Beloved Stranger escrita por Miss Moony


Capítulo 10
Capítulo 9 - A Place in this world


Notas iniciais do capítulo

Olá, meninas, novo capítulo. Enjoy!



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Passada a euforia do êxtase, alguns minutos mais tarde, com Bella entre seus braços e recostada em seu peito, Edward falou:

– Você sabe um dos motivos pelos quais eu nunca tentei te ver novamente, na sua faculdade, depois da nossa primeira noite?

A respiração dele agitou levemente o cabelo de Bella. A voz dele era macia e penetrou profundamente em seus ouvidos, deixando-a agitada.

– Não. – ela sussurrou.

– Eu tinha medo de estragar a memória daquela noite, e pensei que se nos encontrássemos novamente, não seria a mesma coisa. – ele riu. – Parece bobo, mas é como se fosse um romance medieval, você deve admitir: a tempestade, a jovem bonita e virgem precisando de ajuda...

Bella nunca havia suspeitado que ele era capaz de tal romantismo profundo.

– Eu sei... – ela sussurrou – Você disse que fora algo mágico.

– E foi. – ele beijou seus cabelos. – Tão mágico que eu imaginei que você viraria um unicórnio pela manhã e sairia à galope pelas montanhas.

– E ao invés disso, eu me transformei em uma srta. muito grávida com a qual você teve de se casar.

– Bem, isso foi melhor que uma unicórnio grávida! – Bella teve de rir. - Mas eu não lamentei na época e continuo não lamentando ter me casado com você. E você? Se arrependeu?

Bella olhou pra ele. Tinha muita consciência do tipo de pessoa que Edward era: forte, determinado, atraente... E também era a maior coisa que poderia ter acontecido em sua vida. E ela suspeitava que sempre seria. Nada em sua vida, exceto Lucas, teria maior importância que Edward.

– Não. Não me arrependi.

– É ótimo ouvir isso.

Ele a deu um leve selinho, e Bells se virou na cama. Assim, deitados de conchinha, em dois minutos Edward dormiu. Bella, no entanto, levou bem mais de dois minutos para adormecer.

***************

As semanas seguintes passaram para Bella, como se fosse um sonho. Os dias eram preenchidos de passeios em família, e as noites repletas de satisfação sexual. Edward era um furacão na cama. Ardente, exigente e prolongava as noites a tal ponto que Bella nem sabia a que horas havia pego no sono.

Todos as irritações e descontentamentos menores das semanas passadas pareceram simplesmente desaparecer.

Seu mundo parecia consistir em apenas duas coisas: Edward e Lucas. Os dois homens da sua vida a absorviam de tal modo que a vida parecia puramente física. Pela primeira vez estava profundamente consciente dos prazeres de ser mulher. Sexualmente e maternalmente. Adorava dar de mamar a Lucas, era um momento só deles. Gostava de ter esse ele a ligá-la ao filho.

As feministas odiariam aquele tipo de pensamento. Não escreveu absolutamente nada naquele período.

Então, naquela noite de dezembro, ele disse:

– Comprei nossas passagens para Bogotá hoje.

Eles estavam sentados na sala, em frente à lareira, e a cabeça de Bella encostada ao ombro dele.

Ela olhou para o rosto dele e perguntou.

– O que?

– Comprei as passagens para Bogotá. Partiremos em quatro dias.

– Quatro dias?

– Sim, quatro dias? Você atualizou seu passaporte, como eu pedi?

– Sim, há meses atrás... mas Edward! Quatro dias? Eu tenho de arrumar as coisas de Lucas, embalar e... Lucas!

– O que tem o nosso filho, mi querida?

– Luc não tem passaporte!

– Tem sim. Eu tirei o dele há um mês.

– Você tirou... mas quando?

Edward a olhou um pouco impaciente.

– Um fotógrafo veio em casa e tirou a foto dele, então dei entrada nos papéis. Você não se lembra?

– Não, não lembro.

– Bem... talvez você não estivesse em casa. Lembrando bem, agora, você tinha ido ao cabeleireiro.

Ela olhou pra ele, totalmente embasbacada.

– E você não pensou em me dizer que estava tirando o passaporte de Lucas?

– Desculpe, querida, esqueci! Mas por que está tão chateada? Você tem um passaporte, Luc tem um passaporte e eu sou tão importante que tenho dois passaportes. É só colocar algumas roupas na mala e vamos. Compramos o que precisarmos lá. Qual é o problema?

Ela respirou fundo.

– O problema, Edward, é que eu gostaria de ser avisada dos seus planos para nós, Edward. Eu não gosto de ser excluída das decisões!

Ele a olhou, surpreso.

– Você não quer ir?

– Claro que eu quero ir.

Ela olhou para o rosto dele, que estava com aquela expressão do gato do Shrek, e não resistiu.

