Pokémon Fantasy escrita por Lawliette


Capítulo 14
Capíitulo 13: Estranhos


Notas iniciais do capítulo

Hyia! Ok, ok, eu sei que devo explicações a vocês do porque u sumi. Digamos que, como eu sou pobre, uso meu celular de roteador pra entrar no Nyah e postar os capítulos, e, mais uma vez, meu cabo USB, que é necessário para isso, quebrou. O meu computador simplesmente não o reconhece mais, então eu vou numa lan house pra poder postar os capítulos... Na semana doCarnaval eu certamente não pude, fiquei doente na outra, e aconteceram alguns, uhm... Mindblocks, ou bloqueio de criatividade, se preferirem qq Se não fosse a Alyss me ajudando, acho que eu não teria conseguido escrever tudo isso e ainda estaria empacada no capítulo 10 e_e. Mas, aí está o capítulo, e espero que gostem.
Ah sim, eu cometi um erro enorme no capítulo anterior, então, vou avisar aqui: A personagem Alyss nasceu em Kalos, e não em Unova, na cidade de Snowbelle, e não Nimbasa, e arrumarei depois.
E sem mais delongas, que venha o capítulo!



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Eram duas pessoas reunidas numa sala pequena e pouco iluminada. Uma daquelas pessoas era alta, mas preferia ficar no canto mais escuro, onde o banco se encontrava, enquanto o outro estava de pé encostado na parede fria com o azulejo branco, a mesma que o levara a conversar daquela maneira com outras pessoas naquela mesma sala. Dessa e da última vez, ele ficou apenas olhando para o nada, imerso em pensamentos. O segundo homem tinha uma postura bem mais relaxada, como se estivesse em sua própria casa, e mesmo não agindo como o primeiro pensava, o primeiro achava que ele tinha um ar de superioridade.

Bem pudera, já que estava preocupado com as pessoas inferiores e as superiores a ele, com o pai preocupado que já fora um dia. Mas o homem sabia que aquele tipo de preocupação era bem diferente. Era preocupação com o que seria dele na empresa em que estava. Bem, não era exatamente uma empresa, mas...

– O que você descobriu? – Perguntou o primeiro homem.

Por um momento, o segundo olhou para ele, hesitante.

– Acho que encontramos algo útil. – Murmurou o segundo, desviando o olhar para o seu superior. – Não tenho certeza, mas vai ser bem útil.

– Que tipo de coisa?

– Uma garota... – Ele hesitou. - Que pode encontrar o primeiro menino.

– O que você quer dizer? – Perguntou o primeiro homem, surpreso. Aquilo era uma noticia um tanto... Impactante. – Essa garota sabe onde ele está?

– Não exatamente...

O segundo se levantou, indo em direção a porta. Este checou se estava trancada antes de falar o que tinha para dizer, e ainda hesitou, pensando se era uma boa ideia dizer isso para aquele homem em especial, e se seria bom o Persian ao lado dele ouvir. Olhou para o Pokémon, e ele o encarou de volta, parecendo sorrir de um modo perverso. O homem estremeceu, mas trancou a porta novamente, só para ter certeza.

Thomas o encarou de volta, imaginando o que o homem tinha a lhe dizer.

***

Lawliet olhou para o mapa de Sinnoh a sua frente, se perguntando onde Alyss poderia ter ido. Já se fazia quase dois dias que Alyss tinha sumido, e ela não tinha facilitado nem um pouco as coisas para Lawliet. Resmungou, chutando uma pequena pedra das muitas que estavam no chão do que antes era um balcão de um Centro Pokémon. Não que o Centro em si estivesse totalmente destruído, provavelmente só o primeiro e o segundo andar. Havia coisas que ainda estavam quase intactas, como a escada, mas ela suspeitava que não seria uma boa ideia tentar subir para confirmar. Ao contrário da escada, o mapa não tivera assim tanta sorte. A única parte que sobrara dele era uma pequena parte que mostrava a cidade de Floaroma, e outra que mostrava uma parte da grande coluna de montanhas que dividia Sinnoh em duas partes, um pouco próxima de Floaroma. O resto virara cinzas, e o local onde tinha estado estava completamente negro, meio amarelado nas laterais.

Ainda assim, encarou os dois pontos do mapa como se estes fossem o mapa inteiro, e se perguntou mais uma vez onde Alyss estava, ou a essa hora não estaria ali no Centro destruído procurando por alguma pista. Só sabia que ela havia estado ali, e se ainda estava ou não, isso era um mistério para ela. Finalmente, sem nenhuma informação concreta, saiu do Centro para a cidade deserta.

Ela não estava totalmente deserta, mas no momento, ninguém estava ali para contrariar. E estranhamente, estava silenciosa. Tão silenciosa quanto na noite em que tudo aquilo começou. E como sempre, Lawliet estava lá para ver, o que a deixara chocada.

