Princesa Serpente - Secret escrita por Safira Michaelis Black, Alesanttos


Capítulo 25
Um roubo á luz da lareira


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos bruxos e bruxas.
Então... mil desculpas pela imensa demora, mas por ironia do destino meu o carregador do meu note resolveu que não queria mais funcionar alguns dias depois que eu postei o último capítulo. Sem carregador, sem energia. A sorte é que salvei a fic em outro lugar.
O problema número dois é que sobrou um computador super lerdo para quatro pessoas dividirem (já dá para imaginar no que isso dá ¬¬)
Enfim, não quero arranjar nenhuma desculpa para justificar minha demora, eu realmente podia ter sido mais rápida. Só não quero que pensem que demorei porque sou preguiçosa.
Mas aqui está um capítulo que acabamos de tirar do forno.
Espero que gostem.



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- Gina Weasley e Cho Chang estão lado a lado atrás do pomo de ouro. Ambas parecem muito concentradas, isso é realmente incrível. Enquanto isso Safira Stevens e Katie Bell ficam jogando a goles uma para a outra com movimentos incríveis, nenhum artilheiro da Corvinal está conseguindo tirar a goles dessas duas. Estão se aproximando dos gols e... Safira marca outro ponto para a Grifinória.

Algumas pessoas na arquibancada coberta pela cor vermelha e dourada se permitiram dar alguns aplausos e gritos que felicidade, ma a maioria continuava tensa e de olho das duas apanhadoras que estavam igualmente perto do pomo, parecia que até seus corações haviam se silenciado para não atrapalhar o momento. Enquanto isso os sonserinos não paravam de gritar e torcer pela Corvinal. Na Lufa-lufa alguns torcia pela Grifinória, e outros pela Corvinal.

- Parece que Gina e Cho partiram para empurrões, uma tentando afastar a outra. Estão quase lá... uma delas vai...

Por um segundo nenhuma alma viva deixou escapara nem mesmo um suspiro.

- GINA WEASLEY PEGOU O POMO DE OURO.

Um som alto de apito foi escutado

- Grifinória venceu – disse Madame Hooch.

Em meio segundo centenas de vozes comemoravam ao mesmo tempo, nem parecia que em algum momento aquele lugar estava silencioso. Enquanto os jogadores desciam para o chão e cumprimentavam uns aos outros os alunos da Grifinória correram em direção dos mesmos.

Com certa dificuldade, madame Hooch atravessou a multidão com uma enorme taça de para em mão. Todos os alunos da Grifinória se contiveram por um momento para ouvir as palavras que tanto esperavam

- Grifinória ganhou a Copa de Quadribol.

Algumas pessoas do time fizeram sinal para Katie Bell, para que ela tivesse a honra de segurar a taça, mas ao invés disse ela deu um leve empurrão em Gina e Safira. Como ambas perceberam que Katie não ia mudar de opinião, elas se aproximaram e cada uma segurou uma das “asas” da taça, e juntas, ergueram para que todos pudessem ver. Assim que tiveram a oportunidade, os grifinórios presentes ergueram os sete jogadores no ar, alguns se permitiram lançar algumas faíscas vermelhas com suas varinhas.

- Ganhamos Grifinória! Ganhamos Grifinória!

Longe do aglomerado de pessoas que festejavam, Safira conseguiu avistar um grupo de sonserinos se afastando, alguns de cabeça baixa outros claramente praguejando. Draco Malfoy se limitava á olhar para frente, aparentando estar em um mundo totalmente diferente deste, mas ouve um momento que ele olhou para todas aquelas pessoas alegres e barulhentas, e sua expressão era a de alguém que olhava para várias moscas que voavam sobre alguma comida e quisesse afasta-las com um rolo bem grosso de jornal.

Quando olhou para o alto, seus olhos se encontraram com os de Safira, ele os estreitou como se estivesse olhando para a pior praga de todas, algo que só interferia em sua vida. No momento que ele desviou os olhos para um outro ponto qualquer, pareceu meio nervoso, como se visse algo que não quisesse.

