Beloved Stranger escrita por Miss Moony


Capítulo 3
Capítulo 2 - Decisões


Notas iniciais do capítulo

Olá, meninas, estou muito feliz! Nove reviews! Mas então, rs... aqui vai um capítulo novo e muita, muita coisa acontece nele, está enorme. Os pensamentos de Bella quanto ao aborto eu acho que qualquer mulher teria. Eu NUNCA faria, não importa a circunstância... mas todas as mulhres que passam por essa situação de gravidez não planejada devem pensar mais ou menos como ela. E também Não sei realmente a reação que vcs irão ter com Edward... ele é do tipo ame-o ou deixe-o, ou é do tipo, ame-o, tente deixá-lo e não deixe? Me deixem saber! Bjs!



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Capítulo dois - Decisões

Bella chegou à casa da mãe, em Connecticut, no início do anoitecer naquele dia. Renee ficou surpresa ao vê-la.

- Você não devia ter dirigido com toda essa neve, querida.

Bella deu um beijo no rosto da mãe, que continuou a falar.

- Se eu soubesse que você estava na estrada, teria me preocupado muito!

- As estradas agora estão limpas, mamãe. – ela disse, com um sorriso. – Tem algo aí pra comer?

Ela tratou de desviar o assunto sobre estradas, neves e tudo o mais.

- Topa uma omelete?

- Sua omelete de queijo? Sempre!

As duas foram pra cozinha.

- E então, você gostou de esquiar?

- Sabe que eu não esquio, mãe... tenho dois pés esquerdos.

- Me lembro de Tanya nessa época... ela adorava esquiar.

Um silêncio incômodo baixou entre as duas.

- Pois é... mas foi bom sim. A família de Angela é muito acolhedora. Eles queria que eu ficasse um pouco mais, mas não queria ir pra faculdade sem antes te ver.

Sua mãe fez um gesto com a mão.

- Você não deve se preocupar comigo, querida. Estive muito ocupada, é sério. Teve um jantar da Universidade na outra noite, e depois uma reunião de professores em que eu tive de ir.

Bella ficou feliz de a mãe estar retomando sua rotina. Todo princípio de semestre, Renee, que em seu trabalho era a Prof. Renee Swan, do Departamento de Antrolopogia da Universidade de Bridgeport, ficava assoberbada de atividades. Gostou de ver a animação dela. Depois que Tanya morrera ela passara um período difícil. Agora que os feriados de fim de ano acabaram, as aulas recomeçavam e ela teria mais o que pensar.

- Tem uma grade cheia esse semestre? – ela perguntou.

- Bastante, rs... seu pai teria dito que era mais do que eu conseguiria suportar.

O pai de Bella, Charlie, também tinha sido professor universitário, antes de sua morte, alguns anos atrás.

- Fiquei satisfeita ao saber que seu nome foi aceito na sociedade de honra de Yale, Bella! – a mãe disse, orgulhosa. - Você trabalhou muito pra isso.

- Eu sei.Eu posso ser somente mais um membro, enquanto você e Tanya foram presidentes, mas estou satisfeita comigo mesma.

- Não é presidente porque não quer.É brilhante o bastante para isso.

- Não acredito tanto, mamãe... as provas em Yale são muito difíceis... e geralmente eu ainda estou no meio quando toca o aviso de que faltam dez minutos. Então eu acabo fazendo o resto das provas meio que correndo.

Eu penso demais e escrevo de menos.

Renee sorriu levemente, sua mente viajando em algum outro assunto.

- Eu fui ver as roupas da Tanya. E tem muitas coisas que cabem em você. Os vestidos vão ficar grandes, pois ela tinha obviamente um corpo com mais curvas que o seu, mas acho que os suéteres vão ficar bons. As calças podem ser reformadas, talvez uma pence resolva. E aquele sobretudo preto que ela mal usou também. Embalei tudo pra você levar quando voltar para a faculdade.

