P.o.v May

–bom dia! –Desci as escadas já arrumada para escola sorrindo

–Nossa. Tá feliz até agora? O que o Justin fez? –Tomas comentou terminando de tomar o café da manhã. Meu pai quase cuspiu o café e todos riram.

–O que? –perguntei sem entender pegando uma maçã

–Ah May, sabemos que vocês tem um casinho –Desta vez Lucy piscou os olhos

–Primeiro: Eu e Justin não temos nada pra suas informações, segundo que eu tô normal, e terceiro que vocês dois são muito pirralhos pra pensar nisso.

–Primeiro que somos sua famílias, precisamos da informação –Meu pai disse

–Segundo que você está toda sorridente e fofa –Lucy complementou

–E terceiro que nós somos novos. Você é velha então... –Tomas deixou a frase solta rindo no final

–Eu... não acredito! Vocês são incrivelmente bobos! –Não me aguentei e ri também.

(**)

Me escondi o dia todo. Já estava saindo na ponta dos pés quando me chamaram

–DROGA! –Gritei mas logo tapei a boca, dando de cara com Kate, Chaz, Ryan e Justin

–Já sabe do nosso acordo, certo? -abaixei a cabeça

–sim. –murmurei

–AEEE JUSTIN! –Kate gritou e riu –então, oito horas no shopping. Ta?

–Tudo bem –Fui me arrastando embora.

Por pouco.

(**)

Olhei em meu relógio de pulso. Estava cinco minutos atrasada.

Dane-se eles nem vão perceber

–TA CINCO MINUTOS ATRASADA ,SUA MARGINAL! –Ouvi o grito da voz firme de chaz

–Para de gritar, Chaz. Ta todo mundo olhando –ele nem ligou. Veio até mim e me abraçou

–senti falta de você –sorri sem mostrar os dentes.

–Hey gata –revirei os olhos

–Fala Butler –desta vez, ele quem revirou os olhos

–Odeio que me chame pelo sobrenome, sabe disso –ele me empurrou

–Só porque te lembra margarina? –Ri alto

–May, para de Rir alto, todos estão olhando –Chaz me imitou

–NOSSA CHAZ, IGUALZINHO! –Dei um tapa em seu braço

–Sua sem educação, nem cumprimenta! –Olhei pra trás e vi Kate

–Hey, Kate. Belê? –Fizemos nosso toque

–Cara, isso era da quinta-série –Ryan arregalou os olhos

–Minha memória é exelente. Bitch, please! –Joguei o cabelo, fazendo todos rirem

–CARAMBA, DÁ PRA ALGUÉM ME AJUDAR! –Bom, a voz pelo menos era de Justin, que estava lotado de pipocas e refrigerantes. Cada um foi até ele rindo e pegando um pacote e o copinho enquanto ele parava xingamentos.

Quando ele deu uma pausa olhou pra mim e então sorriu

–Hey, May –encolhi os ombros sorrindo sem mostrar os dentes

–Oi –Ele veio até mim e me deu uma pipoca e refrigerante mexendo no bolso

–Gente... eu... não vou no cinema não... –disse baixo

–Por que? –Kate perguntou pegando os tickets na mão de Justin e me dando um

–Já é teu –Ryan disse calmo. WOW

–Não... eu não vou poder pagar depois –disse mais baixo

–May, não é pra pagar depois. –Justin arqueou as sobrancelhas e veio me puxando até a sala de cinema

–sério, você precisa parar de me empurrar pros lugares

–Eu nunca te empurrei –ele disse sério. Coloquei as mãos na cintura o encarando

–eu te puxei. É BEM diferente –ele riu fraco. Apenas revirei os olhos

Entramos no cinema e nos sentamos. Estava cheio.

–Esqueci, qual filme viemos ver? –Perguntei me encostando no banco e piscando pra Justin que estava do meu lado

–Os vingadores –ele sorriu

–WOW! Não estava esgotado?

–estava –ele disse com cara de tédio

–e como... ? –antes que eu terminasse a frase Kate me interrompeu

–Não queira saber hein, gata –Todos riram. Antes que eu questionasse mais alguma coisa as luzes se apagaram dando aquele friozinho na barriga

–nunca veio em um cinema? –Justin perguntou sussurrando

–Não –sorri tímida

–Você vai gostar –ele sorriu

–Por que?

–Porque EU te chamei –rimos

–isso não significa absolutamente nada

–Dá pra calar a boca aí? –Ryan tacou pipoca em nós.

**

–AH MEU DEUS EU NUNCA RI TANTO NA MINHA VIDA –Coloquei as mãos na barriga curvada saindo do cinema

–MENTIRA! Tem aquela vez que fomos tomar sorvete e andar de skate! –Kate afirmou e aí que gargalhamos mais. Até Justin que nem sabia da história.

–Ok... parei vai! –Disse calma –o que vamos fazer?

–Comer –os meninos responderam juntos nos arrastando pra praça de alimentação.

–eu vou fazer os pedidos –me levantei – o que querem?

–um x-tudo com porção de fritas, coca-cola, a maior que tiver e também traz um chocolatinho –chaz disse rápido

–o mesmo –Justin, Kate e Ryan disseram juntos

–ah legal... E COMO EU VOU TRAZER ISSO?!?! –gritei fazendo eles rirem

–Se vira ai gata –Ryan piscou

–Vem, eu te ajudo –Justin disse parando de rir. Fomos andando calados até uma lanchonete em que os lanches são conhecidos por serem grandes.

