O Diário De Tom Kaulitz escrita por Joy


Capítulo 15
Capítulo 15- Ela e eu: uma aproximação mágica.


Notas iniciais do capítulo

Oi fofas!
Muito obrigada pelos rewiens garotas...
*KaulitzT fico muito feliz que tenha voltado! E não se preocupe vou voltar a psicose em breve :D Ah e a conversa sobre uma segunda temporada de DTK será feita em breve...
*PaulaPip não, eu não conheço essa música, ou então só não estou lembrando...
Boa leitura!



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Querido diário,

Agora na rádio está tocando wonderwall do Oasis...

Because, maybe, you're gonna be the one that saves me. And after all, you're my wonderwall...”

Maluco, não? Eu passei uma viagem inteira de ônibus ouvindo palavras jogadas numa batida qualquer que algumas pessoas chamam de música, e então, exatamente ás 21:19, eis que surge Oasis tocando no fundo de toda essa algazarra.

Tudo bem que daqui a pouco vão colocar uma música eletrônica qualquer e que ninguém, além de mim, está realmente ouvindo a música, mas ainda assim é como se isso fosse... Mágico, sabe?

Porque depois de hoje, eu acho que posso acreditar em magia.

Não aquela magia que diz que fadas e criaturas fantasiosas existem, e sim, na mágica real; a mágica que acontece todos os dias em coisas simples e a gente não vê. A mágica da vida.

E isso é tão gay que eu não acredito que realmente estou escrevendo isso. Mas é tudoverdade...

Bom, ignore o meu papo filosófico, se não tiver entendido o que eu quero dizer. O fato é que depois de hoje eu acho que nunca mais serei o mesmo.

Entenda o por quê.

Depois que o pessoal voltou da trilha a coisa começou a ficar mais movimentada. Todo mundo parecia morto de cansaço, mas a afobação era tanta que eles pareciam não perceber isso. O Bill que o diga. Ele não parava de falar de umas cavernas e de umas coisas estranhas que eles tiveram de escalar, eu não estava muito interessado, mas tive que admitir que trilha não parecia ser tão ruim quanto eu havia previsto. É claro, se você não se importar em voltar morto no fim do dia. Ou não ser um preguiçoso como eu.

Um pessoal se reuniu para jogar bola, mas a maioria foi para a piscina. Eu fiquei indeciso sobre o que eu iria fazer, mas no fim acabei não fazendo nada. Como sempre faço. Troquei meus tênis por chinelos e fui procurar a cadeira que eu havia sentado mais cedo.

Não tinha muita gente na área de recreação, a maioria do pessoal estava todo espalhado pelo Camping, por isso eu não esperava encontrar alguém conhecido.

Mas eu encontrei.

Tentei não fazer muito barulho enquanto me sentava ao lado dela. Ela estava tão concentrada que parecia que tinha sido transportada para outro mundo bem longe do Timbalaia. Talvez até da Terra.

Não demorou muito para ela me ver ao seu lado. A expressão dela foi primeiro de susto, mas depois ela deu um breve sorriso.

Eu: “O quê que você tanto lê, hein?”

Ela: “Brutalmente, já leu?”

Eu: “Nunca nem ouvi falar.”

Ela riu.

Eu: “É bom?”

Ela: “Uhum, é interessante.”

Eu: “Fala sobre o quê?”

Ela: “Hum, é sobre um garoto que é transformado por uma bruxa em uma besta.”

Eu: “Caramba, é um conto de fadas?”

Ela: “Não!”

Eu: “Parece um.”

Ela: “Não é exatamente. É que eu resumi muito a história.”

Eu: “Não resuma então.”

Ela: “É complicado de explicar.”

Eu: “Eu tenho tempo, veja, eu não tenho nada pra fazer. Aliás eu não fiz nada o dia inteiro.”

Ela: “Por que não foi fazer a trilha?”

Eu: “É que... Eu sou alérgico a natureza, sabe?” Eu ri. “Mentira, é que eu sou preguiçoso mesmo. Foi legal?”

