Plus Que Ma Propre Vie escrita por Priih_Cullen, Priscila Stewart


Capítulo 6
Minha Pequena Família


Notas iniciais do capítulo

Olá ... (tem leitores ai?) .-.
Desculpem pela demora, na realidade esse capitulo e de outra fic minha já estavam prontos, but estava sem tempo de reler.
Bom...Muito obrigada a CaBerlofa e re4p0la4y pelas recomendações. Dedico esse capitulo as duas e para todas que me acompanham de algum modo.
Bora ler...



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‘’Pensei na palavra desajustado um momento. Talvez fosse a melhor descrição de mim mesma que eu já tivesse ouvido.

Onde foi que um dia eu me encaixei?’’

Assim que eu atendi o celular e a voz de Bella chorando ecoou em meus ouvidos, cérebro e coração um sentimento assassino se apoderou de mim.

E quando eu fui busca-las, minha mulher ainda soluçava e Violet acompanhava a sua mãe. Abracei-as tão apertado que tive receio de machuca-las – talvez eu pudesse machuca-las, meu senso de proteção estava piscando intensa e repetida vezes- depois que, Bella me contou o que Alice tinha feito e falado minha única vontade era de ir até lá e dar uns bons tapas nela, mas me contive por Bella e Violet.

Por fim decidir que já era tarde para tirar satisfações com, Alice e levei-as para casa onde a pequena comilona deu seus primeiros sinais que estava faminta, chorando e farejando o seu leite mesmo com a mãe vestida. Rimos com o jeito em que a menina abocanhou o seio da minha mulher e sugou forte, e então eu sorrir mais ainda ao ver a risada gostosa de Bella, ela era uma daquelas mulheres fortes, sem deixar de ser sensível e carinhosa e que cuidava de tudo sozinha, entretanto no primeiro sopro desmorona completamente.

E eu não deixaria ninguém fazer minha mulher desabar, eles teriam que passar por cima de mim. Emmett também me disse poucas e boas, dizendo que Bella estava psicologicamente abalada e exteriorizado os sentimentos que eram do Tony na criança abandonada. Mas no mesmo momento ele se arrependeu, por que o que eu lhe disse além de deixa-lo mais maleável me deixou mais leve. Desde a morte do meu inocente bebê não havia desabafado com ninguém, tudo o que eu sentia dor, revolta, medo, indignação... Tudo eu havia guardado para mim. Eu queria ser forte por mim e pela mulher quebrada que ficara prostrada em uma cama com o coração partido e sentindo que seu mundo tinha acabado e de certo modo tinha, quem perde um filho e não morre um pouco por dentro? Ou não tenha seu coração cheio de feridas latejantes? 

Depois de chorar e receber um abraço confortador de meu irmão nós conversamos sobre a guarda de Violet. Emmett não era advogado de família e sim trabalhista, mas além de me dar todo o apoio nessa área, ele me apresentou o Jenks que era um conceituado advogado da área a em que eu estava precisando e havia ganhado quase todas as causas que pegara. O que de certo modo me deixou mais aliviado, mas não totalmente despreocupado.

Os dois me disseram que se ninguém reclamasse pela criança – o que não tinha ainda acontecido, já que tinham procurado em delegacias locais e adjacências, mas não foi encontrado nenhum registro do tipo-  eu poderia ter sua guarda provisória até o fim de todo o processo. Claro que a Violet não poderia ficar conosco e sim em um abrigo onde seria cuidada pelo governo, mas obvio que Bella não deixaria a menina ir e tão pouco eu. Não tínhamos ideia do tipo de cuidados teriam com nossa filha.

Filha, eu já sentia a pequena como uma verdadeira Cullen.

A carta que foi deixada com a pequena serviria de prova que a criança não era desejada e aceita por sua família consanguínea.

  Já era um ponto ganho para nós, Jenks também pediria a guarda provisória, atestando que nós tínhamos condições e estruturas financeiras e emocionais de criarmos um filho, mas isso deixaria pra nos preocupar mais tarde em mostrar ao governo, ou seja, lá quem quer que fosse.

Contei a Bella sobre tudo e claro que ela ficou não só ressaltada como com o pé atrás, ela já amava muito aquela comilona que sugava seu leite com tanta avidez.

-Ei gulosa?! – sussurrei beijando seus finos cabelos loiros. – amor seu suco.

Entreguei o copo de suco de morango bem reforçando, Bella não tinha comido não desde que chegamos e eu não gostava nada disso.

-Toma. – me entregou o copo depois de tomar apenas dois pequenos goles, bebi um pouco imaginando que estaria azedo ou algo do tipo, mas não o suco estava delicioso. A falta de apetite de Bella significava preocupações e nós tínhamos que trabalhar nisso, ela sempre foi assim chegando ao extremo uma vez e a desmaiar no banheiro da faculdade, o que causou um grande alvoroço em seus pais – e os meus também, alias toda a fraternidade, pensando que ela estaria grávida. E nós não tínhamos tido nem nossa primeira vez ainda!

-Amor, você tem que tomar tudo. – devolvi o seu copo e deitei ao seu lado na cama.

