True Supernatural escrita por Cat Hathaway


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Estou amando que vocês estão gostando da história. Aqui está mais um capítulo. Se eu demorar a postar, me desculpem. É que meu pc ta ruim e só entra na internet quando quer.
Enjoy!



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Capítulo 3

Roxy acordou com a mente rodando. Tinha sido o sonho mais louco e mais real de toda a sua vida. Reconheceu o seu quarto depois de alguns segundos e se viu vestida com o moletom do Mickey Mouse que pertencia a sua irmã. Passou a mão pelo cabelo emaranhado e se perguntou que horas eram.

Deveria ter sido a festa mais louca de sua vida, já que não lembrava nem de ter chego nela. Nada além daquele sonho estranho na estrada. Mas era mentira, certo? Claro que era. Aquilo não poderia existir. Só com as lembranças, Roxy tremeu. Só havia uma coisa que ela se lamentava de ter sido ilusão. Aquele homem loiro. Forçou sua mente para lembrar o nome. Dean Winchester.

Os olhos verdes eram a última coisa que lembrava e estava feliz por isso. Era melhor do que ter a sua irmã falando no seu ouvido por ser irresponsável e ter bebido metade da festa. Claro que, se Rachel não reclamou ontem, o faria hoje. Isso fez Roxy fazer uma careta. Tomara que depois a irmã pudesse contar o que realmente aconteceu e se ele havia ficado com alguém interessante.

Um barulho vindo da cadeira ao lado de sua cama, lhe chamou atenção. Estreitou os olhos azuis, incerta. Então arfou ao ver que tinha alguém a observando. Se sentou com rapidez, tentando ajeitar o cabelo. Quase teve um surto quando se pegou encarando os lindos olhos verdes de Dean Winchester. Claro que esse momento mágico acabou quando percebeu que havia uma arma em seu colo.

“Meu Deus.”, ela disse ao perceber que, se ele estava ali, a noite passada não havia sido um sonho. Mais que diabos...

“Você está melhor ou vai desmaiar de novo?”, Dean perguntou a tirando dos pensamentos.

Demorou um segundo para que ela pudesse responder. Na verdade, Roxy não tinha certeza do que faria. Poderia gritar. Poderia apagar novamente. Poderia exigir o que tinha acontecido ontem. Mas nada tiraria a confusão que tinha se instalado em sua mente. Dean suspirou e se levantou da cadeira. A julgar pelos estalos que seus ossos fizeram quando ele se espreguiçou, dava para saber que ele estava sentado observando Roxy a muito tempo.

“Eu acho que estou bem.”, ela disse, incerta. Então fez uma careta. Um gato daqueles em seu quarto e sua irmã a vestia com aquele moletom ridículo. “Ontem foi...”

“Real”, Dean disse e a viu colocando o rosto entre as mãos e gemendo. Estava acostumado a esse tipo de reação. Parou ao lado de Roxy e pôs sua mão no ombro dela. “Vamos tomar café da manhã e conversamos melhor.”

Roxy levantou os olhos azuis para Dean, vendo seu sorriso. Ele estava tentando confortá-la. Se tudo aquilo não fosse tão irreal, acharia fofo. Percebendo que ele estava esperando uma resposta, assentiu e se levantou da cama. Deu Graças a Deus que Rachel havia se dado ao trabalho de lhe vestir um short. Curto, mas um short.

Desceu a escada um pouco bamba. Eram muitas coisas ao mesmo tempo. Mas, o que mais lhe afetava era a presença de Dean. Conseguia sentir os olhos verdes a estudando. Queimava a sua pele. Era uma nuvem de tensão tão densa que qualquer um conseguia ver. Ela já deveria ter se acostumado. Era bonita. Chamava atenção. Mas, com aquele desconhecido era diferente. Era como se soubesse que era atraente pela primeira vez e gostava disso.

Ao chegar na cozinha, pegou Sam Winchester inclinado no balcão de granito, sorrindo e olhando sua irmã terminando de cozinhar. Rachel também sorria e tinhas as bochechas coradas. Dean riu, chamando atenção dos dois para ele e Roxy. Rachel rapidamente tirou as panquecas do fogo e foi abraçar a irmã.

“Você está bem?”, ela perguntou, segurando a morena pelos ombros e a encarando de cima a baixo. “Sim. Está tudo no lugar. Você quase me matou de susto, Roxy.”

“Eu sei. Desculpe.”, Roxy se sentou na bancada entre os irmãos Winchester e cumprimentou Sam. “Sam, certo?”

“Sim.”, ele apertou a mão dela. “Roxa... Roxy.”, ele se corrigiu rapidamente quando viu a irmã Miller ficar frustrada.

“Querem uma cerveja?”, Rachel perguntou abrindo a geladeira e tirando duas cervejas de lá. Coloco-as no balcão já abertas e os irmãos Winchester brindaram e beberam.

