O Diário De Tom Kaulitz escrita por Joy


Capítulo 20
Capítulo 20- Onde tudo começa.


Notas iniciais do capítulo

Olá Elas *.*
Respondendo a pergunta da Demi: Sim, o nome-apelido de vocês ainda é ELAS.
5 capítulos pra acabar... Contando os agradecimentos!
Não. DTK não terá continuação. Quem me conhece sabe que minhas outras duas fis (Say e Sexy) estão paradas a algum tempo e eu preciso termina-lás. Portanto estou pronta para me despedir das garotas que ficaram por aqui,e para as garotas que me acompanham desde o ano passado, vocês não vão se livrar de mim tão cedo maninhas!
Obrigada a Magui que me mandou rewiens em todos os capítulos que ela não havia lido! E sejam bem vindas novamente as garotas que antes haviam abandonado a fic e voltaram a leitura no cap passado.
Nesse capítulo a Paula( A minha Ela Master) fez uma participação, ela escreveu ao meu pedido a parte da Ela, que está em itálico no final do cap.
Boa leitura!



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Querido diário,

Três dias depois, eu fui passar a tarde na casa do Gabe já que minhas tias resolveram ir lá em casa. Sim, eu fujo da minha família. Não é que eu não goste delas. Eu gosto. Pra caramba. Mas é que logo depois de elas saberem que a antiga Devilish conseguiu um contrato com a Universal Music, elas ficam enchendo o saco, querendo me apertar e me dar parabéns. É isso mesmo que você leu ( eu sei que você não lê diário, mas estou tentando manter minha sanidade) companheiro, Devilish agora é Tokio hotel. Agora eu explico o porquê desse nome... É que quando estávamos gravando o demo e fazendo alguns shows (no tempo que passei afastado), passávamos a maior parte em hotéis, e Tokio porque se algum dia alcançarmos a fama, gostaríamos de tocar em Tokio, é meio que um sonho nosso...

Eu: “Por que você amarrou ela?”

Gabe: “Ela fugiu ontem, minha mãe acha que ela 'tá querendo arranjar namorado.”

Eu: “Ah, deixa a coitada.”

Gabe: “Não, depois alguém rouba ela ou ela se perde por aí. Deu trabalho pra achar ela. Ela 'tava passeando pela avenida atrás daquele cachorro que fica perto do terminal.”

Eu ri.

Eu: “Ichi, aquele cachorro é todo sujo, mal gosto o dela.”

A cachorra, o segundo (ou talvez até o primeiro, eu desconfio) amor da vida do Gabe, latiu, como se soubesse que eu estava falando dela.

Gabe: “Ah, lembrei de uma coisa, mas nem vou falar nada...”

Eu: “Fala logo!”

Gabe: “Não, do jeito que você 'tá todo sentimental é capaz de chorar.”

Eu: “Quando você me viu chorar?”

Ele parou, parecendo pensar, coçando o queixo (que ele achava ter barba).

Gabe: “Acho que nunca. Espera, teve aquela vez que você quase quebrou o braço.”

Eu: “Eu tinha oito anos.”

Gabe: “E daí? Parecia que você 'tava morrendo do jeito que você gritava.”

Eu: “Eu desloquei o osso do meu braço, o que você queria, burro? Que eu começasse a rir?”

Gabe: “Ah, sei lá, mas foi muito escândalo.”

Eu chutei o pé dele.

Eu: “Se não vai falar, inventa outra.”

Gabe: “'Tá, eu vou. É a sua Lover girl.”

Eu: “Que?”

Gabe: “A sua garota do amor.”

Eu: “Eu sei, mané, presto atenção nas aulas de inglês. Mas o que que tem ela?”

Gabe: “Uma pessoa falou pra outra, que falou pra a outra, que falou pra mim, que ela 'tá doente.”

Eu: “Repete.”

Gabe: “Uma pessoa falou-''

Eu: “Não! A última parte, doido!

