True Supernatural escrita por Cat Hathaway


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo. Desculpem se eu demorei. Estava terminando de digitar e tentando fazer o melhor. Tomara que eu tenha conseguido. Aproveitem.



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Capítulo 2

Os olhos de Sam não oscilavam da estrada enquanto Dean tentava colocar alguma música descente na carro. As horas tinham passado voando e Sam amaldiçoava cada minuto. O céu já estava deixando o tom alaranjado e trocando pela escuridão.

“Estamos ficando sem tempo, Dean.”, o moreno reclamou apertando as mãos ao redor do volante.

“Vamos conseguir, Sammy, calma.”

Mesmo não achando boa ideia quebrar uma das regras mais importantes imposta pelo pai , não gostava de ver Sam daquele jeito. Se sentia um pouco insensível por não estar tão preocupado como o irmão. Se Sam realmente estivesse certo, duas pessoas poderiam morrer. E isso Dean não poderia deixar acontecer.

******

Rachel fez uma careta enquanto descia as escadas com os saltos altos. Suas mãos tinham movimentos indecidos. Não sabia se segurava o corrimão para se equilibrar , ou se segurava a ponta do vestido azul emprestado pela irmão. Era incrível que ainda conseguisse respirar.

Roxy descia logo atrás com um sorriso maroto no rosto. O vestido vermelho a deixava tão sensual que Rachel teve que praticamente arrastar a irmã para longe do espelho. O som dos saltos era o que predominava na casa, conforme elas caminhavam até o carro.

Tateando no escuro, Rachel encontrou um delicado xale rosa claro feito de lã que havia esquecido dentro do carro a um tempo atrás. Pôs em volta ddos ombros se sentindo mais confortável e suspirou. Roxy ligou o carro, sorrindo com a expectativa da festa.

“Não se preocupe com o frio, Rachel. Logo arrumaremos um corpo para te esquentar.”, Roxy riu.

“Engraçadinha.”, Rachel disse com um sorriso.

Ela achava incrível como a sua irmã conseguia fazer piadas com tudo. Poderiam estar discutindo que ela soltava alguma coisa, e quando davam por si, estavam rindo. Para convercer Rachel a usar aquele vestido tinha sido assim. Para convercer que a sua mão as prendia por pura maldade também tinha sido assim.

Para aliviar o clima e entrar no ritmo da festa, Roxy ligou o som. A alta música entrou como um estouro no ouvido das gêmeas. Rachel fez uma careta, enquanto Roxy balançava os cabelos negros de um lado para o outro no ritmo da música. Timidamente, Rachel tentou abaixar o som, levando um tapa na mão da outra irmã.

“Nem pense em fazer isso.”, Roxy a deteve com o olhar duro.

“Está muito alto.”, Rachel reclamou.

“Estará pior quando chegarmos a festa.”, Roxy acelrou.

Rachel cruzou os braços, desistindo. Nem queria ir a essa maldita festa, para começo de conversa. Seria um bando de bêbados e drogados juntos. Um grupo de garotas seminuas e um grupo de garotos babando por sua irmã, enquanto ela aguava por um copo de alcool, mas se segurava por causa da irmã já bêbada.

Ela sentiu um frio na barriga quando entraram na Avenida 23. Ela escutava histórias dali. Como muitas pessoas haviam morrido por não conseguirem atravessar. Algum diziam que era por causa da neblina e da estrada ingrime e outros que era por causa de alguma força sobrenatural. De qualquer jeito, Rachel não gostou de entrar ali.

“Roxy, por que estamos aqui?”, ela perguntou. Sua voz tremeu, denunciando seu medo.

“Porque é o caminho mais curto.”, Roxy revirou os olhos por ser uma resposta óbvia. Rachel começou a respirar rápido conforme Roxyu avançava em alta velocidade pela estrada. “Não se preocupe, R.C.”, ela ganhou um sorriso ao usar o apelido carinhoso da irmã.

