Plus Que Ma Propre Vie escrita por Priih_Cullen, Priscila Stewart


Capítulo 7
Bons Ventos, Doces Momentos...


Notas iniciais do capítulo

Olá...Como estão?! mais um capitulo de PQMPV.
Espero que me deixem saber o que acharam.
Enfim... Alguém ai sabe fazer capa? Se souber me socorreeeee, por favor!
O/s nova + 18 ''Doce Devassa'' http://fanfiction.com.br/historia/328511/One_Shot_Doce_Devassa/ ( Se ler comente, por favor!)
Para uma resposta imediata estou sempre no twitter : @PriihCullen
Enjoy...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/199932/chapter/7

(...) ‘’Naquele instante, eu me senti bem. Inteira. Pude sentir meu coração batendo no peito, o sangue pulsando quente e rápido por minhas veias de novo. Meus pulmões encheram-se do doce aroma que vinha da pele dele. Era como se eu nunca tivesse havido um buraco em meu peito. Eu estava perfeita – não curada, mas como se nunca tivesse havido nenhuma ferida.’’

(New Moon)

A escusa de grande parte dos Cullen ( com exceção apenas de meu sogro – que nos ligou Alegremente dizendo que nós tínhamos o seu apoio incondicional e Bree minha cunhada mais nova que ficou eufórica com a noticia.) e o apoio total dos Swan ( vovó e vovô  Dwyer – pais de Renée – que diga-se de passagem, já queria marcar o próximo voou para conhecer nosso pequeno sopro de vida), tinha-me deixando um pouco vulnerável. Não com relação à adoção, mas quanto nossa família.

Talvez toda aquela feição e carinho que eu nutrira por minha sogra e cunhada estava abalada. Nenhuma justificativa seria plausível para o que elas nos disseram. Se  minha filha não era bem aceita nessa família eu como sua mãe também não os queria mais por perto.  Querer tirar uma criança que é uma benção em uma família que fora rasgada pela dor, é a mesma coisa de dar o dom de enxergar a um cego e depois tira-la novamente.  Cruel.

Violet veio em uma noite escura e chuvosa, mas como um raio de sol junto com  o arco-íris que sempre aparece depois da tempestade para dizer que a beleza até em momentos obscuros.  Que sempre há um fio de centelha para que a chama da vida nunca se desgaste ou na pior das hipóteses se apague. 

Eu tinha esperanças que nossa família se unisse e nos apoiasse incondicionalmente. Porém, Edward e eu já tínhamos nossa decisão formada e não seriam opiniões contrarias que nos faria desistir. Nem que para ficar com a pequenina tivéssemos que enfrentar a suprema corte, nos não desistiríamos dela.  

Pais nunca desistem dos seus filhos. Por que eu desistiria da minha? Por que ela não foi gerada em meu ventre? Ou por que, ela não carregava nossas cargas genéticas? Isso pouco nos importava, havia coisas que falavam mais alto que qualquer ciências ou estudo hereditário possam explicar.  

Nada no mundo supriria o momento único que eu via e ouvia naquele período. O ressonar baixinho dos dois, deitados no sofá – Edward com, Violet em seu peito que se ondulava perfeitamente a respiração calma de seu pai, e o meu marido com sua enorme mão firme e segura protegendo as costinhas frágeis de nossa filha. - Mas nada mais me roubara o sorriso que a mãozinha minúscula envolta a um dedo de, Edward.

Procurei pelos lados algo que de alguma forma pudesse captar aquele momento natural dos dois – em seus respectivos sonos-. Puxei o Smartphone de, Edward  que estava ao lado do abajur e não pude conter o sorriso ao tirar a foto e ver o quanto os dois eram lindos juntos.

Deixei a foto no protetor de tela e envie para o meu celular para também pôr. Eu não conseguia enxergar um pai mais maravilhoso do que o Edward para, Violet.

-Amor, você precisa jantar e depois dormir na cama, Edward. – chamei-o tocando seus ombros delicadamente.

Edward estava levando uma ‘dupla jornada’ incrível, ele trabalhava no hospital até tarde e geralmente quando chegava em casa , Violet não nos permitia dormir, já que ela o fazia pelo dia a noite era o seu melhor momento, o qual ela sempre queria uma companhia e, Edward em um ato de puro companheirismo ficava comigo acordado – mesmo eu dizendo que não precisava- até a hora que, Violet começava a fechar seus olhinhos.  Contudo esse era o mesmo horário que ele teria que ir trabalhar. Eu ainda conseguia dormir, por que sempre acabava cochilando antes da garotinha exigente protestar por mim, seja por fome, fralda limpa ou até mesmo um mimo.  Violet era extremamente manhosa, qualquer coisinha que a incomodasse ela fazia aquele biquinho tremulo roseado que já nos roubava toda atenção, eu achava aquilo absurdamente lindo.

-Hmmm... – gemeu.

-Vamos jantar Edward. – sussurrei.  Não queria que a pequena acordasse, para que pudéssemos descansar só um pouco.

Quais eram mesmo os livros que os bebês dormiam mais do que ficavam acordados?!

Okay...Será que eu era uma péssima mãe por pensar assim?!

Peguei o corpinho delicadamente depositando-a no Moisés em cima do sofá.

Servi o almoço do meu marido, me servindo logo em seguida também, só que de uma porção bem menor – a fome era a ultima coisa que eu sentia- e segui para a sala.

Entreguei-lhe sua comida, lutando com a gargalhada que queria romper de minha garganta. Eu estava fazendo uma força sobrenatural para não acordar a menina e, Edward não se chateasse, mas ele estava muito engraçado.

Os cabelos eram uma bagunça acobreada, os olhos entreabertos e parecia realmente meio desorientado.

 -Obrigado! – sussurrou devorando sua comida.

-De nada!

Foram as únicas palavras ditadas enquanto comíamos enfrente a tevê. Não por falta de dialogo ou qualquer coisa do tipo, mas sim por queremos aproveitar aquele momento de calmaria.

-Hmm...Esta muito bom. – Edward gemeu baixinho enquanto garfava mais um penne com ricota e molho caprese. Eu apenas sorri enquanto bebericava mais um gole de minha coca estupidamente gelada.

