Olhos De Sangue escrita por Monique Góes


Capítulo 16
Capítulo 15 - Prisioneiro do Abissal


Notas iniciais do capítulo

Eu estava ansiosa por este capítulo... De volta a Darneliyan! Surpresas ocorrerão daqui para a frente, a história de Yudai irá tomar um rumo inesperado e até mesmo impensável... O que vai acontecer? Continue lendo ferrenhamente deste capítulo e acompanhe os próximos, descubra!



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- Vocês fizeram muita bagunça na Terra. – Undine disse, e então ponderou. – Mas ao menos conseguiram eliminar o monstro, então acredito eu que não há problema.

Fazia apenas uma semana que havíamos voltado, e somente agora era que Undine aparecia, mas se ela aparecia, era para me passar alguma missão, pois eu sabia muito bem que ela não se preocupava de verdade comigo. Na verdade, eu quase podia ver a decepção em seus olhos negros por eu ter voltado vivo.

- Nós não pretendíamos eliminá-lo no meio da escola. – respondi. – Após eu conseguir localizá-lo, pretendia esperar até a noite para então matá-lo, mas ele achou de nos atacar no refeitório.

Ela suspirou.

- Ao menos foram prudentes em destruir o corpo do ser completamente. Mas isso já é passado, não importa mais.

Criei a teoria de que aquele monstro é um dos tipos que usam para nos transformarem em híbridos. Se o corpo não fora destruído, então com certeza não era um “normal”, e claro que importava, encontrar aquele bicho estando drogado – mesmo que contra a minha vontade. E conhecimento – me tomaram quase seis meses de busca. Não seria o tipo de coisa que eu esqueceria de uma hora para outra! Mas eu não podia contestar, então fingi que não me importava com nada em relação à missão.

- E agora, outra missão? – perguntei.

- Sim, uma caça a Despertado, e dessa vez, você irá comandá-la. – sorriu. – Krest é a cidade em que você terá de ir. Houve algo estranho lá, duas guerreiras desapareceram, e depois mandamos um rastreador para ver se as encontravam. E ele descobriu que há um Despertado por lá, que provavelmente eliminou as duas. Krest é bem próximo daqui, mesmo que você vá com o passo reduzido por causa da menina, você provavelmente chegará lá antes bem antes do meio dia.

Pisquei. Tão próximo?

- Na verdade, é apenas há duas horas ao passo humano daqui, portanto, não há como você se atrasar. Só seguir em frente.

- Tá bom. – falei. – Amanhã eu vou ir imediatamente para lá.

Ela sorriu de maneira que senti sua hipocrisia e falsidade, pegou a minha sacola de roupas que devolvi para ela – que na verdade, eu havia tirado algumas para outros dias, e me deu dinheiro – que eu recebo ocasionalmente - então foi embora, indo até o veículo escondido nas sombras. Voltei para a clareira em que fizera o acampamento improvisado com Raquel. Eu não havia devolvido a sacola dela, e Undine também não pareceu se importar.

- Amanhã, vamos chegar rápido onde tenho que ir. – falei para ela quando me aproximei, antes que ela dormisse, dada sua expressão de sono. – É só a duas horas daqui

Ela só assentiu levemente e logo dormiu no saco de dormir, então sentei no chão, e tive uma sensação estranha. Aquela espinhosa sensação de ser... Observado. E aí me veio uma Aura com cheiro do gosto do mel, que estava acima de mim. Suspirei, então olhei para cima, sobre meu ombro.

- Tá Denis, eu já sei que você está aí. – anunciei.

Ouvi alguém bufar, eu já sabia quem era mesmo.

- Claro senhor Rastreador. – disse acima de mim. – Nem dá pra te assustar mais, não tem graça.

- Eu não tenho mais dez anos, senhor número 4. – rebati. – Mas se quiser ir atrás do Hideo, ele não vai te sentir se você for sutil.

- Isso ficou estranho dito em voz alta. – observou e saltou da árvore, pousando ao chão. – Só curiosidade... Quem é essa menina?

