Beloved Stranger escrita por Miss Moony


Capítulo 4
Capítulo 3 - Ajeitando as coisas


Notas iniciais do capítulo

Meninas, mais um capítulo pra vcs. Hoje o dia foi corrido, era pra ser maior, mas estou sem tempo, então o restante vem amanhã, ok? Bjs!



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Capítulo três

A semana seguinte foi uma das mais estressantes e corridas da vida inteira de Bella.

Começou com a viagem para Stanford no carro de Edward, que lhe assegurou que depois mandaria alguém buscar o velho fusca dela.

- O que vamos dizer à nossa família e às outras pessoas? - perguntou a ele, sentada confortavelmente no banco do passageiro do Volvo.

- Como assim?

Ele olhou pra ela de relance, perguntando, e depois voltou a atenção para a estrada de novo.

- Eu não queria que soubessem a verdade como sobre tudo aconteceu. – disse ela, embaraçada. – Não poderíamos dizer que nos conhecemos há mais tempo?

- Ah, entendi... ok, acho que podemos dizer que nos conhecemos no outono, tivemos um relacionamento, brigamos em janeiro, e então você descobriu que estava grávida e não me contou por achar que atrapalharia a minha vida, mi querida.

-  Acho que essa história soa bem. Eu fico me perguntando o que as pessoas vão pensar de mim...

Ele riu.

- As pessoas pensarão muito bem de nós. Apesar das circunstãncias, estamos fazendo a coisa certa.

- Vão pensar bem de você por estar fazendo de mim uma mulher honesta. Agora, de mim, não tenho tanta certeza.

- Bella... não importa o que as pessoas vão pensar. – ele a olhou, calorosamente. – Eu sei o tipo de pessoa que você é e é só isso que importa. Tudo o mais é lixo.

Bella olhou para ele, com admiração. Nem por um minuto Edward duvidara que o filho que ela estava carregando fosse dele. Quantos outros homens se comportariam da mesma forma numa situação dessas?

Ela olhou a paisagem pela janela, e sentiu, de repente, o calor da mão dele na sua.

- Não se preocupe. Tudo vai dar certo.

****************** 

O drama que Bella havia previsto que aconteceria ao dar a notícia à sua mãe não tinha sido tão terrível quanto ela imaginara.

Lógico que Renee ficara visivelmente chocada pela visão de sua filha em estado avançado de gravidez, mas Edward tomara todo o controle da situação, e antes que Bella pudesse pensar, estava sentada no sofá da casa materna, com a mãe lhes servindo limonada.

- Foi uma briga besta. – Edward estava dizendo à Renee, muito compenetrado em seu papel – E foi muito errado da parte de Bella esconder de mim que estava grávida.

Bella engoliu em seco com a mentira sobre a briga, enquanto Edward lhe dava um olhar reprovador, ao falar sobre a ocultação da gravidez. Sabia que deveria ter entrado em contato com ele, então nem podia se dar ao direito de ficar ofendida.

- Mas agora nos reconciliamos e ficará tudo bem. – ele olhou pra Renee, usando seu poder de deslumbramento que Bella conhecia muito bem, e ainda completou. – Tem mais limonada? Nunca bebi uma melhor na minha vida!

- Claro...

Renee ia se levantar, mas Bella fez sinal pra ela ficar ali e foi até a cozinha.

Quando voltou, depois de demorar mais que o necessário, encontrou a mãe e Edward em uma conversa sobre a América do sul.

Como antropóloga e viúva de um antropólogo também, Renee havia viajado para essa região do mundo algumas vezes, mais especificamente para a selva amazônica.

- Nunca estive por lá. Visitei o Brasil, mas me limitei às grandes cidades.

Bella lhe serviu a limonada, que ele aceitou com um sorriso, e sentou-se novamente, ouvindo a conversa deles.

Quando finalmente foram embora, o sorriso que Renee dera para Edward significava que ele caíra nas graças dela.

************************

Naquela noite, Bella pegou em seu diário.

“Acredito de verdade que mamãe tenha gostado de Edward.”

O diário, que ela tinha desde os 16 anos, era uma maneira de Bella desabafar e colocar no papel coisas que ela tentava assimilar. Coisas sobre a vida dela. E a vida, para Bella, nunca havia sido muito fácil. Crescer em meio a pais e irmã admiráveis e adorados, brilhantes e comunicativos, enquanto ela tinha um ritmo mais lento e introspectivo, havia sido um problema.

Olhou a frase que havia escrito e adicionou.

“E o mais surpreendente é que acho que ela até o admirou. Há algo de distinto em Edward que vai além do que as pessoas podem perceber. Ele simplesmente sentou em nosso sofá, bebendo limonada, vestido em simples camiseta e calça jeans e ainda conseguia nos fazer sentir que estava nos concedendo a honra de sua presença. Seja o que seja, é que ele trabalhou tão bem minha mãe, como massa de modelar em suas mãos, que ela nem fez objeção em comparecer ao casamento de sua filha protestante com um homem católico, em uma igreja católica, numa cerimônia realizada por um padre. Mas também, eu suponho que o fato de a dita filha protestante esteja grávida de sete meses tenha pesado muito na balança de sua aceitação e decisão.”

