A Preferida 2 - O Ano Da Formatura escrita por Roli Cruz


Capítulo 9
Fazendo Arthur Connor Feliz


Notas iniciais do capítulo

Hy, my Peoples *-*
Bem?
Eu to tão feliz *o*
I'm In Love XD
Bom... Esse capítulo... 3 coisinhas sobre ele:
- Coloquei, finalmente, o Banner \o/
- Sinceramente, sei que NENHUM DE VOCÊS, leitores, estavam esperando por isso XD
... Nem eu, mas tudo bem (: ...
- Capítulo dedicado ao Jonathan Bemol ♥
Não vou falar os motivos, porque senão...
Enfim,
Enjoy ♥
;*



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Entrei em casa pisando duro, larguei a mala em um sofá e me joguei no outro.

– Que aconteceu, Jennifer? – Ouvi meu pai chegar perto de mim.

Na minha vida, ultimamente, nada durava tempo o suficiente.

Nunca falei com um pai tempo o suficiente. Porque ele sempre teimava em colocar Margareth no meio.

Nunca cheguei a passar tempo suficiente com o Dylan. A máscara dele caiu antes que eu me entregasse por completo.

Nunca consegui passar tempo suficiente com o Andrew, meu melhor amigo. Mudei de casa antes que eu pudesse ficar mais com ele.

E agora, também não passei tempo suficiente com o Nick. A cobra da Nadia veio antes que eu pudesse aproveitar mais.

– Jen? – Meu pai se sentou ao lado das minhas pernas, que estavam no braço do sofá, e me encarou fixamente. – Vamos. Conte-me.

– Não aconteceu nada. – Cruzei os braços e olhei para o céu azul de Nova York.

– E aquelas roupas? O que são? – Ele estreitou os olhos e apontou para minha bolsa que, sem querer, deixava à mostra a malha de líder de torcida.

– São para o treino. – Dei de ombros. Porque ele estava perguntando? Será que a queridinha da Margareth não havia contado a ele, ainda?

– Treino? Que treino? – Ele franziu o cenho, e percebi que ele estava realmente confuso. Que isso, meu pai não sabe nada sobre mentir.

– Treino de líderes de torcida. – Respondi.

– Desde quando você faz parte da equipe de líderes de torcida? – Ele continuou perguntando, enquanto levantava e pegava minha bolsa.

– Margareth não te contou? – Arqueei uma sobrancelha.

– Não.

– Nossa. Que milagre é esse? – Sorri e, por um momento, esqueci como a minha vida estava um lixo.

– Porque você não me conta as coisas? – Ele continuava a me encarar, sua testa franzida.

– Ah... – Virei o rosto e dei de ombros. – Não há necessidade.

– Não há necessidade? – Ele repetiu, incrédulo. – Desde quando, um pai saber sobre a vida da própria filha, não é uma necessidade?

– Desde que esse pai nunca pergunta ou se importa com a filha. Retruquei. Já estava magoada, triste, quebrada, dolorida, com vontade de chorar, de mau humor... E ele ainda queria piorar as coisas?

– Jennifer. – Ele chamou. Olhei em sua direção. – Você acha que eu não me importo com você?

– Tenho quase certeza. – Murmurei, voltando a encarar o céu azul.

– E com o que você acha que eu me importo? – Ele sorriu, fazendo seus olhos enrugarem dos lados, por causa da idade.

– Não sei. Com a megera, talvez?

– Margareth? – Ele sorriu mais ainda.

– Viu? Viu como eu não preciso nem falar o nome dela, para você saber? – Estreitei os olhos e cruzei novamente os braços.

– Você está com ciúmes de sua própria mãe? – Ele riu e eu o olhei. Fazia tanto tempo que eu não ouvia sua risada. Ele sempre reclamava do trabalho, e como tinha dores... Há muito não ria, a não ser... Quando via Margareth.

– Não. Não estou com ciúmes dela. Estou tentando te entender. – Suspirei e, antes que ele tirasse aquele sorriso do rosto, perguntei: - Pai. Você realmente a ama?

Ele diminuiu um pouco o sorriso e me olhou ternamente.

– Sim. Eu a amo, filha.

– Mesmo depois de ela ter nos abandonado?

– Cada um tem seus motivos. Para qualquer coisa, atitude ou escolha. Cada um tem seus motivos.

– Todo mundo tá filosofando comigo, ultimamente. – Fechei os olhos e esqueci, naquele momento, várias coisas. Apenas me foquei em uma delas. A felicidade de meu pai.

– Jennifer, você está bem?