Denis é o que se pode dizer que foi meu colega de treinamento. Ele é mais alto que eu, cerca de uns cinco centímetros mais alto, e todo seu cabelo era assim como Alec, penteado para trás, mas vários fios caíam por sua testa. Talvez pelo fato de que quando eu o conheci, ele usava franja. Ele era um ano mais velho que eu, mas adquiriu seu símbolo depois de eu e Hideo. Porém ele conseguira subir de nível mais rápido.

- Eu salvei ela de um monstro. – falei e me virei para ele. – E você? O que está fazendo aqui?

Ele rolou os olhos.

- Me mandaram vir atrás de duas garotas que sumiram, mas o que encontrei foi o corpo de uma e um Despertado disfarçado.

Ah, foi ele que rastreou o Predador Voraz.

- Eu acabei de receber a missão de eliminar esse Despertado. – falei.

- Boa sorte. – disse e balançou os ombros levemente, parecendo ficar um tanto tenso. – Eu ainda não vou voltar pra Ordem e...

- E...?

- Ah, que se dane. – falou. – Vai dormir pra ir trabalhar amanhã.

- Claro papai.

Ele tentou me dar uma cotovelada e desviei.

- Você poderia parar com o sarcasmo.

- Você é tão sarcástico quanto eu. – rebati, mas ele já estava se afastando.

- Estou indo embora. – disse no mesmo tom, balançando a mão. – Foi bom te ver também.

Dormi depois dele ir embora e acordei cedo. Quando acordei, peguei um pacote de pão que Lionel havia dado na Terra e comi dois pedaços, esperando Raquel acordar. Ainda estava escuro, ia esperar para que amanhecesse para partir. Não seria a primeira caça a Despertado que eu comandaria, elas sempre são comandadas pelo menor número, normalmente dígitos únicos. Apesar de o número 10 tecnicamente ser dois dígitos, é considerado um dígito único, portanto Hideo também comandava missões.

Raquel acordou logo após o sol nascer e dei pão para ela, enrolei o saco de dormir que ela usara para e logo saímos, sempre andando em linha reta. Andamos durante um bom tempo até que as árvores começaram a ficar rareadas e então só sobrar grama, e, ao longe, a cidade de Krest apareceu. O tempo estava agradável, não estava quente e abafado, como se esperaria para o verão, mas estava um tanto frio e úmido, e a cidade era à beira de um rio – que eu não sabia o nome, e ele também poderia não ter. – e era um tanto grande. Havia ali prédios com mais de cinco andares, que normalmente eram os mais altos das cidades, e também tinha muitas casas com mais de um andar, então poderia se dizer que aquela era uma “metrópole” Darneliyana. Já podia sentir as Auras de duas pessoas, uma cheirava à terra molhada e a outra à grama.

Aproximei-me da entrada da cidade e vi um homem com o uniforme da Ordem vindo. Ele era bastante alto e pálido, ainda mais com o cabelo loiro acinzentado e os olhos azuis claros, mas não disse nada, apenas me entregou o saco com a armadura e pegou outra, provavelmente iria esperar o último integrante aparecer, pois para se caçar Despertados normalmente se vão no mínimo quatro pessoas.

Segui as Auras até uma casinha pequena com os tijolos a mostra com uma pequena porta de madeira e uma janela também de madeira. Peguei a argola que era a maçaneta da porta e a empurrei.

E tive que desviar de um tijolo que por pouco não acertou minha cabeça.

- Olha só, você quase acertou a cabeça do cara aí! – um cara alto com o cabelo preso num pequeno rabo de cavalo baixo gritou para a garota baixa de cabelos crespos à sua frente.

- Cala a boca! – gritou de volta e apontou um dedo para ele. – Você que começou com tudo isso.

Pelos deuses, terei de lidar com dois brigões?

Eles continuaram gritando um com o outro a ponto de meus ouvidos doerem. Pelo que parecia, eles estavam discutindo sobre as meninas que morreram. Ele havia ofendido elas e parece que ambas eram amigas da garota, e a discussão começara.

- Argh, Parem com isso! – Berrei e ambos pararam para me encarar. Raquel se escondeu atrás de mim. – Eu sou Yudai, número 9, e vou chefiar essa missão, mas pelos deuses! Mal chego e já tenho que lidar com uma discussão!