Gabe: “Ela 'tá doente.”

Eu: “De quê?”

Gabe: “Não me falaram.”

Eu: “Caramba, Gabe, você não presta pra nada, nem pra trazer a informação completa.”

Gabe: “Hãã, eu trouxe, mas só me contaram isso.”

Eu: “Quem foi que te contou? Ah, já sei, o xodó do Bill( eles acabaram virando melhores amigos nesses 5 meses, você acredita? Eu não...) Mas quem contou pra ela?”

Ele revirou os olhos, fazendo uma careta e só disse:

Afe.

Eu: “Aah, tinha esquecido. Ela é vizinha da Paula. Ei, espera, ela me viu naquele dia então...”

Gabe: “Dá pra terminar o que fala, ou 'tá difícil?”

Eu: “Foi ela que contou que eu 'tava com o caderno pra todo mundo e inventou aquelas coisas.”

Gabe: “Pode ser.”

Eu: “Faz sentido.

Gabe: “É.

Eu: “Hum.”

Gabe: “ E a Lover girl, o que você vai fazer?”

Eu: “Eu?”

Gabe: “Não, a minha cachorra.”

Eu: “Idiota! Eu vou... Nada.”

Gabe: “Nada?”

Eu: “Nada, o quer que você quer que eu faça?”

Gabe: “Manda uma caixa de bombons pra ela, balões, e um cartão desejando melhoras.”

Eu: “'Tá zoando, né?”

Gabe: “Não... Ah, talvez. Mas, sério que não vai fazer nada?”

Eu: “Sério. Ela disse pra mim deixá-la. Então...”

Gabe: “Ah, tinha esquecido que agora você obedece a ordens de menininhas.”

Eu: “Cala a boca, sei o que você 'tá tentando, e não vai funcionar. Cansei, Gabe. Cansei mesmo. Chega disso. E o que deu em você pra querer que eu vá atrás dela agora?”

Gabe: “Você 'tá mal, Tom.”

Eu: “Não estou.”

Gabe: “Está sim. Não em depressão, mas quase. Não é mais o mesmo.”

Eu: “E?”

Gabe: “Acredite, eu não sei por que, mas se você 'tá mal, eu também fico. E olha que não sou o Bill.”

Eu: “Aah, agora sim, eu vou chorar. Que romântico!”

Gabe: “Sai pra lá, seu gay!”

Eu ri.

Gabe: “Quem 'tá na sua casa?”

Eu: “Minhas tias.”

Gabe: “Tem certeza?”

Eu: “Uhum, do jeito que elas e a minha mãe falam, vão ficar lá até amanhã. Até o Bill fugiu pra casa da Mari.”

Gabe: “Humm...”

Eu: “Por quê?”

Gabe: “Nada, eu vou ter que sair.”

Eu: “Pra onde?

Gabe: “Lembrei que tenho que comprar umas coisas pra minha mãe. Fica aqui com a Lila, e não deixa ela fugir.”

Depois que ele saiu, eu me lembro de ter acenado para a cachorra e ela ter virado a cabeça para o outro lado (nunca gostou muito de mim por eu tirar a atenção do Gabe dela, acho, ela é assim com todo mundo, principalmente com a namorada dele).

Eu: “Droga, Lila, nem você me quer?”

Ela latiu em resposta.

Não sei quanto tempo passou, mas de repente eu vi a porta se abrir. E não era o Gabe.

Ela: “Hã, oi.”

Eu permaneci em silencio, perplexo, e a única coisa que eu consegui dizer foi:

Eu: “Você não 'tava doente?”

Ela acenou.

Eu: “O que faz aqui?”

Ela: “Me disseram... Eu-preciso conversar com você e... Bom...”

Eu: “O Gabe?”

Ela: “É.”

Me lembre de matá-lo depois. Já que ainda não fiz isso.

Ela: “Eu trouxe isso.”

Ela mostrou o caderno, cheio de adesivos e flores. O caderno que foi onde tudo começou.

