Wakeru escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 17
Capítulo 16 - Investigação


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Eu não abandonei a fic!
Boa leitura!



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“Na verdade, ele nem quer minha ajuda; você não o  conhece como eu. Ele está a salvo, completamente a salvo. Ouça bem o que digo: nunca mais ouvirá falar dele.”

O Médico e o Monstro - Pág. 45

Toshiya POV

- Eu já disse fui até lá, e eles disseram que o fugitivo passou por lá e depois foi refugiar-se com um Yakuza. – o Oficial Daisuke parecia muito estressado, e encarava o Delegado, como se a culpa fosse dele.

- Você é apenas um policial comum Daisuke, quem cuida das investigações é o Toshimasa-san. Se ele precisar de sua ajuda, ele o chamará.

O ruivo me encarou com o olhar furioso, e eu apenas retribui. Não tenho culpa se ele não conseguiu encontrar o acusado.

O delegado olhou para mim como se esperasse que eu respondesse uma pergunta não feita...

- Poderá me ajudar Daisuke-san, só quando eu chamar... e não me olhe desse jeito, eu não tenho culpa se o malandro é esperto.  Agora se me dão licença, preciso começar a trabalhar... – sai da sala, e fui até meu escritório.

Bom, se meu amigo estava no meio, tenho certeza que ficaria mais fácil para investigar o Kyo, mas primeiro eu teria que descobrir qual dos yakuza’s daquele bairro era  protetor dele.

Mas eu não podia andar por aí de terno e gravata, por que perceberiam o que eu sou.

Coloquei uma roupa informal e sai do escritório ocultando o máximo possível meu revolver.

Sai da delegacia, e logo ganhei as ruas, que parecia tão vazias para o meio de uma semana.

Eu tentei me lembrar onde ficava o ponto de encontro de todos os marginais que andavam com o tal Kyo.

- Ah... me lembrei! – pensei alto e segui até o lugar mais vazio da cidade.

E como eu previra o pequeno grupo estava sentado no beco falando sobre o dito cujo.

Primeiro, observei de longe. E depois resolvi me juntar ao bando, me apresentei como um deles e logo entrei no assunto.

Era fácil me infiltrar nos meios, por que com o tempo que eu trabalho na delegacia, eu aprendi a ser falso, e finjo muito bem obrigado.

Claro que demorei alguns dias até eles terem plena confiança.

Alguns dias depois...

- O Kyo-san já vinha planejando isso há um tempo... e aquele velho pilantra merecia  uma bala na cabeça.

Eu apenas ficava observando.

- E sabe de uma coisa, acho que aquele maluco que estava andando com ele ajudou, por que foi assim que o Kyo-san se aproximou ainda mais dos yakuzas.

- E eu não acredito que ele conseguiu contato com o Kamata-sama. E como ele conseguiu contato, eu não sei, só sei que o Kyo estava tentando se filiar com eles, e ser tornar um yakuza.

Eu apenas  observava, enquanto um veio me oferecer um cigarro, que aceitei para que não desconfiassem...

Eles continuaram falando sobre o Kyo.

E eu apenas ia anotando mentalmente nomes, e consequentemente, onde mais ficavam...

Isso já me ajudaria muito...

Fiquei um bom tempo entre eles, e eu ainda não sei como conseguem fugir da policia, por que são idiotas...

Depois de um tempo somente os analizando, me afastei com a desculpa de algum problema a resolver.

Segui andando traquilamente, pensando em tudo o que eu tinha escutado.

Dei de cara com o Daisuke, e isso me assustou.

- O que faz aqui oficial Daisuke? – perguntei.

- Atrás de você, é claro. Você saiu sem seu distintivo..

- Mas é claro,vai que eu dou o azar de entrar numa briga e eles me descobrem.

- Mesmo assim, não devia largar no distrito.

- Para de tentar me ensinar o meu trabalho. – reclamei, as vezes o Daisuke pode ser um pé no saco.

- E então o que descobriu? – perguntou, desviando do assunto.

-  Que o suspeito tem algumas ligações com a Yakuza, e que eu não preciso falar do meu trabalho para você.

- Eu poderia te ajudar... já que sei quem pode ser a ligação desse marginalzinho com essa gangue.

Impossível ele saber mais que eu, mas não custa nada ouvir o que ele tem a me dizer....

- O que sabe? – perguntei sem emoção.

-  Que aquele seu amiguinho, está muito mais envolvido com a yakuza, do que você pensa...

Cerrei os olhos e prestei atenção.

- Acho melhor conversarmos em outro lugar, Daisuke.

- É...

Continuei andando, e ele me seguiu, minha casa era por perto.