- Sinto muito, mas estamos com um insensível no grupo. – a garota comentou ainda alterada.

- E temos uma extrassensível no grupo. – rebateu para que ela escutasse.

- Olha aqui seu... – Ela começou.

- Digam ao menos seus nomes, numerações e idade. Se continuarem com isso eu vou acabar usando a força! – Exclamei, antes que ambos voltassem a brigar.

Eles se calaram na hora e o cara disse:

- Meu nome é Lorien, eu tenho 20 anos e sou o número 23 da Ordem.

- Meu nome é Lua e tenho 20 anos também, sou a número 19 da Ordem.

Eu sou o mais novo do grupo até agora, então.

- Eu tenho 15 anos, mas estou no comando. – falei.

Antes que eu falasse mais alguma coisa, a porta se abriu de forma brusca, e um garoto de uns treze anos entrou, mas tropeçou nos próprios pés e caiu ao meu lado. Ele tinha uma pele cor de café ao leite, o que dava um contraste com seu cabelo branco preso em dreadlocks, e era bem pequeno e magro. Ele se levantou de maneira rápida e gaguejou.

- M-me desculpa. – falou atropelando as palavras. – Eu me atrasei e...

- Não, tá tudo bem. – respondi ao ver seu ar de exasperação. – Qual seu nome?

- Larry, quer dizer, Laurence. – disse de maneira rápida e nervosa.

-... Quantos anos você tem? – Lorien perguntou.

- E-eu tenho 13 anos, é a primeira vez que eu caço um Despertado e...

- Está nervoso. – completei.

- Hã, e-eu...

- Desculpe, mas percebe-se. – Lua observou.

- Ah...

- Está tudo bem, é normal estar nervoso. – falei. – Só arranjem as coisas necessárias para si e então voltem para cá, aí partimos.

Eles assentiram, e saí de lá antes que ambos começassem a brigar, sempre seguido por Raquel. Bom, tanto eu quanto ela já sabíamos que tinha que encontrar um lugar para ela ficar enquanto eu estava fora. As pessoas passavam nervosas pela rua, tentando ficar ao máximo longe de mim. Em frente ao local onde eu estava havia uma loja, e pude muito bem ver um vendedor quase encostando o nariz na vidraça, olhando incrédulo para Raquel que estava tranquila ao meu lado. Dei uma olhada de esguelha para ele, que praticamente se jogou para trás, o olhar assustado.

Eu não ia arranjar informação com ninguém, não iriam me responder decentemente, então decidi procurar por uma pousada eu mesmo. Tive que andar com Raquel por algumas ruas, até que encontrei uma pousada cuja a placa de madeira sobre a porta também de madeira dizia “Céu e Terra”.

Era um prédio normal, tinha dois andares, uma fachada pintada totalmente de branco e algumas vigas de madeira negra, e era construída como uma casa típica de Darneliyan, ou seja, geométrica, completamente quadrangular e retangular. Todas as janelas eram do tamanho de uma pessoas e abaixo delas havia pequenas sacadas com plantas e flores coloridas, todas as janelas emolduradas com madeira escura.

Entrei ali, e a antessala era um tanto pequena. Havia ali dois sofás de três pessoas, duas poltronas com uma mesinha no centro e um suporte que provavelmente tinha um suporte retangular, que identifiquei como sendo a televisão do nosso mundo. Só que apenas se via a imagem por meio de uma holografia. Havia também uma escada escura com uma porta atrás dela e um balcão com uma estante, e atrás deste estava uma mulher que cantarolava uma música qualquer enquanto limpava o balcão. Ela era bastante morena e possuía um longo e liso cabelo negro que, mesmo preso a um rabo de cavalo apertado, passava de sua cintura, e atrás do elástico de cabelo ela punha um adorno de contas, que rodeava ligeiramente sua cabeça e algumas contas caíam sobre seu nariz. Ela usava também roupas típicas, um vestido longo e branco com mangas compridas, mas ombros a mostra, e para não ficar excessivamente solto, prendia-o com uma fita brilhante azul marinha logo abaixo do busto.

