Riley's POV

Eu estava devastada, ainda em choque com o que aconteceu, eu não podia acreditar no quão cruel meu pai havia sido, e eu tenho certeza de que tem mais coisa por trás disso, e eu vou descobrir, sozinha ou não. Nós iriamos voltar para o apartamento de Zayn e eu vi Pedro saindo de lá, vindo em nossa direção.  Ninguém falou nada, só esperamos ele se aproximar, e quando fez isso me entregou um papel. 

-Me encontra nesse endereço e nesse horário amanhã, tá bom? - Assenti - Tenho que ir. 

-Mas... - Ele me deu um beijo na bochecha e saiu apressado. 

-Esse cara é retardado? - Louis perguntou. 

-Com certeza deve ser. Agora vamos lá pra cima. - Harry disse. 

-Acho melhor não, eu quero ir pra casa, muita coisa aconteceu hoje, e apesar de ainda ser cedo eu estou um pouco cansada e preciso falar algumas coisas com a minha mãe. 

-Ah Riley, não. Fica só um pouco. - Zayn disse

-Não Zayn, melhor não, mas obrigada por tudo hoje meninos, pela festa e por tudo mesmo. Falem que eu mandei um beijo pra Dani e pra Elly, ok? 

-Eu te levo pra casa.  - Niall disse. 

-Não, não precisa. 

-Eu não estava pedindo permissão. - Sorri e assenti. 

-Então vamos, beijos meninos. 

Eles deram um tchau coletivo e voltaram para o complexo, talvez para começar a arrumar a bagunça que devia se encontrar o lugar, se bem que eles provavelmente só vão deixar aquilo lá uma zona maior ainda. Fiquei perdida em pensamentos, na verdade eu não queria ir para casa, mas não queria ficar. Queria ir encontrar Pedro agora, saber o que ele queria, por que ficou tão estranho de uma hora para outra. Tateei meu bolso traseiro e ia pegar o papel quando Niall me abraçou. 

-Dorme em casa? - Ele sussurou no meu ouvido. 

-Que? Não Niall, eu realmente preciso ir para casa, desculpa. 

-Não agora, você tinha prometido ficar comigo e com os meninos, como o nosso plano furou, porque você quis, então fica comigo um pouco? Só um pouco. 

-Vamos logo antes que eu mude de ideia, e se o seu apartamento estiver uma bagunça, esquece, eu vou embora no mesmo instante. 

-Xi... Ai não posso garantir nada. - Ele começou a rir. - Mentira, a empregada foi hoje lá, tá tudo em ordem. Vem. - Ele pegou minha mão e nós fomos para o apartamento dele. 

Realmente estava tudo em ordem e eu poderia ficar com o meu namorado, sozinhos, fazendo tudo o que quisessemos, sem pensar nos  problemas que nos aguardavam. Me sentei no sofá e liguei a tv. 

-Você tá muito folgada Riley. 

-Nini, não me enche, é meu aniversário e vai buscar alguns salgadinhos pra gente. 

-Nini? Que tipo de apelido é esse?

-É que eu sou meiga. Agora vai, pega uns cobertores e coisas pra gente comer. - Ele foi até a cozinha e voltou com salgadinhos. 

-Vem me ajudar com as cobertas - Antes que eu protestasse ele me puxou e fez com que eu para suas costas. 

-Você joga sujo Niall. - Ele só riu de mim e nós fomos para o quarto dele, ele parou na frente da porta do closet e eu saí de cima dele. 

Fomos pegar as cobertas, que eram muito grossas, o que me fez desequilibrar porque ele as jogou em cima de mim , e o quarto dele é bem grande, eu quase me espatifei no chão, se não estivesse encontrado a cama dele primeiro. Caí com a coberta e tudo, ele só ficou rindo de mim, vindo lentamente ao me encontro talvez para me ajudar, ou rir mais ainda, esperei que fosse a primeira opção. Ele ficou na beirada da cama e estendeu os braços para mim e eu puxei ele, fazendo com que caisse em cima de mim. 

-Isso não é nada engraçado, ok?

-É sim. - Ele tentou recuperar o fôlego - Você deveria ver sua cara, foi o melhor tombo da história. 

-Queria ver se fosse você. Agora vai, sai de cima de mim, você é muito gordo.

-Não. 

E me beijou. Foi um daqueles beijos doces, calmos, doces, e ao mesmo tempo cheios de desejo. Agora eu tinha certeza de que ele era só meu e de que eu o amava, muito. Eu não percebi a coisa tomar intensidade, uma grande intensidade. Ele parou de beijar e passou para o meu pescoço. MInha mão percorreu seus cabelos loiros e ele parou de beijar meu pescoço e ia voltar para a minha boca, se eu não tivesse o impedido. 

-Niall, é melhor nós pararmos por aqui. 

-Eu também acho. - Ele me deu um selinho. - Vem, vamos para a sala. 

Pegou minha mão e nós pegamos as cobertas, os salgadinhos e ficamos no sofá, bem quando chegamos começou a passar Forrest Gump, eu quase tive um ataque, é meu filme preferido de todos os tempos. Resolvemos assistir, foi meio dificil prestar atenção no filme, com Niall ali fazendo graça e carinho em mim a todo tempo. E além do mais um assunto não saia da minha cabeça, apesar de eu ter conversado muito com Pedro hoje, ele não tinha me contado nada, eu nem parei para perguntar, e agora tinha essa do "encontro" com ele. Agradeci mentalmente por Niall não ter lembrado disso. 

Acordei com o sol batendo na minha cara, Niall já estava acordado e fazia cafuné em mim, se é que podemos chamar isso de cafuné, era mais um carinho normal. 

-Olha só quem acordou. Bom dia luz do dia. 

-Hey. Que horas são? 

-9 da manhã. 

-Graças a Deus. Preciso ir para casa, se Laurie perceber que eu não voltei ela vai ter um ataque do coração. 

-Não, ela me ligou e eu disse que você estava aqui. 

-Mas mesmo assim, a noite foi ótima, obrigada por tudo mas eu realmente preciso ir para casa, tenho coisas para resolver. 

-É, seu amiguinho chamou você vai correndo. - Me lembrei que não tinha nem ao menos visto o bilhete de Pedro, o peguei e vi que ele me pedia para encontrá-lo as 10, crueldade. 

-Já vai começar. Eu disse que você é meu namorado, não ele. Eu realmente preciso ir. 

-Eu te levo. 

-Não precisa, eu só vou escovar o dente. Doga, não tem nenhuma escova aqui. 

-Tem umas reservas, pode usar. 

Fui ao banheiro e vi que estava toda descabelada, horrível. Não sei como ele não se assustou quando eu acordei. Dei uma ajeitada no ninho, escovei meus dentes e saí do banheiro, me deparando com um Niall sorridente e todo lindo. 

-Como eu queria que você não fosse. E queria que você morasse aqui comigo. 

-Vai sonhando babe. Agora eu tenho que ir. 

-Um dia você ainda vai ser minha esposa, nós ainda vamos ter uma casa cheia de crianças correndo e fazendo bagunça, e todo dia ao acordar eu vou dizer que te amo. 

-Até quando eu ficar velhinha?

-Eu sempre vou te amar. 

-Niall, para de ser lindo. - Lhe dei um selinho. - Eu tenho que ir. 

Ele me puxou para mais perto e me deu um verdadeiro beijo. Me separei dele com relutância, colamos nossas testas e ele sussurou um "Eu te amo", me deu mais um selinho e eu tive que ir, só iria passar em casa para trocar de roupa e iria encontrar Pedro, talvez eu chegasse um pouco atrasada