Assim que finalmente conseguiram voltar ao chão não escaparam dos vários abraços e apertos de mãos. Gina ainda tinha o pomo preso entre seus dedos, ainda não conseguia acreditar em sua façanha.

- Safira, parabéns. – disse Lina, que acabara de empurrar duas pessoas do quarto ano para conseguir passar.

- Obrigada.

- Sério, quatrocentos e quarenta a cento e cinquenta, é incrível.

- Ainda bem que a Gina conseguiu pegar o pomo, senão teríamos perdido.

- Se a Cho tivesse pegado o pomo eu morreria de raiva. Perder por dez pontos seria o cúmulo.

- Verdade.

- Por que o Draco olhou para você daquele jeito?

Safira não conseguiu evitar um sobressalto.

- Que jeito?

- Sei lá, mas que era estranho era. – inconscientemente a grifinória ficou com uma expressão muito pensativa, como se não conseguisse encontrar a peça de um quebra-cabeça que se encaixe perfeitamente no lugar que ela queria, e ela estivesse do lado de sua mão.

- Acabamos de ganhar a Taça de Quadribol. Ficaria surpresa se alguém da Sonserina ficasse feliz com isso.

- É verdade, isso seria bem esquisito.

- Belo trabalho Gina. – disse Rony, que finalmente conseguiu se libertar das garras de algumas garotas histéricas.

- Valeu.

Sem que percebesse dois braços a abraçaram na altura dos ombros fazendo com que ela quase perdesse o equilíbrio, então um menino loiro lhe deu um beijo na bochecha.

- Parabéns.

- Obrigada. – Gina sorriu para o aluno vestido de amarelo e preto.

- Ernesto? – Rony disse o nome como se não acreditasse que aquela pessoa realmente estivesse lá.

- Oi Rony. Bom trabalho.

- Obri... espera. O que está acontecendo?

- É tudo graças á Safira. – disse o loiro com um sorriso de satisfação.

- Como assim?

- Depois eu explico. – disse a morena surgindo do nada logo atrás do ruivo.

- FESTA NA SALA COMUNAL. – gritou Lina.

Sem pensar duas vezes todos correram para o aposento.

*

Harry finalmente terminou sua detenção e teve uma alegre surpresa quando entrou na sala comunal e viu aquele mar de felicidade. Mas cinco minutos depois que ele entrou Gina saiu.

- Para onde ela vai? – perguntou, enquanto abraçava Safira por trás, seus braços envolvendo a cintura dela.

- Provavelmente passar um tempo com o Ernesto.

- Ernesto?

- É verdade – Rony apareceu segurando um copo com cerveja amanteigada. – Você ainda não me explicou essa história, e Gina me evitou o tempo todo.

- Espertinha, deixou todo o trabalho para mim.

- Então? – Rony insistiu.

Safira coçou a cabeça como se fosse entrar em um assunto entediante. Soltou os braços de Harry se sua cintura e fez sinal para irem para o quarto, que mesmo não conseguindo abafar completamente o som da comemoração, era consideravelmente mais tranquilo.

- É simples. – começou Safira, sentando-se em uma das camas. – Harry.

- Sim?

- Lembra quando você viu o Ernesto me entregando uma carta?

Harry se limitou a acenar com a cabeça. Era difícil esquecer, isso foi motivo para um ataque de ciúmes que ele teve, e uma pequena discussão com Safira.

- Então, aí está a resposta para o que tinha dentro do envelope.

Os dois meninos trocaram olhares que ao mesmo tempo em que significava que estavam confusos, também significava que estavam felizes por ambos estarem na mesma situação.

- Naquele dia, Ernesto pediu que, assim que fosse possível, eu entregasse a carta á Gina. É claro, na hora ela ainda estava com Dino, mas ele queria que eu entregasse quando fosse o melhor momento.