Por um momento minha mente divagou, e eu agradeci a Deus por ter botado aquele homem em minha vida. O que seria de mim se não o tivesse ao meu lado? O que eu fiz para merecê-lo? Eu só poderia mesmo agradecer por tê-lo em todos os momentos comigo. Eu o amava com loucura e paixão, se um dia alguma divergência tirasse-o de mim, não tenho certeza se poderia continuar a viver.  Sem, Edward era como se o ar, não mais entrasse por meus pulmões e assim rapidamente eu morreria. A simples menção de viver sem ele me roubava o ar.

-Em que esta pensando? – me fitou curioso. Logo minha bolha de pensamentos se desfez, e lhe agradeci mentalmente por tê-lo feito mesmo sem saber.  –Uh?

-Em...Em como eu não saberia viver sem você. – confessei.

Com uma rapidez sem igual sentir os braços do meu marido puxando-o para o seu colo.

-Bella...  Sabe que eu também não saberia viver sem você não é? Sem você eu fico sem rumo mulher.

-Promete que nunca vai me deixar? – perguntei-lhe desesperadamente, nossos olhos sempre conectados.

-O...O que esta havendo, Bella? – indagou confuso.

-Por favor, só me promete. – lagrimas já começavam a pinicar meus olhos, a sensação de pânico de perdê-lo ou perder Violet me matavam. Já havia perdido meu Thony, fruto do nosso mais puro amor. Perder mais duas pessoas que eram essências a minha sobrevivência era preferível à morte.

Talvez eu tivesse começando a gerar algum transtorno psicológico ou uma síndrome do pânico. 

Edward segurou-me com mais afinco enquanto aspirava o cheiro de meus cabelos, depositando ali um beijo calmo e lento.

-Eu amo você, Bella.  Para onde mais eu iria sem você? Eu nunca, você esta ouvindo bem? – ele segurou meu rosto com delicadeza, beijando a ponta do meu nariz e por ultimo lábios. – Eu NUNCA vou sair do seu lado.

-Eu te amo, Edward...Muito. – murmurei.

Nosso beijo foi tornando-se mais urgente, as mãos de, Edward envolveram meu corpo estranho com mais energia.  E eu sorri abertamente. Será que ele ainda me desejava?

E como resposta nossas línguas disputavam cada vez mais por espaço na boca do outro, como era bom sentir sua língua quente e molhada inspecionando cada canto de minha boca, assim como eu fazia com cada milímetro da sua.  Minhas mãos voaram para sua nuca puxando-o cada vez mais para mim, Edward não se fazia de rogado ao mordiscar, lamber ou chupar minha língua.

Aquele homem estava me enlouquecendo.

Gemidos baixos escapuliram de sua boca, o que reverberou em meu baixo ventre fazendo contrair deixando-me um pouco mais úmida que o normal ali.

Jogando um pouco o meu pudor para o lado, rebolei meu sexo por cima do seu, causando uma fricção deliciosa. Um grunhido alto saiu de sua garganta e alguns lamurios baixos sairiam de mim. Desde a gestação de Thony enquanto eu ainda estava com oitos meses não tínhamos contato intimo, pois estava ficando cada vez mais incomodo.

Edward não pareceu se importar, mas eu sabia que não era verdade ele só queria tornar as coisas mais fáceis para mim.  E merda ainda faltava duas semanas do maldito período de resguardo.

-Bella... – meu marido murmurou com dificuldade, colando nossas testas. – não vamos começar algo que não podemos continuar amor. – suspirou sofregamente.

- Eu sei.- praguejei baixinho. – É que sinto sua falta.

-E eu? É quase enlouquecedor não poder te ter de todas as formas, mas logo, logo isso termina. Só mais duas semanas e pronto.

-Você esta contando? – perguntei-lhe divertida e recebi uma cara engraçada de, Edward.

-O que você acha? Conto nos dedos. – fez graça e eu ri abraçando-lhe enterrando minha cabeça em seu pescoço cheiroso.  – Sinto falta do seu corpo no meu, seu cheiro, gemidos, o jeito como seu corpo se ondula ou como recebe o meu. Sinto falta de tudo, Bella....Bom...Agora eu preciso de um banho gelado. – fez uma careta, me tirando de seu colo vagarosamente e correndo atrapalhadamente pelas escadas.

Em sua correria eu ouvir um sono ‘’Porra’’ e depois latidos de cachorro ‘’desculpe amigão’’. Como bolinha se esconde em lugares impróprios ou escondidos, Edward deve ter lhe atropelado. Atrapalhado dono, atrapalhado filhote.

Corri até a beira da escada quando vi desaponta do topo uma bolinha de pelos brancos. Abaixei-me para pega-lo no colo e conferir se não tinha nenhum machucado nele ou em suas patinhas.

-Ei, o papai te atropelou foi? Foi sem querer querido.  – beijei seus pelos cheirosos e macios – ele havia tomado banho com xampu de amêndoas para os pelos ficaram sedosos. Foi a maior luta banha-lo, mas no fim ele terminou cheirosinho e com pelos brancos e brilhantes. -

Carreguei-o até a cozinha onde o deitei em sua caminha e levei agua fresca e alimentos para o meu bebê – só que de quatro patas.

-Bom apetite, filhote.

E naquele momento eu notei, que aquela era a família que eu sempre sonhei. A família que eu desejara para o meu, Thony. E então eu pensei, não com dor, mas com o peito cheio de algo parecido com ternura o quanto seria maravilhoso se o meu pequeno também estivesse aqui.  Seria uma estupenda felicidade, mas isso não poderia acontecer. Nunca.

Contudo não deixei que aquele pensamento me trouxesse um gosto acre na boca e enegrecesse meu coração. Meu Thony estava bem, eu tinha certeza que agora ele era –sempre foi- um anjinho e estava sempre olhando por nós. E acreditar nisso de certa forma me reconfortava – não me tirava à dor da perda- apenas me reconfortava.

Levei a louça que usamos para o lava louças e comecei a arrumar tudo o que eu tinha desarrumado na cozinha, trabalhar me fazia não lembrar coisas que doíam.  Então a única coisa que eu podia fazer era tentar dispersar minha mente, geralmente não surtia muito efeito, mas aos poucos eu aprenderia a conviver com aquilo.

Um chorinho baixo roubou-me atenção e eu não pude conter o sorriso energético que surgiu em meus lábios mesmo sem minha permissão, mas quando entrei na sala , Edward já estava apostos ao seu lado sussurrando algo que não pude identificar.

