Berklee Romance escrita por flawlessjemi


Capítulo 30
Capítulo 30, Gave over for you...




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/206569/chapter/30

POV DEMI

– Nada, doutor? – perguntei ao médico.

– Não. – respondeu breve. – Temos que ter paciência.

– Mais do que eu já estou tendo? Oh...  – falei baixo.

– O que disse? – perguntou.

– Nada. – falei triste.

Eu tinha passado metade da noite acordada pelo fato de que eu não tinha conseguido dormir direito.  Quando eu consegui, sonhei que Joe tinha acordado e acordei esperando que isso acontecesse, porém em vão. Joe não demonstrava nenhum grau de melhora. Já eram duas horas da tarde e o doutor tinha ido fazer uma visita; ele fazia isso de dois em dois dias. Denise dormia e Wilmer tinha ido embora logo de manhã cedo, pois tinha que resolver alguns assuntos com Mandy. Escutei meu celular tocar e era Miley.

– Oi? – atendi surpresa. – Não era pra você estar na aula?

– Demi, oi. Sim, mas não irá ter aula hoje. 

– Porque? O professor ficou doente? 

– Não, não... Taylor fugiu da clínica e isso parou a faculdade. Steve saiu daqui desesperado e todos nós fomos dispensados.

– O QUE? – falei um pouco alto, e Denise se mexeu. Comecei a andar de um lado pro outro impaciente. – Como ela fugiu? Isso não é possível... Eu tenho certeza que não é possível. Mas que merda de clínica era aquela? 

– Calma, Demi. Ela está sendo procurada. Não acho que há alguma chance de ela fazer algo ruim.

– Como eu posso ficar calma? Taylor fugiu da clínica, você sabe que ela foi dianosticada com problemas psicológicos. E se ela tentar fazer algo contra Joe?

– Não é possível, você não sai daí. E outra, a segurança do hospital é rígida demais. 

– Agora que eu não arredo o pé daqui. Meu Deus, queria saber como ela conseguiu escapar. Alguém deve ter ajudado.

– Eu também acho, só não sabemos quem... 

– Eu não faço a mínima. Ninguém passa pela minha cabeça. As amigas de Taylor são burras demais pra pensar em um plano como esse.

– É, exato. Foi alguém bastante inteligente. Você não viu o noticiário? Já estão procurando por Taylor, não vai demorar muito para que a encontrem.

– Não, eu não liguei a TV daqui pois Denise está dormindo. Mas vou ficar atenta, eu só não sei como ninguém me avisou sobre isso aqui ainda.

– Então alerte-os.

– Vou fazer isso. 

– Demi, vou ter que desligar, vou aproveitar pra almoçar. Te amo, cuidado.

– Obrigada, Miley. Eu também te amo. – desliguei.

Fico abismada como têm pessoas que conseguem ser tão corruptas e desumanas. Como alguém pôde deixar Taylor escapar? Só poderia ser alguém tão psicopata como ela, não é possível. Se eu não conhecesse Taylor, não poderia afirmar o que ela é. Ela não parece ser alguém tão filha da puta depois que a gente conhece, porém as aparências enganam. O rosto angelical de Taylor é o melhor disfarce dela mas por baixo só há uma alma fria e maldosa. Minha barriga roncava, meu estômago doía, não sei quantos dias eu já estava sem comer direito e justo agora eu estava com fome. 

– Droga. – suspirei baixo.

Eu teria que comer alguma coisa e iria aproveitar para alertar todos os funcionários possíveis daquele hospital. Taylor não passaria por ali.

– Denise. – cutuquei-a. – Acorde, eu preciso almoçar e preciso que você fique de olho em Joe. 

– Sim, Demi... – falou um pouco sonolenta. – O que aconteceu?

– Taylor fugiu da clínica.

– O que? – olhou-me assustada.

– Relaxa, não tem como ela entrar aqui sem ser percebida. Apenas fique de olho em Joe, é melhor previnir.

– Ok Demi.

 Saí do quarto e encontrava com vários funcionários no corredor. Alertei alguns e descrevi Taylor, alguns já sabiam do ocorrido mas outros não. Pedi para um funcionário solicitar um segurança extra para o corredor aonde Joe estava e reforcei que só poderiam subir para a visita familiares de Joe e amigos, aprovados por Denise. Fui até a lanchonete do hospital e o cheiro de frango que havia ali estava me enjoando; optei por não comer comida e pedi um sanduíche natural de queijo com presunto. Terminei de comer e nisso demorei uns vinte minutos. Fui até o segurança do corredor perguntar se alguém tinha subido, e ele disse que sim.

