O Diário De Tom Kaulitz escrita por Joy


Capítulo 19
Capítulo 19- Onde tudo termina.


Notas iniciais do capítulo

Olá Elas!
Obrigada a NandyRocks e a du que me deram as minhas duas recomendações, o que me fez fechar as 10 que eu tanto sonhei.Mas quem quiser me dar mais, eu aceito!
Ainda não vou dizer quem acertou tudo! Aqui vocês vão saber quem é a ELA, e a fic vai passar a acontecer 5 meses depois...
Seja bem vinda Camila Beatriz!
E sejam bem vindas novamente Andy, KaulitzT, Humanoid Planets e Magui!
Boa leitura!



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5 MESES DEPOIS

Querido diário,

É irônico que eu venha terminar isso só agora. Cinco meses depois, em Junho. Enrolei, enrolei e até mesmo me esqueci um pouco de como era isso, mas acho que não tinha como prolongar mais, uma hora eu teria que vir aqui contar o que aconteceu nesses últimos meses.

Acabei de reler tudo o que tinha escrito e agora é como se eu estivesse voltando para aquela época. Sentindo tudo de novo.

Eu não escrevi o que aconteceu naquele noite do acampamento. Nem tanto por covardia e sim, mais pela preguiça mesmo.  Eu ando cheio de tarefas do começo do ano para cá. Tenho que mudar de escola depois de nove anos estudando na mesma, e isso é meio que um tapa na cara, sabe? É como um aviso real de que o tempo passou e eu cresci. Mas não digo crescer só no físico, isso também conta com o lado emocional e psicológico.

Hoje sei de coisas que nunca desconfiaria existir, descobri coisas que nunca pensei ser capaz de sentir. Amei como se nunca tivesse amado de verdade.

Bom, chega de enrolar.

Mas é melhor eu começar a contar isso pelo começo, ou melhor, onde eu tinha parado.

O problema é que eu não me lembro das falas exatas, não lembro muito bem da ordem das coisas, tudo que restou foi o impacto daquilo, as emoções que borbulhavam por todo o lado, o silêncio desnorteador de tudo ao meu redor e o eco da minha própria idiotice me atormentando durante semanas.

Acho que parei na parte que disse a ela que não tinha a trazido ali para levá-la para a fogueira. E depois disso tudo aconteceu mais ou menos assim. Ênfase no mais ou menos.

Ela: Está me levando para onde então?”

Eu: “Bom... Lugar nenhum, na verdade. Relaxa, eu não sou nenhum maluco querendo te fazer mal. É que eu preciso te contar umas coisas que... Bem, eu achei que aqui fosse um bom lugar.”

Ela: “O que quer me contar?”

As palavras simplesmente fugiram e tudo que eu disse foi:

“Você é incrível, Paula.”

Ela não disse nada a respeito por um momento, como se estivesse esperando que eu dissesse mais alguma coisa:

Ela: “Está brincando comigo?”

Eu: “Não, é sério! Você... Droga, eu gosto de você. Gosto mesmo, sabe? Eu-”

Ela: “Para!”

Eu: “Parar com o quê?”

Ela: “Com isso tudo. Olha, eu não preciso disso. Procure outra pessoa para fazer isso, comigo não funciona.”

Eu: “Do que você 'tá falando?”

Ela: “Você leu o caderno!”

Eu: “Quê?”

Ela: “Você leu! É claro que leu... Certo, você me acha uma boba, mas não precisa fazer esse tipo de coisa.”

Eu: “Que coisa?”

Ela: “Isso! Olha, tá bom, eu sei, aquelas coisas que eu escrevi sobre você... Bom, eu... Não pude evitar, era um passatempo pra mim, mas eu parei com isso. Pode contar para quem quiser, eu não ligo mais. Só não fique me dizendo essas coisas. Eu posso ser... Estranha, mas não sou boba.”