-Olha a mamãe ali. – ele a pegou no colo, ninando-a com um cuidado e destreza sem igual. – O papai tá aqui filha. – Edward falou daquele jeito doce que fazia meu peito arrebentar de alegria, mas o chorinho manhoso tornou-se mais alto e meu marido ampliou o sorriso encarando-me. – Acho que ela esta com fome.

-É. – foi à única coisa que eu pude responder. Eles eram tão lindos juntos...

-Ei mamãe. -  Edward chamou-me com a voz ridiculamente infantil. – Acho que tem um presentinho na fralda da, Violet para você.

Ele riu e eu estendi os braços para pega-la.

-Por que sempre os seus piores serviços ficam com a mamãe? E não com o papai? – perguntei divertida enquanto tocava em seu narizinho minúsculo com o meu.

-Eu tenho medo de machuca-la... – Edward, gesticulou com as mãos fazendo-me gargalhar e a preguiçosa abri vagarosamente seus olhos.

-Abriu os olhinhos filha? Mostra pro papai como você já esta acordada.

Violet fez sua famosa caretinha de manha – mostrando-nos o quanto estávamos  incomodando-a -, o que fazia o meu coração inflar de tanto amor e vontade de sufoca-la com abraços e beijos por ser tão fofa.

-O besourinho do papai acordou foi?- revirei os olhos para o apelido que, Edward lhe dera – Besourinho, ele dizia que ela parecia um besouro virado de casco para cima querendo virar-se, eu no começo não havia gostando muito, mas no final achei fofo, divertido e verdadeiro, ela se assemelhava a um mesmo.

-Vamos lá papai, vamos tirar esse bicho sem vida do corpo de sua filha. – encorajei-o empurrando-o pelos ombros.

Edward fez cara de nojo – o que eu sabia que ele estava brincando- e me seguiu escada acima – eu com certo cuidado, por ter aquele histórico ridículo de quedas, tombos, escorregões e tropeços- para o quartinho simples que nós mesmos preparamos para a nossa menina.

O quarto de hospedes foi transformado em um quartinho de menina lilás, cheio de borboletas – foi o melhor que, Edward e eu pudemos fazer sozinhos em dois dias, achei que o trabalho ficou incrível não como o de, Anthony onde tivemos mais tempo para nos preparar e a ajuda de minha cunhada que tinha um tino para decoração, mas mesmo assim ficou bem legal. A pintura, Edward fez em uma manhã enquanto, Violet e eu tomávamos o seu primeiro banho de sol – sim, desapontou um sol lindo em, Forks meio tímido, mas ainda sim deu para esquentar bem o tempo- No dia seguimos até, Phoenix para comprarmos o que precisávamos para montar um quarto infantil: Cômoda, berço, guarda-roupa – com puxadores em formato de borboletas- e tudo o necessário para uma criança viver bem, inclusive varias roupas, vestidos, conjuntinhos de moletom tendo até de joaninha com direito a anteninhas- claro que isso foi meu empolgado marido que nada podia ver que soltava um suspiro e suspendia a roupa para nossas vistas como um ‘’amor esse é a cara da, Violet’’  e quando eu sempre protestava dizendo que ela perderia metade daquilo antes mesmo de usar e que já bastava, Edward fazia biquinho e dizia ‘’Mas a, Violet gostou. Não é filha?’’ Chegou um momento – depois que ele comprou três vestidos iguais, porem com cores diferentes por que não conseguia se decidir por qual entre elas, e duas bonecas maiores que, Violet e chegou ao cumulo de querer levar para casa patins com todos os equipamentos de segurança.  Quando foi que meu marido tornou-se tão consumista? Sem pensar duas vezes tive que puxa-lo da loja senão ele traria tudo.

No mesmo dia – mesmo exauridos- depois de todas as necessidades de, Violet ser atendida montamos o quartinho –Edward  fez questão de pagar taxa extra, o que era uma merda de um absurdo-.  No primeiro momento, Edward se aborreceu um pouco comigo, por que eu mudava de cinco em cinco minutos a posição dos moveis.  Mas no fim, o quarto trouxe-me lagrima aos olhos de tão belo que ficou – mesmo em sua simplicidade.

Eu sabia que tinha um quartinho com tudo isso, mas eu simplesmente ainda não estava preparada para por um ‘’substituto’’ no lugar que foi feito especialmente para meu filho – não que, Violet fosse isso- entretanto também não estava pronta para me desfazer de nada  que era dele.  Cada ultrassom permanecia em seus respectivos porta-retratos, seu rostinho tão desfocado, mas tão perfeito e nítido para mim. Cada coisa por mínima que fosse do quarto de Thony permanecia ali e eu ainda não tinha planos para tira-los de minha vida agora.  Talvez... Nunca, só o tempo que é o senhor de tudo que poderá me dizer.

Deitei uma impaciente, Violet no trocador tirando a mantinha que lhe esquentava e o macacãozinho cor de rosa que lhe cobria até os pezinhos fofinhos.

A bebê abriu mais os olhos com estranheza pela temperatura e seus lábios formaram um fofo biquinho em protesto.

-O que eu tenho que fazer? – perguntou fazendo uma careta para o fedor.

Resolvi que seria melhor ajuda-lo e orienta-lo na primeira vez para não acabar irritando a pequena mal humorada que já dava soquinhos no ar.

-Okay...Papai vai fazer com que você se sinta mais confortável.

Edward segurou as abas da fralda descolando-as e praguejou baixinho, me fazendo ri alto.

-Deus do céu, Bella o que você deu para essa menina? Que intestino hein, filha? – Edward enrugou o cenho e começou a limpa-la com tudo que eu ia lhe entregando – lenços umedecidos, pomada  para que minha bebê continuasse assim bem limpinha e confortável sem nenhuma assadura, fralda secas e mais um macacãozinho limpo e quentinho.

-Pronto... A besourinha do papai esta cheirosinha igual à mamãe.

Eles eram tão parecidos, que por um momento me perguntei se o, Thony estivesse aqui seria assim também. Não deixei que pensamentos obscuros me enegrecessem –mais uma vez-, pois um choro cheio de manha e lamento soou pelo quarto, esse era o típico choro de fome.