Bella colocou a caneta de lado e olhou pela janela de seu quarto. Edward estava jogando naquela noite e não chegaria em casa até um pouco após a meia noite.

Pensando melhor agora, era um fato inédito que ela não tenha escolhido permanecer com a mãe até o casamento. E nem a mãe ter sugerido isso, tampouco. As duas simplesmente se quedaram à vontade de Edward, como soldados seguindo a ordem do general, assim que ele havia sugerido que seria melhor ela ficar com ele até o dia da cerimônia.

Extraordinário, pensou, e bocejou. Estava mesmo muito cansada. Olhou mais uma vez o diário, então o fechou e guardou. Deitou na cama e logo adormeceu.

************************* 

Eles se casaram quatro dias mais tarde, em Stanford. Emmett McCarthy, colega de time de Edward e Angela, a melhor amiga de Bella foram os padrinhos.

O enlace foi realizado bem discretamente, sem que nada vazasse na imprensa, e a única outra pessoa presente na igreja fora Renee.

Após a cerimônia, todos foram almoçar em um caro restaurante de Greenwich. Então cada um foi pro seu lado.

Foi somente o tempo de eles chegarem em casa e Edward deixar Bella e trocar de roupa. O Yankees tinham jogo naquele fim de tarde, às seis horas, e ele tinha de estar na concentração mais cedo.

- Se estiver muito cansada, durma, não espere por mim. Depois do jogo terá uma coletiva e reunião com os patrocinadores, eu posso acabar chegando muito tarde. – ele disse, lhe dando um beijo suave.

- Ok.

Ela abriu a porta para ele sair e ficou observando-o ir até o carro.

- Boa sorte! – gritou, sorrindo para ele.

Edward olhou pra trás e deu um piscada pra ela, enquanto entrava no carro.

Bella fechou a porta e foi para a sala.

Maria, a antiga babá colombiana de Edward, que viera com os patrões para os Estados Unidos, tinha tirado o dia todo de folga e só estaria de volta na manhã seguinte.

Andou pela casa toda, que agora podia chamar verdadeiramente de lar, observando pequenos detalhes da construção. A lareira de mármore era lindo e tudo era muito mais sofisticado que a casa dos pais, em que vivera toda a sua vida até ali.

No aparador da lareira, uma fotografia dos pais de Edward. Ela sabia que o pai, de quem Edward herdara o nome, já havia falecido, e a mãe morava em Bogotá desde a morte do marido, visto que Edward tinha duas irmãs mais velhas e sobrinhos morando lá. Elizabeth vinha aos Estados Unidos somente uma ou duas vezes no ano, visitar o filho.

Edward havia dito que quando o campeonato de baseball entrasse em recesso eles iriam visitar a família dele na Colômbia. Quando ela dissera que o bebê chegaria no início de outubro, ele retrucara que já lera em algum lugar que não havia perigo se o bebê já passara do segundo mês, e que eles iriam para o Natal.

“Minha mãe ficará super animada com o bebê. Você sabe que todas as mulheres adoram bebês.”

Bella só esperava que a sra. Cullen ficasse animada com a nora que se casara às pressas com o filho dela também...

Depois de analisar o quarto que seria transformado no do pequeno Lucas, Bella entrou na biblioteca e deu uma olhada nos títulos da estante. Quase todos eram de não ficção. Havia livros em inglês, espanhol e vários sobre política latino-americana. Claro que havia alguns sobre baseball e outros esportes, como tênis, futebol, golfe e esqui. E outros do estilo romance policial. - Meu deus, há tanto que eu não sei sobre ele! – ela murmurou, se sentando em um poltrona de couro.

Olhou fixamente uma foto na parede, que mostrava Edward e mais 3 companheiros de time comemorando um título.

O rosto dele, vibrante com o triunfo, era o ponto dominante da fotografia.

Bella pensou em como o destino funcionava. Quando na vida, duas pessoas tão diferentes uma da outra conseguiriam construir uma união? Se tivesse procurado uma pessoa tão diferente dela no mundo, não teria conseguido encontrar! Ela e Edward tinham uma maneira totalmente oposto de pensar, olhar e relacionar coisas.

Como seria dali pra frente? O relacionamento deles faria jus à lembrança daquela noite, ou seria como o dia que se seguiu a ela?

Levantou-se e subiu as escadas. O pavimento superior tinha cinco quartos, e ao passar pelo de Edward, que ela passaria a ocupar, franziu a testa. Ele havia deixado as roupas que tirara todas espalhadas no chão.

- Que relaxado! Ele poderia ao menos ter dobrado as roupas e colocado em cima da poltrona. Agora vou ter de colocar tudo pra lavar!

Recolheu as roupas e colocou no cesto na lavanderia e foi trocar de roupa. Não usou um vestido de noiva convencional, mas Edward fizera questão de um vestido branco.

Pendurou o vestido cuidadosamente no armário. Soltou um bocejo e sentiu o sono vir. Então colocou uma camisola, deitou na cama e dormiu.


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Notas finais do capítulo

Nossa, meninas, 20 reviews até agora? Muito obrigada por estarem gostando e comentando! Se alguém estiver lendo também, mesmo não deixando review eu agradeço da mesma forma! Bom saber que estão gostando! Até o próximo amanhã. Bjs!