- Deus, mãe! – disse Bella, em um gemido. – Como eu poderia usar as roupas da Tanya?

- Ela iria querer isso. Eu querot também. Eu quero... – uma sombra passou pelo rosto de Renee. – Eu apenas não quero doá-las a quem quer que seja, Bella.

Bella se recordou da irmã bonita e inteligente, que amava roupas e compras.

- Ok, mamãe. Eu levo. Usarei alguma peça dela quando fizer o exame final. Será uma homenagem e um modo de ela estar comigo.

Por um momento breve pareceu que os olhos de Renee estavam vendo à sua frente, não Bella, mas Tanya, a moça sabia.

- Ainda não acredito que ela tenha partido tão jovem!

- Eu sei. – Bella passou os braços pelos ombros da mãe.

Não havia nada que pudesse fazer para confortar a mãe. Tanya havia morrido em um acidente de carro, provocado por um motorista de caminhão que dormira ao volante. A irmã fora tão brilhante, que ninguém poderia preencher seu lugar, nem ao menos tentar.

Renee forçou um sorriso.

- Você deve estar cansada. Vá repousar um pouco.

- Nem tanto, mãe, mas o corpo está meio moído sim. Boa noite – disse ela, beijando o rosto de Renee.

- Boa noite, querida. Bons sonhos.

o mordente liso da sua mãe.

- Tentarei ter... – ela murmurou, ainda tendo a memória da última noite na cabeça.

************************* 

Dois meses e meio depois

Bella olhou para fora a janela de seu dormitório e suspirou. Estava chovendo há cinco dias já. O tempo era uma imagem perfeita de como estava sua cabeça e sua vida.

Voltou o olhar para o papel em branco à sua frente. Tinha um texto a escrever para a aula de poesia e nada vinha à sua cabeça. Estendeu a mão para a gaveta da escrivaninha e pegou novamente o resultado do laboratório, como se o que estivesse escrito ali pudesse mudar, em um passe de mágica.

Mas não. Era irrevogável, e não havia como escapar. Lá estava a palavra “Positivo.” Estava mesmo grávida.

Sua primeira sensação havia sido raiva. Como poderia ter sido assim tão estúpida? A segunda havia sido auto-piedade: Por que eu? Fiz somente uma vez!

Mas agora, o que mais vinha à sua cabeça, era uma pergunta: E agora... o que vou fazer?

Edward havia previsto esta possibilidade, ela percebia agora. Tinha-lhe dito para contatá-lo se algo acontecesse, se ela precisava de ajuda. Tinha seus endereços.

O campeonato de baseball havia começado há umas duas emanas. Bella, que nunca antes havia acompanhado a temporada, havia começado a ler tudo que lhe caía nas mãos sobre o assunto, e em especial, sobre o New York Yankees e Edward, obviamente.

Conseqüentemente, sabia que ele havia assinado um contrato multimilionário em fevereiro e que havia se destacado em uma partida importante. E que ele pretendia ganhar o maior campeonato da liga americana naquele ano, batendo um recorde qualquer.

No momento, ele estaria em sua casa, em Stanford. Deveria escrever para ele?

Tentou começar uma carta, mas depois de três frases parou.

- Eu sou uma idiota...

Pegou a capa de chuva e saiu do quarto, descendo as escadas. Precisava ver gente, se ficasse ali sozinha, enlouqueceria.

O hall do dormitório estava mais cheio que de costume, por causa do tempo chuvoso. Ela se juntou a um grupo de amigas que estavam perto do sofá, folheando uma revista.

Deu uma olhada na revista que sua amiga Jessica tinha em mãos, e arregalou os olhos quando viu a foto da capa.

- Eu posso dar uma olhada na revista, Jess? – pediu, em um sussurro.

- Claro que pode – Lauren respondeu por Jessica. – E você pode se juntar ao nosso fã-clube se quiser, rs... Todas nós concordamos que este é o homem com quem nós gostaríamos de ficar isoladas numa ilha deserta!

