I Will Possess Your Heart escrita por Bennet


Capítulo 6
Capítulo V - Body snatchers.


Notas iniciais do capítulo

Oi, seus lindos. *-*
Primeiro, como sempre, quero agradecer a todos que estão lendo e deixando seus comentários lindos e maravilhosos. Vocês me deixam muito, muito, muito feliz mesmo. ;;
Então, uma notícia um pouquinho chata agora: Talvez eu poste apenas duas ou três vezes por semana. Eu estava com a intenção de postar todos os dias, mas eu estou realmente sem tempo, com colégio + trabalho + problemas. É melhor demorar um pouquinho pra postar, mas fazer algo caprichado, bem revisado e bem escrito, do que postar todos os dias algo tosco, pequeno e mal escrito, certo?
Pode parecer que esse capítulo não tenha nada demais, mas eu peço que prestem atenção nos detalhes. As sensações do Gerard, os enjôos, os cansaço e tudo isso fazem toda diferença na história.
Tem mais umas coisinhas que quero explicar nesse capítulo, mas vou deixar pra falar lá embaixo.
Boa leitura. Beijinhos!



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Gerard chegou na universidade no mesmo horário de sempre, meia hora adiantado. Entrou em sua sala e respirou profundamente antes de sentar em sua cadeira. Observou os dedos com uma leve mancha avermelhada e os braços pálidos com marcas e arranhões. Abriu a gavetinha de sua mesa e, ao pegar suas pastas, um pequeno pedaço de papel amassado caiu no chão. Gerard o pegou. Provavelmente era uma página de um livro, mas apenas uma frase estava recortada.

As obras belas e maravilhosas, enquanto perduram para que os olhos as contemplem, são registros de si mesmas; e somente quando correm perigo ou são destruídas é que se transformam em poesia."

Gerard sentiu um vento frio tocar-lhe a nuca, seu corpo todo estremeceu. Encarou o papel por alguns segundos, passando a ponta de seus dedos machucados sobre as letras, notou um pequeno "F" manchado na pontinha do papel. Dobrou-o cuidadosamente e guardou-o novamente em sua gaveta. Olhou para o pequeno relógio na parede e depois conferiu a hora em seu celular. A aula já deveria ter começado. Esperou alguns minutos, nenhum aluno entrou na sala. Pouco tempo depois, ouviu uma enorme algazarra do lado de fora da sala. Estava para se levantar, quando um aluno invadiu a sala.

“Desculpe, professor. Não tem nenhum aluno aqui, tem?” O rapaz correu os olhos pela sala, se certificando de que apenas Gerard estava presente. Foi em direção a porta novamente, mas Gerard o cortou.

“EI! Espera!” O aluno deu meia volta. “Onde estão meus alunos? O que tá acontecendo? E quem é você?”

“Eu sou Quinn. Quinn Allman. Eu faço letras, aqui. E... Hoje nós não vamos assistir às aulas.” Gerard estava pronto para falar, mas Quinn continuou. “Nós estamos organizando grupos para procurar um aluno desaparecido.” Quinn fitou o enorme letreiro na mesa de Gerard, que dizia ‘História’. “Espera... Você é o professor de história? O professor Gerard Way?” Gerard tentou balbuciar algo, mas logo foi cortado por Quinn novamente. “Eu acho que... você deveria vir também.”

Quinn atravessou a porta, deixando um Gerard confuso do lado de dentro. O professor recolheu suas coisas e travou o mesmo caminho do aluno. Um corredor depois, eles chegaram até o mural de notícias, onde um enorme grupo de alunos estava reunido, distribuindo panfletos e trocando coordenadas.

 Gerard parou ao lado de um rapaz alto e tatuado, que o olhou de forma assustada.

“Você não é o professor Way?” Gerard fez que sim. “Então... você sabe?”

“Sei de quê?”

“O Frank... Você. Quer dizer que... vocês dois... era verdade? Eu... eu sinto muito. Nós vamos encontrá-lo. Vai ficar tudo bem.”

“Frank e eu o quê? Do que você está falando? Quem é Frank?” O rapaz o olhou descrente. Gritou o nome de Quinn e puxou Gerard pelo braço.

“Vem cá.” Os três entraram numa sala vazia. “Quinn, ele não sabe de nada?”

“Eu não sei, Jepha. Eu só fui saber que ele era o tal do Gerard Way agora.”

Gerard ficou corado, em raiva e confusão. “Okay. Vocês dois podem me explicar de uma vez por todas que diabos está acontecendo? Como assim ‘O tal do Gerard Way’? E o que eu não sei e o que eu deveria saber?”

