tudo estranho, cheio de código, em negrito e umas paradas assim. e_e Fiz de tudo e nada deu certo, então eu tive que digitar TUDO do word pra cá. Ê, canseira.
Enfim, eu peço desculpas de verdade por demorar tanto pra postar, mas eu realmente não tive culpa. Hoje TUDO deu errado pra mim.
Esse capítulo tá uma merda, quando eu escrevi de novo, eu tava super magoada com tudo e tenho certeza que isso afetou a fic, mas vou postar esse capítulo mesmo assim.
Então, eu não revisei esse capítulo, como passei direto pra cá, obviamente tive que ler tudo de novo e acho que não tem nada de errado, se tiver, por favor, me desculpem. :~ Só uma coisa: Vocês sabem que em itálico é o Gasparzinho, né? Ok. ;;
Agora são 00:43, cheguei agorinha do trabalho e tô morta de cansaço, mesmo que eu tente responder os reviews agora, provavelmente não vou falar nada com nada, mas só quero que vocês saibam que eu li os reviews e estou super feliz com os comentários lindos e com os leitores novos. Sério, só vocês pra dar um pouquinho de alegria pra mim nesse dia de merda. ;; Obrigada, mesmo.
Mais uma vez, me perdoem por isso.
Boa leitura pra vocês, um beijo. ;;



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Gerard precisava de um tempo da universidade, precisava de um tempo para pensar. Essa não era exatamente a viagem certa para isso, mas ele se sentia satisfeito por sair da cidade e ajudar uma pessoa, mesmo que ele não a conhecesse. Pediu para que passassem em seu apartamento, para ligar para a universidade e pegar algumas coisas, afinal, ele não sabia quanto tempo duraria essa 'viagem'. "Sim, diretor Macfadyen. Eu vou ajudar meus alunos na busca desse garoto, acho que é o melhor a ser feito agora." Do outro lado, o diretor falou sobre o cansaço de Gerard, sobre os alunos que não assistiam às aulas e sobre férias por uma semana para Gerard.

Gerard desligou o telefone e olhou pela janela, viu os três amigos no carro, buzinando e gritando para ele andar depressa. Foi até o seu quarto, enfiou algumas roupas numa mochila e depois foi ao banheiro. Fechou a porta e se olhou no espelho. Estava extremamente pálido e com olheiras enormes. Levou os dedos finos até seu rosto, deslizando-os pela pele macia. Fechou os olhos. Sentiu uma mãozinha em sua nuca. Era ele. Sentiu os dedos deslizando por sua pele branca, descendo até o pescoço. Ofegou. O toque continuou até suas costas, arranhando-o levemente por cima da camiseta surrada. As mãozinhas passaram a acariciar sua cintura, traçando um caminho por sua barriga e subindo lentamente até seu peito. Gerard mordeu os lábios lentamente, soltando um longo gemido em seguida. Sentiu um corpinho colado em suas costas, e uma respiração calma acariciando seu pescoço. Gerard. Um sussurro. Gerard, por favor. "Mmmm." Sentiu um leve beijo em seu pescoço. Gerard, eu estou aqui. Sentiu a pontinha de uma língua quente acariciar o lóbulo de sua orelha, os pelinhos de seus braços se eriçaram. Gerard, você pode me ver? Gerard abriu os olhos lentamente. Encarou seu reflexo no espelho. Apenas ele, sozinho. "Por favor, volte." Gerard sussurrou. "Por favor, por favor." Fechou os olhos novamente. Ele não voltou. Abriu os olhos novamente. As luzes do banheiro estavam claras demais, estavam queimando seus olhos. Gerard tentou se mover, mas tudo pareceu estar em câmera lenta. Tentou caminhar até a porta, mas suas pernas não obedeciam. As luzes se moviam ao seu redor, deixando-o enjoado. Viu vozes desesperadas se espalhando e mãos tentando segurá-lo. Desmaiou. x-x-x-x-x-x

Gerard abriu os olhos lentamente, esfregou-os devagar e tentou se levantar, mas sentiu-se tonto. "Gente, shhh. Ele acordou." Gerard notou a enorme cabeleira de Ray. "Como você está, cara?" Olhou ao redor, estava dentro do carro, no banco de trás, deitado com a cabeça nas pernas de Ray.