Eu: “Pra quê?”

Ela: “Pra te mostrar.”

“Por que?” eu perguntei, e como eu andava muito mal humorado naqueles dias e muito mais chato que o normal, eu disse: “Achei que você tivesse dito que eu já li. Aliás, acho que você deve pensar que eu já até decorei.”

Ela abaixou a cabeça, olhando para o chão.

Ela: “Desculpe.”

Ela tinha me deixado sozinho naquela noite, e eu senti como se tivesse sido abandonado em um outro planeta, longe de qualquer coisa que me fizesse voltar para a Terra; quebrou o meu coração em migalhas, engoliu e depois colocou de volta no meu peito, como se nada tivesse acontecido; e a cada vez que eu a via, eu sentia como se o céu estivesse desabando, e quando não a via, eu achava que o céu já tinha desabado.

E então ela vinha aqui me pedir desculpas?

Hum, nossa, isso vai compensar muito.

Não queria olhar para ela. Estava muito revoltado naquele momento e sentia que iria explodir se o fizesse. Também não queria brigar com ela. No que isso ajudaria?

Eu só queria que ela me deixasse. Ou que ficasse e nunca mais fosse embora.

Eu ouvi a porta se abrindo e fechando. E então a cachorra do Gabe latindo sem parar.

Quando me recuperei o suficiente para voltar ao normal, vi um caderno em cima da mesa.

E como eu sou muito curioso, não me aguentei, peguei e fui ler. A parte escrita em seguir foi o que eu precisei ler para entender em qual burrada eu tinha me metido.

Querido diário,

Eu entrei na sala e tentei ignorar todos os comentários que ninguém parecia querer esconder, sobre, obviamente, mim. Ele nem se quer levanta o olhar para mim. Fico pensando... Será que talvez, não seja melhor assim? Quem sou eu perto dele?

Mesmo assim, a dor que se instalou junto com o amor continua crescendo, e é como se a qualquer momento fosse fazer meu coração explodir. Confesso, escrevo isso com lágrimas ameaçando a cair. Não posso nem se quer dizer isso para alguém, já que nem amigos eu tenho.

Sabe quando você está com uma forte dor de cabeça? Daquele tipo que fica latejando nas suas têmporas? Imagine-a no seu peito e mil vezes maior. Meu Deus, eu estou dizendo isso para um papel! Não consegui me acostumar ainda... Mas continuando...

Essa tarde eu presenciei mais uma vez a briga da minha mãe com meu pai, eles parecem não se importar comigo, talvez já tenham se acostumado a minha presença durante as brigas. Subi para o quarto e fiz como sempre, coloquei o CD MIX que eu gravei no computador, anos atrás. Acredita que dava para escutar os gritos daqui de cima?

Para completar, ele não saiu da minha cabeça. Seus olhos. Seu cabelo. Seu sorriso. Seu rosto. Outro dia, eu me arrumei para a escola e enfiei um livro na bolsa, tudo ocorreu como sempre. As mesmas pessoas, os mesmos comentários e as mesmas aulas, mas na hora do intervalo eu fui ler o meu livro quando senti um olhar sobre.

Era ele. Não é possível, eu devo estar imaginando coisas. Mas eu poderia jurar que ele estava olhando diretamente para mim.

Ainda acho isso impossível, mas... Tenho que ir. Minha mãe está louca me chamando para jantar.

Tchau diário.

Aqui é aonde tudo começa. E como em um conto de fadas moderno, eu estou terminando de escrever em você, e assim que fizer isso, vou pegar o diário dela, colocá-lo debaixo do braço, e correr igual a um louco em uma maratona até sua casa. Preciso ir conversar com o amor da minha vida agora. Tchau mano!


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Notas finais do capítulo

Parabéns a KaulitzT que acertou as duas perguntas principais: Que era a Ela? e Quem espalhou a fofoca sobre o Tom amar a Ela? Parabéns flor!*-*
Até o próximo babies!