-Eu já estou satisfeita. – respondeu fazendo uma careta para o suco.

-Satisfeita? Bella você não tomou nem a metade do suco. Como você espera ter leite para amamentar a Violet se nem ao menos você se alimenta?

-É que eu não estou sentindo fome, Edward.

Voltou sua atenção nos poucas cabelos claros da neném. Quando, Bella ficava com Violet tudo nela mudava, até o suspirar dava para detectar o que ela estava sentindo. A cada suspiro longo eu sabia o que significava... Medo. Ela tinha medo de perder a bebê. Nós tínhamos que trabalhar – com seus medos- mais pra frente.

-Amor?! – chamei-a tomando uma profunda respiração. –Entenda que se você não comer seu corpo não tem como enviar para as glândulas mamarias a ‘ordem’ para gerar o alimento dessa pequena gremlin, Okay?

Ela riu, e sua risada era como se a cada minuto minhas esperanças na vida fossem renovadas.

-Não chame ela assim. –sua mão largou os cabelos da criaturinha manhosa e voou em minha perna, me dando leve tapa na coxa.

Fiquei alguns segundos ou minutos, não me recordo ao certo, mas fiquei hipnotizado olhando seus lábios rosados repuxados em um grande e lindo sorriso.

-Edward... – sorriu amplamente levando a mão desocupada a boca. Vermelhinha do mesmo jeito em que ficava quando eu lhe soltava cantadas na mesa do refeitório da faculdade com nossos amigos nos rodeando. – você esta me deixando constrangida.

-Constrangendo? – murmurei, fingindo choque e levando às mãos ao peito. –Você é tão linda meu amor. –levei minha mão ao seu rosto tocando levemente os pontos escuros de seus lindos olhos.

-Eu sou linda, Edward? – sibilou simplesmente. Assenti vidrado e encantado com o brilho em seus orbes chocolates que aos poucos estava voltando à vida. - você não tem ideia do quão lindo você é.

- Você me vislumbra todos os dias, Bella. – aproximei meu rosto do seu, encostando nossos lábios em um beijo singelo. –te amo. –murmurei ao final do beijo.

-Te amo muito mais.- bocejou.

-Vejo que tem algum aqui com sono. – e para completar minha sentença nossa pequena dadiva, largou o mamilo de Bella e bocejou alto também formando um lindo ‘’O’’ em sua boca de coração. –na realidade, duas mocinhas estão com sono.

-Estou com um pouco de sono mesmo, meu corpo pede cama. –confessou, e como para confirmar bocejou outra vez me fazendo ri alto.

-Que tal tomarmos um banho, os três e depois cairmos na cama? Nós três estamos com sono.- reforcei.

-Banho? Os três?

-Humhum...Na banheira, bem quentinha. Aceita? –beijei seu pescoço cheiroso.

Bella ronronou para o meu ato de carinho e deitou a cabeça em meu ombro fechando os olhos, manhosa.

-Prepara o banho, então?

-Claro que sim, princesa. Só não abuse sexualmente de mim. – brinquei.

-Bobo. – retrucou rindo.

Beijei sua testa e seguir para a escada, pulando de dois em dois degraus.

Assim que entrei em nosso amplo banheiro sorrir sozinho. Tudo isso parecia um doce sonho, mas claro que o meu Tony agora era citado não com tanta dor. Obvio que para, Bella tudo ainda era muito difícil, mas logo, logo se Deus quisesse a dor que sentíamos ira diminuir claro que não passaria totalmente e continuara lá pulsando, mas seu pulsar será menos doloroso.

Enchi a banheira com água morna, o tempo não estava muito bom, o frio se fazia presente do lado de fora, Forks nunca foi ensolarada e quente mesmo que já estivéssemos mais do que habituados, mas agora tinha uma criaturinha minúscula que nos fazia estar com o aquecedor ligado o dia inteiro.

Encontrei um potinho lilás entre tantos potes de sais de banho e dentre eles escolhi o mais cheiroso, leve e relaxante, lavanda. Joguei um pouco de sais que a Bella tanto adorava na banheira deixando formar uma leve espuma.

Tirei as roupas jogando em um canto qualquer do banheiro e vestir um roupão para chama-la, sem necessidade claro já que Bella estava vestida também em seu roupão e Violet completamente pelada.

Sorri para as duas e beijei cada uma na testa.

Havia um pequeno som ao lado da banheira, minha esposa quando estava grávida passava minutos incontáveis ouvindo música relaxante enquanto acariciava sua dilatada barriga. Eu adorava observa-la.

Apertei play  e a musica instrumental  soou pelo ambiente nos deixando mais relaxado , entrei na banheira segurando Violet para que ela entrasse.

Bella tomou Violet dos meus braços e recostou a cabeça em meu peito enquanto a pequena estava deitada no peito da mãe.

-Edward?

-Hum? – respondi já sonolento e sua voz não era diferente da minha. Eu mexia em seu cabelo cheiroso  lhe fazendo um cafune lento e o mesmo ela fazia nos cabelos ralos e finos de Violet. Era até engraçado, agíamos como imas.

-Você acha que os nossos pais ficarão surpresos? Ou chateados por nós adotarmos a Violet?