Abriu a boca para responder, mas Bert gritou do banco da frente. "Gerard! Puta que pariu, o que aconteceu? A gente chegou e você tava caído no chão do banheiro! Que diabo você tava fazendo? E que merdas são essas nos seus braços?" Gerard olhou para seus braços marcados da noite anterior, puxou as mangas, tentando esconder os hematomas. "É sempre assim, é só a gente deixar você sozinho por um minuto que dá merda. O que aconteceu, afinal?"


"Eu... eu não sei. Acho que minha pressão caiu." Bert lançou um olhar desconfiado para Gerard. "Não foi nada, eu juro." Bert deu de ombros e voltou sua atenção para Quinn, que estava dirigindo.

"Hey, Gerard." Ray sussurrou. "Se quiser conversar depois... Se quiser me contar o que aconteceu, eu estou disposto a ouvir, hm?" Gerard notou um brilho diferente nos olhos castanhos de Ray. Concordou.

"Pra onde a gente tá indo mesmo?" Gerard perguntou para Bert.

"A gente vai passar nos lugares que o Frank frequentava, pra saber se alguém tem alguma informação."

"Pela foto que vi dele, provavelmente passaremos por alguns bares e por lugares sujos com um bando de gente drogada, certo?"

Quinn soltou o volante e olhou para Gerard, Bert pulou em seu colo, tentando manter o carro na pista. "O que você disse?" Gerard não respondeu. Bert soltou um palavrão. Ray colocouo cinto de segurança. "Não, Gerard. O Frank não bebe, nem se droga." Quinn retomou a direção. "Ele não é como seus alunos maconheiros." Bert fez beicinho. "Exceto você, Bert, lógico."

"Ah, eu só imaginei. Pela tatuagem no pescoço e o jeito rebelde." Quinn revirou os olhos, Bert mandou Gerard se calar. "Enfim, onde estamos indo?"

"Para a biblioteca pública, onde ele passava a maior parte do tempo. Quinn respondeu. Olhou para Bert e sussurrou. "Não sei como ele conseguiu gostar desse babaca." Bert se fez de desentendido.

Quase uma hora depois, os quatro chegaram na enorme biblioteca. Quinn e Bert foram na frente, Ray e Gerard ficaram atrás. Ray olhava de um lado para outro, e às vezes se escondia atrás de Gerard.

"Cara, tá tudo bem?" Gerard notou o desconforto de Ray.

"O quê? Ah. Tá. É que nunca vim aqui antes, não gosto de andar assim por lugares que eu não conheço." O tom da voz de Ray era distante, mas Gerard julgou ser uma atitude normal quando se tratava de Ray.

Os quatro chegaram até o balcão principal. Havia uma parede com dezenas de gavetas, alguns papéis espalhados pelo balcão, e uma senhora concentrada num livrinho de bolso. Bert tossiu, ela não respondeu. Notaram um tufo de cabelo loiro embaixo do balcão, Bert tossiu novamente, dessa vez mais alto, um homem loiro e barbudo se levantou.

"Desculpem, posso ajudá-los?" "Pode sim, hmmmm..." Quinn se esforçou para ler o nome no crachá. "Robert Bryar. Bom, um amigo nosso está desaparecido e ele costumava vir aqui algumas vezes na semana, e estamos procurando qualquer pista, qualquer informação que nos ajude a encontrá-lo."