Segui para o nosso quarto com, Edward em meu encalço ninando a pequenina faminta. Apesar de, Violet ter agora seu quartinho – mesmo que improvisado- ela apenas dormia lá às vezes pelo dia – por que, eu sempre a queria por perto e pra onde ia levava no Moisés.  Mesmo que na maioria dos livros de pais de primeira viagem lhes ensinem que, as crianças tinham que dormir em seus próprios quartos e espaços, que nada aconteceria com elas por que iria crescer sendo inseguras  e super protegidas. Eu pouco me importava, desde que minha menina estivesse bem, talvez eu estivesse mesmo mimando-a e protegendo demais, mas ela era só um bebezinho indefeso e eu...Bem eu era uma mãe, e é isso que elas fazem - Típico de mãe paranoica, que acham que se estiver por longe uma aranha típico de filmes onde bichos enormes e radioativos devoram pessoas se aproveitaram de sua ausência e devorariam suas crias ou um sequestrador levaria para longe.

Contudo o pior deles era que em um belo dia os pais biológicos de minha filha aparecessem na minha porta, com uma ação judicial reivindicando sua guarda. Eu morreria se a tirassem de mim.

Ela era o meu sol, minha luz,  Violet me trouxe de volta a vida.

Era engraçado ou até bizarro o modo como às pessoas tinham medo do novo.  As pessoas que antes eu tinha algum tipo de contato hoje não passam mais de meros conhecidos, gerando a beira do estranhamento.  Emmett , por exemplo era uma presença constante em nossa casa, Rose era outra, mas com esta não tive nenhum contato sabia que o marido lhe contaria,  mas como ela não se pronunciou, eu também não lhe liguei ou procurei-a em sua casa; estava com medo de que houvesse mais uma recusa por parte dos Cullen. Eu não aguentaria, Rose era minha melhor amiga. Sempre foi muito mais do que, Alice e isso seria uma tortura.

Sentei na cama encostando-se as almofadas, arrancando a camisa do meu corpo de qualquer jeito expondo meus seios enormes e cheios de leite para fora.

-Hmmm...De quem é esse leitinho gostoso do peito da mamãe? – ele perguntou inocentemente para, Violet, mas mesmo assim eu corei. Minhas bochechas eram grandes deletadoras. –De quem é? – voltou a perguntar com a vozinha ridiculamente infantil.

Estiquei os meus braços em um pedido mudo e meu marido logo entendeu o recado, entregando-me uma, Violet vermelha e irritadíssima. Tentei acalma-la como pude, porém a única coisa que, Violet queria era o meu peito que mesmo sem suas sucções já vazavam.  Quanto mais eu a embalava para que o choro cessasse e meu bebê não engasgasse mais irritadiça ela ficava. Sem mais alternativas, fiz a única coisa que poderia fazer, oferecer um peito absurdamente cheio para ela. Violet não se fez de rogada abocanhou meu mamilo com tanta força que eu senti meus olhos pinicarem por lagrimas não derramadas quando sentir a intensa fisgada continua. Edward, percebendo minhas caretas começou a lhe sussurrar palavras doces e a massagear seus pezinhos minúsculos. Talvez ela tenha feito isso apenas como uma forma de me castigar pelo meu atraso na sua hora do jantar.

-Ei princesa... Devagar. – beijou a sola de seus pés, enquanto acariciava meus cabelos. – mamãe não vai fugir, e se fugir o papai a resgatar novamente.

-Para onde eu poderia ir sem vocês? – falei com os olhos cravados no seu, e biquei nossos lábios.

Fiquei acariciando lentamente os cabelinhos de minha bebê.

-Você é tão linda. – segurei em seus dedinhos rosados  e cheirei sua pequena mãozinha. Tudo nela era tão minúsculo, que por vezes eu tinha medo de machuca-la.  – Tão comilona essa gorducha.

Eu ia falando baixinho para Violet, que continuava concentrada no meu seio cheio de sua refeição predileta – e única claro-. Ela estava quase dormindo de novo, quando, Edward começou a cantarolar uma música baixinho que aprendeu com seus avós para cantar com, Alice e Emmett em uma peça natalina quando eram apenas crianças.  Era simplista, mas a letra era de uma doçura e calmaria sem igual. Aos poucos a imensidão verde acinzentado iam se fechando gradativamente, mas sucções continuavam intensas.  Violet só largava o seio quando estava totalmente satisfeita ou quando o estava peito vazio, porém tinha o outro que eu lhe dava sem reclamar. Um peito maior que o outro não seria nada sexy para, Edward vê-los.

-E então... – começou, Edward pausada e tranquilamente.  – Animada para o aniversario do seu pai?

-Não sei. – respondi sinceramente. Claro que estava feliz que meu pai completasse mais um ano de vida mais um ciclo, mas não sabia se estava bem em viajar e comemorar isso – querendo ou não eu ainda estava de luto- mesmo sabendo que será apenas um jantar.

- Por quê?  - perguntou levanto as sobrancelhas. – É o aniversario do seu pai.

-Eu sei. – suspirei – Só não sei se estamos preparados para enfrentar a família nesse momento. – confessei encarando-o. Meu marido assentiu, mas segurou meu queixo para olha-lo decididamente.

- Nós estamos preparos sim, nos vamos enfrenta-los. Não foi você que disse que enfrentaria o mundo? Esta na hora, Bella. E nos temos que apresentar essa coisinha linda para todos. – grunhiu sorrindo para a pequena adormecida que começa a dar sinais de sua sonolência, como por exemplo, ir afrouxando ao redor de meu mamilo.  E um sorriso involuntário pintou em meus lábios, para as caretinhas fofas que, Violet fazia em seu sono. 

-Edward... – suspirei exasperada. – Será que você não ver que sua mãe estará lá?

Me sentir extremamente culpada por dizer-lhe palavras duras, entretanto verdadeiras.  Meus pais eram amigos dos pais de, Edward antes mesmo de namorarmos, não era justo com, Charlie e Renée se privarem da presença de seus amigos de toda uma vida, Carlisle e apesar de tudo, Esme também.

- E o que é que tem Esme?

-Violet. – fui sucinta. – ela ira despreza, Violet. Eu não quero isso. – externei meus pensamentos, quase chorosa.

-Minha mãe não a desprezara. – grunhiu.

-Como não? Quantas vezes, Esme ligou nesses quinze dias para saber como estamos ou a quantas vai o processo de adoção? Ou... Ou então como esta Violet? – minha voz subiu duas oitavas e eu quase me amaldiçoei por estragar o sono da pequenininha.  

-Isabella, nós vamos para a recepção na casa de seus pais sim. E outra eles estão loucos para conhecer nossa filha. – Deus, como eu amava quando ele incluía o nossa na mesma sentença que filha.