Entramos e pedi para que ele se sentasse.

- Continue. – pedi.

- Eu fiquei intrigado com seu amigo. E procurei mais sobre ele. E encontrei uma informação valiosíssima.

- Não enrola, fala logo por que eu não tenho muito tempo, tenho que voltar para o distrito.

- O pai dele era um Yakuza.

Espera... o Kaoru nunca me falou isso.

- Como assim? O Pai dele era químico.

- De fachada, morreu á serviço da yakuza, um tiro. E o seu amiguinho estava junto.

- Não... o Kaoru não participa disso, ele...

Realmente, o Kaoru, ficou um pouco estranho depois que o pai dele morreu, apesar que logo depois, eu me afastei, e agora que o reencontrei, o vejo todo tatuado.

- Ele é filho único, então não tem pra quem jogar esse cargo.

- Você não está me ajudando, só me confundiu...

- Você só está confuso por que ele é um amiguinho seu, e se ele não fosse, você já teria achado o marginalzinho que esta sendo protegido por ele.

- Sai daqui, vai sai.... me deixa pensando.

Daisuke saiu, e eu fiquei inconformado.

Comecei a andar de um lado para o outro.

Precisava urgentemente  falar com o Kaoru.

Sai correndo de casa, lembrava mais ou menos onde ele morava.

Cheguei lá e dei de cara com a porta.

- Droga onde o Kaoru foi?.... – bufei de raiva.

Tudo aponta para que ele tenha culpa se ele não aparecer logo.

Uma vizinha saiu na janela.

- Está procurando o rapaz que mora ai?

- Estou sim. A senhora poderia me dizer se ele saiu?

- Bom... não que eu seja fofoqueira...

“mas já sendo” ... ri em pensamento.

- Mas vi um loirinho vir buscar ele de carro, e todos da casa saíram com mochilas nas costas.

Droga Kaoru, que merda você tá fazendo agora?

- Quando eles saíram?

- Bom, acho que já faz uns dois dias...

- Ele costuma sair assim? Por muito tempo? – perguntei.

- Não... ele sempre está por aqui, mas a casa começou a ficar movimentada, vi uns quatro rapazinhos diferentes virem aqui, um loirinho de olhos azuis, um menorzinho de cabelos castanhos, um tatuado e o loiro que veio de carro aqui.

O loirinho é o Tooru... o outro loiro, deve ser o Shinya, que nunca largou do pé do Kaoru.  Agora os outros dois... nem vinham a minha mente.

- Obrigado senhora, caso o Kaoru-san volte, você podia avisar ele que eu o procuro?

- Claro. Não se preocupe, rapaz. – ela acenou e entrou para casa dela.

Fiquei pensando no que eu podia fazer, e lembrei que eu podia ir atrás do Shinya... sim... o Kaoru poderia estar com ele.

Segui até lá, e vi um senhor, que julguei ser o pai do Shinya. Ele saiu num carro de vidros escuros.

Esperei o carro se afastar considerávelmente e chamei o Shinya.

Que prontamente saiu.

- Oi Shinya...

- Toshiya?! Quanto tempo! – ele sorriu.

- Eu queria  fazer uma única pergunta. – fui direto, não podia perder muito tempo. Mostrei meu distintivo, e ele se surpreendeu.

- Pergunta sobre o quê?

- Onde tá o Kaoru?

Ele pareceu ponderar sobre falar ou não.

- Ele teve que sair do país, uns probleminhas.

- Não mente. Eu sei que você tá mentindo.... Ele tem alguma coisa com a yakuza, não tem.

- Não sei.

- Como não sabe? anda sempre com ele, e se não me engano, trabalha com ele no laboratório.

- Ele não tem nada com isso. – ele pareceu gaguejar, e isso me fez acreditar que em algo ele mentia.

- Eu não acredito em você.

- Então fique com suas duvidas.

- Você está atrapalhando uma investigação. O Kaoru pode estar protegendo um assassino, e você está acobertando os dois.

- Não estou! – protestou.

- A maneira como age diz que está...

-  Você não me conhece, e eu não sou obrigado a responder suas perguntas...  – ele me deu as costas.

Aumentando minhas duvidas.

Maldição.... eu tenho que descobrir onde o Kaoru esta.

E com quem ele está...

Droga.

Voltei para o distrito, com o ódio me consumindo.

Eu estive enganado, todo esse tempo com o  Kaoru?


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Notas finais do capítulo

Ahhh, o que acharam? Foi bom, foi ruim?
Desculpem, mas como disse, a criatividade tá passando longe de mim!
Mas prometo que não vou demorar com o proximo!