– Por que você tem dois passaportes?

Ele lhe sorriu, de modo irresistível, agora que a batalha pra ele já estava ganha.

– Eu tenho um passaporte colombiano, porque nasci lá e tenho outro americano porque meus pais nasceram aqui. Tenho dupla cidadania. Quando eu vou para a Colômbia, uso um e quando volto, uso o outro.

– Conveniente, não? – ela disse.

– Não é? – ele olhou par ela – Eu sempre gostei das coisas convenientes. Eu ter uma esposa é muito conveniente. Se eu soubesse o quanto eu gostaria de estar casado, teria casado antes. Sorte sua eu ter esperado por você não?

Ele girou a mão dela e beijou o pulso de Bella e depois a palma da sua mão.

– Sorte a sua, porque nunca encontraria uma outra esposa tão conveniente quanto eu sou.

O toque dos lábios dele acelerou seu coração.

– Isso eu concordo plenamente...

Ele a puxou pra si, abraçando-a.

– Vamos fazer amor aqui, na frente da lareira.

Bella olhou-o, surpresa.

– Aqui? 

– Aqui.

Ele começou a beijá-la, lentamente, de um jeito muito erótico. Ele a pressionou contra o sofá, e as mãos dela se po “Aqui. ” Dobrou sua cabeça e começou a beijá-la, lentamente, de um modo erótico que a fez passar seus braços sobre os ombros dele e embrenhar a mão em seus cabelos.

Ele beijou seu pescoço, e as mãos dela se moveram para dentro da camiseta dele.

– Edward... – ela sussurrou, beijando o lóbulo da orelha dele – Vamos pro quarto.

– Não. – ele disse. – Aqui.

As mãos dele continuaram a se mover pelo corpo dela, que respondia, mesmo que sua mente hesitasse. No chalé parecera tudo muito natural, a lareira, a neve, o clima... mas curiosamente, em sua própria casa, se sentia inibida em fazer sexo em qualquer lugar que não fosse o quarto ou o banheiro da suíte.

Ele detectou a indecisão dela e afastou o rosto do de Bella par que pudesse a olhar. Viu a mistura de emoções em seu rosto, mas viu a boca macia e inchada dos beijos que pedia mais, e o brilho sensual nos olhos.

– Minha pequena puritana... – ele riu, então, rolando no sofá e a puxando para cima de si no tapete de pele em frente à lareira.

– Edward... – Bella ainda disse, meio protestando, mas ele a rolou por baixo dele e ela se rendeu ao poderoso desejo que sentia.

– Hum... amor, meu anjo... – ele disse, ao sentir Bella explorar suas costas com os dedos, e a mordida dela no ombro dele.

Os olhos de Bella estavam pesados de desejo, e o corpo reagia a cada toque de Edward. Eles tiraram as roupas um do outro, apressadamente.

— Eu tenho que possuí-la, Bella — murmurou ele, com a voz grave ao se inclinar sobre ela novamente.

— Eu preciso de você, Edward. Agora. Por favor — sussurrou quando a boca dele se fechou sobre um de seus bicos. —Agora.

A mão direita dele deslizou pelo corpo dela, passando pelo seu abdômen e a tocou intimamente. Ainda um pouco hesitante, pois não sabia exatamente como fazer ainda, ela colocou a mão sobre o membro dele, acariciando.

Edward gemeu de prazer, então ela concluiu que devia estar fazendo do jeito certo. Decidida, inverteu as posições e, deitando-se por cima dele, traçou uma linha de beijos corpo abaixo. Um pouco envergonhada ainda, fechou os olhos ao depositar um beijo na ereção de Edward, e ao sentir o carinho feito em seus cabelos, tomou coragem e fechou os lábios em torno do membro, o estimulando com as mãos e a língua. Edward urrou, murmurando algumas palavras em espanhol em seguida, que ela não entendeu.

Inesperadamente ele rodou o corpo, e ao mesmo tempo em que ela o acariciava com a boca, ele fazia o mesmo em sua vagina, a enlouquecendo com a língua e os dedos.

Deus, aquilo devia ser proibido, não? Apesar da timidez que ainda sentia, a coisa estava tão boa que não era ela que pararia o doce tormento.

Tudo aquilo foi excitando-a cada vez mais, num ritmo muito mais acelerado do que ela jamais havia experimentado, até que aquilo, somente, não foi mais suficiente.

— Agora, Edward — implorou ela, sem conseguir se conter apesar de ouvir o tom suplícante de sua voz. — Eu quero você dentro de mim. Agora.

— Agora mesmo, amor.

Ela passou a língua pelos lábios, como quem espera por algo muito saboroso, e ele flagrou o gesto, lançando lhe um sorriso lânguido.