Garanto que seu medo se devia ao fato de Alice ter lhe dito barbaridades sobre nossa pequenina.  Que vontade de dar uns bons tapas em minha irmã. A sorte dela é que eu não bato em mulher, nem mesmo quando erámos crianças eu fazia isso.

-Não sei. – disse-lhe a verdade. Isso tudo para os outros poderia parecer incerto, mas para nós era tão certo.

-Tenho medo deles não aceitarem Violet. A reação da Alice já me machucou o suficiente. – suspirou pesadamente.

-Se eles não aceitarem azar o deles de não participar da vida dessa bolinha que já esta procurando seu seio novamente. – tentei soar descontraído e acho que conseguir distrai-la. Eu também estava preocupado.

A reação de Alice foi estranha, não esperava isso dela. Tudo bem que ao telefone quando lhe disse que havíamos encontrado uma criança em nossa porta e queríamos ficar com ela, minha irmã foi ríspida em dizer que uma criança adotada nada mais era que uma criança adotada, nada mais que isso, suas palavras soaram como um soco no meu estomago, inesperado. No primeiro momento pensei em mandar para outro médico conhecido, o Alex que fora meu amigo desde o colegial, porém quando Alice parecia mais calma disse-me que levasse a bebê que ela examinaria minuciosamente. Entretanto nunca pensei no jeito minucioso que ela faria.

-Amor? – sussurrou minha mulher docemente, tirando-me de meus alheios.

-Diga princesa.

-Violet já dormiu, e nós não estamos diferentes dela. Já, já dormiremos aqui. - riu.- e no mais a água esta esfriando precisamos sair daqui.

Assim que sair me enrolei no roupão azul escuro felpudo e puxei uma toalha branca limpa e fofinha da gaveta e tomei Violet em meus braços, estendi a mão o que Bella aceitou de bom grado e se vestiu a um roupão também azul claro dando-lhe um nó.

Trocamo-nos exaustos, Bella não queria vestir a pequena com as roupas do Tony, mas isso não era um problema... O problema foi convencê-la de que Violet e Tony são pessoas diferentes, nascidas de diferentes pessoas, mas amados pela mesma. Isso pareceu convencê-la e ela sessou o choro compulsivo que me cortava o coração e minha alma.

Mas eu sabia que no fundo o medo da Bella era outro. Ela tinha medo dos braços ficarem vazios novamente, de amar uma pessoinha e perde-la. Eu tinha esse medo também só não poderia deixar transparecer, agora mais do que nunca eu tenho que ser o seu pilar.

‘’Vem com a mamãe bolinha...Isso, muito bem garoto’’

Ouvir próximo ao quarto e sorri. Bella estava voltando uma sombra do que fora, claro que depois da perda de um filho nunca seremos o mesmo a ferida que temos no coração continuara pulsando para o resto da vida, mesmo que permaneça fechada.

Já estava deitado na cama com a gordinha que sugava a chupeta – pegamos uma do quarto do Tony-  como se fosse o doce mais delicioso. Passei os dedos levemente por sua cabecinha com penugem loira e foi impossível não abrir um imenso sorriso.

Essa foi uma das cenas que eu mais visualizava e sonhava quando descobrimos que estávamos ‘grávidos’.

-Você veio para modificarmos. O papai promete que lutara por você até que o coração não bata mais, que o sangue não mais corra por minhas veias. O papai já te ama princesinha. – beijei sua testinha e a admirei. Tão inocente e alheia ao que se passa pelo seu redor.

-Lambendo a cria papai? – perguntou divertida, fazendo-me quase pular de susto. Por Deus, como essa mulher entrou no quarto sem que eu tenha visto?

Levei as mãos ao peito teatralmente e Bella revirou os olhos, cruzando os braços, fazendo com que a camisa – devo ressaltar a camisa fina sem sutiã ou short e afins por baixo, apenas uma calcinha- levantasse e suas coxas brancas ficassem amostras.

-Quer me matar mulher?- perguntei levantando uma sobrancelha.

Bella a principio não havia entendido, mas em seguida sorriu dando-me um casto toque em meus lábios.

Minha esposa ainda estava de resguardo e por ter tido a complicação quando nosso filho nasceu demoraria um pouco mais neste -maldito- ‘’regime’’.

Não sentir o calor do corpo de minha mulher em volta do meu, seu doce sabor em meus lábios, o jeito de fazermos amor enquanto proferíamos juras de amor eterno. Isso me mataria ou eu entraria em combustão espontânea. Lamentei-me!

-Vem, Bolinha. Isso bebê.

Ri alto ao ouvir, Bella chamar o cachorro e deita-lo aos pés da cama- confesso que por um momento havia me esquecido do cão-.

-O que?- franziu as sobrancelhas lançando-me um olhar como se eu fosse um insano, pronto para a camisa de força. –esta rindo de que? Fala Edward antes que eu chame os bombeiros, ou seja, lá quem for para pegar um maluco de pedra.