Continuou andando pela cidade, prestando atenção em cada mínimo detalhe que pudesse lhe dizer onde Alyss estaria no momento. Lawliet tinha certeza que não muito longe de Jubilife, então apressou o passo em direção a rota 204. Era o único caminho que ela poderia estar indo já que não tinha sentido voltar para Canalave ou visitar Sandgem e Twinleaf. Tentou focar seu olhar a sua frente, mas era impossível ignorar os corpos das pessoas jogadas no chão e o sangue que parecia cobrir o asfalto inteiro. Aquilo meio que apavorava a menina, e a fazia olhar para trás constantemente, como se os assassinos ainda estivessem ali, só esperando o momento certo para matá-la.

Era tão... Estranho andar num lugar que há poucas horas atrás havia sido atacado, e provavelmente ainda estaria sendo atacada, não no lugar onde Lawliet estaria passando, mas... Era preciso passar ali, mesmo que fosse perigoso.

Começou a apressar o passo para poder chegar logo no lugar onde deixara Jasper e deixar aquela cidade, mas algo a fez parar. Um som cortou a noite, fazendo-a olhar em sua direção e parar rapidamente. Não era o som de passos, ou de algo se quebrando, ou caindo, ou um Pokémon que passou e acabou fazendo barulho em algum objeto, e não era um som de nada que usualmente aconteceria e deixava as pessoas assustadas pelo silêncio ser cortado tão bruscamente.

Era uma voz. Uma voz masculina, disso ela tinha certeza, mas não podia dizer o que havia dito ou se havia gemido ou resmungado. Simplesmente havia ouvido uma voz masculina.

A menina piscou, depois franziu o cenho, se perguntando se havia ouvido aquilo mesmo e se deveria ver o que era. Jasper não estava muito longe, só mais alguns quarteirões e ela o encontraria esperando pacientemente pela sua treinadora. Mas e se fosse alguém que estava precisando de ajuda, como um sobrevivente, por exemplo? Tanto esse motivo quanto a sua curiosidade a fizeram ir checar o que era. Mudou o caminho que estava seguindo e se dirigiu na direção do som, perto de um beco escuro. Aproximou-se lentamente, quase sem respirar direito, como que para não assustar quem quer que estivesse ali. Tentou andar o mais silenciosamente possível, para caso fosse um bandido ou algo assim que estava ali para ver se não se esquecera de ninguém. Quando chegou à entrada do beco, a mesma voz falou novamente, e desta vez, ela pôde ouvir claramente:

– E onde está essa garota...?

– Eu não sei. – Respondeu outra voz, também masculina, um pouco mais séria que a primeira. – Provavelmente está procurando pela outra garota...

– Aquela meio inútil?

– Ela não é meio inútil. – Resmungou o dono da voz, aborrecido.

Lawliet franziu o cenho, confusa. De tantas coisas para se encontrar numa cidade deserta, aquela era a mais estranha e improvável que Lawliet já vira. Medo se apossou dela, e a menina começou a se afastar lentamente do beco. Se não era ninguém que precisava de ajuda, então não podia ser nada bom. Só uma pessoa louca estaria andando pela cidade poucas horas depois dela ter sido atacada pela Equipe Rocket, a menos que quisesse morrer. Com exceção dela mesma, é claro. Assim que começou a sair, passos rápidos vindos o beco foram ouvidos. A menina gelou, sentindo um arrepio percorrer por todo o seu corpo.

– Ei, você aí! – Chamou a segunda voz atrás de Lawliet, apressando passo. – O que está fazendo aqui?

A garota tentou fugir, mas assim que levantou o joelho para começar a correr, uma mão segurou seu ombro e a impediu de correr. Depois, puxou-a para trás de modo que a virasse em sua direção, para que a garota pudesse olhar para o dono da voz.

Um garoto olhou de volta para Lawliet. Não parecia ser muito mais velho do que ela, e sim teria provavelmente a mesma idade. Tinha alguns centímetros a mais que Lawliet, mas isso não a impedia de encará-lo diretamente. Seus olhos eram verdes, um verde pálido, quase sem vida. Um cabelo castanho claro, quase loiro, caia por sobre o outro olho, quase a ponto de cobri-lo por inteiro. Os cabelos iam até a altura do queixo, meio bagunçados, mas não do jeito que a pessoa teria se esquecido de arrumá-los, e sim que fizera isso de propósito. As feições do rosto eram retas e cuidadosamente definidas, dando-lhe um estranho ar de delicadeza. O garoto estava vestido quase inteiramente de preto, com exceção das luvas brancas em sua mão e os tênis da mesma cor. Usava uma calça jeans mais ou menos justa, mas também não era exatamente folgada, presas por um cinto com fivela dourada. Sua blusa negra era de manga longa, cobrindo o braço inteiro e boa parte da luva, impedindo-a de ver qualquer pedacinho que fosse de sua pele. Em seu peito um pequeno R vermelho vivo se destacava e toda a cor negra.

O garoto ao lado dele era um pouco diferente, e parecia ter a mesma idade que ele e Lawliet. Igualmente pálido, mas seus olhos eram cor de mel, e parecia muito mais amigável que o outro. Usava as mesmas roupas que ele, com a mínima diferença que não usava uma calça tão justa assim. Tinha cabelos negros na altura do ombro, e parecia ser muito cabelo. O garoto tinha um ar entediado, mas levemente surpreso por ver a menina ali.

