O Fantasma Do Passado... escrita por Kamyla Vale


Capítulo 2
Capítulo Um : Voltando para casa...


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente.
Boa leitura...



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- Você tem certeza? – Ângela Weber me perguntei pela milionésima vez.

- Sim, - disse sorrindo – esta na hora de parar de fugir.

Ângela me olhou com compaixão e eu quase revirei os olhos com isso. Ela sabia toda a minha história, toda mesmo. Dez anos atas quando a conheci em um pequeno Straburk  no centro de NY e lhe disse que precisa desesperadamente de um apartamento ela ofereceu o seu para que dividíssemos o aluguel. Eu apesar de poder comprar um apartamento só para mim aceitei, eu já me sentia sozinha o suficiente.

- Vá então, eu espero sinceramente que tudo dê certo Bells. Espero que você esteja fazendo a coisa certa.

- Eu também, Ang. Eu também.

Logo depois eu subi no avião em direção a Itália, em direção a minha casa.

#

O taxi parou em frente à grande entrada da mansão Swan, paguei o taxista e saí do carro. O taxista pegou minha bagagem e colocou tudo ao meu lado e se foi. E eu? Bom, eu fiquei ali parada em frente ao meu lar da infância sem coragem de entrar.

Olhei ao redor deixando as lembranças alagarem minha mente. Fazia muito tempo que não vinha aqui. 10 anos para ser mais exata. Eu fugi pro longos dez anos de tudo que envolvia a máfia ou Edward Masen Cullen, eu mal podia acreditar que depois de todo esse tempo eu realmente estava de volta.

Ali em pé de frente para a mansão da família eu não conseguia encontrar o sentido de ter ido embora, eu não conseguia ver a genialidade do plano que eu tão desesperadamente arquitetei dez anos atrás. Dez anos atrás ir embora e deixar o passado no passado pareceram tão geniais e perfeitos que não pensei duas vezes em arrumar minhas coisas e partir, ir embora daquele lugar. Para longe daquele mundo, longe dos amigos, da minha família... Longe dele.

E nunca, nunca mesmo ter que voltar ou olhar para trás. E eu segui o brilhante plano a risca. Nunca, nenhuma vez na ultima década eu voltei a por os pés na propriedade da família, meus pais iam até mim nos feriados e datas importantes. Até que meu pai caiu doente de uma hora para outra e eu não consegui convencer a mim mesma a voltar. Até minha mãe chorar ao telefone e eu finalmente ver o quão covarde eu estava sendo ao me esconder do assunto. Fugir não era a solução afinal.

Respirando fundo caminhei pela grande e requintada entrada da mansão da minha infância, eu mal podia acreditar em como tudo estava exatamente do jeito que eu lembrava.

- Oh meu Deus!

Me virei e dei de cara com Susi, a governanta que ajudou minha mãe a me criar. Sorri fracamente mais uma vez me perguntando por que tudo não foi diferente.

- Olá, Su. Eu voltei.

- Oh! Menina Bella! Você voltou!

Susi praticamente correu em minha direção e eu recebi seu abraço emocionada, eu havia sentido muita falta de Su ela era uma segunda mãe para mim. É claro que sempre falava com ela pelo telefone, mas não era a mesma coisa que receber um abraço calorosamente maternal como o que estava recebendo agora. Passar tanto tempo longe da  minha família foi uma burrice, mas pelo menos pude ter um tempo depois que tudo aconteceu... Não terminei o pensamento sabendo que com ele viria a já conhecida dor no peito que ia muito alem de uma dor emocional, era tão forte que chegava a ser física.

- Vamos Su, eu também senti sua falta mama, mas agora estou aqui, estou bem e voltei para ficar.

- Que bom querida. – Ela passou a mão rechonchuda no meu  rosto e eu suspirei. – Senti tanto sua falta, olha para você esta tão bonita, mas parece muito marinha...

Eu ri.

- Não se preocupe com isso Su, tenho certeza que você vai fazer o possível para mudar isso, não é?

- Mas é claro que si! – Seu sotaque Italiano pesou.

-Bella?

Me virei e encontrei minha mãe, Renne me olhando com olhos marejados.

- Ciao mamma. Indietro.*

- Oh figlia, sei andato a casa.* – Disse minha mãe chorando, fui até ela e a abracei.

- Come sta papá? – Disse entre seu cabelo.

- Oh! Ele esta melhor. O medico disse que foi infarto, as que se tudo der certo e seu papá se cuidar melhor vai ficar tudo bem.

Suspirei aliviada.

- Onde ele esta? Quero vê-lo.

- Esta no quarto. Vamos.

- Su, estou com fome. – Disse fazendo manha, mas eu não estava realmente com fome. Só queria distraí-la e funcionou seus olhos brilharam e ela foi para cozinha debatendo consigo mesma o que entraria no cardápio.

Balancei a cabeça sorrindo.

- Ela não muda, não é?

Minha mamma sorriu carinhosamente.

- Não, continua uma velha louca.

Nos rimos e seguimos para a suíte dos meus pais.

Meu pai estava meio deitado na cama com um notebook no colo e o telefone na orelha e gritava em italiano.

- No! Incompetenti!*

Ri e ele olhou em minha direção, seus olhos se arregalaram e depois se encheram de emoção.

- Bella...! – Ele arfou. – Mio Dio! La mia piccola!

Corri e o abracei.

- Oh, papá! Sei mancato tanto!

- Anche a me, ragazzo!

Chorei um pouco em seu colo, mas depois lembrei que estava ali por ele e não ao contrario.

- Oh, papá! O que pensa que esta fazendo? Achei que o medico tinha dito que era para você descansar?

- Eu já disse isso a ele, - resmungou minha mãe – mas ele me escuta? No!

- Papá! – Repreendi. – Por que esta fazendo isso consigo mesmo? Os negócios não vão fazer a diferença se você estiver morto!

- Besteira! Eu estou ótimo!

- Se estivesse tão bem quanto diz esta, eu não teria largado toda minha vida em NY para vim vê-lo.

- Quer dizer que eu tenho que esta a beira da morte para você vim me ver? Figlia ingrata!

- Para de drama, sabe que não foi isso que eu quis dizer.

- Foi isso que pareceu!

Bufei.

- E como o senhor estar de verdade, papá?

- Estou ótimo! Nunca estive melhor!

- Sei... Chega. – Me levantei pegado o notebook e tomando o telefone das suas mãos.

- Ei! O que pensa que esta fazendo?

O olhei  irritada, eu não ia perder meu pai por negócios da máfia.

- Eu estou assumindo os negócios.


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Notas finais do capítulo

Ciao mamma. Indietro = Olá, mamãe. Voltei
Oh figlia, sei andato a casa = Oh filha, você voltou pra casa
Come sta papá? = Como esta papai?
No! Incompetenti! = Não! incopetentes!
Mio Dio! La mia piccola! = Meu Deus! Minha pequena!
Oh, papá! Sei mancato tanto! = Oh papai! Senti tanto sua falta!
Anche a me, ragazzo! = Eu tambem criança!
#
Oi, pessoas! Aqui esta o primeiro capitulo. Só queria explicar que a Bella e a familia dela são italianos legitimos! Então eles falam muito italiano!
rs...
Só esclarecendo!!



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