"Ah, sim. Já estou sabendo disso. Frank Iero, não? Ele é um dos nossos melhores leitores." Quinn sorriu orgulhoso do amigo e lançou um olhar para Gerard. "A única coisa que tenho sobre ele é o histórico de leitura, não sei se isso ajuda, mas se vocês quiserem dar uma olhada." O rapaz loiro abriu uma das gavetas e retirou uma ficha entre os papéis apertados. "Aqui. Frank Iero. Espero que ajude." Entregou o papel para Quinn. Os quatro agradeceram e se sentaram numa mesinha ao lado do balcão.

"Sério mesmo? A gente pede ajuda pra achar nosso amigo e ele dá o histórico de leitura? Porra!" Quinn amassava o papel, sem saber o que fazer. "Ah, Gerard, você que é o leitor nato daqui e entende dessas coisas, vê aí se encontra alguma coisa interessante." Quinn empurrou o papel para Gerard.

"O que eu tenho a ver com isso?" Ray lançou um olhar de súplica para Gerard, querendo sair logo dali. "Tá, tá bom. Vamos ver se tem alguma coisa interessante." Gerard analisou o papel por alguns segundos e soltou um riso abafado. "Okay, só uma pergunta: Ele é gay?" Quinn confirmou, confuso. "Aqui diz que ele leu todos os livros da Jane Austen. Só podia." Bert jogou uma bolinha de papel em Gerard, mandando ele continuar. A lista era extensa, Gerard concluiu que Frank realmente lia muito. "Uou. Ele já leu quase todos os meus livros preferidos! E deve ter lido todos os livros sobre história dessa biblioteca!"


"Será por quê?" Quinn disse, olhando para Bert. "Aposto que o Frank lia só por causa desse idiota." Gerard ouviu, mas não entendeu.

"Aqui não tem nada que possa nos ajudar, mas ele realmente tem um ótimo gosto para livros. Eu adoraria conversar com ele." Ray cutucou Quinn, que cutucou Bert, que abriu um enorme sorriso para Gerard. "O quê? Ah, pelo amor... Eu não estou interessado numa pessoa que eu nem conheço. Parem com isso."

Os quatro se dirigiram ao balcão, entregaram a ficha para a senhora e deram as costas.


"Ei. Ei você." A senhora chamou. "Você... o cabeludo!" Os quatro pararam, Ray arregalou os olhos. "Você mesmo! Eu não te conheço?" Ray negou, nervoso. "Conheço sim. Você veio aqui nas últimas semanas, eu me lembro! Aqui nós temos o costume de cumprimentar nossos clientes, você deveria ter bons modos e retribuir." A senhora falou num tom rabugento. Os outros três olharam de Ray para a senhora, da senhora para Ray.


"Erm, é a primeira vez que eu venho aqui. Desculpe, mas a senhora deve ter me confundido com outra pessoa." A senhora estava pronta para falar, mas Ray falou alto, em nervosismo. "Tenha uma boa tarde." Olhou para os amigos. "Vamos." Os três obedeceram e saíram do local. "Velha louca." Ray sussurrou.

"Ooookay. Para onde nós vamos agora?" Bert perguntou para Quinn.

"Tem uma loja de quadrinhos que o Frank frequentava." Os olhos de Gerard brilharam. Frank era definitivamente uma pessoa interessante. "Talvez eles saibam de algo."

"Vocês não acham melhor a gente sair logo da cidade? Não vamos ter nenhuma informação em Newark." Disse Ray. "O que você acha, Gerard? Não é melhor a gente ir logo para Jersey City?"

"O quê? Eu não sei de nada. O Quinn que tem que resolver isso."


"Calma, cara. Isso aqui não é um joguinho. Estamos procurando pelo meu amigo." Quinn abriu a porta do carro, deixando os outros entrarem. "A gente nem começou! E não sei se Frank foi para Jersey City." "Ele não tem parentes lá?" Quinn olhou desconfiado para Ray. "Você comentou isso comigo uma vez, lembra?"