-Nada. – falei ainda rindo. Bella estreitou os olhos novamente me olhando de esgueira enquanto ajeitava a cama e a gordinha para deitar-se. –É... É que é Bolinha. – ri outra vez tentando tomar folego. –Você sabe...Bolinha – encarei-a, mas ela continuou olhando-me como se eu fosse um doido. – Bolinha é um menino, mas o nome dele é Bolinha. – levantei as mãos em rendição. Okay, talvez não fosse tão engraçado. –Você entendeu Bella. – gesticulei com as mãos. Afinal não tinha segredos na minha piadinha interna. Bolinha era macho, mas o nome completamente feminino. Quem ouvisse minha mulher chamar seu cachorro acharia que era uma cadela.

-Bella...Chamando, Edward para ficar na terra, Bella ...Chamando, Edward para a terra. –brincou.

Minha mulher deitou-se ao lado da pequenina- deixando-a no meio de nós - e  ajeitou o seu braço para ficar de melhor acesso ao meu cabelo, bagunçando-os mais ainda.

-Edward, eu queria muito apresentar a Violet aos nossos pais. – encarou-me com aqueles orbes perfeitos e brilhantes como há muito tempo não a vira, cheia de expectativas. – Será que eles irão gostar? Depois da reação da Alice eu fiquei meio... Que temerosa. – mordeu os lábios de forma distraída, mas muito sexy virando-se olhando para o teto, perdida entre seus pensamentos.

-Não sei se isso é uma boa ideia, mas de qualquer forma nós temos que fazer isso... Caso, Alice já não tenha feito isso por nós... Bom... Vamos dormir, você esta cansada.

Afirmei. Seu aspecto de cansaço era nítido, não só pelo que vinha acontecendo nos últimos dias, mas sim por tudo principalmente pela dor da perda que nos sugava o brio da alegria e juventude.  Acredito que não estava tão diferente dela.

-Quer que eu cante para você dormir? – perguntei carinhosamente, enquanto tocava os fios chocolates de sua cabeça cheirosa.

-Humhum...- murmurou sonolenta.

Comecei a cochichar a letra da antiga canção de ninar baixo para as minhas garotas. Em mais ou menos cinco minutos, Bella ressonava baixinho, enquanto Violet continuava a dormir com sua deleitosa respiração compassada, no delicioso mundo dos sonhos.

Logo em seguida sentir minhas pálpebras dançarem em meus olhos e a inconsciência me levar para o mundo dos sonhos. Na realidade eu não sabia mais se estava na realidade ou na terra da inconsciência.

 Nuvens negras de fumaça bailavam a minha frente, trazendo com ela pessoas que eu não reconhecia, o pequeno bebê – não sabia identificar se menino ou menina- estava vestido completamente de branco- à manta da mesma cor, lhe cobria a cabeça, não me permitindo vê-la- as pessoas que vinham entre a nevoa escura agacharam-se pegando a criança, os rostos eram apenas borrões, não reconheci nem jeitos e tampouco trejeitos deles, a única coisa inidentificável é que entre eles haviam homens e mulheres, antes que eu pudesse reclamar pelo bebê eles sumiram de minhas vistas, deixando-me apático e inerente enquanto uma Bella sem vida debruçava-se em uma lapide antiga com folhas secas ao redor.

-BELLA....- Acordei suado e meio desnorteado, sem saber a exata hora ou quanto tempo dormir.

Virei o braço delicadamente para o lado oposto, pensando que elas poderiam estar ao meu lado, mas não estavam.

Porra, porra... Onde essa mulher se meteu?!

Meu coração ainda estava disparado, eu continuava a suar frio. O que esse maldito sonho queria dizer? Será que a Violet também foi apenas um sonho passageiro? Daqueles que tentamos tocar por parecerem tão reais, mas logo em seguida se evapora? E que no final só deixam um vazio estranho e doloroso.

Pulei da cama e sair correndo a sua procura, desci as escadas o mais rápido que pude sem ao menos, me importar com os meus pés descalços e o frio que estava fazendo.

Conseguir me acalmar depois que vi o som ligando não muito alto e a voz dela cantando a canção que tocava.

…Girl, put your records on,

Tell me your favorite song.

You go ahead, let your hair down.

Sapphire and faded jeans,

I hope you get your dreams.

Just go ahead, let your hair down.

You're gonna find yourself some where,some how…

Sorri imediatamente, há tempos não ouvia música em casa e principalmente ela cantando. Sua voz doce sempre me trazia uma calmaria gostosa. Parei encostando-me a porta vendo a cantar, enquanto cortava alguma coisa na pia e de tempos em tempos parava para olhar Violet que estava no pequeno bebê conforto azul escuro em cima da mesa.

Segui até a bancada da pia onde ela estava cortando legumes, agarrei-a pela cintura beijando seu ombro e logo em seguida seu pescoço alvo.

-Por que, quando você saiu da cama não me acordou? –suspirei deitando a cabeça em seu ombro.

-Nossa como estamos manhosos. – riu, me fazendo sorrir involuntariamente. - Violet acordou e como você estava dormindo pesado eu vim fazer o jantar com ela. – deu de ombros.

-Mas você me deixou sozinho. – fiz bico, retrucando manhoso. –Tive um sonho ruim.