- É? – Bella perguntou, olhando fixamente para o retrato. Edward usava o uniforme do time e um boné. Uma mecha do cabelo escapava e caía em sua testa. Os olhos verdes e o sorriso irresistível que ela vira tão de perto estavam lá, e aqueles olhos pareciam olhar direto pra ela.

- Você poderia dar a volta ao mundo e não encontraria um outro homem como esse! - uma das meninas estava dizendo.

Bella engoliu em seco.

- De onde ele é? Cullen é um nome irlandês.

- Bom, seu pai é americano, filho de irlandeses. Mas ele nasceu na Colômbia, morou muito tempo lá, até seus pais voltarem aos Estados Unidos. Está tudo no artigo.

- Jess, me empresta essa revista? Eu juro que te devolvo mais tarde.

Jessica sorriu.

- Bella! Agora a gente já sabe porque você recusa os pedidos de encontro de todos os caras... tá se guardando pro Edward Cullen!

Bella corou no último nível.

- Pois é, - disse Lauren. – Leva mas traz de volta, ok? A Jess quer grudar o pôster do Edward sobre sua cama!

O restante das meninas riu, fazendo alguns comentários.

Depois de uns dez minutos, Bella voltou ao quarto, com a revista nas mãos.

Deitada na cama, a abriu e começou a ler.

Um tempinho mais tarde, olhou novamente pela janela. Edward Cullen...

Era impossível de acreditar que o homem descrito na revista era o mesmo homem que lhe havia dado abrigo na tempestade de neve e feito amor com ela.

Não poderia escrever a ele. Muito menos depois de tudo o que havia lido no artigo. Aquilo tinha demovido-a dessa idéia.

Ele havia ficado muito rico com o baseball, mas de acordo com a reportagem, era milionário de nascença. Seu pai era diretor das linhas aéreas Avianca, e Edward havia crescido, parte em Bogotá e parte em Nova York.

tinha crescido acima em parte em Bogotá e em parte em New York. Tinha sido contratado pelos Yankees, como rebatedor, logo após terminar a faculdade, e sempre esteve no hanking dos melhores jogadores de todos os tempos no esporte. Tinha 27 anos, era solteiro, mas segundo a reportagem, nunca lhe faltava companhia feminina. O artigo citava, inclusive, o nome de duas ou três modelos famosas como suas companhias freqüentes.

Não, não poderia escrever a ele. Não quando estava certa de que tudo que ele poderia realmente fazer por ela, era oferecer dinheiro para um aborto.

Sentiu as lágrimas virem aos olhos, borrando sua visão.

Um aborto. A tentação era grande. Resolveria todos os seus problemas. Ninguém teria de saber.

Era tão fácil ser contra o aborto em geral... mas era duro quando o caso era com você.

Pensou na mãe. Como poderia inflingir esse golpe a ela? Justo agora, que ela ainda estava frágil com a morte de Tanya. Não poderia fazer isso. Nenhum membro da família Swan havia tido bebês fora do casamento.

Mas ao mesmo tempo sabia que não teria coragem de fazer um aborto. Isso resolveria todos os seus problemas, exceto um: teria de viver com o conhecimento do que havia feito, matado seu próprio filho.

Recordou então ter visto uma propaganda em uma revista, de uma organização chamada Birthright. Era um grupo voltado para ajudar meninas e moças em sua situação. Resolveu que iria contatá-la. Levantou da cama, lavou o rosto. Era hora de parar de lamentar e agir.

************************* 

Bella se sentou à mesa do pequeno restaurante onde estava trabalhando durante um turno e levou um copo de chá gelado aos lábios, grata pelo ambiente estar bastante fresco também, devido ao ar condicionado.

Do outro lado da porta do estabelecimento, a cidade de Hartford estava passando por uma onda de calor atípica para o mês de agosto.

