Berklee Romance escrita por flawlessjemi


Capítulo 31
Capítulo 31, Pray.


Notas iniciais do capítulo

Porra, que demora -.- Podem me xingar kkkkkkkkkkkkkkk Esses dias foram corridos e bla bla bla bla to ficando pouco no computador, mas vou atualizar amanhã rapidinho, prometo gente :(



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...

POV DEMI


– O estado dele piorou. Bem, nós conseguimos fazer com que ele não morresse, por um pouco, mas os batimentos andam caindo. Não sabemos se ele irá aguentar. 

Para mim, o médico praticamente estava dizendo que Joe iria morrer logo. Não aguentei e comecei a chorar mais ainda do que eu já estava chorando, eu iria perder Joe. Tudo por culpa de Taylor, ele estava estável e ela como sempre arruinou tudo.

– Não fique assim, senhorita Lovato. Ainda há uma chance de que ele fique bem, e talvez até acorde. Não podemos desistir... –  o médico tentou consolar-me.

– Eu tenho certeza que o senhor é casado. Imagine se fosse sua mulher no meu lugar, tenho certeza que você não estaria diferente. – limpei as lágrimas. 

– Sim, sou casado a quase vinte anos e amo a minha mulher. Ela é tudo pra mim. Eu te entendo, senhorita Lovato. É uma situação muito complicada, mas nós não podemos perder as esperanças. Eu tenho certeza que Joe ficará bem. – sorriu fraco.

–  Eu espero que eu também passe vinte anos com Joe, ou mais... Mas pra isso ele precisa acordar. Droga, ele precisa acordar. – fechei o punho e bati forte no colchão da cama. – Ele não vai me deixar... 

– Não, não vai... Eu tenho uma notícia boa, pelo menos. Aquela mulher loira, foi presa.

– Taylor foi presa?

– Sim. Ela foi presa em flagrante. Foi o que me disseram. 

– Pelo menos uma notícia boa. – suspirei aliviada.

– Essa mulher tentou arruinar minha vida de todas as formas, você não tem noção. Eu não sou de desejar mal pra ninguém, mas o bem pra ela é que eu não vou desejar. Espero que ela pague por tudo que ela fez. 

– É, ela foi acusada de vários crimes... A pena será longa e parece que o pai não pagará a fiança.

– Steve ganhou pontos comigo agora. – sorri. –  Doutor, você sabe me informar se a mãe de Joe está bem?

– Sim, ela está bem. Ela acordou a pouco tempo, a moça só aplicou um pouco de clorofórmio no pano fazendo com que ela desmaiasse, nada demais. Uma pena é que nós perdemos um segurança...

– Que merda. – balancei a cabeça negativamente. – Quando eu posso sair daqui?

– Olha, eu recomendo que você não se levante hoje. Eu fiz um curativo no local aonde você levou a facada. Não foi um corte profundo, porém tenho certeza que vai ficar dolorido por algum tempo, e eu tenho certeza que quando você se levantar vai sentir dores. 

– Eu sou muito azarada mesmo. A quanto tempo estou aqui? 

– Umas quatro, cinco horas. Você dormiu um pouco desde a hora que foi trazida pra cá. 

– Eu preciso ver Joe... – pedi. – Eu preciso mesmo.

– Não acho plausível, senhorita Lovato. Sinto muito, mas eu não posso autorizar.

– Mas que droga. E Denise, ela está acordada?

– Sim, está com o filho. Ela veio te ver, mas a senhorita estava dormindo...

– Chame-a, por favor?

– Claro, só um segundo.

O médico saiu da sala e vários pensamentos ficaram misturados na minha cabeça. Eu tinha que dar um jeito de ver Joe, mas toda vez que eu me mexia, sentia dores. Maldita Taylor, vadia escrota. Revirei os olhos e fiquei quieta, até a hora que o médico voltou ao meu quarto junto de Denise. 

– Vou deixar as duas sozinhas. – falou e saiu do quarto, fechando a porta.

– Demi, fico feliz que esteja bem.  – falou passando uma mão em meus cabelos. A cara de Denise estava pior do que o normal, parecia que ela tinha chorado muito mas eu não perguntei sobre isso.

– É, eu também... Mas eu preferia que JOE estivesse bem. – enfatizei o ''Joe''. Você está escondendo alguma coisa de mim? Sei lá, eu ando tão desconfiada.

– Não. – respondeu rápido. – Tenho certeza de que o que tinha pra ser dito, o doutor lhe disse. Só é realmente frustrante um filho seu estar nessa situação, eu tinha esperanças que ele acordaria logo antes daquela tal de Taylor fazer o que fez. 