"Ah, sei... Mas é melhor a gente dar uma olhada nos lugares que o Frank visitava por perto, já estamos longe de casa mesmo. Se não acharmos nada, nós saímos da cidade." Ray concordou, impaciente.
­
Os quatro passaram na loja de quadrinhos, numa lanchonete e nas casas de alguns amigos de Frank. Não ouviram nada além de pedidos de desculpas. Como estava tarde, e estavam longe, resolveram dormir num hotel barato e seguir para Jersey City no dia seguinte.

"Nós temos apenas dois quartos. Um com duas camas de solteiro e um com uma cama de casal." Uma garota grávida falava impaciente, tentando assistir a novela na televisão antiga.

"E aí? O que a gente faz?" Ray perguntou. Definitivamente não queria dividir a cama com algum deles, ainda mais sabendo que todos eram gays.

"Eu fico na cama de casal numa boa, é só cada um dormir pra um lado." Quinn falou. "Quem vai comigo?"


Gerard percebeu os olhares de Bert para ele. "Acho melhor o Bert ir com você. Eu preciso conversar sobre algumas coisas com o Ray. Tá tudo bem pra você, Bert?" Bert fez que sim. "Então pronto."


Os quatro subiram as escadas, Bert e Quinn correram pelo corredor numa velocidade inumana e desapareceram. Gerard entrou no quarto, satisfeito. Pelo menos Bert estava se dando bem na vida.


"Cara, tô cansado pra caramba. Vou tomar banho só amanha, porque a única coisa que eu quero agora é cama!" Ray se jogou numa das camas, Gerard se sentou na outra.


"Ray, erm... Será que a gente podia terminar aquela conversa?"


"Conversa? Ah, pode ser. O que foi?"


"Então... Hoje mais cedo, quando eu desmaiei no banheiro..." Gerard sussurrava. "Foi porque o espírito me visitou." Ray ficou em silêncio, esperando Gerard continuar. "Ele... ele apareceu pra mim. Quer dizer, eu não o vi. Mas eu o senti. Ele tocou em mim... E foi algo tão íntimo, como se eu o conhecesse, como se estivesse acostumado ao toque dele." Gerard passava as unhas curtas em seu pescoço branquelo. "Eu ouvi sua voz, senti sua pele. Me senti tão seguro... Mas depois senti desespero, senti agonia. Eu realmente não sei o que fazer agora. Eu não quero ficar nessa incerteza, sem saber se ele vai aparecer novamente ou não."


"Gerard, aconteceu algo mais com esse espírito e você não quer me contar?" Gerard arregalou os olhos. "Cara, eu não sei o que te dizer. Já falei isso uma vez, e a única coisa que posso fazer é repetir: Tente conversar com ele. E não se preocupe, ele vai aparecer de novo, eu tenho certeza."


"Eu tento conversar com ele, eu tento, de verdade. Tanto que não vejo a hora disso acontecer de novo. Mas eu fico tão concentrado nele, que é como se ele estivesse dentro de mim, como se ele fosse uma parte de mim. E toda vez que ele aparece, é como se eu precisasse disso. E também é como se ele precisasse disso."


"Eu não vou poder te ajudar se não souber do que ele precisa. Talvez seja melhor eu mesmo tentar conversar com ele, mas não agora, porque tô morto de sono e porque não tenho quase nenhuma informação sobre ele." Gerard fez um beicinho. "Não, Gerard. Não adianta fazer isso. Eu não sou gay como seus amigos, não caio nessa. Aliás, você já se olhou no espelho? Que cara é essa? Parece que acabou de ser espancado. Vai dormir, Gerard. Quem sabe você não sonha com ele?"


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Notas finais do capítulo

Sério, o Nyah tá me estressando muito. É a terceira vez que eu corrijo esse post e toda hora sai todo errado. ;;
Enfim, só tenho uma palavra pra descrever o próximo capítulo: VISH.