Aquilo não era nada bom. A equipe Rocket ainda estava na cidade, o que significava que o caos ainda não havia acabado. A menina ofegou. Isso significava que ainda havia perigo, e que ela não deveria estar ali. Mesmo sendo garotos, eram Rockets, e ela desconhecia o que poderiam fazer com ela. Era uma organização criminosa, certo? Mesmo tão novos assim, eram igualmente perigosos.

Tentou se mexer e sair dali, mas o garoto segurou seu braço com força, obrigando-a a ficar ali.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntou o garoto que segurava seu braço.

– Ahn... – Começou Lawliet, tremendo. Aquilo não podia estar acontecendo, não com ela. – Eu... Só estava indo embora.

– Ninguém pode sair ou entrar nessa cidade. E se tentar, morre.

Aquelas palavras fizeram a garota estremecer.

– Espera Dani. – Disse o segundo garoto, encarando Lawliet. – Ela não é...?

Dani arregalou os olhos e deixou seu queixo cair, completamente surpreso. Afrouxou o aperto no braço dela, o que a permitiu se afastar dos dois, encarando-os. Logo, a menina se repreendeu, e se recuperou do susto, fechando o rosto numa máscara sem emoções.

– Você quer dizer que ela é aquela menina? – Perguntou Dani, tremendo. – A inútil?

De repente, Lawliet se lembrou do fragmento da conversa que havia ouvido dos dois. Haviam dito algo sobre uma menina inútil, e que alguém estava procurando ela. Estavam falando dela, então?

– Eu acho que sim.

– Oh meu deus! – Exclamou o garoto, exaltado. – Esse é o nosso dia de sorte.

O segundo assentiu.

– É. Vamos chamar o Cavaleiro, ele vai saber o que fazer.

– Jasper! – Gritou Lawliet, o mais alto que pôde. Os garotos olharam para ela, confusos. A menina se afastou alguns passos para trás.

Ambos avançaram na direção de Lawliet, mas de repente pararam. Uma sombra realmente grande se formou entre eles, cobrindo-os por completo, e assim que olharam para cima, arregalaram os olhos e gritaram. Um rugido cortou a cidade, ecoando pelo silêncio, mesmo que o lugar não fosse propenso a ecos. Um rugido extremamente alto e cheio de fúria. Um rugido vindo de seu Pokémon. O vento criado pelas asas do Pokémon levantou poeira, e os garotos tiveram que proteger os olhos com os braços.

A partir daí, tudo foi muito rápido. O Pokémon pousou no chão com um estrondo, seguido de outro rugido. Os garotos caíram no chão, gritando. Rapidamente, Lawliet montou em seu Pokémon, e este levantou vôo, cortando o ar com violência e levantando ainda mais poeira. Uma caixa com tampa cortada que estava perto do beco voou para trás, tamanha a força que usara em suas asas para levantar o enorme corpo e sua passageira em direção ao céu. Bateu as asas fortemente diversas vezes, se erguendo cada vez mais, fazendo o chão lá embaixo ficar cada vez mais pequeno, como se estivesse se encolhendo aos poucos, e não se distanciando dele. Fios de postes elétricos foram facilmente cortados e caíram no chão perto dos dois Rockets, estalando.

O estomago de Lawliet se embrulhou. Aquela sensação de subir e descer repetidamente. Era nauseante, e parecia que ela estava num brinquedo de um parque de diversões do que um Pokémon. A única diferença é que não tinha tanta segurança, e a sensação de estar caindo era maior ainda. Continuou assim até que estava tão alto quando um dos maiores prédios de Jubilife. Ao longe, a torre de TV podia ser vista, uma das maiores construções da cidade.

– Vamos embora, Jasper. – Disse Lawliet, segurando o pescoço do Pokémon com os braços e apertando os joelhos contra ele com força para não cair. – Vamos para a rota 204.

Jasper assentiu, e sem dizer uma única apalavra, avançou na direção que sua treinadora indicara, fazendo a menina gritar pelo súbito avanço. Não que ela não gostasse de voar com Jasper, mas ainda estava se acostumando com aquilo, igualmente para o Pokémon, e ele tinha uma mania de voar rápido, e fazia isso subitamente, o que aumentava ainda mais o medo da garota e a sensação constante de que iria cair. Segurou um pouco mais forte em seu Pokémon, e o deixou que a guiasse com velocidade, e por um momento, deixou-se aproveitar do momento.

Infelizmente, isso não durou muito tempo.

***

Alyss se espreguiçou mais uma vez, bocejando. Seu corpo inteiro doía por ter corrido tanto na noite anterior, e ter se espreguiçado não ajudou muito, mas acabou estralando um pouco os braços. Resmungando, começou a guardar rapidamente as coisas em sua mochila. Não iria ficar no acampamento com as pessoas que havia salvado por muito tempo, por isso, tinha acordado um pouco mais cedo que o normal para poder sair dali, e já começava a se arrepender daquilo. Não de estar deixando o grupo, e sim de acordar cedo. Mal havia dormido, e parecia que a qualquer momento poderia cair no chão e adormecer.