“Bom...” Quinn começou. “Você deve saber que há um aluno desaparecido, certo?”

“Mais ou menos... Só li algo a respeito no mural. Frank Iero, não é?”

“Sim. Olha, professor Way... Sei que isso pode parecer estranho, mas para nós, e para Frank, seria bom se você nos ajudasse nisso.”

“Eu ajudo, afinal, é um aluno desaparecido! É óbvio que eu vou fazer algo para ajudar. Mas o que eu tenho a ver com essa história toda? O que a minha participação nisso tem de tão especial?”

Jepha consultou seu relógio de pulso, olhou para Quinn e sussurrou. “Nós temos que ir.”

Os dois alunos não disseram mais nada, apenas saíram apressados da sala. Gerard os seguiu, mas só conseguiu ver um amontoado de alunos se dispersando no corredor. Talvez fosse uma maneira desesperada de conseguir ajuda, talvez estivessem falando isso para todos. Talvez.

Gerard foi correndo até a sala do diretor principal da universidade, estava vazia. Foi até a janelinha da secretaria e encontrou uma loira artificial mascando chiclete de forma despreocupada.

“Oi, bom dia... Eu sou o professor Gerard Way, de história, e gostaria de conversar com o diretor principal, você sabe onde ele está?”

A loira o analisou por alguns segundos e então prostrou-se sobre a mesinha, realçando os enormes seios. “Hmmm. Acho que ele está conversando com alguns alunos. Deve voltar daqui a pouco. Pode ficar na sala dele enquanto espera.” Ela o analisou novamente e lançou-lhe um rápido sorriso cínico. “Ou... pode ficar aqui, comigo. Quem sabe eu não posso resolver o seu problema, hm?”

Gerard a fitou, com um leve embrulho no estômago. “Não... Acho que... que só posso resolver isso com o diretor. Erm. Obrigado.” A secretária ia falar novamente, mas Gerard voltou apressado para a enorme sala do diretor.

Entrou no cômodo lentamente e sentou-se numa cadeira de frente para a mesa principal. Fitou a sala, que continha uma decoração um tanto bizarra. Olhou para a mesa do diretor. Algumas canetas, papéis espalhados, um porta-retrato, um notebook aberto... Gerard fitou o último objeto por um tempo, pensando se deveria. Não queria esperar mais, precisava saber quem era esse aluno, e provavelmente o diretor não lhe daria informações corretas.

 Andou rapidamente até a porta, se certificando de que não havia ninguém no corredor. Voltou para a mesa, dessa vez sentando-se no lugar do diretor. Algumas pastas abertas e fechadas depois, ele finalmente encontrou uma com o nome “Cadastro Estudantil”, nela havia pastas de todos os cursos. “Mmmm. Letras.” Gerard apressou-se em abrir. Alguns nomes depois, lá estava ele. Frank Iero. Gerard sentiu uma sensação estranha, respirou fundo e abriu o arquivo. “Frank Anthony Thomas Iero Jr, vinte e um anos, New Jersey, bla bla bla...” Gerard estava para desistir, pois não achava nada interessante sobre o tal Frank Iero, até que logo abaixo havia uma foto 3x4. Um rapaz de traços delicados, uma tatuagem no pescoço, lábios vermelhos, sobrancelhas bem desenhadas, um enorme par de olhos cor de mel. Gerard estremeceu. “Esses olhos...” Gerard se aproximou da tela do notebook. “Eu conheço... Eu já vi esse garoto antes. Talvez ele tenha passado por mim no corredor, mas os olhos... Eu não lembraria assim tão fácil.” Gerard sussurrava para si mesmo, baixinho. “Será que...” Escutou passos no corredor. “Merda.” Fechou os arquivos rapidamente e correu até a porta.

“Oh... Bom dia, professor. A Caroline me disse que você queria conversar comigo.” A voz grave e o sotaque inglês do diretor fez Gerard engolir em seco. “Vamos, sente-se.”

“Diretor Macfadyen, bom dia. Na verdade, eu queria falar sobre os alunos que não estão assistindo as aulas, mas acho melhor eu mesmo ir conversar com eles.” Gerard mentiu.