-Tudo bem. –respondi depois de incontáveis segundos ou talvez minutos.  Eu sabia que se dissesse ‘’Não’’ Edward, não me obrigaria a ir, mas a verdade era que eu estava morrendo de saudades de minha família. Papai e mamãe ligavam-me todos os dias para saber sobre a, Violet e diziam o quanto estavam ansiosos para conhecê-la, não só eles como Bree minha cunhada pedida quase todos os dias para mostrarmos, Violet pelo Skype ou ralhava por que queria fotos diariamente. E ela ficava naquele monologo por quase vinte minutos de ‘’Ei, Violet coisa mais linda da titia’’ ou ‘’Você já consegue reconhecer a voz da titia?’’ e Bree ficava entusiasmada dizendo que sua sobrinha era a mais linda do mundo – no que eu concordava- e já lhe reconhecia, pois sempre abria os olhinhos para a câmera,  botava a linguinha de fora e dava soquinhos do ar, aquilo era um  jeito dela se comunicar com ela. O que era engraçado, Violet fazia isso o tempo inteiro quando estava acordada.

Deitei,  Violet na cama entre, Edward e eu – Por que simplesmente eu não conseguiria dormir tranquila com minha bebezinha em outro cômodo longe de meus olhos e ao alcance de minhas mãos que verificavam a todo momento sua respiração desregular.

-Amanhã falarei com, Jenks. – encarei-o interessada. – vamos ver o que ele nos diz sobre a nossa viajem. Talvez ele entre com uma liminar ou algo do tipo.

-Espero que de tudo certo. – não falei apenas para a viagem. – Eu dependo disso para viver. Boa noite!- murmurei entre um bocejo e outro, fazendo meu marido sorri amplamente. – Eu amo vocês.

-Também amo vocês, linda. Bons sonhos.

Eu assenti, fazendo malabarismo para beija-lo. Se existia algo que eu sentia falta era dormir com, Edward abraçadinhos, sentindo o cheiro em seu pescoço, sua respiração tranquila ou as batidas de seu coração – apesar de amanhecermos embolados. Edward com as pernas por cima de minha cintura e o braço ou a mão em meu seio, praticamente monopolizando quase toda a cama e me expulsando dela. Agora ele era extremamente cauteloso, praticamente não virava para os lados para não incomodar a menininha que na madrugada sempre queria um lanchinho.

Tomei um rápido banho e vestir um grande moletom de quando, Edward estava em NYU.  Não precisou mais do que minutos na perfeita calmaria para que a inconsciência me arrastasse para a escuridão.

O sono estava tão bom, sempre com sonhos muito coloridos com nuvens claras e esvoaçantes.  Ouvir um choro ao longe, mas não conseguia abrir os olhos, começam a aparecer sombras de pessoas correndo para algum lugar, eu não conseguia vê-los, apenas seus vultos, eu abrir a boca para perguntar quem estas pessoas eram, mas foi quando sentir uma forte fisgada em meu peito.

E assim como eles apareceram, eles sumiram. Tentei abri os olhos, mas a luminosidade estava me atrapalhando. 

-Shii...Shiii...Devagarzinho. – ouvir ao longe.

Mas, meus sentidos estavam tão fodidos, que meus olhos se fecharam novamente. No entanto um click estalou em minha cabeça.  O lanchinho da madrugada de, Violet.

Mesmo com os olhos ardendo de sono, forcei-os a abrir, para me deparar com a cena mais fofa do mundo. Violet mamava com tanto afinco com seus olhinhos me encarando e a mãozinha agarrada ao meu seio, bem empenhada naquilo que fazia. E claro, o pai mais babão do mundo – depois de, Charlie- nos encarava com devoção.

-Foi você? – minha voz rouca – por causa do sono- assustou o meu marido, mas logo em seguida ele se recuperou e sorriu.

-Foi. – sibilou baixinho. – ela estava com fome.  – claro. Sabia que só podia ser ele, mas eu tinha que testar minha voz.

Eu assenti.

-Volte a dormir, Edward. Amanhã você trabalha cedo.

-Não tem problema. Você esta exausta. Durma. – suas mãos se moveram lentamente em meus cabelos, em um afago gosto, que não foi preciso ele repetir ou eu responde-lo apenas fechei os olhos e dormir. Claro que eu sabia que, Edward não dormiria antes de tirar, Violet do meu peito e faze-la arrotar. Esse era, Edward um pai zeloso e solicito. E o homem que eu amava.