Ela: “Eu não fui.”

Eu: “Por que?”

Ela: “Não sei.”

Eu: “Porque você não me falou? Eu fiquei aqui sozinho o dia inteiro.”

Ela: “Não vi você.”

Eu: “Aaah, é porque eu 'tava no terreno dos fundos pegando uvas.”

Ela: “Nossa, não sabia que tinha uvas aqui.”

Eu: “Tem, e estão no ponto. Depois eu te mostro. Vai me contar sobre o que fala o livro ou não?”

E foi exatamente isso. Enquanto ela me contava sobre o livro eu perdi a noção do tempo. Sério, foi fascinante. Não que eu seja um louco por literatura. Longe disso. Mas foi muito bacana a ver dizendo o que achava do livro.

Brutalmente não é bem um conto de fadas, segundo ela. É tudo contado na linguagem jovem atual, tem coisas bem reais e uma boa dose de sarcasmo. Mas sem perder a magia.

Eu não era muito de ler livros, principalmente contos de fadas, mas admito que fiquei interessado.

Ela: “Ele me lembra você.”

Eu: “Quem?”

Ela: “O personagem. Bem, esqueça, é besteira.”

Eu: “Começou agora termina.”

Ela: “Não, eu juro, é bobo, eu não devia ter te falado isso.”

Eu: “Mas agora vai ter que falar! Ah, vai logo, relaxa. Porque eu pareço com ele?”

Ela: “Bom, você parece ser, você sabe...”

Eu: “Não, não sei.”

Ela: “É que eu te achava meio...”

Eu: “Meio?

Ela: “Convencido.”

Ela não sabia o quanto estava certa...

O cínico: “Eu?”

Ela: “É, mas eu estava enganada.”

Eu: “Achava ou ainda acha?”

Ela: “Não, você é legal.”

Eu: “Todo mundo diz ao contrário.”

Ela: “Duvido.”

Eu: “Sério, eu sou chato. Pra caramba.”

Ela: “Você é... Sei lá, eu não achava que você fosse assim, eu achava que você era...”

Eu: “Esnobe, metido, xarope, pode falar.”

O pior é que eu era parte disso, mesmo que só na brincadeira!

Ela: “Não, não era assim! É só que você não era muito gentil comigo.”

Eu: “Ah, 'tá falando da bolada da Ed. Física? Foi mal por aquilo, eu não queria acertar a sua cabeça, juro.”

Ela riu e negou com a cabeça.

Ela: “Tudo bem, eu estou acostumada com coisas assim.”

Eu fiquei calado olhando para ela. Olhando mesmo, sabe.

Queria um pouco de você pra mim...

Foi o que eu pensei e tratei de parar com isso antes que eu acabasse realmente dizendo aquilo em voz alta.

Eu: “Quer ver a videira?”

Ela: “Ta bom!”

Ela levantou tão rápido que eu achei que ela sairia correndo. Não entendi muito bem o por quê; não sabia se ela se animou com a ideia ou se era porque queria sair dali mesmo.

Passamos o resto da tarde inteira pegando uvas, numa competição boba de quem pegava mais. Eu enchi dois copos descartáveis, mas comi mais da metade de um. Foi divertido. Um daqueles momentos em que você não para de sorrir mesmo sem perceber.

Eu voltei para o chalé, tomei um banho e agora estou aqui terminando de escrever isso. Uma música agitada está tocando agora e o povo não para de dançar. Eu deveria guardar isso e ir me divertir. Mas a minha diversão não tem nada a ver com perder 5 quilos de suor numa dança maluca.

A paisagem daqui é fantástica. Não pense que eu estou falando de todas essas árvores e montanhas ou do céu azul escuro cheio de pontos brilhantes.

Estou falando da garota sentada na cadeira de frente para a minha terminando de ler o seu tal livro.

É diário, ela está sentada comigo, e como ela está terminando. Tchau.



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Notas finais do capítulo

Rewiens e recomendações?
Eu sei que mereço...
6 capítulos para o fim da fic



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