– Uh. – suspirei. – Ela sempre estragando tudo... Denise, eu preciso ver Joe mas não posso sair daqui. 

– É, o médico comentou comigo sobre esse seu pedido e eu acho que você deve descansar um pouco, você se machucou hoje e o ferimento ainda está recente. Quem sabe amanhã, hum? Eu prometo que irei te trazer notícias... –  tentou convencer-me, porém eu estava decidida a sair daquela cama mesmo com meu corpo todo dolorido

– Pois é, vou fazer isso mesmo... – menti. 

– Demi, eu vou comer alguma coisa na lanchonete daqui, você quer que eu traga alguma coisa pra você?

– Não, obrigada... Estou bem. – forcei um sorriso. Eu não estava bem.

– Mesmo?

– Sim. Pode ir... Acho que vou dormir um pouco.

– Ok então. Fique bem então, Demi. – beijou minha testa.

– Até depois.

– Até, Denise.

Denise saiu do quarto e eu logo tentei levantar da cama. Depois de várias tentativas, consegui. Nunca pensei que sentiria tanto uma dor física apenas por um corte, doía muito.  Andava pelo corredor me segurando pelas paredes e algumas pessoas olhavam pra mim como se tivessem vendo a coisa mais estranha do mundo. Tive sorte por não esbarrar com nenhum médico conhecido e fingi normalidade ao perguntar aonde ficava o quarto de Joe. Cheguei no quarto e observava Joe totalmente cheio de fios por todo o corpo conectados a vários aparelhos e minha vontade era de chorar ali mesmo. Bom, antes ele também estava com vários fios, mas não tanto assim. Fiquei olhando Joe por alguns segundos e peguei em uma de suas mãos.  

– Eu estou aqui, Joe. Eu nunca vou te deixar, ok? Você pode passar dez anos em coma, mas eu sempre estarei aqui. – sorri enquanto uma lágrima escapou. – Bom, eu não quero que você passe dez anos em coma, acorde logo seu idiota.

Eu queria que Joe abrisse os olhos, mas eles continuavam fechados. Depois de todo esse tempo, minha esperança estava mais forte ainda, ele iria acordar. Eu sentia isso, até que observei os batimentos cardíacos aumentando um pouco, nada anormal e sorri. Eu ainda estava com uma de minhas mãos na de Joe e eu tive uma leve impressão que ele tinha movido algum dedo.

– Joe, você está me ouvindo? Se estiver, mova o dedo de novo por favor. – falei animada.

Joe moveu um de seus dedos, porém não abria os olhos. Eu estava presenciando um milagre? Comecei a sorrir como uma boba e logo em seguida levei uma de minhas mãos na região da barriga, ainda doía. Saí do quarto e procurei pelo médico responsável por Joe.

– Ele moveu um dedo! Eu não acredito... Ai meu Deus, é sério, venha comigo.

– Senhorita Lovato? Você deveria estar em seu quarto e...

– É, mas eu nunca respeito essas regras. – falei debochada e o médico sorriu, me acompanhando até o quarto.

Nós chegamos até o quarto e Joe ainda estava com os olhos. Segurei na mão de Joe e pedi novamente para que ele movesse algum dedo dele, e ele o fez. O médico olhava pra mim confuso, porém também estava feliz. 

– Isso é um sinal de que ele irá acordar logo... – o médico falou. – Não se assuste se ele acordar ainda essa semana. Até os batimentos melhoraram!

– Eu realmente espero que isso aconteça. – sorri. 

Porém da vez em que eu pedi mais uma vez para que Joe movesse algum dedo novamente, não obtive nenhuma resposta. O médico falou que era normal e que não era para que eu desanimasse e que as chances dele acordar já tinham aumentado. Denise apareceu no quarto e olhou para nós dois assustada pensando que algo tinha acontecido, mas eu expliquei o que realmente tinha ocorrido e ela ficou extremamente feliz. O médico deixou que eu ficasse no quarto com Joe depois de várias tentativas frustradas de tentar me levar pro meu quarto novamente. 

O tempo foi passando e já estava de madrugada. Eu não tinha saído da cola de Joe e Denise dormia em uma cadeira, enquanto eu dormia em um sofá. Acordei aproximadamente umas quatro horas da manhã, indo novamente a cama de Joe e fiquei olhando para ele, esperando que algo acontecesse até que observei Joe abrindo os olhos lentamente. Fechei meus olhos e os esfreguei para que aquilo fosse realmente realidade, porém os olhos de Joe estavam fechados. Tinha sido parte da minha imaginação. Voltei para o sofá, deitando-me e caindo no sono novamente.


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Notas finais do capítulo

Reviews? :')