Justin P.o.v

Eu queria rir.

Ou melhor, gargalhar.

Nunca achei que veria uma cena tão comédia quanto a ver May daquele jeito.

Também nunca achei que ela morasse em uma casa daquelas. Não que a casa seja mal cuidada.  Pelo contrário, ela era arrumadinha, tinha uma harmonia legal , só que era uma casa bem pequena e já velha. Principalmente pra essa Angel  que eu conhecia na escola.

Depois do nosso momento constrangedor, ela foi se arrumar.

Fiquei tentando imaginar a May em casa.

Ela é legal?

Porque como Angel ela me assusta.

Passado alguns minutos nessa brisa meu celular tocou. Olhei o visor. Chaz Somers.

-Fala e –disse

-Fala veado! –ele riu e ouvi alguém bufar por trás

-que infantilidade hein, chaz! –uma voz fina

-Kate? –perguntei querendo rir

-E Ryan também –Ryan disse. Ri

-e então...? –estimulei a darem continuidade ao assunto

-Quer ir na praça? –Chaz disse

-Ih, nem dá agora –respondi

-Tem algo melhor pra fazer? Suponho que não. Então tira o traseiro do sofá e vamos logo –Ry

-cala a boca, velho –Ri –eu vou sair com meus pais, uma amiga e os pais dela

-Hmmmmmmmmmm. Sei. Quem é essa amiga –Kate riu

-Hãm... é a Angel –disse rápido e baixo

-o que? –kate perguntou

-é a Angel, ok? –admiti

-ENTÃO JUSTIN TEM UM ENCONTRO COM A ANGEL? SAFADO!

-Cala boca Ryan –ri fraco

-uma descontração que meu pai coloca quando um funcionário entra na empresa, mesmo Daniel já estando nela há um bom tempo. –disse calmo

-Daniel é o que lá? –Kate perguntou

-Sócio, coisa assim –disse indiferente

-SÉRIO? QUE LEGAL! Agora eles podem se mudar! –kate disse feliz

-você conhece a Angel? –perguntei confuso

-Chama ela de May que vai ser melhor –Chaz interferiu

-já que você vai ter um tempinho a mais com ela... –Kate começou

-HMMMMMM –logo depois ouvi um barulho e a voz de kate dizendo ‘’para de me cortar, cassete’’ Ri muito disso

-Ok Justin, tenta convencer ela de sair com a gente

-ta, tudo bem, mas... –antes que eu fizesse a pergunta vi Angel  -vou indo, tchau.

-vamos? –perguntei vendo ela com as sobrancelhas arqueadas

Ela assentiu e fomos para minha range.

A primeira coisa que eu fiz ao entrar no carro foi começar a pensar em um assunto pra conversar

P.o.v May

-Então, você mora aqui a… -ele começou dando partida no carro

-Pode ligar o rádio? –Perguntei seca o cortando.

-Hãm... sim –ele fez um barulho com os lábios. Quase um ‘’pfff’’.

Era obvio que eu não queria conversar. Mesmo que eu quisesse, eu não saberia como.

POXA!

O MOLEQUE ME VIU QUE NEM UMA MENDIGA!

Ele apertou os botões do rádio e logo começou a tocar uma música.

Ah, sério mesmo May?

Ok, era ‘’your love –nicky minaj’’

Fomos todo o caminho ouvindo as playlist que enviam.

Sem nenhuma palavra.

Ótimo!

-pronto! –ele disse desligando o rádio, estacionando o carro. Saltei pra fora e fui caminhando pra dentro do parque de braços cruzados, mas como nem tudo é beleza, o segurança me barrou.

-eu... vou encontrar minha família. –quando dei mais um passo ele me barrou de novo

-precisa do ingresso –ele disse, enfim

-o que? –descruzei os braços. O cara apontou pra uma barraquinha ao lado

-Lá vende ingresso. Dez dólares  cada. Só pode entrar com eles.