– Quem subiu? 

– Danielle, esposa de Kevin.

– Você tem certeza?

– Sim, eu tenho certeza, senhorita Lovato. – falou.

– Oh não. – falei baixo. Não era possível ser Danielle, pois ela estava em Los Angeles. – Vou precisar de ajuda, venha comigo.

Corremos até o quarto e a porta estava trancada. Bati forte a porta e sem nenhuma resposta, lembrei que tinha uma chave extra comigo. O médico tinha dado apenas para mim e para Denise, já que ficávamos muito lá e a que estava lá dentro era de Denise e eu abri a porta, me deparando com uma mulher praticamente asfixiando Denise. O segurança olhou-me assutado e eu fechei a porta e nós duas nos encaramos. Era Taylor, mas estava disfarçada. Estava com uma peruca da cor castanha e grandes óculos escuros pretos, mas seu corpo magro e sua altura não me enganavam. Não era Danielle. O segurança tirou uma arma de seu paletó e apontou pra Taylor.

–  Você não vai querer fazer isso. – ela falou.

–  Eu vou, se você não se afastar de Denise. – o segurança falou com a arma apontada para Taylor.

Foi tão rápido, mas Taylor sacou uma arma que estava no silencioso e disparou um tiro certeiro no peito do segurança, que involuntariamente deu um tiro no teto. O segurança caiu no chão e sangue começou a jorrar por todo lado. Taylor riu enquanto olhava o segurança caído no chão e guardou a arma. Engoli seco e observei Taylor tirar dessa vez uma faca de seu casaco.

– Não quero que você morra rapidamente igual a ele... Prefiro te matar lenamente. – apontou a faca pra mim e começou a se aproximar. 

– O que você fez com Denise? – perguntei alterada e eu já estava chorando. 

– Relaxa que minha sogrinha não irá morrer, eu não faria isso. – riu cinicamente. – Apenas dei uma substância para que ela desmaiasse.

– E o que você quer aqui? – me afastei um pouco pra trás. 

– Vim terminar o que eu comecei. Minha vida já está acabada mesmo, não tem porque não afundá-la mais um pouco... – começou a se aproximar de Joe e eu não aguentei.

Sem pensar duas vezes, corri até Taylor e a derrubei no chão. Nós duas rolamos e eu tentava tirar a faca de suas mãos. Taylor era forte e me esfaqueou na barriga, não foi tão profundo mas eu gritei. Estava doendo. O sangue começou a escorrer pela minha blusa, e eu fiquei um pouco imobilizada no chão. Taylor aproveitou de minha dor e se levantou, cortando um fio que estava ligado a Joe.

– Meu Deus... – falei fraca. – Socorro! – minha voz quase não saía.

Fiz de tudo para tentar me levantar, pensava em Joe, a vida dele estava em minhas mãos e eu tinha que esquecer da dor naquele momento. Agarrei Taylor por trás, fazendo com que ela caísse novamente. A faca que estava em suas mãos rapidamente foram parar nas minhas e eu esfaquiei Taylor na barriga também. Taylor começou a gemer de dor e eu aproveitei para chamar alguém para ajudar. Os batimentos de Joe estavam caindo e lágrimas começaram a sair dos meus olhos, ele ia morrer se ninguém fizesse algo.

– O QUE HOUVE AQUI? – um médico apareceu observando o quarto. Um segurança morto, uma mãe desmaiada, uma assassina esfaqueada e um paciente morrendo. 

– Pare de perguntas e por favor, faça alguma coisa a Joe. Ele está morrendo. – falei com dificuldade. 

Caí ajoelhada no chão e observei vários seguranças aparecendo no quarto. Estava tudo embaçado, mas consegui enxergar Taylor sendo levada por eles. Joe foi levado de maca pra algum lugar, só não sabia qual. Denise foi socorrida por um homem que provavelmente seria um médico e eu fui levada em uma sala por para cuidar de meu ferimento.

 – Está tudo bem com Joe? – perguntei ao médico que cuidava de mim.

– Senhorita Lovato... 

– Me diga, o que aconteceu com ele? – olhava para o médico já chorando.

CONTINUA. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?