-Oh...-exclamou virando, ficando de frente para mim. – quer falar sobre isso? –encarou-me intensamente. E eu me vi querendo mergulhar na intensidade do mar chocolate.

Maneei a cabeça. Não queria assusta-la, Bella acreditava que por detrás dos sonhos havia alguma mensagem oculta, ela tinha puxado isso de minha sogra, Renée às vezes me assustava com esse lado psique dela.

Bella virou-se novamente e voltou a cortar mais alguns legumes.

-O que você esta fazendo?- perguntei curioso.

-Sopa creme de aspargos e brócolis...

-Nham, nham... –brinquei.

-Bobo...- ela riu, e mais uma vez seu sorriso encheu de luz as pequenas rachas obscuras que o sonho ‘incógnita’ deixou em meu peito. –Bom...-continuou. – E para acompanhar, torradas de pão italiano com ricota temperada e tomates secos. Sei que são suas preferidas. – confessou sorridente.

-Delicia...Mas tudo o que você faz é delicioso, Bella. Suas comidas são as minhas preferidas. – declarei com os braços ainda envolta de seu corpo cheiroso.

-Deixa Esme saber disso. –rebateu rindo.

Era melhor não entra nessa seara sobre dona Esme, minha mãe era  –creio eu- a mãe mais ciumenta do mundo. No começo de nossa adolescência até que era engraçado, mas depois não ficou nem um pouco. Esme implicava  tanto com a minha namorada como a de Emmett, com Alice não foi assim – espero que com Bree seja assim, não quero a menininha que peguei no colo com nenhum marmanjo.-

Porém, mamãe sempre foi uma mulher maravilhosa, justa, firme e ao mesmo tempo carinhosa.

-Que tal, nós irmos apresentar essa comilona aos nossos pais? Eles serão de suma importância –na justiça- você sabe disso.

-Deixa só eu acabar aqui. Hm...-experimentou algo e logo em seguida oferecendo-me, claro que tudo que vinha dela, aceitava de bom grado.

O gosto do creme que ela estava preparando estava delicioso, minha esposa daria uma ótima chef de cozinha.

-Muito, muito bom amor. – sussurrei tocando os seus lábios docemente. – Vou subir e ligar o computador, okay?! Quem sabe eu não encontro Renée ou Bree online não é mesmo?- ri. Minha sogra e irmã viviam na internet.

Renée era uma pessoa tão alto astral, sempre de bem com a vida que muitas vezes eu brincava dizendo que ela e Bree estavam sempre ‘disponíveis’ em todas as redes sociais.

-Ei?! – virei-me para encara-la. – Leva a Violet com você em no máximo cinco minutos eu estou subindo. – pediu, ou melhor, mandou antes de voltar sua atenção para o fogão.

-A pequena gremlin já foi alimentada? Vá que ela fique com fome e me devore?

-Boboca. – brincou jogando algo em mim, desvencilhei correndo para onde Violet estava, e ainda soltei. ‘’Criança estou com um bebê’’

Peguei o bebê conforto e sair conversado com a pequena sonolenta, que fazia um barulho engraçado de sucção na chupeta verde.  Admirei-a encantado, enquanto subia as escadas lentamente.

Deitei a Violet na cama assegurando-me que o bebê conforto não cairia ou rolaria e que a minha menina estava segura.  Peguei o notebook que estava encima da mesinha de cabeceira, coloquei o aparelho na cama, conectando-o.

-Vem, Bella...- gritei apenas para apressa-la.

-Estou bem aqui. – sussurrou ao meu lado.  Às vezes minha esposa era tão silenciosa quanto um rato invadido nossa casa em surdina.

Bella sentou-se ao meu lado, mas sem tirar os olhos de Violet, devo confessar que eu também não tirava. A pequena era tão linda -em todos os aspectos- que mais parecia uma linda bonequinha de porcelana. Daquelas onde apenas os colecionadores tinham de tão rara.

Nenhuma das que eu procurava estavam hoje. Sorte ou azar? Divaguei.

Peguei meu celular e Bella o dela para mandarmos mensagens para que as duas dessem sinal de vida pelo skype.

*Ei onde vc esta? Por que não estar online? Milagres realmente acontecem =O ~ seu lindo irmão, EC~

Nem dois minutos exatos se passaram até a resposta vir.

*Hehehe...Estou off boboca. Fica on q eu fico online pra vc =P ~da mais linda Cullen, BC~

Mandei-lhe outra mensagem, enquanto Bella falava ao telefone com sua mãe. Renée e Charlie eram maleáveis, pessoas fáceis de lidar. Eu considerava meus sogros como se fossem meus segundos pais e sei que a reciproca era verdadeira.

Enviei a resposta para minha irmã caçula.

*Mais linda? O.o Quem te iludiu? Hahaha...Prefiro no skype pode ser? Mamãe e papai estão ai? Preciso falar urgente com vocês. ~Lindo EC~

E novamente em dois minutos a resposta de Bree aparecia piscando em minha tela.