“Que palhaçada é essa?!”, Roxy exclamou tomando a atenção de todos na cozinha. Os três a olharam como se fosse maluca. Ou como se esperassem por isso. Dean pôs a cerveja na bancada e revirou os olhos. Ele, com certeza, já esperava aquilo. “Vocês vão fingir que ontem não aconteceu e fugir do assunto ou vão me contar.”

Rachel deu a volta e colocou o braço nos ombros da irmã, como se apoiasse ela. Lado a lado, os Winchester conseguiam ver perfeitamente as semelhanças na gêmeas. Os mesmo olhos azuis escuros. A mesma pele pálida. As mesmas bochechas rosadas. Os mesmos lábios em forma de rosa. Se não fosse o cabelo, ninguém poderia dizer quem era quem.

Claro que nem Sam, nem Dean conseguia dizer quem tinha pintado o cabelo. Mas Dean tinha uma suspeita que tinha sido Roxy. O espírito rebelde que emanava dela dizia isso. Separadas, as irmãs Miller eram tão diferentes. Rachel parecia ser bem mais velha. Não de aparência, mas no modo que cuidava da irmã. Como se fosse sua filha. O jeito que Roxy tentava reconfortar a irmã. Era tão parecido com o jeito que Sam e Dean cuidavam um do outro.

Dean nem abriu a sua boca, voltando a tomar a cerveja. O trabalho de explicação sempre era de Sam. Tinha o hábito de ser insensível e verdadeiro demais quando contava as coisas as vítimas. Paquerar garotas, era ótimo. Mas tentar confortar pessoas que acabaram de ver um fantasma enfurecido pela primeira vez, era péssimo.

A julgar pelo rosto de Rachel enquanto Sam escolhia as palavras do que contar a Roxy, ela já deveria estar sabendo de tudo. Dean não tinha certeza. Passou a noite inteira de guarda. Sam pesquisou pouco, já que era tarde e a biblioteca da cidade estava fechada. Rachel observava o irmão moreno com apreciação e quando percebeu que Dean tinha visto aquilo, desviou o olhar para a irmã e corou.

É, parecia que Sammy já tinha se arranjado.

“Achamos que era um espírito enfurecido.”, Sam tentava explicar a Roxy. “Nós.”, ele apontou para si mesmo e para Dean, que levantou a cerveja e deu um sorriso rápido. “caçamos essas coisas. Estávamos monitorando esse espírito. Ele vem todos os anos, nesse mesmo dia e mata gêmeos.”

“Apenas gêmeos?”, Roxy perguntou.

“Sim.”, Sam continuou. “E sempre naquela avenida.”

“Droga, Roxy.”, Rachel exclamou, deixando a irmã de olhos arregalados. “Eu disse para você que não era uma boa ideia ir por ali.”

“Não.”, a irmã morena discordou. “Você apenas perguntou porque estávamos indo por aquele caminho.”

“Isso porque estava com um mal pressentimento.”

“Se você tivesse me falado...”

“Você não daria importância, como sempre.”

“Está dizendo que eu nunca escuto o que você diz?”

“Não me escuta, nem a ninguém, Roxy. Era isso que irritava a mamãe.”

“A nossa mãe é uma vaca megera.”

“Hey.”, Dean gritou encerrando aquela discussão. “Se querem brigar tudo bem. Mas agora não.”, ele bufou e olhou para Sam. “E eu achava que o nosso relacionamento fraternal era difícil.”

“Certo.”, Roxy disse se dando por vencida. “Então, já que eu estou viva, está tudo bem, não é? Já passou da data, você deram um tiro naquela coisa, espírito, o que seja. O que acontece agora?”

“Não demos um tiro nele.”, Dean a corrigiu.

“Mas ela não estava mais em cima de mim quando vocês chegaram e eu escutei o barulho do tiro.”

“O espírito fugiu assim que eu engatilhei.”

“Merda”

“Ele virá atrás de nós?”, Rachel perguntou um pouco amedrontada.

Dean e Sam trocaram olhares e não disseram nada. Isso foi o suficiente para Rachel se arrepiar e Roxy salivar por uma cerveja. Sem muita opções e com preguiça de ir até a geladeira, pegou a cerveja de Dean e bebeu em um gole só. Ao sentir o álcool em sua boca, suspirou aliviada. Aquilo era demais para aguentar sóbria.

“Pega leve, garota.”, Dean disse pegando a garrafa vazia. “Nem são uma da tarde e você já está bebendo desse jeito.”

A menção das horas, fez Roxy se levantar da caeira subitamente e olhar para o relógio. Xingou em um grito ao mesmo tempo que Rachel. Estavam atrasadas para o trabalho em seu primeiro dia como gerentes. Os irmão Winchester não entenderam nada. Dean fez um sinal de malucas para Sam, que riu.

“Por que não me acordou mais cedo?”, Roxy gritou para Rachel.

“Eu nem vi a hora”, ela gritou de volta.

“Roy vai me matar.”, Roxy lamentou.

“Dá pra vocês pararem de pirar sozinhas e dizer o porque de todo o carnaval?”, Dean pediu. As gêmeas pararam de andar e o encararam. Dean sorriu. “Obrigada.”, então se virou para Sam. “Acho que esse vai ser o caso mais difícil.”