- O que tinha exatamente na carta? – perguntou Rony.

- Isso só a Gina pode dizer, eu não li, e não faria isso mesmo se quisesse.

- Desde quando o Ernesto gosta da Gina? – Harry realmente ficou curioso imaginando se ele já se sentia assim na época que estava “namorando” Safira.

- Isso eu também não sei. – A morena ficou mexendo em uma mecha de seu cabelo enquanto falava. – Lembra quando você me viu conversando com a Gina no corredor?

- Sim. – dessa vez ele pronunciou alguma palavra.

- Era isso que estávamos fazendo. Eu entreguei a carta para ela e passei um pequeno recado do Ernesto. Na verdade nem mencionei o nome dele, mas isso não importa agora.

Parecia que uma lâmpada se acendeu sobre a cabeça de Rony.

- É por isso que ela ficou tão feliz de uma hora para outra?

- Imagino que sim. – de fato a conversa não interessava Safira nem um pouco, na verdade suas unhas pareceram extremamente interessantes agora. – A questão é: Gina está feliz. Certo Rony?

- Sim, pode até ser. Mas quem garante que o Ernesto é uma boa pessoa?

A grifinória bufou e revirou os olhos.

- Todo irmão mais velho é assim? – sua voz estava tão baixa que nenhum dos dois ouviu. – Vamos lembrar que, de certa forma, eu já “namorei” o Ernesto. – Safira não reparou, mas Harry ficou tenso com essas palavras e se chamou de idiota mentalmente. – E posso afirmar com toda a certeza que ele é uma pessoa maravilhosa. Acredite, Gina não poderia escolher alguém melhor.

Sem dizer mais nada ela se levantou e dirigiu-se para a porta, deixando o assunto por encerrado.

*

Harry chegou exausto na sala comunal. Segundo Snape o melhor jeito de terminar a sua tarefa de organizar os arquivos da escola seria se tivesse mais tempo para isso e, como o professor disser, ele “faria esse ato de gentileza” e permitiria que Harry ficasse a manhã e a noite desse sábado limpando os arquivos. O grifinório agradeceu por Snape não ter invadido sua mente naquela hora, porque senão não seria só um sábado que Harry teria que ficar a noite até o pescoço com arquivos velhos, cobertos de poeira e preso em uma sala mal iluminada.

Ao passar pelo buraco do retrato Harry viu que a lareira ainda estava acesa, ou melhor, mais do que estaria a essa hora, como se tivessem colocado lenha nela há não muito tempo. Quando se aproximou viu que uma das poltronas não estava vazia, e quando se aproximou mais ainda conseguiu ver quem era.

Safira, vestindo um pijama e roupão, estava deitava na poltrona com a cabeça sobre os braços e estes apoiados nos braços do móvel, em sua mão direita havia um pequeno livro azul que Harry não parou para ver do que se tratava, mas parecia que tinha algum desenho preto na capa.

Ao se aproximar mais da garota adormecida foi impossível não suspirar com o modo como a luz alaranjada da lareira fazia com que seu rosto se parecesse com porcelana, para o garoto era como se o rosto da grifinória fosse o canto de uma seria e ele fosse um marujo que infelizmente foi preso pelo seu encanto. Ele só reparou o quão perto estava somente quando Safira se mexeu, e para a infelicidade de Harry o passo que ele deu para trás foi em direção aos pés de outra poltrona, e ele caiu.

Os olhos azuis da garota finalmente se abriram e em um movimento rápido ela se sentou.

- Harry? – assim que o susto passou ela esfregou os olhos e se espreguiçou. – Você caiu?

- Não, só parei para ver se o chão estava firme. – era evidente que ele não disse por maldade, e seu rosto vermelho deixou isso bem claro.

Safira não conseguiu evitar uma risada.

Ela se levantou, colocou o livro sobre o móvel e ajudou o garoto a se levantar.

- Que horas são?

- Nem sei mais, perco completamente a noção do tempo naquela sala abafada.