Preferia deixar o grupo enquanto ainda dormiam do que ter que se despedir e ter que responder perguntas do porque ela estava indo e onde estaria indo. Nem mesmo Alyss sabia. Até ontem, seu único objetivo era encontrar Lawliet, e depois do primeiro lugar que sabia que ela estaria fora atacado, não fazia a menor ideia de onde começar. Pensou em olhar o mapa de Sinnoh que havia comprado, mas estava com muito sono, então pensou em fazer isso mais tarde, quando não estivesse com tanto sono assim. Mas se estava certa, essa rota levaria até a cidade de Floaroma.

A menina olhou para o Purrloin dormindo calmamente em sua blusa. Será que deveria levá-lo junto com ela? Isso era algo que queria, mas não tinha certeza se Schrödinger iria querer, mas também não gostaria de deixá-lo com aquelas pessoas desconhecidas. Como não as conhecia, não sabia que como tratariam o Purrloin. Ela olhou para Schrödinger, se agachou perto dele e de sua blusa e o cutucou. O gatinho resmungou, e a menina o cutucou novamente, e continuou até que ele abrisse os olhos levemente, parecendo sonolento.

– Schrödinger. – Disse ela, baixinho. O gatinho resmungou alguma coisa meio incompreensível. – Schrödinger. Eu estou indo embora. Quer ir comigo?

– Indo embora? – Ele abriu os olhos por completo, e logo ela viu um par de risquinhos no que seria sua pupila, pois já tinha claridade o suficiente para enxergar. – Mas por quê?

– Eu não tenho mais nada pra fazer aqui. Então eu te acordei pra perguntar e quer ir comigo.

– Ir... Com você?

– É... – Ela hesitou. – Quer dizer, você ainda está machucado e tudo o mais, então eu pensei... Se você não tem pra onde ir, ou sei lá, eu...

– Tá, eu vou. – Respondeu ela, bocejando.

– Tudo bem. Consegue andar?

Em resposta, Schrödinger tentou arrumar o corpo. Primeiro, ficou de joelhos, depois tentou colocar as patinhas no chão, mas logo caiu para o lado, resmungando de dor. A menina olhou para ele, com pena. A dor devia estar terrível, para não deixar o gatinho andar. Pegou sua blusa do chão, e depois de batê-la para tirar as folhas dela e sujeira, a amarrou na cintura. Depois, pegou Schrödinger no colo e depois a mochila, já toda arrumada para sair.

– Não vai se despedir deles, Alyss? – Perguntou Schrödinger, olhando para ela.

– Não vejo necessidade.

Ele apenas olhou para ela e piscou, parecendo enigmático. Alyss o acomodou em seus braços, e começou a andar. Deixou a fogueira acesa, já que a garota suspeitava que acordariam não muito tempo depois dela ter saído e iriam precisar da luz fornecida pelas chamas de Oktavia. Como bem a conhecia e seus poderes, a fogueira iria durar um bom tempo, pelo menos até que acordassem e fossem buscar mais lenha para alimentar o fogo. Até lá, já estaria bem longe deles, seguindo seu próprio caminho em direção a Floaroma. Não tinha mais responsabilidade alguma com aquele grupo de treinadores, e nem teria se não acabasse indo ao mesmo Centro Pokémon em que estavam. O que fora quase inútil, já que Lawliet não estava lá.

Essa era a principal pergunta que estava na cabeça de Alyss, tirando a do que faria em Sinnoh e como determinaria sua rota para participar da Liga Pokémon e do Desafio do Labirinto. Era um desafio que queria muito participar, já que ouvira falar muito bem dele, e havia muitos comentários sobre os prêmios que podia se conseguir com ele. Já que estava em Sinnoh, não iria desperdiçar essa chance de uma nova jornada. Era uma das coisas que mais queria.

Infelizmente, no momento, a maior pergunta que ocupava a cabeça de Alyss era: Onde está Lawliet? O que estaria fazendo? Porque ainda não havia encontrado-a? Será que estava bem? Não... Provavelmente não. Continuou caminhando, falando poucas vezes com o Purrloin em seu colo, e tentou apressar o passo o melhor possível, para não acabar desistindo e dormindo ali mesmo, na estrada da rota. Enquanto a seguia, se perguntou como estariam as pessoas que deixara para trás, mas logo descartou o pensamento.

Em torno das três ou quatro da tarde, Alyss não aguentou mais. Saiu a procura de um lugar para descansar. Parecia que a cada passo que dava, era uma pontada de dor em seu corpo, e a cada momento que permanecia de pé, sua visão oscilava entre um sonho por alguns segundos, e quando ela voltava a ver o chão a sua frente, parecendo que estava parada ali por muito, muito tempo. Isso reduziu muito o passo da garota. Era provável que não tivesse se distanciado o suficiente das crianças.

Schrödinger tinha mais sorte do que ela. Como estava em seu colo, pôde dormir facilmente, então nem ao menos conversou com a nova amiga.