Eram duas e meia da tarde, seu turno tinha terminado e já já ela poderia ir para casa.

Casa. Bem... era sua casa, pensou, por mais dois meses, pelo menos. Poderia somente sentir gratidão pela mulher de meia idade que tinha fornecido um abrigo a ela.

gratitude para a única mulher middle-aged que tinha fornecido um repouso do abrigo para ela, enquanto durasse sua gravidez. O pessoal do Birthright havia feito o contato e conseguira para ela aquele trabalho de meio expediente também, o que possibilitava a ela ajudar a senhora, Elaine, em alguma coisa.

O bebê dentro dela deu um pontapé, e ela se mexeu um pouco em sua cadeira.

A porta do restaurante se abriu e ela congelou. Não havia jeito de confundir aquele homem que entrava com nenhum outro.

Imediatamente, abaixou a cabeça e olhou pra fora da janela, tentando passar despercebida. Por isso não viu quando Edward a olhou e começou a se aproximar.

- Bella?

Ouvindo a voz que lhe soava tão familiar, ela teve de levantar a cabeça.

- Sim? - disse – Ah, Edward! Que surpresa o encontrar aqui.

Até ela se surpreendeu de como soou.

- Eu tive que ver alguém no escritório da Imigração, sobre um amigo de meus pais. Posso me sentar com você?

- Claro.

Sua voz soou distintamente nada entusiasmada, mas ele não fez nenhum comentário. Simplesmente puxou uma cadeira e sentou-se, frente a ela.

Não precisava nem olhar para sentir que aqueles olhos verdes estavam avaliando o tamanho da sua barriga.

Se fosse inverno, ela poderia estar usando um casaco, e então ele poderia nem ter notado. Mas em um vestido claro do algodão, não havia a mínima possibilidade.

Seus dedos começaram a tamborilar na mesa, nervosamente.

Ele levantou os olhos e os fixou em seu rosto.

- O bebê é meu? – disse, a tensão evidente.

Bella mordeu os lábios.

- Sim.

- Dios! Eu disse para você me deixar saber se isso acontecesse! Eu sabia que havia uma possibilidade!

Sua mão agarrava a dela, que tentou soltá-la, mas ele na a deixou fazer isso. E ela recordou a última vez em que as mãos dele haviam tocado nela.

- Não havia realmente nada que você pudesse ter feito por mim, Edward. Eu estou controlando tudo muito bem. Não há a menor necessidade de você precisar se envolver.

Ele sorriu ao ouvir as palavras dela, mas não era um tipo de sorriso bom... era um sem humor.

- E como é que você está “controlando” isso, querida?

Ela puxou a mão novamente e desta vez ele a soltou.

- Eu fui à uma organização chamada Birthright. Eu não quis dizer à minha mãe o que havia acontecido. Seria muito duro pra ela. – ela tirou uma mecha que tinha vindo pra frente e juntou-a ao restante do cabelo. -  Minha irmã mais velha, Tanya, morreu em um acidente de carro no ano passado, e meu pai morreu de ataque cardíaco três anos atrás. Minha família somos eu e mamãe agora. Nunca fui brilhante, ou bonita, ou vivaz, como Tanya. Mas a questão agora é que agora mamãe só tem a mim. E eu apenas não poderia aparecer grávida em casa.

- Sua mãe ficaria irritada?

- Não, não irritada. Ela seria maravilhosa. Mas eu tenho certeza que seria mais uma decepção que eu acrescentaria ao meu currículo, aos olhos dela.

- Você seria uma falha nela os olhos. – Edward disse, não entendendo como Bella se menosprezava tanto em comparação com a irmã.

Ela o olhou, espantada de como ele a entendera bem.

- É, mais ou menos isso.

- E eu suponho que não é só os sentimentos da sua mãe que você gostaria de poupar... mas enfim... você foi à Birtright. Nunca cogitou fazer um aborto?

- Eu não conseguiria. Seria muita crueldade e não conseguiria viver com o fato.