Ela ergueu o olhar, e no momento em que me viu, praticamente congelou, o medo logo aparecendo nos olhos castanhos. Eu apenas gesticulei para Raquel atrás de mim e então apontei para cima. Ela somente atirou uma chave para mim e saiu correndo pela porta atrás da escada, segurando a barra do vestido para não tropeçar.

- Eu... Acho que era esperado, não era? – Raquel perguntou.

- Hm... Era. – respondi.

Dei uma olhada no chaveiro da chave e não havia número ali entalhado, o chaveiro era uma flor negra entalhada tão perfeitamente que eu poderia confundir com uma flor real. Subi as escadas e entendi o porquê de não haver números no chaveiro. Em cada porta estava pintada com perfeição uma flor diferente, não demorou muito para que eu encontrasse uma porta com uma flor idêntica à flor do chaveiro. Abri a porta e me deparei com um quarto simples, mas bem mobiliado.

- É grande! – Raquel exclamou atrás de mim.

Tive que concordar, era do tamanho do que eu imaginaria para uma sala de estar grande, com uma cama enorme de lençóis brancos e dossel, um baú médio de madeira escura e uma mesa e cadeira também de madeira escura, ambos com desenhos entalhados nestas. A janela demonstrava que havia água na sacada, nas quais flutuavam algumas flores aquáticas idênticas a que localizava o quarto.

Coloquei as sacolas ao lado da mesa, abri a minha mochila e tirei um pouco do dinheiro que estava ali. Para se ter uma ideia, o que eu recebo normalmente seria o que uma família de classe média Darneliyana receberia em uns seis meses, mas isso é quando eu recebo. Tirei só o suficiente para que eu comprasse comida e a sacola onde estavam as cédulas azuladas e alaranjadas junto com algumas moedas feitas de pedras preciosas e a pus na mesa.

- Vou deixar tudo com você. – avisei para Raquel. – Não precisa se preocupar em gastar alguma coisa, tem bastante aqui.

Ela assentiu então olhou para o lado, segurando sua saia entre os dedos, apertando-a levemente.

-... Yudai, você vai... Demorar muito? – perguntou, e demorei um pouco pra entender.

- Não, quer dizer, acho que não. – respondi. – Acho que uns três dias, no mínimo.

- Você vai voltar?

- Claro que vou, eu não vou sumir, juro.

Ela riu e logo saí de lá – a recepcionista quase teve uma crise nervosa quando me viu novamente, junto com um homem gordo que estava com ela -, arranjei então comida e voltei para a casa. Laurence já estava lá, tão inquieto que parecia estar quase saltando. Suprimi minha Aura e entrei silenciosamente.

- Oi. – falei e ele praticamente pulou pelo susto, então desatei minha Aura e ri. – Calma, eu não mordo.

- Ah, hã, desculpa... – disse. – Sua Aura, não dava pra sentir...

- Não precisa se desculpar. – falei. – Posso chamar você de Larry?

- P-pode sim, normalmente me chamam assim.

- Bom Larry, você tem seu símbolo há quanto tempo?

- E-eu o recebi antes do tempo, foi há três meses, e eu recebi o número 40.

- Eu sei, normalmente a idade de se passar no teste é aos catorze anos. – pensei. – Te mandam a uma caça a Despertado com tão pouco tempo como guerreiro? Isso é loucura.

- Ah... – murmurou e quase me arrependi de ter dito aquilo, o nervosismo apareceu até mesmo em sua Aura.

- Eu tenho quinze anos. – falei. – Recebi meu símbolo aos onze, mas não me mandaram tão imediatamente para uma caçada a Despertado.

O fato do imediatismo parece ter deixado Larry ainda mais nervoso, mas outro fato que chamou minha atenção foi o fato de que normalmente mandam a uma caçada a Despertado guerreiros até a casa dos trinta, e raramente alguém do da casa dos quarenta e alguém da casa dos cinquenta ou sessenta eu ainda não havia visto, mas não falei nada para que não piorasse o estado emocional em que ele estava. Ele esticou o braço até sua sacola sem se levantar, até aí, nada mal, mas o me deixou surpreso foi pelo fato de sua sacola estar na mesa a quase três metros de onde estávamos.