Nem perdeu tempo procurado por uma clareira. Assim que achou um lugar que parecia grande o suficiente par uma pequena fogueira e poder se deitar e dormir, parou por ali mesmo, e depois de acender uma fogueira, se deitou, cansada. Não demorou nada para que adormecesse.

***

Um rugido extremamente alto cortou os sonhos de Alyss, e ela se levantou assustada, ofegando, saindo cada vez mais vapor branco de sua boca. Milhares de piados foram ouvidos, e o bater de asas dos Pokémons fugindo, igualmente assustados. O rugido se prolongou um pouco mais, parecendo furioso com alguma coisa, e pela altura, o dono do rugido não estava muito longe dela. Era tão alto que seus ouvidos doíam, e ela ficou medo de acabar surda. Schrödinger também acordou assustado, e olhou para os lados. Ao redor de Alyss, tudo já estava claro, e já era de tarde, o que fazia parecer que ela tinha dormido por apenas alguns minutos, mas, ao contrario do que comprovaria sua teoria, se sentia bem descansada, como se tivesse dormido por muito, muito tempo. Mas a fogueira havia se apagado, e toda a lenha havia sido queimada, e agora não era mais do que cinzas.

– O que está acontecendo, Alyss? – Perguntou Schrödinger, assustado. Seus ouvidos doíam, mas ainda conseguia ouvir as palavras do gatinho.

– Eu não sei. – Disse ela, franzindo o cenho. - Mas é melhor sairmos daqui.

Ela se levantou, e rapidamente amarrou seu saco de dormir na mochila, e a blusa na cintura. Pegou Schrödinger no colo, e assim que estava para sair, hesitou. Por onde ela tinha vindo? Não tinha certeza, ainda mais porque estava com sono na noite interior, então olhou para os lados, tentando lembrar de qualquer coisa que a pudesse levar de volta para a cidade. Escolheu um caminho qualquer, e andou com Schrödinger na direção que havia escolhido.

Mal chegou numa clareira, e se deparou com algo que não esperava ver. Sua boca se abriu, tamanha era a sua surpresa. Não era todo dia que via algo assim, e mesmo em algumas circunstancias, ainda ficou extremamente surpresa. Aquilo não podia ser real.

Um enorme dragão se ergueu acima de Alyss e pousou levemente no chão a frente dela, apenas levantando poeira, galhos secos e milhares de folhas na direção dela com suas asas, fazendo-a fechar os olhos com força. O vento criado pelas asas do dragão era tão intenso que Alyss teve de forçar os pés no chão e segurar Schrödinger com mais força para que e não acabasse caindo. Assim que ele pousou e o vento cessou, Alyss abriu os olhos e se deparou com um par de olhos cor de jade a encarando de cima, extremamente familiar. Era um animal realmente grande, ainda mais do que ela, tanto em altura quanto em largura.

Seu corpo era laranja, e em sua cabeça, um par de orelhas longas, ou chifres, ela não tinha certeza, ocupava um pequeno espaço no topo da cabeça, voltado para trás. O formato de sua mandíbula, na ponta superior, tinha uma pequena ponta, quase imperceptível. O que não passava despercebido eram as pontas dos dentes que podiam ser vistas saindo de sua mandíbula superior, grossas como o punho fechado de uma criança. A partir da cabeça, um pescoço longo se juntava com o corpo, onde a barriga era na cor creme, e essa cor descia até a parte inferior da cauda, quase exatamente na metade da cauda. Esta era longa, mas a ponta não podia ser vista, já que estava coberta com uma chama grande, que se movimentava para os lados, mas não queimava realmente.

Tinha patas e braços longos, com garras realmente grandes, ainda maiores que as pontas de seus dentes. Logo abaixo de seus ombros, as asas começavam, como um segundo par de braços. E se olhasse bem, Alyss podia dizer que era um braço excessivamente longo com dedos excessivamente longos. Por entre eles, o que parecia ser o que parecia ser um tecido cor de musgo os juntava, mas parecia ser perfeito, sem nenhuma ruga ou falha. Na parte exterior, uma camada de escamas protegia as asas, tornando difícil de atacar o tecido que juntava os dedos.

O Charizard rosnou levemente para Alyss. A menina ofegou, fazendo uma grande quantidade de vapor branco sair de sua boca. O medo se apossou dela. Aquele Pokémon lhe era familiar, principalmente pelos olhos cor de jade, mas se não fosse o mesmo Charmander que havia sido o Pokémon inicial de Lawliet, então, Alyss não estava numa situação nada boa. É claro que podia simplesmente usar Maiko e depois de derrotá-lo, poderia fugir e deixar o Pokémon ali, mas algo a deteve.

E se aquele fosse mesmo o Pokémon de Lawliet? Então ela não teria que continuar procurando, pois ele o levaria até ela, e tudo ficaria bem. Menos uma coisa para se preocupar.

Os dois se encararam por um momento. Alyss olhava fixamente nos olhos verdes do dragão laranja, e este a olhava de volta. E Schrödinger olhava fixamente para a chama na cauda do Charizard, parecendo sério. Todos pareciam assustados demais para se mover ou dizer algo, com exceção do Charizard.