*Quem te ensinou a usar caracteres? O_O Ah, já sei, foi a minha cunhada preferida. Sim, eles estão. Vou chama-los. ~BC =P~

*Okay, princesa. E sim foi a Bella. Ah... Vou contar a Rose sobre a cunhada preferida. ~EC~

*Não me chantageei =/ ou eu vou contar para mamãe e o papai. ~Chantageada BC~

Ri tão alto que a pequena Violet se remexeu e Bella me lançou aquele olhar, aquele que faz a espinha gelar.

-Calma mamãe urso. –acalmei-a. – Bree se perdeu dentro de casa, por que pelo tempo que ela disse que iria chamar nossos pais. – murmurei fazendo, Bella ri.

-Minha mãe já esta online, Edward. – chamou minha atenção apontado para a tela, onde minha sogra aparecia e meu sogro logo atrás abraçando-a.

-Sogra, sogro... Como estão? – cumprimentei-os sorridentes.

-Estamos bem garoto. – Charlie respondeu com sua voz estrondosa, a qual eu tinha medo quando menino e namorava sua filha. Quem não o conhecia o achava sério demais, no entanto quem o conhecesse sabia o quanto o seu coração era bom.

-Nós estamos bem e vocês como estão filho? – perguntou Renée também animada. -Onde esta a Bella?

-Estou aqui mamãe. – aproximou da tela acenando um ‘tchauzinho’.

-Oh, meu amor. Como você esta se sentindo? Seu pai e eu estávamos conversando ontem sobre vocês ...E pensamos, por que vocês não passam alguns dias aqui? Mudar de ares faz bem, e o tempo aqui esta ótimo, do jeitinho que você gosta. Não é Charlie?

Meu sogro maneou com a cabeça dando-nos um sorriso acolhedor.

-Meu celular esta tocando crianças, volto logo. – Charlie comentou saindo de nossas vistas.

-Mamãe não podemos sair daqui agora. A senhora sabe o quanto eu amo Mobile, Esme também nos ofereceu uma temporada no Mississipi, mas no momento não podemos. – Bella olhou-me sorrindo e nossos olhos conectaram-se por alguns segundos ou minutos não sei precisar.

-Oh Deus! Vocês são tão lindos juntos. – Renée roubou nossa atenção, levando as mãos aos olhos. – Mas por que não podem vir? Edward pode tirar umas férias.

 -Mamãe... – Bella clamou pela mãe sorrindo. – Nós não podemos ir, pois...

Quando minha esposa iria completar a sentença, Violet resmungou seguida por choramingo. Giramo-nos para ver o que acontecia com nossa pequena, enquanto Renée falava algo que eu não dei a mínima atenção, pois todos os meus sentidos estavam em Violet.

-Shiii...Calma amorzinho. –Bella levantou-se ajeitando a pequenina em seus braços e trazendo-a para próximo onde eu estava.

-Acordou princesinha?- sussurrei beijando sua mão gordinha.

-Oh Deus! – exclamou minha sogra. – Quem...

-Mamãe eu quero te apresentar a Violet... Nossa...-Bella chupou uma forte respiração antes de lhe contar. - Nossa filha. Minha filha e do Edward. – confessou Bella toda orgulhosa, e aquilo de certo modo me impulsionou a querer contar logo para todos que ela seria/era nossa filha.

-Charlie... Amor corre aqui. – Renée chorava e Bella não estava diferente, lagrimas escorriam de seu lindo e delicado rosto.

Quando meu sogro apareceu na tela, foi a mesma coisa...

Conversamos mais algum tempo, tanto Renée quanto Charlie estavam super felizes –porém apreensivos- com a chegada da mais nova Swan Cullen. O que aliviou meu coração.

-Ah...Filha, agora tenho que ir para a galeria. Quadros novos estão para chegar!- falou exultante. – Bella para o que precisar não só você como o Edward e ...Ai meu Deus sou vovó de uma garotinha, para fazer Maria Chiquinha e não vai desmanchar como você fazia.

-Filhos tudo o que precisarem, nós estaremos aqui. Só uma coisa.- ressaltou preocupado. – Se os pais dessa criança aparecerem?

Entreolhamo-nos, isso era o nosso maior medo.

-Vocês podem fugir para o Alabama. – Renée comentou como se fosse a coisa mais obvia a se fazer, talvez fizéssemos isso caso algo ou alguém nos quisesse tomar a Violet. Sem nenhum resquício de duvida nos seriamos capazes de fazer isso. Apenas quarenta e oito horas com esse anjinhos e nos já amávamos mais do que a nós mesmo.

-Isso soa como um bom plano, Renée. – devolvi serio fazendo-a ri.

-Vocês são loucos. Ninguém vai me tirar minha filha. – Bella falou com uma convicção impressionante.

Concordei com ela, nos faríamos o possível e o impossível por nossa filha.

-Bom...Nós precisamos ir. – Minha sogra falou fazendo beicinho e nos rimos. – quero pegar minha neta no colo e encher de beijos.  Bella eu quero fotos da Violet toda semana você esta entendo?

-Sim mamãe.

-Okay, já vou indo. Amo vocês, minhas três crianças. – assim que ela se despediu tocando na tela – o que me fez jurar que seus olhos piscavam de lagrimas- e Charlie acenar a nossa conversa foi encerrada.