Eu: “Não li caderno nenhum, eu disse a verdade. Eu achei ele debaixo da sua mesa e resolvi devolver. Bom, na verdade eu só fiz aquilo porque eu queria... Ver você.”

Ela: “Para com isso, eu já disse!”

Eu: “Com o que? Eu não 'tô entendendo nada do que você está falando, garota, eu vim aqui te contar que eu-”

Ela: “Por favor. Chega.”

Eu: “Paula!”

Ela: “Eu vou embora.”

Eu: “Não, antes você vai ter que me explicar porque está assim comigo.”

Ela: “Para, eu já disse e você sabe.”

Eu: “E eu já disse que não li!”

Ela: “Por favor...”

Nessa hora eu esqueci toda a minha raiva e indignação. Parei, estático a encarando.

Ela: “Me deixa.”

E assim ela foi embora.

A gente voltou para casa no dia seguinte. O tempo estava horrível com o céu quase desabando de tanta chuva. A professora pensou em ficarmos no Timbalaia até o tempo melhorar, o que provavelmente seria só no dia seguinte, mas não foi possível já que tinha que cumprir horários.

A viagem foi uma tortura. E olha que não havia ninguém cantando ou celulares explodindo com algum som. Só o barulho da chuva e uma paisagem que nunca mudava na janela. Verde e verde.

Não pense que eu fiquei na fossa durante todos os meus dias das férias. Mentira, eu fiquei sim. Mas não era como se eu estivesse morrendo ou algo do tipo. Não sou o tipo de pessoa que quase se afoga nas lágrimas ou parece um zumbi para o resto do mundo. Continuei sendo eu mesmo. Talvez um pouco mais chato e mal humorado e pegando bastantes garotas, mas era difícil notar a diferença já que eu sempre fui assim.

Eu tive o meu coração tirado a força e picado em pedacinhos, mas ninguém precisava saber disso.

E eu não estava nem um pouco a fim de falar sobre isso também, então foi por isso que não registrei nada aqui. O Bill tentou me ajudar, acho, do seu jeito. Na opinião dele, eu deveria partir para outra.

Mas eu não queria me envolver com mais ninguém. Acho que por isso a maioria das garotas acha que nenhum homem presta. Claro. Você entrega seu coração para uma delas e é chutado sem nem entender o motivo. Quem é que vai se arriscar a fazer isso de novo? Só masoquistas.

E eu não sou um.

Evitei passar perto da rua dela, aliás raramente saía da casa. As férias passaram comigo e o Bill se dedicando cada vez mais a banda, escrevendo novas letras, compondo novas melodias. Junto com Georg e Gustav. Gravamos até um Demo, caso alguém se interesasse, e também ganhamos um produtor, agora só falta a gravadora.

Devo ter visto Paula só uma vez. Minha mãe tinha me mandado ir comprar detergente no supermercado e enquanto eu me perdia em confusão me perguntando qual deveria levar (fala sério, para que detergente tem sabor sendo que serve só para lavar a louça? O prato não vai ligar se é de coco ou glicerina, vai?), eu a vi no outro corredor. Não quis ficar ali a olhando, como eu, com certeza, faria meses atrás. Peguei qualquer detergente, passei no caixa e fui embora. Sem olhar para trás.

Situação triste, eu sei.

Nós vamos tocar hoje em um clube bem famoso daqui da cidade! E nossa, eu estou tão animado por isso. Tomara que tenha várias meninas gostosas por lá, afinal, você acha mesmo que eu não vou pegar ninguém?

Boa sorte para mim! Tchau.


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Notas finais do capítulo

Paula, fiz algumas mudanças logo depois que te mandei essa capítulo, espero que aceite minha proposta flor. Ah e tenho outra pra te fazer! MAS SOBRE ISSO CONVERSAREMOS DEPOIS. E DEPOIS CONVERSAREI COM VOCÊS ELAS, SOBRE A POSSIBILIDADE DE DTK TER CONTINUAÇÃO!
Bjs
Joy