–Hey... eu queria quatro x-tudo, quatro coca-cola’s, quatro porções de batatas ,quatro barras de chocolate... –disse pro tio do balcão

–Não vai pedir pra você? –Justin me cutucou falando baixinho

–Não precisa não –sorri

–Velho eu vou... EU VOU TE BATER SE VOCÊ NÃO COMER LOGO! –Justin gritou fazendo com que todos olhassem. O que eu fiz foi rir e ele, ficou vermelho.

–Só isso? –o cara do balcão nos encarou. Olhei pra Justin que estava me fuzilando.

–e uma porção de salada e suco de laranja, por favor –sorri e ouvi justin bufar

–Lá vem você com essa salada –ele se encostou no balcão. Revirei os olhos tomando o dinheiro da mão dele e entregando para o cara do balcão.

Puxei Justin para o lado para esperarmos os lanches.

–Moleque chato você hein!

–aprendi contigo, né gata! –ele piscou

–Comigo? Sou tão chata que não fui eu que fiquei insistindo pra vir aqui! –semi cerrei os olhos

–Eu só insisti porque eles queriam! Cai na real né, Angel –ele revirou os olhos

–Então você é um pau mandado? E decide se vai me chamar de May ou Angel –cruzei os braços

–Não sou um pau mandando, só gosto de estar junto aos meus amigos. Diferente de você que os abandona por uns mais populares. E o que eu posso fazer se você tem duas caras? –Justin e eu já estávamos um frente ao outro ambos se matando com o olhar

–APAPUTAQUEPARIU! –Disse em português e vi a confusão tomar conta de seu rosto, mas sem deixar a raiva de lado –Você que se acha o moralista, espero que esteja fazendo bem melhor que eu –sorri falsa indo pegar duas das bandejas. Peguei cada uma em uma mão e fui andando firme até nossa mesa. Os três riam de alguma coisa, não me importei. Só deslizei as bandejas na mesa e me sentei pegando a salada e o suco mais que furiosa.

–Ow, como você trouxe assim? –Chaz arregalou os olhos vendo Justin chegar com um pouco de dificuldade, colocar as bandejas na mesa e se sentar bravo

–trabalhei de garçonete –disse rude e juntando meu cabelo e o enrolando colocando para trás. Kate estreitou os olhos. Ela sabia que eu só fazia isso quando estava irritada.

Justin estava sentado do meu lado, todo largado na cadeira. Antes que eu pudesse comer, o silêncio daquela mesa me incomodava, mas não mais que os olhares.

–Que foi? –eu e Justin perguntamos juntos

–Nada... –os três responderam desviando o olhar. Comecei a comer. Sabia que eles não iriam ficar quietos por muito tempo, quer dizer, É A KATE, CHAZ E RYAN! É impossível!

E assim foi, conversa vai , conversa vem.

Obvio que eu e Justin não estávamos incluídos nessas conversas, mas foi o suficiente para terminarmos de comer e fomos para o estacionamento

–Obrigada gente –sorri sinceramente. Fazia sei lá quantos anos que eu não vinha ao shopping.

–Obrigada o Caramba! Você vai vir mais –Chaz se jogou em cima de mim

–Hãm.... a gente vê... –disse receosa -agora, eu vou indo.

–ESPERA! –kate gritou – Justin vai te dar uma carona

–Como é ? –Justin perguntou com os olhos arregalados

–Você que disse que queria isso –kate disse inocente

–ah Kate, eu agradeço mas não precisa –disse sacando o que a peste aprontou

–Para de doce e entra logo no carro –Justin disse rude

–Tenho cara de cadela pra ficar te obedecendo?

–Tenho mesmo que responder? –ele colocou um sorriso sarcástico no rosto

–Eu não quero a merda da tua carona!

–Ah claro, e você vai andar até a sua casa a essa hora da noite, passando pelos piores lugares da cidade e sozinha? Sim, claro –ele disse irônico

–Qual o problema? Não finja que se importa!

–nenhum problema, a não ser a hipótese de você ser estuprada, morta e esquartejada!

–Me poupa, eu sei me cuidar –revirei os olhos e dei as costas pra ele. Já não via mais kate, ry e chaz. Legal.

Dei mais uns três passos e senti meus pés saírem do chão

–O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO, JUSTIN? –O imbessil estava me carregando até o carro.

–Em nenhum momento perguntei se queria a carona, você vai e ponto. E PARA DE ME SOCAR AÍ

–ME PÕE NO CHÃO, OTÁRIO!

–Ô VADIA! –ele abriu a porta do carro e me colocou lá dentro, mesmo eu esperneando e puxou o cinto. Antes que eu pudesse me soltar, ele puxou o próprio cinto e arrancou com o carro.

A viajem de 15 minutos –que mais pareciam horas –foi totalmente silenciosa. Até porque eu juro, que se aquela ameba falasse qualquer coisa eu o estrangularia com minhas mãos.

Ele parou o carro e olhou pra mim sínico e irônico. Tirei o cinto e antes de sair do carro olhei pra ele sorrindo do mesmo jeito, sínica e irônica

–Obrigada por isso, veado –Saí do carro e bati a porta ouvindo um ‘’por nada, vadia’’

Antes que eu respondesse, ele saiu com o carro

–ARRRRGH! –soquei o ar.