Niall's POV

Consegui o que queria em muito tempo. Eu agora tinha a garota perfeita e podia chamar ela de minha. Foi perfeito, melhor do que eu esperava e a reação dela foi melhor do que eu esperava. Mas uma coisa não estava no roteiro. Pedro. Aquele amigo idiota, todo perfeitinho e ela babando por ele. Eu sei que Riley é MINHA namorada, mas não é isso que tá parecendo, ela nem ao menos está me dando atenção, só fica lá babando pelo Pedro e dizendo como sentiu a falta dele. Nem ao menos com o pai dela ela falava direito. 

Tenho que confessar, quando aquele menino apareceu e ela pulou nos braços dele parecia que me deram uma facada. Eu nunca gostei desse menino, ele não me dá uma boa impressão. Parece que eu ainda vou ter muitos problemas com ele. 

-Hey, Niall, vem aqui. - Ouvi Julius me chamar, meu coração acelerou, o pai dela tem uma cara de bravo, mas mesmo assim eu fui até lá. 

-É... Oi. 

-O que é isso garotão? Eu não mordo. A menos que você magoe a minha filha, daí eu não vou morder, vai ser bem mais doloroso. - Começei a suar frio. - Calma, não fica com essa cara, eu só to brincando. 

-Eu prometo que eu vou cuidar be dela, ela é a mulher da minha vida. 

-Foi muito bonito o que você disse pra ela. Riley também te ama, de verdade, eu vejo isso nos olhos dela. - Assenti e procurei por ela, a vendo conversando com Pedro, bem próximos. - Não liga garoto, eles são inseparáveis, não precisa ter ciúme, eles são quase irmãos. Vivem grudados, mas nada nunca aconteceu. Ela ama é você. 

-É que... É estranho, eles são tão próximos e ela nem ao menos está dando atenção ao senhor, só pra ele. 

-Eles sempre foram, não tem com o que se preocupar. E garoto, não precisa dessa formalidade, me chamando de senhor, não precisa disso. Mas eu admiro sua educação. 

-Obrigado senho... Julius. 

-Agora vai lá, chame Riley aqui, eu quero contar uma coisa pra ela. - Assenti, pedi licença e fui até os dois.

No caminho eu trombei com muitas pessoas, sabe como é, o apartamento do Zayn é bem grande e tinha gente espalhado por todo canto, só não tinha gente bêbada porque a família de Riley estava aqui, e ainda nem eram 10 horas. Foi quase uma missão impossível, todos me pararam para me desejar parabéns pelo namoro mas finalmente eu consegui chegar até ela. 

-Hey linda. - Ela nem me olhou. - Riley... - Nada. - Riley, eu to falando com você - A cutuquei e finalmente ela me olhou. 

-Me desculpa. 

-Eu sei, você estava muito entretida na convesa. Mas isso não me interessa, seu pai quer falar com você, vem. 

Ela bufou, se lavantou e me seguiu. Ela estava com a cara fechada, toda bravinha. 

-Riley, aconteceu alguma coisa?

-É que eu estava conversando com o Pedro, como você pôde perceber, e você interrompeu, e fica me olhando toda hora. Niall, seja mais seguro, ele é meu amigo, você é meu namorado, deu pra entender? 

-Mas... Ok. Me desculpe, eu só quero cuidar do que é meu. Agora vem, seu pai quer mesmo falar com você. - Ela pegou minha mão e nós fomos ao encontro do pai dela que estava conversando animadamente com a noiva dele.

 RIley me olhou e semicerrou os olhos, pelo jeito ela não ia com a cara daquela mulher, muito menos eu, mesmo não a conhecendo. Para chamar a atenção do pai RIley teve que fingir uma tosse, e deu certo. 

-Filha. Não te vi ai. Me desculpe. 

-Tudo bem, mas o que você queria me falar?

-Primeiramente eu queria te apresentar minha noiva, Meggie. - Riley fez uma cara feia bem rápida, difícil de perceber, Meggie se levantou e abraçou ela. 

-Bom te conhecer querida, seu pai não para de falar em você nem por um minuto. 

-Ah... Legal. - Ela deu um sorriso irônico e o pai dela continuou a falar. 

-E eu tenho uma grande notícia, meu chefe me concedeu o direito de pedir tranferência, já que eu trabalho há mais de dez anos na empresa. 

-Então você vai morar na Inglaterra? - Riley disse animada. 

-Não, eu vou voltar para o Brasil. - Ele disse animadamente me olhando, sínico, ele sabia que eu a amava e queria nos separar. 

-Mas pai... Eu não posso deixar tudo aqui, os meninos, meus amigos, Niall... - A cara dela não era a das melhores, muito menos a minha, eu tinha um nó na garganta, eu não iria suportar perdê-la. 

-Querida, você sempre me disse que não aguentava a sua mãe e eu tenho a sua guarda, você tem tudo no Brasil, nossa família, você também tem amigos lá. Então você vai voltar para o Brasil comigo. 