Ele assentiu.

- Fico aliviado. Penso do mesmo modo. Minha família é católica e somos contra o aborto. Como te trataram na organização?

- Foram absolutamente maravilhosos. Eu não poderia permanecer apenas descansando, por razões óbvias. Encontraram um lar pra mim aqui em Hartford, logo após a minha gradução. Consegui me formar, enfim... esconder a barriga de quatro meses, ainda não era muito grande pra aparecer. Então, após a formatura, disse para minha mãe que havia conseguido um trabalho temporário na Europa, com uma família, como professora de duas crianças. É lá que ela pensa que eu estou.

- E como você faz quando quer entrar em contato com ela?

- Tenho uma amiga na Europa. Compro alguns postais aqui, escrevo, envio por carta para ela, que os remete de lá. Simples assim.

- Não, essa situação não é “simples assim”. Não completamente.

E a olhou, com seriedade.

- E o que você vai fazer com o bebê?

Esse era o ponto doloroso.

- Vou dá-lo para adoção. – ela murmurou, dolorosamente.

Houve um silêncio longo durante que recusou o olhar.

- Por que? – ele perguntou, em um tom de voz um pouco embargado.

- Porque será a melhor coisa para o bebê. Pode não ser o melhor pra mim, mas é nele que eu tenho de pensar agora. Na sua segurança, na sua felicidade. – ela o olhou, profundamente. – Minha melhor amiga no colégio, Angela, é adotada. Seus pais eram, tipo, algumas das melhores e maiores pessoas que eu já conheci na vida. Não seria possível amar mais uma criança do que eles a amaram. A ela e seus dois irmãos, que eles adotaram também. Uma criança necessita uma família estável e que a ame. Necessita uma mãe e um pai sempre presentes. A única coisa que eu poderia oferecer a ele seria uma creche. A agência de adoção que eu contatei tem uma grande lista de casais esperando um bebê para amar e cuidar, com ótimas referências.

Bella mordeu os lábios, tomou fôlego e continuou.

- Eu pensei e repensei muito sobre isso, Edward. Não foi a decisão mais fácil, foi a mais difícil que eu já tive de tomar na minha vida. Mas é a que eu sei que é certa. Eu vou dar o menino  para adoção.

- E você decidiu isso sozinha. Não me deixou saber do bebê e me excluiu da decisão. Você sempre fala no bebê em termos masculinos. Já sabe que é um menino?

- Sim, eu sei. Fiz o ultrassom.

Ele se inclinou, pegou a mão dela novamente e, por um momento, Bella teve a visão do Edward daquela noite mágica.

- Bella... se você pudesse ficar com o bebê, você ficaria?

- Claro que eu ficaria. É meu filho! Eu não estou ansiosa para me livrar dele!

- Case-se comigo, então.

Os olhos de Bella se arregalaram em choque.

- O que?

- Você me ouviu, case comigo. É a melhor solução, além da mais óbvia.

- Talvez pra você, mas não pra mim. Eu mal conheço você!

Ele riu, com divertimento genuíno.

- Você me conhece bem o bastante, em um dos melhores sentidos.

Bella corou, uma ponta de irritação.

- Não banque o engraçadinho! Você sabe o que eu quis dizer.

- Escute, querida. – disse, pacientemente. Sabia que uma mulher grávida se tornava muito facilmente irritável e era muito sensível. - Você disse-se que não está pensando no seu interesse. É no bem-estar da criança. Bem, eu sou o pai da criança. Eu sou rico. Eu assumirei o meu filho.

Ele olhou fixamente para Bella e sua expressão não admitia retruques.

- Eu não quero meu filho sendo criado por um outro homem.

- Eu não sei. – Bella ainda disse, resistindo.

Ele continuou.