Meus filhos não poderia ter um pai melhor do que ele, disso eu tinha absoluta certeza.

~~~~~~~~**~~~~~~~~

-Edward?! Você já não esta atrasado? – gritei, afastando o telefone da boca e balançando, Violet como em uma dança lenta, calma e nada sincronizada. – Edward?

-Buuuh... – gritou ao meu lado e eu pulei de susto. Como ele se materializou ao meu lado? 

-Idiota. – ele riu tanto do meu sobressalto que só faltava rolar no chão de tanto gargalhar. Seus olhos estavam lacrimejando de tanto que ele ria, como um louco descontrolado. – Ridículo. – ri também.  –Onde estava? Você não tem que trabalhar lindo? – perguntei e, Edward assentiu tomado um generoso gole de fumegante café.

-Mãe depois te ligo, Edward vai sair para trabalhar e a Violet tem que mamar, senão o humor dela fica péssimo a manhã inteira. – Renée riu, mas era a mais pura verdade. A pequenina contrariada na hora de suas refeições ficava chateadíssima e não queria que eu guardasse o peito. Queria ficar agarrado nele – mesmo sem mamar- como uma chupeta, pela manhã inteira.  -Amo você e o papai. Se cuidem, pelo amor de Deus. Estou preocupada com a pressão do papai, diga para ele maneirar no sódio, Okay?!. – disse em um só folego. – Beijos!

-Me ligue mesmo, senão eu vou até ai, Isabella Marie, nem que seja a nado. – nada exagerada, minha mãe. - Tchau bebê, dê um beijo no meu genro preferido e outro imenso para a minha outra bebê.  Também amamos você.  Se cuida meu bebezinho.

Ri, desligando o telefone. Renée e sua esfuziante energia matinal. Mamãe era o contrario do mundo, enquanto as pessoas ainda estavam lentas pela manhã, Renée já estava totalmente energizada. Parecia que estava ligada aos 220 w, eu não entendia como uma pessoa poderia ter um humor tão bom pela manhã.

-Sim, mas eu tenho que entregar alguns documentos que faltaram para o, Jenks... E marcamos a consulta com a psicóloga. Por isso a demora, eu estava procurando-os  – retorci a boca e, Edward riu.

O psicólogo era extremamente necessário para entrarmos com a ação de adoção, ele era quem diria se estávamos ou não psicologicamente aptos a tê-la.

Suspirei.

Quanto mais o tempo passava mais medo eu ficava de que algo desse errado. Acho que só conseguiria respirar direito quando, Violet fosse oficialmente minha.  Quando será que isso vai terminar? Violet, já é minha filha o que eu mais preciso para comprovar isso?

Edward vendo minha batalha interna levantou-se de seu assento e me abraçou pelos ombros,  beijando meus cabelos. Encarei-o, deitando a cabeça em seu ombro, sentindo o cheiro da lavada infantil em sua roupa.

-Vai dar tudo certo, Bella.

-Eu sei. – não, eu não sabia. A incerteza rondava minha mente.

Continuamos abraçados daquele jeito enquanto eu embalava Violet ninando-a, em uma dança totalmente descompassada. A pequenina continuava com seu mundinho impenetrável, seus olhos estavam abertos descobrindo a cada segundo coisas novas – embora embaçadas- sua mãozinha girava no ar, assim como suas perninhas se chocalhavam no ar. Edward tinha razão, seu corpo parecia um besouro de casca para cima.

-Tenho que ir. Você ficara bem? Quer dizer, vocês ficaram bem?! – perguntou visivelmente preocupado. Eu tinha plena noção de que, Edward cada dia que saia para trabalhar era preocupado por nos deixar sozinhas.

-Vamos ficar muitíssimo bem.  – toquei levemente meus lábios nos seus e sorri. – Você pode me trazer alguns Donuts? Aqueles que ficavam na delicatessen próxima do hospital?

-Sim, claro que sim. – ele sorriu e seus olhos desfocaram-se por alguns minutos. Deve ter lembrando-se do quanto eu comia donuts quando grávida. Os de chocolate com avelã e o de pistache eram os meus preferidos. – Dos mesmos?

Encaminhou-se até a mesa onde estava sua pasta e ao lado um grande envelope amarelo, com os documentos necessários para, Jenks.

-Sim.

Edward abaixou-se um pouco levando seus lábios ao meu beijamo-nos lentamente, degustando cada pedacinho da boca e do sabor do outro – o café estava mais acentuado em sua língua e eu aproveitei mais um pouco - já que não mais os tomava-.

Caminhamos –abraçados- vagarosamente até a soleira da porta.  Ajeitei o capuz do macacãozinho amarelo agasalhando-a melhor e seguimos Edward até a varanda, onde seu carro estava estacionando. Ganhamos cada uma, um beijo na testa – claro que no meu caso também nos lábios- e o assistimos parti.

Acenamos um para o outro, e até me arrisquei a fazer uma ridícula voz infantil.

-Tchau papai. – acenei com as mãozinhas minúsculas para, Edward.

-Entrem ou eu volto e não saiu mais dai. – gemeu e eu ri abertamente para nossa manhã agradável.

A manhã passou com uma velocidade incrível, assim como à tarde findando com uma chuva digna de, Forks. À noite, Edward ligou-me – mais uma vez- dizendo-me que, Jenks queria nos ver. Claro que meu coração deu uma guinada tão grande que eu pensei que sairia por minha boca.

Tentei ocupar minha mente com coisas corriqueiras, às vezes tentava achar uma micro poeira em nossos móveis – já que teríamos visita – mas nada, eles estavam impecavelmente limpos. Toda a casa cheirava a lavanda de bebê. Então... Aproveitei o cochilo de, Violet para fazer algo comível  - já que meu parcial nervosismo estava me deixando levemente trêmula-

Fiz algumas tortinhas de frutas vermelhas e só, se Jenks tivesse um gosto mais apurado que me perdoasse, mas não tinha a mínima cabeça para preparar algo sofisticado.  Mal conseguia cortar as frutas.

O choro esganiçado me chamou a atenção antes que eu saísse correndo, até as escadas para tomar um banho e tentar... Tentar pelo menos me sentir humana outra vez.

Ajeitei a dona do choro escandaloso em meus braços e subir para os nossos quartos. Antes de ir para o meu, entrei no de, Violet procurando algo que fosse quentinho – o frio já se fazia presente e o aquecedor não estava lá essas coisas...

Depois de arruma-la, antes mesmo de entrar em meu quarto tirei meu peito excessivamente grande e pesado pela quantidade enorme de leite – que chegava a vazar e praticamente afoga-la cada vez que ela se deleitava com eles.

Entretanto, mesmo com as sucções cada vez mais forte e o peso extra em meu braço, abaixei-me para procurar uma roupa decente em meu closet.  Quando a barriga minúscula, mas extremamente funda – só assim para caber tudo o que ela tomava-  de, Violet deu-se por satisfeita deitei-a na cama – com dois travesseiros do lado, mesmo sabendo que ela ainda não rolaria, mas só por precaução- foi que conseguir entrar no banheiro e enfim tomar um relaxante banho morno.