- Braços elásticos? – perguntei. – Isso é útil.

- É sim. – disse. – Mas eu ainda não sei usar eles direito em batalha.

- Bom... – pensei um pouco, mas rapidamente Lorien e Lua entraram, e eles pareciam estar se segurando para não pularem no pescoço um do outro. – Depois vamos ver isso, podemos achar algo para que você possa ajudar muito com isso. – falei para Larry de maneira um tanto tranquilizadora.

Resolvi sair da cidade, porque se a briga ficasse mais séria, ao menos na floresta não teriam expectadores e nada para que pudesse me impedir de parar com aquilo tudo. Entramos nela rapidamente e apenas andávamos, enquanto Lorien e Lua continuavam discutindo, eu e Larry apenas tentávamos ignorar, eles falavam tão alto – na verdade, por pouco não berravam a plenos pulmões – que nenhum de nós falava nada. Eram tão discretos quanto papagaios.

Quando estávamos nas costas de uma montanha que se erguia a partir do ponto onde estávamos, Lorien então chamou as mortas de idiotas, e quando percebi que Lua estava prestes a pegar seu símbolo, gritei:

- Já chega! Somos um time, se vocês ficarem brigando assim, a coisa pode acabar dando errado e acabar prejudicando a todos!

Eles se calaram imediatamente, mas claramente contra a sua vontade. E aí senti algo muito sutil. Uma Aura de Despertado, pois não era quente, era fervente, e o cheiro de sálvia era tão forte que chegava a ser enjoativo, parecia ser muito fraca superficialmente... Mas era extremamente profunda e maleável. Só de sentir sua profundidade, que lhe indicava sua força, algo me despertou pavor, senti minhas mãos começarem a tremer...

Ela se aproximava numa velocidade assustadora. Quando percebi, estava acima da montanha atrás de nós e descia como se houvesse sido atirada por um canhão, porém, a velocidade não se comparava a nada que eu já houvesse visto. Era simplesmente... Estendia-se e subdividia-se, e só tive tempo de...

- Corre! – gritei para Larry no exato momento em que fomos atacados.

Senti algo como lâminas me cravarem no chão, atravessando minhas mãos, costas e pernas, e o cheiro de sangue e o grito me indicou que Lua e Lorien haviam sido pegos também, mas Larry apenas fora arremessado contra uma árvore e nos olhava com os olhos arregalados pavor. Senti mais lâminas se movendo acima de mim, e uma sutil risada masculina.

- Corre Larry! – gritei, tentando ignorar a dor imensa. – Corre!

Ele se levantou e começou a correr no exato momento em que ia ser atacado, e as lâminas atingiram somente a árvore em que segundos antes ele estava sentado.

- Você conseguiu sentir minha aproximação. – a voz do Despertado veio a mim. – Você deve ser o dígito único deste esquadrão pelo modo que falou e tem uma ótima leitura de Auras.

Gemi dolorido e totalmente imobilizado, aquela dor fina dilacerava meus membros, e para piorar, ele foi cravando ainda mais... E ergueu nós três do chão. Tive de me esforçar para não gritar de dor quando a carne rasgou-se ainda mais diante ao meu peso. Em compensação, uma outra voz veio, com uma Aura menor que a do que nos imobilizava, porém não deixava de ser enorme, disse:

- Parabéns, vocês são os escolhidos de Futoji, senhor das terras do Leste!



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Notas finais do capítulo

Personagem desenhado: Denis. Apesar do "cabelo arrumadinho com gel", ele é o tipo de cara que eu imaginara com uma jaqueta de couro ao lado de uma motoca ._.' E ele saiu testudo... çç
Agradecimentos aos leitores que acompanham esta fic, mesmo os fantasmas... Que por favor, tornem-se vivos e deixem reviews! A cada review não deixada, uma certa autora vai perdendo um pouco de sua sanidade e pode acabar fazendo uma loucura!



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