-mas cara! Eu só vou ver meu... –antes que eu terminasse a frase e batesse no segurança, Justin chegou por trás estendendo dois ingressos ao segurança

-ah sim, boa diversão –o segurança sorriu. Abri a boca incrédula

-Vai pra.... –antes que eu terminasse a frase, Justin me puxou, lançando um sorriso de agradecimento

-Ta louca, May? –Nós andávamos rápido por meio o povo se divertindo

-Velho eu só vim ver o que meu pai quer, não me divertir –falei tentando achar minha família

-não contaria com isso –Justin parou de andar e falou baixo. Antes que eu soltasse meu ‘’como é?’’ quando eu me virei pra encarar o loirinho com uma cara sapeca e com as mãos nos bolsos da calça, me chamaram

-hey May –me virei dando de cara com meu pai com um boné da Dora a Aventureira

-Oi pai... e tem... uma dora.. no seu boné –disse devagar. Ele riu

-OI MAAAAAY! –Anne chegou gritando e pulando em mim

-Hey anne

-e aí May? –Tomas chegou junto a Lucy, Jeremy e Pattie.

-Oi –sorri fraco. Eles me cumprimentaram –pai, pode falar.

-Falar o que? –ele pegou um pedaço de algodão doce.

-me chamou aqui pra... –deixei a frase solta

-ah sim. Pra se divertir.

-como é? –arregalei os olhos

-Uma pequena distração. Quase uma ‘’boas vindas’’, sabe –Pattie sorriu

-Ah... mas quem vai trabalhar é meu pai... –sorri de lado

-Nós presamos muito a família –Jeremy disse.

-Ah, então... vamos la! –sorri fraco e falso.

Eu não queria fazer isso de me envolver com eles, mas senti que agora, eu deveria.

-vamos naquele barco que gira no alto? –Tom gritou

-claro –meu pai e todos concordaram. Chegamos até a fila, fiquei parada

-Não vem? –Lucy perguntou já na porta do barco

-não. Eu vou esperar aqui em baixo –disse me afastando.

**

Eles já foram em sei-lá quantos brinquedos.

Eles.

Eu ainda não tinha ido em nenhum.

Assim que eles desceram rindo do brinquedo que rodava enlouquecidamente meu pai escolheu outro

-Eu queria ir nos jogos por lá –Justin choramingou. Não prestei atenção. Minha camiseta parecia bem mais interessante.

Sério, era bonitinha.

-Vem May! –ouvi Justin dizer

-oi? –perguntei, vendo que agora só estávamos eu e ele andando.

-vamos... naquele ali! –ele apontou um brinquedo em que você tinha que pegar o martelo e bater até tocar o sino e foi correndo pra lá. Corri atrás dele enquanto ele pegava o martelo eu tirava satisfações

-cadê o pessoal? –perguntei enquanto ele se ajeitava erguendo o martelo

-Foram em outros brinquedos. –ele mal me olhou

-Mas... mas por que eu estou com você?

-ah, aí ta querendo demais. –ele riu e bateu o martelo, fracassando

-e onde eles foram? –perguntei

-oxe.. vamos lá! –ele deu impulso e novamente fracassou

-Justin, dá pra me ouvir? –Alterei o tom de voz

-Ah May, pelo amor de Deus! Se diverte um pouco, desde que chegou aqui não fez nada! Agora eu tenho que dar um jeito de tocar esse sino e... –Ele não olhou pra mim sequer um segundo, estava entretido demais. Revirei os olhos já frustrada e arranquei o martelo de sua mão e o joguei pra trás pegando impulso e depois ‘’martelando’’ a base, fazendo o sininho tocar e sair um ticket.

-wow. –Justin sorriu de lado

-Agora fala, cadê o pessoal? –deixei o martelo e cruzei os braços

-Foram em outros brinquedos. –Justin riu

-Não tem graça! E por que não tô com eles?

-porque eles avisaram, e você ficou parada pensando na morte da bezerra, aí só ficou eu e você, e eu te chamei e você veio –ele segurou o riso, vendo minha cara

-AI MANO! –soquei o ar

-May, relaxa e se diverte, vai! –Justin ia se virar mas antes eu abaixei pegando o ticket.

-o que está fazendo? –Justin arqueou as sobrancelhas

-pegando o ticket –disse obvia

-pra...?

-pra pegar um ursão azul –respondi

-O ticket desse brinquedo só dá pra uma bolinha de gude no máximo –ele riu

-ai, cala a boca Justin. Eu vou conseguir o urso –ri também

-veremos –ele piscou. –agora vamos na roda gigante

-não –balancei a cabeça

-não foi uma pergunta, princesa –ele riu e saiu me puxando enquanto eu gritava ‘’não’’ .