“Ótima idéia, professor Way.” O diretor o analisou com seus incríveis olhos azuis. “Por Deus! Você está pálido. O que aconteceu? Dê um jeito nessas olheiras, Way. Está aparecendo um cadáver.” Gerard forçou um sorriso. “Acho que esses alunos não querem estudar, de qualquer jeito. Tente conversar com eles, ou vá para casa dar um jeito nesse rosto! Você não dorme há quantos dias? Santo Deus.” O diretor entrou em sua sala, falando alto sobre a aparência de Gerard e sobre férias.

x-x-x-x-x

Gerard estava na porta de Ray, pela terceira vez em dois dias. Batia contra a porta metálica com tanta força que os nós de seus dedos estavam arroxeados.

Ray apareceu na porta, com os cabelos penteados e vestindo roupas decentes. Olhou para Gerard da cabeça aos pés, bufou. “Cara... Você tá apaixonado por mim? Trouxe sua escova de dente, seu colchão? Quer morar aqui agora? Caralho!” Gerard arregalou os olhos, envergonhado. Ray percebeu e abriu um enorme sorriso. “Tô brincando. Entra aí.” Gerard entrou e seguiu o conhecido caminho até o sofá. “Fala logo o que você quer, porque eu tô saindo daqui a pouco, e não sei quando volto.”

“Desculpa aparecer assim de novo, mas você sabe o que eu tô passando...” Gerard estalava os dedos em nervosismo, tomou coragem para encarar os olhos de Ray, mas só viu uma mala voando em sua direção.

“Porra, foi mal. Era pra acertar o Ray.” Um rapaz loiro apareceu no corredor. “O quê? Gerard Way? Você que vai com a gente?” O loiro abriu um sorriso.

“Quinn?” A expressão envergonhada de Gerard se transformou em confusão. “Vou pra onde?” Gerard olhou para Ray e sussurrou “Vocês se conhecem?” Ray fez que sim.

“Procurar o Frank, ora! Me dá suas coisas pra eu guardar logo no carro.”

“Calma, Quinny. Esse não é o amigo que eu falei que vai com a gente. Quem vai com a gente é o Bert, que deve estar chegando daqui a pouco. O Gerard só veio conversar comigo.” O loiro deu de ombros e saiu apressado da casa.

“O Bert vai? Por que vocês não me avisaram? E você conhece esse rapaz que tá desaparecido?”

“Não conheço, ele é amigo do Quinn. A gente decidiu de última hora, a polícia até agora não tem idéia de onde ele possa estar, e o Quinn decidiu procurar nos lugares onde ele freqüentava.” Ray abaixou o tom de sua voz. “Eu não tenho muita esperança. Já faz quase uma semana.” Gerard sentiu uma dor em seu peito ao ouvir as palavras de Ray. “Acho que se acharmos algo agora, vai ser só o corpo.”

Gerard sentiu-se tonto repentinamente, abriu a boca, mas um Bert ofegante escancarou a porta, deixando as palavras de Gerard em sua garganta.

“O que você tá fazendo aí sentado, Ray? A porra do garoto tá desaparecido, e você tá aí de conversinha com esse viado? Entra logo na merda daquele carro.” Ray olhava para Bert assustado. Bert olhou para Gerard e apontou para a rua. “Gerard, vá pra casa!”

“Não. Eu vou com vocês.”


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Notas finais do capítulo

VISH, agora o bagulho ficou sério. HDUIASHU Gerardinho tá ficando rebelde!
Então, tem umas coisinhas pra explicar nesse capítulo:
1. O papelzinho que cai da gaveta do Gerard é parte do livro "O Silmarillion", de J. R. R. Tolkien. Se alguém quiser consultar depois, é o capítulo X, "Dos sindar". Eu estava lendo o livro, e quando vi essa frase, lembrei dessa história. Faz todo sentido e tem muito a ver com o Frank. Não vou explicar o que tem a ver, porque vou acabar revelando muita coisa. A pergunta é: Quem colocou isso na gaveta do Gerard? Será que foi recente, ou estava lá há algum tempo e o Gerard só viu agora? Hmmmm. hahaha
2. Desculpem, mas eu TINHA que colocar o Matthew Macfadyen na minha história, e ele caiu como uma luva como diretor. Ele é enorme, tem uma voz super grossa e um sotaque inglês marcado, e é lindo, e pelo menos pra mim ele tem cara de diretor. Não sei como o Gerard não se apaixonou por ele. XD
3. A secretária fogosa se oferecendo pro Gerard, e ele com embrulho no estômago. Só pra vocês não terem dúvida da opção sexual do Gerard, uh?
4. Sim, esse capítulo foi super hiper mega tosco, e eu peço desculpas por isso. Mas eu quero colocar logo tudo no próximo capítulo, então encarem esse capítulo como uma introdução a busca do Frank, nhw?
Obrigada mais uma vez! Beijo, beijo, beijo.