Abracei minha mulher beijando seus cabelos cheirosos.

-Tudo vai dar certo não é?

-Sim. E se não der por meios legais nos fugiremos para o Alabama. –dei de ombros.

Bella riu alto, tocando seus lábios nos meus.

-Eu te amo.

-Não mais do que eu.

Estava quase desistindo de conversar com  meus pais pelo computador, quando minha irmã apareceu na tela nos assustando.

-Desculpa a demora maninho, mas a mamãe estava fazendo um bolo e não poderia parar de bater para não perder o ponto e blá blá blá. – revirou os olhos.

-Bree cale-se. – ouvir a risada melodiosa de minha mãe. – Edward querido, sua irmã nos avisou que você queria falar conosco. É algo grave? Seu pai teve que sair às pressas para o hospital.

Ela abaixou-se como se pudesse ver melhor e eu sorrir ao ver minha mãe.

-Mamãe, como estão as coisas por ai?

-Tudo bem querido. Apenas sentindo muitas saudades sua. – devolveu emocionada. – Onde esta a Bella?

-Aqui sogra. – Bella riu acenando para minha mãe. – Também estamos com saudades Esme.

-Como esta se sentindo querida? – ponderou Condescendente.

-Muito bem. – Observei de esgueira ela me olhar assentindo veementemente e eu sabia que esse sinal era minha deixa para contar sobre nossa criança.

-Que ótimo queridos, meu coração fica mais calmo sabendo disso. –disse aflita. – viver longe de meus filhos me deixa preocupada vinte e quatro horas por dia.

-Relaxa mamãe. – despreocupei-a. - Tenho uma novidade para contar. – comentei divertido.

-Oh meu Deus...Não me digam que a Bella já esta gravida de novo. – Bree que até então não havia se pronunciado, comentou exasperada.

Fazendo Esme nos olhar estranhamente e nós gritamos em uníssono seu nome. Diga-se de passagem, minha mãe ficou nos olhando apavorada esperando que nós desmentíssemos.

-NÃO. – falei mais alto do que deveria, tentando acalmar, Esme, porém ao invés de conseguir essa proeza, apenas fiz Violet que estava acordada no colo da Bella chorasse alto.

Esme ficou petrificada ‘nos encarando’.

-Mamãe o que foi? – Bree perguntou a Esme tocando em seu braço. Ignorando totalmente minha irmã ela disparou.

-Isso é um choro de bebê? –diferente de Renée ela não tinha nenhuma emoção na voz.

-Sim.- Bella sussurrou. Ela também viu e sentiu o jeito que Esme nos olhava e meio receosa se, pois a lhe contar quem era a menininha mais linda que eu havia conhecido. – Nossa...Nossa filha. – levantou a menina para que a avó pudesse ver.

-Quem é essa criança, Edward? – Minha mãe ignorou completamente minha esposa como se ela não estivesse em suas faculdades perfeitas. – Me diga que não é isso que eu ouvir, meu filho.

-Mãe. – suspirei antes de respondê-la, mesmo estando a quilômetros de distancia eu não queria gritar com ela. – Violet será nossa filha...Bom, para Bella e eu ela já é nossa.

-Não. – vociferou. – Eu não posso acreditar na burrada de vocês. Por Deus. Vocês simplesmente tem que estar...Brincando. – pousou uma mão na cintura e a outra entre os olhos. – Vocês sabem o que isso significa? Simplesmente estão canalizando o amor do MEU neto por essa menina. DEVOLVAM ESSA CRIANÇA. – gritou exasperada.

Chocando-nos e assustando Bree que a olhava boquiaberta.

-Mamãe.- minha irmã sussurrou alarmada.

-Cale-se Bree...Vocês não sabem o que estão fazendo.

-Esme nos não vamos devolvê-la. Sabe por quê? Ela... – apontou para Violet que se espreguiçava e bocejava alheia aquele mar de desapontamento que levava como uma enxurrada minha alegria, por apresentar a nova Cullen aos seus. – É NOSSA filha.  Você não quer aceita-la? É um direito seu, apesar de que esse anjo não será criada por você e tampouco precisará te chamar de avó. Mas respeite nossa decisão. Somos os pais de coração e alma, e daqui a um tempo ela será uma Swan Cullen você aceitando ou não.

-Bella, querida me desculpe...Amo vocês com todo o meu ser, mas não vou de modo algum compactuar com isso.

-É um direito seu Esme. – murmurou tristonha.

Eu não conseguia responder, havia um enorme bolo em minha garganta pronta para eclodir.  Minha mãe não aceitava nossa filha, escolhida por nosso coração. Acho que essa dor – não era a mesma dor da perda do meu Tony- mas a decepção me golpeou com adagas em meu peito.

-Eu sei o que vai acontecer depois. – murmurou mais para si mesma do que para nós. Virou as costas saindo do quarto de minha irmã sem ao menos se despedir.

-Maninho eu não sei o que deu nela. – abaixou a cabeça. – Bom...- seus olhos brilharam.- deixe-me ver essa sobrinha linda.

Bella sorriu –não aquele que eu amava que chegava até seus lindos orbes- levantando um pouco a menina para que Bree pudesse ver seu rostinho lindo.