– Jasper...? – Murmurou Alyss, depois de pegar fôlego para falar. – É você mesmo?

– Hey, Alysse! – Cumprimentou o Charizard, dando um sorriso. – Finalmente te encontramos.

– Alysse? – Perguntou outra voz, parecendo surpresa. A voz vinha de trás do grande Pokémon, provavelmente mais a direita dele, mas seu corpo enorme cobria a visão de Alyss. – É você mesma?

Era a mesma voz, a mesma voz irreconhecível de sua amiga. Mesmo depois de tanto tempo, não havia mudado nada.

– Lawliette! – Chamou ela, abrindo um enorme sorriso. De repente, todo o medo que sentira antes se fora, como se nunca tivesse existido. – Estou aqui!

– Desculpe Alyss, mas não temos tempo para isso. – Disse Jasper, parecendo sério, o que não era típico dele. Se bem o conhecia, o Pokémon já deveria tê-la abraçado.

Depois que disse aquilo, o dragão saiu de seu campo de visão e permitiu que ela olhasse para Lawliet. Quase instantaneamente, o sorriso dela se desfez. Lawliet estava sendo pressionada fortemente contra uma arvore grossa pelos braços de um garoto, que a prendia do melhor jeito que pôde, pressionando seus braços contra a casca da arvore. O garoto era alto, e parecia ter a idade dela, e tinha cabelos castanho claro, quase loiro. Outro estava bem mais longe dele, com uma Pokeball na mão e uma expressão meio preocupada. Este tinha cabelos negros, e com os raios de sol batendo nos fios, dava a impressão de ser azul tão escuro que normalmente, todos enxergariam preto. Como o primeiro menino, tinha a mesma idade que as duas, e era um pouco alto. Ambos vestiam preto, e um R vermelho estava em seu peito, indicando que eram agentes Rockets.

Já Lawliet não havia mudado nada. Tinha os mesmos cabelos negros, meio lisos, um palmo abaixo dos ombros, e o mesmo rosto pálido de sempre, mesmo que viajasse constantemente no sol. Ainda tinha o mesmo estilo rockeiro, desta vez usava uma blusa de uma banda que havia falado, mas Alyss não se dera ao trabalho de conhecer. Usava calças jeans e tênis também pretos, mas como sempre, não estava usando maquiagem alguma, já que não gostava, mas isso não diminuía seu estilo. A púnica coisa que parecia ter mudado nela era o lado esquerdo de seu rosto, onde uma cicatriz se formava abaixo do olho e descia numa pequena curva até o queixo, formando um S.

– Alyss! – Gritou Lawliet, tentando se livrar do garoto que a prendia. – Fuja! Eles são muito fortes.

– Cala a boca, vadia. – Gritou o garoto, e deu um tapa no rosto de Lawliet, fazendo um som alto.

Primeiro, a menina olhou para ele, parecendo surpresa, depois, sua expressão ficou totalmente diferente, como se tivesse colocado uma máscara que não permitisse ninguém de ler suas expressões. A garota rapidamente levantou a perna e com toda a sua força, chutou o garoto no meio de suas pernas. Imediatamente, ele a soltou e começou a gritar, se contorcendo. Logo depois, Lawliet disse:

– Jasper, assim que tiver uma chance, fuja com a Alyss.

– Sim, mestra. – Respondeu Jasper, mas logo depois corrigiu a si mesmo: – Quer dizer, Lawliet.

Ela ergueu uma sobrancelha, aborrecida, e depois correu para dentro da floresta.

– Dani! – Gritou o garoto de cabelos negros, encarando Alyss fixamente. – Vai atrás dela. Eu cuido dessa aqui.

Ao ouvir aquilo, Alyss estremeceu.

O menino gemeu mais uma vez, e se endireitou, empertigando-se. Sua expressão parecia ser de completa fúria, mas ele não hesitou mais me correu atrás dela, tão rápido que ela mal conseguiu vê-lo quando entrou na floresta.

Alyss foi a próxima. Nem ao menos parou para pensar, simplesmente saiu em disparada na direção que Lawliet e o garoto que seria Dani entraram, tão rápida quanto ele. Atrás dela, Jasper gritou alto, mas Alyss não deu ouvidos. Simplesmente foi atrás do garoto, correndo com todas as forças que julgava não ter, e correndo ainda mais rápido quanto na noite anterior, onde salvara o grupo de treinadores. A sua frente podia ver o agente Rocket seguindo Lawliet, um pouco mais a frente. Seus cabelos negros ondulavam para trás com o vento criado por sua própria corrida.

– Você ficou maluca? – gritou Schrödinger, agarrando a blusa da treinadora fortemente, mesmo com as patas machucadas.

A garota de cabelos azuis o ignorou. Não soube o que Lawliet pretendia, mas não deixaria que aquele agente Rocket fosse atrás dela. Segurou o Purrloin assustado com mais força para não deixá-lo cair, e enquanto corria, tirou uma Pokeball de seu cinto com uma das mãos, enquanto segurava Schrödinger com a outra, e liberou o Pokémon que estava dentro dela.