“Olha garotos, fiquem a vontade.”, Rachel disse como uma boa anfitriã. “Tem televisão a cabo e bastante cerveja na geladeira.”, nessa última parte, ela deu um olhar acusador na direção da irmã que fingiu estar interessada no desenho de seu moletom.

“Onde vocês pensam que vão?”, Dean se levantou da mesa com Sam em seu encalço.

“Trabalhar.”, Roxy disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. “Essa casa é alugada. Como vocês acham que pagamos?”

“Não podem sair assim”, Sam disse. “Não sabemos se o espírito irá voltar.”

“Eu tenho que trabalhar.”, Roxy disse fechando o assunto. “O espírito pode esperar até o final do meu expediente.”, ela se virou para escada, mas parou para olhar a irmã. “Você vem.”

Rachel ficou dividida. Estava com medo do tal espírito ir atrás dela e de Roxy. Mas, era o seu primeiro dia como gerente e queria dar uma boa impressão. Olhou para Sam. Não queria admitir, mas estava um pouco balançada pelo moreno. Se a irmã notasse, seria o fim do mundo. Então, desviou o olhar para Dean, que levantou uma sobrancelha. Todos esperavam sua resposta. Suspirando, ela desistiu.

“Desculpem, rapazes. Tenho que trabalhar.”

Então seguiu Roxy escada acima.

******

Vinte minutos depois, as duas desceram. Já uniformizadas e prontas para o trabalho. A roupa de Rachel era uma blusa branca com um logotipo da floricultura e uma calça jeans clara. De Roxy era uma camisa vermelha com o logotipo da loja de antiguidade e uma calça jeans escura. Elas se olharam e deram um pequeno riso. Tão diferentes. Os olhos de Roxy vagaram pela cozinha vazia.

“Onde estão aqueles dois?”, ela perguntou.

Rachel deu de ombros e foi olhar a sala. Vazia.

“Não estão aqui também.”

“Será que foram embora?”, Roxy perguntou mais para si mesma do que para irmã.

“Fomos tão duras assim?”

“Claro que não, R.C.”, Roxy abriu a porta rodando a chave da picape em seu dedo. “Eles devem estar atrás do espírito...”

Sua voz sumiu quando viu Sam e Dean encostados em seu carro com os braços cruzados. Rachel, que não havia visto, trombou seu corpo com o da irmã, fazendo com que os Winchester rissem. O rosto da loira se tornou um vermelho vibrante, enquanto a morena continuava com o olhar frio, esperando explicações.

“O que estão fazendo aí?”, ela exigiu.

“Vocês querem tanto ir trabalhar e tem um espírito atrás de vocês.”, Dean disse alisando uma arma que, até aquele momento, Roxy não tinha notado que estava em seus braços. “Temos nada para fazer, então vamos com vocês.”, ele recarregou a arma e sorriu.

“Oh, não.”, Roxy disse quase não acreditando nas palavras dele. Rachel perdeu o ar. Seus olhos presos na arma. “Meu chefe vai ter um surto se vê essa arma.”

“Não precisamos entrar lá com as armas.”, Sam disse apaziguador. Então colocou a mão na arma de Dean e a abaixou lentamente. Rachel voltou a respirar. “Só precisamos ficar de olho em vocês e impedir que algo aconteça. Depois podem nos levar até a biblioteca local.”

“Se eu soubesse onde é...”, Roxy disse irônica.

“Eu sei.”

Todos olharam para Rachel. Roxy sorriu, orgulhosa pela atitude da irmã. Mesmo sendo uma atitude um pouco nerd.

“Então está decidido.”, Sam disse. “Eu vou com Rachel para...”, ele pausou tentando ler o logotipo de longe. “Para floricultura. E Dean vai com Roxy para a ...”, uma nova pausa. “Loja de Antiguidade do Roy.”

Roxy deu de ombros, fingindo indiferença. Mas só de imaginar um dia inteiro do lado daquele loiro maravilhoso, ficou com vontade de pular. De preferência, no colo dele. Se segurou. Pelo menos na frente da irmã. Encarou Rachel, que olhava além dos três parados. Olhava para o carro dos irmãos Winchester.

Ela nunca tinha sido boa com marca de carro, por isso não fez nenhum elogio enquanto caminhava e entrava nele. Roxy entrou na picape e esperou. Dean e Sam estavam jogando pedra/papel/tesoura para saber em que carro cada um deles ia. Sam ganhou e com um sorriso estendeu a mão para o irmão.

“Sam, eu juro que se você amassar o meu carro...”, Dean disse em um tom de ameaça.

“Não se preocupe. Vou cuidar bem dele.”, Sam garantiu.

Roxy buzinou.

“Vocês vão vir para dentro do carro hoje, ou vou ter que ganhar no joguinho de vocês também.”

Dean e Sam se encaram. Sam se inclinou na direção do irmão e sussurrou, irônico.

“Boa sorte com essa daí.”


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Notas finais do capítulo

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