Decidir usar um vestido amarelo – não tão folgado, mas o mínimo para disfarça minha estranha barriga e ainda os famosos pneus que se formavam dos lados- uma sandália com saltos médios e já estava vestida.  Não era a minha roupa fatal, mas pelo menos não estava tão mal assim...

Penteei os cabelos formando um rabo longo de cavalo, tirando aquele nós horríveis que estavam.  E até me arrisquei a fazer uma maquiagem, nada exagerado, mas apenas para tirar as olheiras e dar uma cor a minha pele demasiadamente pálida.

Peguei a gordinha nos braços e desci novamente. Assustei-me quando vi um moreno bebericando algo em meu sofá, só relaxei quando vi quem era no outro lado.

-Boa noite! – murmurei enquanto descia calmamente as escadas. Edward caminhou-se até mim tocando seus lábios no meu e sussurrando um ‘’ótima noite’’.  Tomando, Violet de meus braços.

-Boa noite, senhora Cullen. – uma voz gravemente potente desejou-me, enquanto abria um botão de seu paletó.

Aceitei a mão que ele me estendia, quando nosso primeiro contato fora quebrado apontei para onde ele estava para que voltasse a sentar.

-Não ouvir vocês chegarem. – falei sorrindo – talvez para disfarça o nervosismo-

-Chegamos agora, linda. Só deu tempo de servi um uísque ao, Jenks. Já ia te chamar.– Edward respondeu-me casualmente, enquanto voltava sua atenção para a gordinha vestida de amarelo e com uma tiara de antenas na cabeça.

-Vocês duas estão combinando. – observou meu marido com um sorriso perfeito. 

Anuí mesmo me dando conta naquele momento.

-Essa então é a famosa, Violet? –Jenks perguntou sorrindo. Enquanto tomava mais um gole de seu uísque.

-Sim. – Edward falou com um orgulho estampado em seus olhos e sorriso. – Ela é a nossa, Violet.

-Se eu não soube por quais circunstâncias eu estou aqui, eu diria que ela é realmente de vocês. É linda como a mãe. – falou galanteador, com os olhos cravados nos meus. Claro que eu fui primeira a quebrar o contato quando ouvi um pigarro forçado ao meu lado.

-Hm...E então, Jenks... Você me ligou dizendo que tinha novidades. Quais são?- foi direto ao assunto. Assim, sem firulas ou qualquer outra coisa.

-E eu tenho. Realmente tenho. – falou mexendo em algo em sua pasta.

-Certo. – disse Edward.

-Aceitam tortinhas de frutas vermelhas? – saiu à única coisa que eu conseguia dizer. Eu estava em um impasse. Queria saber o que ele tinha para dizer e também não queria.  Meu medo falava mais alto.

Jenks aceitou, mas Edward não. Ele nunca foi de comer muito doce, diferente de mim.

Entreguei-lhe a torta e voltei para meu lugar. Sentindo meus braços vazios, tomei, Violet de Edward e a embalei em meus braços. Sentindo seu cheiro e calor reconfortante.

O advogado entregou a, Edward alguns papeis e voltou a garfar algumas porções da torta.

-Hm...Esta uma delicia senhora Cullen. – exclamou vidrado em seu prato.

Edward permanecia concentrado lendo algo importantíssimo ali nos documentos.

-O senhor pode me chamar de, Bella. Se quiser claro. – murmurei.

-Hm...Claro, claro. Te chamo de, Bella se me chamar apenas de Jenks. Nada de senhor, afinal não sou tão velho assim. Ham ?

Assenti.

-Okay... .Jenks, você pode me dizer o que tem escrito nesses papeis? Afinal sou administrador e não advogado. – jogou-lhe com azedume. Desconhecido até por mim.

-É simples, Edward... Nestes papéis tem escrito que só falta o aval da psicóloga para levar a guarda provisória. – falou meramente.

Oh deus!

-Sério? – perguntei incrédula. Os olhos de, Edward brilhavam e os meus não deveriam estar muito diferente. Estávamos não só esperançosos agora, como também confiantes de que tudo daria certo no final. – E esse psicólogo?

-Bom... Na verdade é psicóloga. Doutora Sarah Dixon. Ela avaliara o metodologia psicológica e a capacidade financeira,  como a casa esta equipada para a nova criança, nada muito difícil. Passado por esse ‘teste psicológico’’ – abriu as aspas com as mãos, explicado cada por menor que fosse do caso de adoção.  – Uma assistente social virá até a casa para verificar as instalações, e bom... A casa é bem aconchegante e família?! Bem é só olhar para vocês... – nos apontou. – Essa segurança e amor são tudo que ela precisara para o resto da vida. Mas vejam bem, sou eu quem esta dizendo isso certo? – sorriu, e nos assentimos. –Com o governo é um pouco diferente, eles averiguarão tudo sobre vocês então... Por favor, não omitam...

-Mentir não faz parte de nossa natureza, Jenks. – Edward rosnou, cortando-o por tal insinuação.

-Não estou dizendo quem mentem Edward. Entenda só não omitam fatos certo?

-Como o que, por exemplo? – perguntou novamente meu marido cortando-o. Já estava ficando irritada com essa atitude dele.

-Como a morte do filho de vocês e logo em seguida a chegada da pequena. Embora isso não vir ao caso, se a assistente social fizer essa pergunta, simplesmente respondam com a verdade.

-Mas... Mas isso não prejudicara o processo? – essa foi minha vez de perguntar. Eu começava a ficar assustada. – Por que, meu Thony se foi e em poucos dias, Violet foi deixada aqui.

-Na verdade, isso é algo a nosso favor.  – nós o olhamos confuso e ele prosseguiu. – Violet foi deixada na porta quase uma semana depois do bebê de vocês vir a óbito.  Isso quer dizer que essa pessoa, talvez os pais legítimos da criança, estivessem observando-os.  Outro ponto também é abandono de incapaz, se o seu marido ou senhora não a tivessem encontrado certamente a menina estaria morta.

Estremeci com a ultima palavra.

-Você esta certo. – divagou Edward.

-Sim, eu estou. – Comentou Jenks presunçoso.

Conversamos mais alguns detalhes, antes de Violet simplesmente querer se aborrecer enquanto estávamos com visita. Não era fome, era apenas manha por querer que fosse ninada um pouco mais.  Talvez ela já tivesse se acostumado com nosso ritmo de mima-la.

-Fiquem tranquilos que eu farei tudo o que estiver ao meu alcance. Porém, já tenho quase certeza de que essa mocinha – segurou o dedinho de, Violet balançando-o. – Já é uma Cullen Swan. Preciso ir, qualquer coisa não hesitem em me ligar, se não conseguirem por celular tem do meu escritório e até de minha residência. Ah... Edward você também tem o meu endereço eletrônico não é? Qualquer novidade no caso eu entro em contato com vocês.

-Pode deixar que ligarei sim.  Mesmo você sendo um cara ocupado-  falou, Edward enquanto se cumprimentavam como apenas os homens  sabem fazer.