– Uhun. – Respirei fundo e, finalmente, disse ao meu pai algo que sempre quis dizer: - Pai, o senhor ficaria feliz se a meger... Margareth, viesse morar com a gente?

Nunca pensei em ver meu pai, Arthur Connor, corado. Mas ali estava ele. Ficando vermelho e sem graça.

– Eu... N-não sei... Acho que sim. Por quê? – Ele me olhou, pasmo. – Não está pensando em... Está?

– Em trazê-la para cá? – Arqueei uma sobrancelha, enquanto me sentava normalmente. – Acho que sim. Se o fizer feliz...

– Isso é uma decisão? – Ele juntou as sobrancelhas e fixou seus olhos em mim.

– Acho que sim. – Dei de ombros. – Se o senhor quiser, eu a aguento aqui em casa.

– Jennifer. – Ele pegou meu queixo com uma mão e me forçou a encará-lo. – Você está fazendo isso por mim?

– Sim. – Respondi de imediato e, sinceramente, depois que vi o lindo sorriso que ele mostrou, não me arrependi de fazer meu pai feliz. – E... Acho que por mim também. Certo? – Sorri. – Tenho dezessete anos. Já é hora de aprender a aguentar a minha... Mãe.

– Obrigado, filha. – Ele me abraçou e meu coração deu um pulo. – Eu te amo.

– Também te amo, pai.

*

– Alô?

– Posso falar com Margareth? – Perguntei, fazendo o possível para lembrar o sorriso que meu pai mostrou.

– Quem é?

– Jenni... – Suspirei. Se eu tinha que fazer aquilo, teria que fazer direito, não é? – A filha dela.

– Jennifer? – A voz teve um misto de espanto, com malicia e surpresa. – Jennifer Connor?

– Quem está falando?

– Katherine, sua irmãzinha.

– Passa o telefone pra Margareth logo, antes que eu perca a educação? – Disse o mais civilizadamente que consegui.

– Uau, alguém acordou com o pé esquerdo hoje. – Ela riu, fazendo o telefone chiar.

– Anda logo, Katherine. – Retruquei, impaciente.

Mãe! – A ouvi gritando. – Telefone!

Quem é? – Outra voz surgiu, e meu estômago revirou.

Adivinha. – Podia imaginar o sorriso malicioso de Katherine, ao pensar em mim.

– Alô?

– Oi Margareth. – Respondi, sendo tão educada quanto posso.

– Jennifer?? – Olha o espanto aí de novo.

–Não, o... – Suspirei. – É, é. Sou eu.

– O que quer? – Agora ela estava hostil, quase me arrependi de ter ligado. E teria me arrependido, se não fosse meu pai na minha frente, sorrindo como nunca.

– Quero saber se você aceita uma proposta. – Respondi.

– Proposta?

– É. – Expliquei que eu havia conversado com meu pai, que ele disse que a amava... Por mais estranho que seja, ela ficou calada enquanto eu falava tudo.

Cinco minutos depois, concluí meu raciocínio e esperei por sua resposta.

– Então... Vocês querem que eu vá morar com vocês? – Ela perguntou meio desconfiada. Até eu teria ficado assim, no lugar dela.

– É. – Respondi, mas logo completei: - Mas terá que pagar, pelo menos, uma conta.

– Me deixa falar com seu pai. – Sem objeções, passei o telefone para ele e fui para o quarto.

Joguei meu corpo cansado na cama e fiquei olhando pro teto.

Por muito tempo, pensei em como havia feito meu pai feliz. E como ele pareceu mais jovem, sorrindo daquele jeito.

Por mais que doa, eu sei. Ele ainda ama Margareth.

E, mesmo que eu não goste muito da ideia, deixar que a megera entre na vida dele, e minha também, por completo... Fiz um ato nobre. Afinal, não posso ser feliz, se as pessoas ao meu redor estão tristes. Certo?

E falando em felicidade...

Como será que andam o Nicholas e a Nadia?

Será que ele a ama? Será que já me esqueceu? Será que... Eles voltaram?

Felizmente, antes que eu entrasse em depressão, meu pai apareceu na porta do quarto e sorriu como uma criança no natal.

– Ela aceitou.

Não aguentei, por mais que eu odeie minha mãe, ver meu pai daquele jeito... Era reconfortante.

– Quando ela vem? – Perguntei.

– É... Queria falar com você sobre isso... – Ele corou e eu levantei da cama na hora.

– O que?

– É... Elas. Plural. Katherine também vem.


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Notas finais do capítulo

QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA, QUEM ESTAVA ESPERANDO POR ISSO!
Sim... Sim... Reviravolta e tanto.
Beijos ;*