-AHHHHHHH...COMO ELA É LINDA, BELLA... ELA PRECISA DE ROUPINHAS ROSA, VESTIDOS FLORIDOS E LACINHOS DE CABELO. AAAAAAH...MINHA SOBRINHA PARECE UMA PRINCESA.

Nós rimos da alegria nítida da adolescente eufórica.

-QUANDO ALICE SOUBER E VE-LA VAI QUERER FAZER DE SUA BONEQUINHA. – Continuou minha irmã empolgada.

Bella ficou desconfortável, e eu pigarreei duas vezes para limpar a garganta.

-Ela já sabe, mas não esta muito feliz com isso. – devolvi ultrajado.

-Por quê? – perguntou sem entender.

-Nós também não sabemos Bree, Alice deve estar confusa. – Bella tentou amenizar a situação.  Mas na realidade ela queria mesmo apenas mascarar os fatos para minha irmã mais nova, as palavras ferinas de Alice a machucaram profundamente.

-Hm... Ela ficou brava igual à mamãe? – perguntou receosa.

Bella respirou fundo antes de lhe dizer que a reação de Esme intempestiva tinha sido sim dura, mas a da sua cunhada mais velha havia lhe machucado dez vezes mais.

Eu sabia disso. O que minha irmã lhe fizera continuava ali pulsando e em mim era como se uma fúria descomunal me possuísse a cada vez que falavam seu nome... E agora, Esme. Quantas pessoas mais vão virar as costas para nós? Por Deus, era apenas uma adoção. Um anjo que entrara em nossas vidas.

Afinal, em toda nossa vida-como casal- nós nos sentíamos danificados, era como se não nos encaixássemos sozinhos mesmo com nosso amor –e com Tony- mas Violet veio para juntar todos os pedacinhos  desse ‘quebra-cabeça’ e nos fazer completos como agora éramos.

Despedimo-nos de minha irmã com a incumbência –que ela nos fez prometer- que semanalmente mandaríamos fotos e vídeos de Violet.

-Às vezes parece tão difícil. – Bella murmurou baixinho como se falasse apenas para ela.

Suspirei audivelmente. Meus ombros estavam pesados, era como se eu estivesse carregando um grande fardo ali.

Deitei minha cabeça no ombro de Bella e minha esposa sorriu fracamente para mim.  Passei um dedo no rosto delicado de Violet que dava soquinhos para o ar em sua inocência com a boca que mais parecia um perfeito ‘’O’’.

-Pensei que todos ficariam felizes, mas pelo visto... – só depois do meu pequeno desabafo ser proferido, percebi o quanto minha voz esta embargada e apenas notei que chorava quando minha esposa limpou as lagrimas que caiam copiosamente.

-Não chora amor...Vai ficar tudo bem. Por favor...

-Sei que vai, mas é difícil. É... –gaguejei um pouco, pelo nó que não saíra.- São pessoas...Que amamos que estão ...Nos virando as costas. Porra, Bella... É minha mãe e irmã.

-Eu sei...Shi...Vai ficar tudo bem. Esqueceu? Nós somos uma família, pequena, mas uma família.

-E eu vou lutar pela minha família.

-E eu vou estar ao seu lado, segurando sua mão.

Bella tentou me abraçar desajeitadamente por causa da pequena boxeadora. Para conseguir me abraçar melhor, minha mulher deitou a pequena encrenqueira na cama, porém ao não mais sentir os braços quentes que lhe aqueciam e protegiam Violet protestou abrindo o berreiro.

-Ei? Nada de mamãe para o papai? Só mamãe pra Violet? – abaixei-me beijando sua barriga. –Não seja egoísta bebê. O papai também quer a mamãe, deixe de ser ciumenta.

Bella riu alto, levantando as mãos para o meu cabelo deitando-se na cama.

-Tem mamãe aqui pra todo mundo. –sorriu ternamente nos abraçando.

-Amo você. – disse tocando em seus lábios gostosos.

-Vocês são minha vida.

Eu devolvi o sorriso enquanto tomava uma das suas mãos nas minhas.

-Para sempre.

Soltei uma das suas mãos e subir para o seu rosto, acariciando suas lindas maçãs rosadas.

-Sempre.

Ela sorriu para o meu ato descansado o rosto na palma de minha mão. Essa era minha vida, minha família e não haveria nada nesse mundo que me impedisse de lutar por ela.  

 ‘’Às vezes é necessário excluir pessoas, apagar lembranças, jogar fora o que machuca abandonar o que nos faz mal, se libertar de coisas que nos prendem...

Espere sempre o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier. Ouse, arrisque, não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem seu respeito.

Quanto ao resto, bom, ninguém nunca precisou de restos para ser feliz.’’ 

- Autor desconhecido -


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Notas finais do capítulo

Esme e Alice estão sendo um problema para o nosso casalzinho não é? Mas por trás de suas ações...Elas só não querem que os dois sofram...
Mereço reviews? Recomendações? Amo cada comentário *u*
Qualquer coisa @PriihCullen ou MP.
Beijos!
Bom feriado.
Priscila =}