- Eu poderia simplesmente pedir um DNA da criança como prova da minha paternidade e requerer na justiça a guarda. E deixaria minha mãe criá-lo, pense nisso. Ela adoraria ter um neto vivendo com ela. E, diferentemente da sua mãe, ela não pensaria que eu a tinha decepcionado. Você prefere essa opção?

Ele a olhou, enxergando nela sua confusão e sofrimento pela opção dada.

Bella pensou que Edward não podia fazer aquilo, não quando dera a ela outra opção. De repente ele sorriu novamente e a expressão dele relaxou.

- Escute, querida, ele disse, em voz suave - Eu sei que esse tempo todo foi duro pra você. Sou tão responsável quanto você por este bebê e foi você, contudo, que teve de carregar sozinha toda a preocupação e toda a dor. Deixe-me tomar conta de você agora. Sei que será uma boa mãe e será uma boa esposa. Eu não tão mal assim, você sabe. E então? Case-se comigo, sim?

Bella queria manter o bebê, é claro, mais que qualquer outra coisa no mundo. E se o preço a pagar por isso fosse casar com Edward, então ela faria.

- Sim. – ela disse, mas um pensamento a incomodou - Que tipo de casamento você tem em mente?

Ele olhou pra ela, surpreso.

- Casamento é casamento. Eu não sabia que haviam diferentes tipos.

- Isso significa que vai ser permanente?

- Permanente? - ele ecoou. E então seus olhos se estreitaram quando a compreensão golpeoou – Você está perguntando se vamos nos divorciar depois de um tempo?

- Bem... isso.

- Não. Não vai haver divórcio. Do que você tem tando medo, Bella?

Ela fechou os olhos por um minuto.

- De tudo. – sua voz mal era audível.

- Você está com medo de confiar seu futuro e sua vida a mim. Não se preocupe. Vou tomar conta direitinho de você e de nosso filho.

Ele passou os dedos nos lábios dela e continuou.

- Nós teremos um filho. O filho que fizemos naquela noite mágica. – ele beijou a palma da mão dela. - Você não me achou assim tão desagradável uma vez. Será como naquela noite.

O toque de seus dedos, sua boca, traziam memórias que a confundiam.

- Será que vai dar certo? Nós realmente não nos conhecemos bem... como faremos as coisas darem certo?

 - As coisas darão certo, naturalmente. Porque somos nós: eu e você.

- Ok... vou ter de confiar em você.

Ele sorriu para ela.

- Boa menina... Agora, porque não vamos até a sua “casa” e pegamos as suas coisas? Você pode agradecer a senhora que a hospedou e voltar a Stanford comigo.

Bella foi falar com o gerente do restaurante, dizer que estava se demitindo. Pegou o dinheiro que lhe cabia, o que era relativamente pouco, já que não tinha vínculos empregatícios permanentes ali.

Ainda se sentia meio desconfortável. Lutara tanto pra tomar suas decisões sozinha e agora vinha Edward, dando ordens a torto e a direito, usando aquele charme devastador pra deixá-la tonta. Mas por enquanto, deixaria. Fora um longo tempo cuidando de tudo sozinha. Ia se deixar ser um pouco mimada agora.

Já do lado de fora do restaurante, ela falou.

- Tenho de ir falar com o pessoal da Birtright e agradecer. Foram muito bons a mim.”

- Você quer ir agora?

- Sim, se não for incômodo pra você.

- Muito bem. – ele disse, abrindo a porta de um Volvo último modelo, cor prata, para que ela entrasse.

- Vou  com você. Não quero que ninguém tente mudar sua decisão de não dar o bebê pra adoção.

“Meu Deus”, pensou Bella. O que o pessoal da agência iria pensar quando ela aparecesse com Edward Cullen? Realmente seria mais fácil se ele permanecesse no carro. Olhou de relance lateralmente para ele e achou melhor não discutir.

- Qual é o endereço? – ele perguntou.

E então ela deu.


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Notas finais do capítulo

Então, mais um capítulo enorme! Amanhã tem mais. Bjs!