Assim que Oktavia percebeu o que estava acontecendo, começou a correr junto com Alyss, apressando seu passo para acompanhar o de sua treinadora.

– Alyss, o que está acontecendo? – Perguntou a Delphox, olhando para a treinadora.

– Eu encontrei Lawliet. – Respondeu ela. Oktavia ergueu as sobrancelhas, parecendo levemente surpresa.

Assim que disse aquilo, um rugido vindo de Jasper foi ouvido, e a Delphox olhou para trás, a tempo de ver as asas de Jasper cortando a copa das árvores e lutar para se erguer no céu. Assim que estava no alto, continuou subindo, enquanto seguia para frente, na direção que Lawliet, Alyss e o agente Rocket tinham seguido.

– Estão nos seguindo. - Anunciou a Delphox. – Outro agente Rocket.

– Pare os dois.

Em resposta, a estrela na ponta do chapéu negro de Oktavia começou a brilhar, e o garoto de cabelos negros parou de correr no meio do caminho, e foi envolto por um brilho verde água, da mesma cor que as chamas e a esfera do cajado da Pokémon raposa. Dani também foi envolto pelo mesmo brilho, parando no ar no meio do caminho, fazendo suas pernas pararem, assim como o seu companheiro. As duas passaram Dani, e então, a garota de cabelos azuis chamou por Lawliet. A menina olhou para trás, surpresa. Assim que viu os Rockets flutuando no ar pelos poderes de Oktavia, freou a corrida, perdendo o equilíbrio por um momento, mas reagiu rápido e se endireitou a tempo.

Depois disso, os olhos de Oktavia brilharam, enquanto ela olhava fixamente para os dois Rockets, e então eles fecharam os olhos, caindo no sono. A Pokémon ergueu o braço na direção deles, e os fez pousar de leve no chão, encostados numa arvore. O que seria Dani acabou deixando que sua cabeça caísse no ombro do outro garoto, mas este não protestou. Ambos estavam num sono profundo.

– Lawliet! – Chamou Alyss mais uma vez.

A garota parou logo em seguida, ofegando. Acima dela, pôde ouvir o constante bater de asas de Jasper, como se ele tivesse visto o que havia acontecido e estivesse ali apenas vigiando-os. Se Jasper pousasse ali, iria causar tanto estrago quanto deveria ter feito quando se ergueu no ar, e isso não seria nada bom para as meninas e o Purrloin.

– Alyss, que bom que eu te encontrei! – Disse Lawliet, se aproximando da garota de cabelos azuis. Ela não parecia tão cansada quanto a amiga. – Você é bem difícil de se encontrar, sabia?

– Ah... – Ela hesitou, olhando para a garota enquanto pegava fôlego. – Você está bem?

– Sim... Foi só um imprevisto, nada de mais.

– Nada de mais? – Alyss arregalou os olhos. - O que aconteceu?

– Depois explico... Agora, quem é esse aqui? - Ela apontou para Schrödinger.

O gatinho roxo estava com a cabeça pressionada em Alyss, e ele tremia, assustado. A garota de cabelos azuis o arrumou em seu colo, e o acariciou.

– Esse é o Schrödinger. Eu o encontrei numa caixa.

– Então o gato estava vivo. – Lawliet sorriu. – Vamos procurar um lugar melhor pra conversar. Não quero esses dois me seguindo de novo.

Alyss assentiu, e Lawliet começou a andar, guiando a amiga e Oktavia. As batidas de asas de Jasper o seguiram, e a menina continuou andando, dispensando as clareiras que achava, por maiores que fossem. Numa dessas, acabou retornando Jasper, prometendo que o liberaria mais tarde. Finalmente, depois que a noite caiu e estavam há uma boa distância dos agentes Rockets adormecidos, encontraram uma clareira que satisfez a menina, e aí sim, ela parou.

Lawliet arrumou uma fogueira e Oktavia a acendeu, do mesmo modo que fizera com Alyss na noite anterior. Lawliet agradeceu, e começou a preparar o jantar. Alyss se sentou no chão com Oktavia, deixando seu cajado em seu colo. Lawliet sorriu para a Delphox, mas ela não retribuiu. Alyss deixou Schrödinger em seu colo, e acariciou o gatinho, e este logo começou a ronronar.

– Então, Lawliet, o que aconteceu? – Perguntou Alyss, curiosa.

– Eu estava te procurando no Centro Pokémon de Jubiife que eu pedi para me esperar. Eu tinha saído antes para fazer umas compras na cidade, e aí começou a bagunça da Equipe Rocket, então eu voltei. Quando cheguei, o CP estava... Destruído. Não inteiro, mas só o primeiro e o segundo andar. – Ela hesitou por um momento, despejando água de uma garrafa na panela. – Depois disso, enquanto eu estava saindo para olhar a Rota 204, esses dois Rockets me encontraram, e acabaram me seguindo. Achei que fossem ser fracos, mas eles tinham um Metagross, o que dificultou um pouco as coisas... E antes que eu pudesse ver, um deles tinha me prendido... Então você apareceu.