- Noite difícil? – dessa vez ela se sentou no braço da poltrona.

- Horrível, seria a palavra certa.

Por pouco Harry não sentou no livro de Safira, mas ela tirou-o do caminho a tempo e colocou no chão.

- O que você estava lendo?

- Nada de mais. Era só um livro que minha mãe lia para mim quando era criança.

- Ficou me esperando a noite toda? – um sorriso maroto surgiu nos lábios de Harry.

- Eu acho que você está se achando o último feijãozinho da caixa. Eu estava lendo e dormi, ponto.

- Certo.

Os dois ficaram quietos por um tempo, simplesmente observando a lareira.

Sem saber por que, Harry se lembrou das vezes que Safira lhe beijou de formar inesperadas, ela simplesmente fazia sem nenhum aviso prévio. Era engraçado ele, até agora, ainda não ter se acostumado com isso.

- Acho que vou para o meu quarto agora.

Assim que ela começou a se abaixar para pegar o livro no chão Harry segurou seu pulso, puxando-a com força suficiente para que ela girasse em sua direção. Enquanto ela claramente perdia o equilíbrio, Harry, de forma hábil, fez com que os lábios de Safira caíssem exatamente sobre os dele. Mesmo de olhos fechados o garoto conseguia visualizar perfeitamente bem a expressão de surpresa e confusão no rosto da pessoa que estava na sua frente, afinal ele próprio já fez essa expressão várias vezes.

Como estava em uma posição desconfortável a morena se sentou no colo do garoto, que não desgrudou os lábio dela em nenhum momento, até que precisou de ar.

- Estou devolvendo os beijos que você me deu enquanto estava desprevenido.

Sem esperar qualquer resposta ele voltou a juntar seus lábios.

Ele não sabia como o coração dela estava, porém o dele parecia bater tão rápido quando as asas de um beija-flor.

No momento que abriu os olhos viu que um par de orbes azuis o fitava, o que havia por trás delas ele não soube dizer, mas para ele era como se de alguma forma eles estivessem se conectando.

- Hã Ham.

O som que indicou a presença de outra pessoa na sala surpreendeu tanto o garoto que ele se pôs de pé, infelizmente Safira estava no meio do trajeto e acabou sendo empurrada sem querer.

O lado bom é que sua bunda amorteceu a queda.

- Ai.

- Interrompi alguma coisa?

Lina estava apoiada na parede com um olhar que deixava claro que ela achava a pergunta desnecessária.

- Não. Nada mesmo. Certo Saf...

Só agora que ele percebeu o que havia acontecido.

- Desculpa. – sem demora ele estendeu a mão para Safira pegar.

Assim que estava firme sobre as duas pernas ela pegou o livro no chão e deu uma pancada na cabeça de Harry com ele.

- Noite. – disse, começando a subir a escada.

- Noite. – respondeu Lina.

Não deu nem cinco segundos que Safira subiu e Lina falou novamente:

- É melhor subir garanhão.

A loira não conseguiu impedir a risadinha que veio.

- Por que você está acordada?

Quando ia por o pé no próximo degrau ela parou, e sua risada parou de forma igualmente repentina.

- Não consegui dormir.

Foi tudo que ela disse.

Antes que ele pudesse fazer qualquer pergunta Lina já não estava mais presente.

Alguma coisa dizia a Harry que havia algo de errado com sua amiga. 


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, esse capítulo fez a espera valer a pena?
Esperamos que sim. E desculpe o nome sem graça, estava sem ideias, mas se eu tiver uma melhor eu troco.
Infelizmente nossa escola e nossos queridos professores acham que não temos vida e nos enchem de lição e provas sem fim.
Tentaremos ser tão rápidas quanto possível com o próximo capítulo, mas durante essas duas semanas vai ser meio complicado arranjarmos tempo para escrever. Por isso, por favor tenham paciência.
Até a próxima colegas bruxos
o_/*