Por um momento ela não falou nada, muito menos eu, assisti a toda aquela cena sem dar um pio, não tinha o que falar. Eu iria perdê-la, logo agora que a conquistei. 

-Não. - Ela praticamente sussurou, levantou a cabeça. - Eu não vou. Você não vai me obrigar a isso. Eu não tenho nada no Brasil, só você, o Pedro e minha avó, eu não vou voltar pai, não vou mesmo. 

-Mas como eu já disse eu tenho a sua guarda, você não tem que querer nada. - Ele se mantinha calmo e me olhava sorrindo toda hora, Riley estava vermelha, prestes a chorar. 

-Pai... Não me obrigue a isso, você não seria capaz. 

-Sim, eu seria e estou sendo capaz de te levar comigo daqui. Você nem ao menos gosta da sua mãe. 

-Eu não vou. Você estragou tudo, eu tenho tudo aqui, eu vou ficar aqui, com o homem que eu amo, e com os meus melhores amigos. E pode parar de sorrir pra mim, eu não vou cair na sua ladainha, porque raios você não se transfere para a Inglaterra? Você tem mesmo que estragar a minha vida? Logo agora que tudo estava dando certo, pai, não seja cruel comigo. 

-Eu já tomei minha decisão, eu vim para te falar isso, eu vim para te levar daqui, daqui duas semanas. Me desculpe, mas vai ser preciso, eu sei como você odeia a sua mãe. 

-EU NÃO ODEIO ELA, EU ODEIO VOCÊ. 

Ela disparou e chamou a atenção de todos, principalmente de sua mãe, ela saiu ali correndo e eu tentei ir atrás dela, mas seu pai me impediu. 

-Hey, não adianta. 

-Você não tinha o direito, eu pensei que você gostava de mim, eu pensei que você era o bonzinho nessa história. 

-Riley só vai se magoar com você, vocês viajam muito, não tem tempo para ela, é melhor assim. E não, eu não gosto e você. 

-Me solta. - Puxei meu braço e sai correndo atrás dela. 

Ela havia saido do apartamento e eu não tinha a mínima ideia para onde ela havia ido. Peguei o elevador de saí do complexo, e por sorte encontrei ela do outro lado da rua, chorando e soluçando alto, no frio, corri até ela e me sentei do seu lado, ela me viu e deitou sua cabeça no meu ombro, eu a abraçei e vendo que ela estava bem gelada. 

-Niall... - Ela soluçava. 

-Ele não vai conseguir isso Riley. 

-Eu não quero ir, eu não quero te perder. 

-E você não vai baixinha, eu vou estar sempre com você, sabe porque? - Ela negou. - Porque eu te amo. 

-Eu nunca pensei que ele faria isso, meu pai é uma pessoa tão boa. 

-Eu também pensei isso, mas parece que ele não gosta de mim e nem dos meninos. 

-Se minha mãe... Se ela tentar, ela consegue a minha guarda? Eu não quero ir. 

-Isso demora, mas se você quiser ela pode tentar, isso vai fazer com que você fique por mais tempo em Londres. 

-Eu quero, eu quero. Eu vou fazer de tudo para não ir para o Brasil. 

-Se você for eu vou junto. - Disse e ela me olhou incrédulo. 

-Você tá louco? Não, você não vai. Niall, você tem uma legião de fãs que te ama, você não pode e não vai largar tudo isso para ir para o Brasil. Não mesmo, eu não iria deixar, muito menos os meninos. 

-Eu faria isso por você. - Ela sorriu fraco e me beijou. 

-Eu te amo. Seu idiota. - Limpou suas lágrimas e levantou. - Vem, vamos expulsar todo mundo, para mim a festa já deu. 

-Para mim também, podemos ficar comendo, em um lugar mais quente que aqui, só nós 6, como sempre. 

-Mas e o Pe, a Eleanor, Danielle?

-Só os 9. Vem baixinha. O que aconteceu não vai atrapalhar seu aniversário.

-Mas... 

-Não pensa mais nisso. É assunto para depois. - A beijei. - Ninguém vai tirar você de mim, pode ter certeza. 

Nós estávamos voltando para o complexo quando 4 almas vieram correndo até nós. 

-Riley. Aquilo era... Verdade? - Zayn perguntou. 

-Parece que sim. - Ela respondeu. 

-Ninguém vai tirar você de nós baixinha. Você é nossa propriedade. - Harry disse e a abraçou. 

-E como Liam pensou que a festa já tinha dado o que tinha que dar, já já nós vamos ter a casa só pra nós. - Louis disse. 

-Como nos velhos tempos. - Ela continuou. 

-Sempe vai ser. Nós não vamos deixar você ir embora, ok? Agora não pensa mais nisso, hoje é seu aniversário, e você ainda tem muito para aproveitar. - Eles conseguiram colocar um sorriso no rosto dela imediatamente.