-Você também hein, Bella?! – anuí sorrindo. – Tchau, Violet...Em breve uma Cullen Swan. Pode deixar que ninguém levara essa menininha para outro lugar que não seja ao seu colo, Isa... Bella. – articulou alisando meu ombro desnudo.

Pelo que ouvir do Jenks, ele era um integro profissional – nosso ótimo advogado por sinal- estava se dedicando totalmente – não exclusivamente, obvio- ao nosso caso. E estava obtendo resultados excelentes, um deles me fez ri e chorar de alegria ao mesmo tempo e estava tão exuberante com a resposta positiva que ele havia nos dado, que sem nem pensar duas vezes, envolvi meus braços em seu corpo visivelmente malhado em forma de agradecimento, abraçando-lhe apertado.

Edward, que não gostou nadinha do meu sobressalto. Lançando-me um olhar aborrecido. Eu poderia nitidamente classifica-lo como ciúmes.

Claro que de certa forma isso massageou o meu ego e ajudou consideravelmente a levantar minha autoestima.  Meu corpo tinha ganhado formas diferentes,  desde minha gravidez do Thony. Meus seios agora sendo estimulados a cada hora estavam enormes, minha barriga ainda não tinha voltado ao normal, assimilando-se a consistência de uma gelatina. Okay, talvez um pouco mais consistente, contudo mesmo assim eu não via a hora de empurra-la de uma vez do meu corpo. Com certeza eu tinha que fazer algum tipo de controle, mas simplesmente eu estava ansiosa demais e com isso me empanturrava de doces.  Entretanto eu já estava decidida a parar com isso em algum momento, e esse momento seria amanhã. Parar com os doces seriam um bom começo.

Despedimo-nos de forma educadamente civilizada, mas Edward preferiu usar um tom mais polido.

Sentei no sofá exaurida – mentalmente – e levei meus pés para o seu colo, que prontamente foi massageado.

-Amanhã comprarei as passagens. – falou de repente quebrando o silencio instaurado há minutos atrás. – Sei que de carro é rápido. – ponderou antes que eu lhe dissesse. –  Mas, Violet ainda é um bebê e você uma parturiente pode se sentir desconfortável.

Assenti, aproveitando mais daquela caricia gostosa que ele exercia com precisão em meus dedos.

-Jenks... Não sei como, conseguiu uma autorização para a viagem. São apenas três dias, sei que é pouco, mas já é alguma coisa não é?!

-Alguma coisa? – contestei-lhe beirando a histeria de alegria. – Isso é maravilhoso, amor. 

Equilibrei-me com, Violet no colo fazendo, Edward ri para beija-lo. O sabor – próprio- doce de seus lábios com um leve gosto de uísque tornava o beijo mais urgente.

Um rugido baixo saiu de sua garganta, suas mãos afoitas puxaram-me para  o seu colo me fazendo sentir o tamanho de seu desejo por mim. Uma visível ereção tocava em minha coxa e eu suspirei resignada, ainda faltava mais de uma semana e uma visita ao meu ginecologista, apesar de já saber que a irrigação em minha vagina só voltaria ao normal quando viesse a pratica. E bem... Um método contraceptivo. Não viria a calhar uma gravidez agora, enquanto passávamos por um processo tão grandioso e também desgastante como o de adoção.

Lamentei-me quando seus lábios quentes desgrudaram-se nos meus.

-Humf... Isabella você tem que parar de me provocar. – limpei os resíduos do nosso beijo no canto de sua boca.

-Você adora ser provocado.

-Sim, eu gosto.

Meu rosto podia facilmente se assimilar a um pimentão vermelho, ele estava pegando fogo de tão quente que estava.

-Não sei como você ainda pode corar, depois de tanto tempo que estamos juntos. – suas mãos frias tocaram meu rosto tão gentilmente que eu tive vontade de chorar.

-Talvez eu seja boba demais. – respondi-lhe, escondendo meu rosto em seu pescoço- um pouco suado, mas o cheiro de sua colônia predominava.

-Oh... Você não é boba, Bella. –seus lábios tocavam meu cabelo e eu me aconchegava mais e mais a ele. -Você é linda. – sorri para sua declaração.

-Hm... Você também é lindo.

-Eu não sou lindo. – respondeu de um modo engraçado.

-Sim, você é.

-Okay, eu sou lindo. Não vamos discutir por isso. – riu alto.

Edward tinha uma maneira muito deturpada de se enxergar. Ele era lindo, seu corpo tinha as medidas corretas, seus cabelos eram de um cobre avermelhado diferente de tudo que eu já vi seu rosto masculamente belo, faziam as mulheres quase quebrarem o pescoço por onde ele passava. Sim, ele era lindo. 

Violet resmungou em meu colo e mãos ágeis a pegaram rapidamente. Como mãos tão grandes podiam ser tão cuidadosas?!

-Vamos dormir bebê?! Mamãe deve estar exausta e o papai vai cuidar de você agora.

Edward trancou toda a casa antes de subirmos, para cuidar do bebê – que exige muito trabalho- e tomarmos um banho antes de cairmos na cama, mortos de sono.

....

Depois de bem alimentada, entreguei-a ao pai para que a fizesse arrotar, ele cumpriu o que disse ficando com a filha a noite toda, enquanto eu me deitava no aconchego de minha cama quentinha e sorria admirada para a cena.

Edward com apenas uma calça de moletom, embalava Violet em seu pijaminha de abelha sob a penumbra que o quarto estava. Bolinha dormia ao pé da cama, enquanto meu marido com a voz rouca e doce mais bela do mundo entoava uma cantiga de ninar para que nossa filha dormisse – mesmo que esta estivesse com os olhos bem atentos, grudados nos dele-.

E naquele momento eu percebi – com um imenso sorriso no rosto - que não tinha maneira mais linda no mundo, do que no final – por mais estressante- do dia estar com pessoas, que você ama que te amam e que estarão bem ali quando você abrir seus olhos.

Por que, essas são minhas pessoas, o meu porto seguro .


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A partir desse capitulo as coisas andarão mais rápido. Por que quero e devo chegar ao ponto em que me inspirou a estória. =}
Me digam a verdade o que acharam do capitulo. Quem ler minhas fics sabe que eu nunca exigir nada dos leitores. Nem meta de capitulo nunca dei, como muitas autoras põem.
Amo escrever Plus Que Ma Propre Vie, quase todos os dias a estória tem leitores novos, mas para comentar apenas poucos fazem isso.
Não estou exigindo, mas já perceberam que mandar reviews não dói não é?! É tão simples escrever poucas palavras e apertar aquele botãozinho de ''enviar'', não digo nem recomendação, por que sei que isso é consequência... Se gostarem muito da estória, mas um comentário para uma autora é ''renovador''.
Enfim.... Bom carnaval; se previnam e se cuidem...
Ótimo começo de semana.
Beijos!!
Priscila =}