– Um Metagross? – Alyss arregalou os olhos. – Meu deus, a Equipe Rocket não é mais a mesma.

Lawliet assentiu.

– Ah, aliás, obrigada por me salvarem.

Alyss deu de ombros, e se calou por um momento. Estava sentada perto do fogo, mas mesmo assim, o vapor branco de sua respiração continuou aparecendo, mas sumia rapidamente, devido ao calor no ar em volta da fogueira. Porque a Equipe Rocket teria invadido Jubilife? O que teria lá que seria do interesse deles? E porque haviam seguido sua amiga? Não era uma coisa que normalmente fariam, não há algum tempo atrás, antes da morte que provocaram. Parecia que depois daquilo, estavam... Mudados, de algum modo.

De qualquer forma, ela estava feliz por ver sua amiga novamente, depois de tanto tempo separadas. Enquanto Lawliet, decidira ir para Unova e depois para Sinnoh, Alyss preferiu ficar por mais um tempo, pois ainda havia algumas coisas que gostaria de fazer em Kalos. Mas, depois de quase dois anos sem noticias de sua amiga, Alyss recebera uma carta, pedindo para que Alyss fosse encontrá-la urgente, o mais rápido que pudesse. Como que se quisesse fazer mistério, a garota apenas havia escrito que ela iria gostar de saber. Não entendeu o que poderia ser tão importante assim, mas depois de uma segunda carta dizendo por que a queria lá, a menina finalmente resolveu pegar um navio para Sinnoh, e então, aqui estava ela, esperando que Lawliet fosse contar mais detalhes do que quer que fosse que havia descoberto.

Mesmo que ela estivesse enrolando, Alyss se sentia feliz por vê-la novamente. Fazia tanto tempo que estivera sem noticias de sua amiga, e ela havia perdido tanta coisa... Nem ao menos sabia por onde começar. Imaginou o que a garota poderia estar fazendo enquanto estava fora, o que havia visto, e que lugares havia visitado nesse novo continente. Havia bastante coisa que ela tinha que lhe falar, também, ou pelo menos era isso que esperava.

– Então... – Disse Lawliet, deixando o macarrão na panela. Pelo menos não era um miojo. – Eu tenho que te contar o que eu descobri.

– É. Foi um motivo bem grande pra poder me tirar de Kalos.

– Você nem imagina. - Murmurou a garota, olhando para um ponto qualquer. – Enfim... Como eu te disse na carta, eu meio que encontrei mais pessoas... Como nós.

– E onde elas estão?

– Se eu não me engano, devem estar a caminho de Floaroma. Mas eu descobri que há mais gente que entende os Pokémons, então não somos mais as únicas.

Alyss piscou, e deixou que ela continuasse falando. Aquilo ainda a deixava um pouco desconcertada. Por toda a sua vida, ela e Lawliet eram as únicas pessoas que entendiam os Pokémons. Não importava quantas pessoas pudesse conhecer ou em quantas contasse, além de não acreditarem, não havia mais ninguém no mundo. Mesmo que os Pokémons e sua amiga entendessem, já que estava passando pelo mesmo que ela, Alyss se sentia um pouco sozinha. Era frustrante ser a única pessoa que pudesse entender a fala dos Pokémons, ser diferente das outras.

Quando recebera a carta de Lawliet dizendo aquilo, havia desconcertado-a de uma maneira impactante. Então, ela não era mais a única. Provavelmente não fariam as mesmas coisas que ela podia fazer, mas, ainda assim, aquilo a deixava animada para conhecê-los. Achou que se encontrasse Lawliet, encontraria também as pessoas que tinham a mesma habilidade que ela.

– No começo eu achei que seria só uma pessoa... – A garota hesitou, olhando para as chamas verde água. - Há alguns dias atrás, descobri que era mais de um, totalmente por acaso. Além de nós duas, tem mais quatro pessoas podem entender os Pokémons.

– O que? – Perguntou Alyss surpresa. Ela não estava esperando por isso. Até mesmo Oktavia parecia levemente surpresa.

– Tem mais coisa... – Continuou Lawliet. – Eles são como nós. Essas pessoas... Fazem mais do que só entender a fala dos Pokémons...

Alyss estremeceu. Se aquilo fosse verdade, então só significava uma coisa: Elas não eram as únicas com poderes.


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Notas finais do capítulo

Er... Espero que eu não tenha descrevido nada de mais... Nem sei se essa palavra existe, masok qq Eu gostei de escrever esse capítulo... Mas cada vez mais começamos a chegar num ponto que está se tornando cada vez mais difícil de escrever, então eu não tenho certeza de nada... Ainda estou planejando junto com a Alysse MUITA coisa pra fiqué, o que inclui a ultima frase... Eu deixei vocês curiosos? qq
Ah sim, se quiserem ver o design mais detalhados das Pokémons da Alyss e a aparência dela, podem achar aqui: http://eeveearceus.deviantart.com
E, pra quem quiser ver o resto dos personagens, designs e bláblá, quando eu puder, estarei postando aqui: http://pikachueve.deviantart.com



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