Bella ergueu as suas pernas, afastando-as amplamente para recebê-lo e segurou a respiração quando ele a penetrou com um suspiro.

O rádio tocava uma musica rápida e pulsante que lhes proporcionou o ritmo de que ambos precisavam. Rápido, forte, faminto.

Eles se afastaram e reencontraram, repetidas vezes enquanto ele a penetrava, cada vez com mais força, mais firmeza e mais implacável do que a última.

Quando o fim se abateu sobre eles, ele a olhou nos olhos, e Bella se perdeu no seu olhar de um verde intenso. Ela gritou o nome dele quando o calor os engoliu, juntos. E quando Bella estava quase dormindo, ele a carregou nua, em seus braços, para a cama.


***************** 

Bella gastou os três dias seguintes arrumando as coisas para a viagem.

Um dia antes de viajarem, colocou Lucas na cadeirinha do carro e dirigiu até Fairfield, para visitar sua mãe.

– Por que você não vai para Bogotá conosco para os feriados de fim de ano, mãe? – Bella perguntou, enquanto se sentaram à mesa para tomar um café. Lucas estava dormindo no Moisés em cima do sofá.

– Eu adoraria, filha, mas não poderei ir. Há montes e montes de jantares e visitas que prometi fazer.

– Mas vai passar o natal sozinha?

– Anne me chamou para passar o natal com ela e a família.

Anne Slatter era uma antiga amiga de faculdade de Renee, e as duas sempre haviam sido muito próximas. Inclusive, Anne fora madrinha de Tanya.

– Oh... então não preciso me preocupar sobre a senhora estar sozinha no natal.

– Não, não precisa. Eu estarei bem, embora vá sentir falta desse rapazinho! – disse ela, olhando para Lucas.

– Voltaremos após o dia primeiro de janeiro.

– Quando exatamente?

– Eu não sei. Edward ainda não me disse, acho que ainda não decidiu. Mas quando eu souber, eu ligo para você.

– Edward não sabe o quão afortunado é por ter se casado com você. – o divertimento brilhou no olhar de Renee. – Há muito poucas mulheres hoje em dia que aceitariam viver sob o comando absoluto do marido, Bella.

– Ele sabe com quem se casou. – Bella disse, mantendo o olho em seu café, tentando duramente não se sentir decepcionada pela idéia que sua mãe fazia dela.

– Você sempre foi uma criança doce, delicada e afetuosa. Acho que é justamente o que ele precisava e procurava.

Então Renee foi tirar um bolo que estava no forno.

– Nesses dias de folga o que ele faz para se manter ocupado?

– Ele está se preparando para gravar um comercial de produtos esportivos.

– É? Bom pra ele. Ele faz muito isso?

– De vez em quando. Mas só anuncia produtos que realmente usa e gosta.

– E você, como tem ocupado o tempo?

– Bem... Lucas me mantém ocupada. – ela olhou para o filho.

– Mas você tem Maria para ajudar, não é?

– É verdade. Mas eu gosto de ter esse meu tempo com ele.

– Você podia fazer parte de algumas organizações de Stamford. Eles tem alguns grupos cívicos excelentes.

Renee mesma era membro de alguns grupos, como o Rotary. A vida toda, Bella lembrou, vira sua mãe sair para ir às reuniões.

– Pensarei nisso. – Bella disse, com visível falta de entusiasmo.

Renee lhe deu um olhar meio confuso e, amavelmente, mudou de assunto.

Quando Bella sentou ao volante, uma hora mais tarde, não conseguiu evitar o amargor pela avaliação de sua mãe dela e da vida que estava levando. Fora sempre assim... toda a sua vida tinha se sentido mais fraca, menos vivaz, e menos interessante do que o resto da sua família, em especial, da irmã mais velha. Se Tanya estivesse viva, a mãe nunca iria preferir outro programa a estar com ela.

Por ser mais tímida, ela sempre ficava meio deslocada nos eventos que os pais faziam, teve poucos amigos no colegial e na faculdade, e fora a preferida de somente um ou dois professores. Isso, para sua mãe, sempre fora uma falha. Nunca tinha duvidado de que a falha era sua.

E se falhara tanto como filha, em parecer bem sucedida à sua própria mãe, como iria conseguir sucesso nessa viagem á Colômbia, para conhecer a família de Edward?

Ela nunca admitiria isso a ele, mas realmente, temia essa viagem.

Ligou o rádio, pra descontrair.

(Ouçam, é traduzida, e um pouco do que Bella ainda pensa, em seus momentos de insegurança: http://www.youtube.com/watch?v=05kKuhod4po)

O rádio tocava uma música de Taylor Swifit: A Place in this World. E o que ela mais queria era encontrar um lugar no mundo para ela.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Obrigada pelas reviews, responderei a todas essa semana, ok? Kisses!