Rachel assentiu e voltou a olhar para estrada coberta de névoa. Ela viu Roxy estreitar os olhos para o caminho, conforme ficava mais difícil enchegar. Mas é claro que a irmã não iria dar o braço a torcer. Pelo menos ela desacelerou. Na mente de Roxy, palavras sem conexão apareciam. Odiava quando estav errada. Odiava mais quando esse erro a impedia de chegar a festa.

Bufando, ela pisou no acelerador. Rachel arregalou os olhso azuis e Roxy se assustou quando seu carro teve um impacto violento com um corpo. O freio foi tão de repente que com certeza deixaria marcas na estrada. Rachel pendia a boca aperta com um grito contido, e o coração de Roxy acelerava quase saindo de seu peito.

Ela não poderia acreditar que tinha acabado de atropelar uma pessoa. Isso nunca havia acontecido com ela. Mas, o que diabos, uma pessoa estava faznedo andando na estrada a uma hora dessa? Só poderia ser um suicída. Roxy abriu a porta e p^so o pé para fora, ainda nem havia piscado. Foi impedida pela mão de Rachel em seu braço.

“Onde você vai?”, a voz de Rachel ainda tremia.

“Vou ver se o cara tá morto, né?”, Roxy respondeu e saiu totalmente do carro, parando apenas para dizer. “Fique aqui e ligue para ambulância.”

Rachel assentiu já pegando o celular. Sabia que era perigoso deixar a irmã ir sozinha, mas suas pernas estavam congeladas. Pegou o celular e quase chorou ao ver que estava fora de área. Tudo o que poderia fazer, era esperar. Esperar e rezar.

*******

Roxy andou devagar pelo caminho nebuloso. Estreitou os olhos azuis e vi a névoa se dessipando conforme se aproximava de onde achava que estava o corpo. Engoli a seco quando o vi deitado no chão em um ângulo estranho e respirou fundo. Tinha que, pelo menos, verificar se tinha matado o homem.

Com a mão trêmula , verificou a falta de pulso e arfou. Realmente estava morto. Deu um passo para trás horrorizada consigo mesma. Sua mãe adoraria saber que a sua filha rebelde estava presa. Talvez até risse. Pelo menos Rachel sairia ilesa disso. Estava tão destraída com as suposições do que aconteceria a seguir que mal notou quando o corpo começou a estalar e colocar seus ossos e juntas no lugar.

Quase deu um pulo quando sentiu algo frio rastejando pela pele de seu tornoselo, antes de agarrá-lo. Ela gritou, mas sua voz foi abafada pelos barulhos da noite. Caiu de bunda no chão, machucando o pulso, ao tentar evitar a queda com ele. Outro grito escapou de seus lábios quando o corpo que deveria estar morto começou a se mexer.

Primeiro seu pescoço estalou, mostrando o rosto deformado pela batida de carro e a boca semiaberta com os dentes estragados. Os olhos eram dois pontos vermelhos, com sangue escorrendo pelos cantos. A pele pálida e fria, além de escorregadia. Ele gemeu, e rosnou. Roxy só sabia gritar.

A coisa começou a puxá-la pelo tonozelo e ela tentou chutar seu rosto. Outro grito saiu de sua garganta quando o salto prendeu no rosto da coisa. Era como pisa em gelatina. Nojento. Na cabeça de Roxy, a sobrevivência era importante. Mas , sua irmã era mais. Se ela conseguisse fugir, pelo menos para poder alertar Rachel, seria o suficiente.

Onde a coisa pegava estava começando a arder , e a outra mão foi para a sua coxa exposta, também ardendo. Estava quase cedendo, ela sabia. Mas, ao longe, conseguiu escutar o som de um carro de aproximando, seguido por algumas vozes masculinas. Rachel deve ter chamado a polícia. Pelo menos, sairia viva dessa.

Escutou a porta de sua picape abrir e fechar , seguida por inúmeros passos se aproximando. Então, um tiro. Esperou a queimação atingá-la em alguma parte do corpo. Fechou os olhos. Sentiu nada, além da pele sensível onde a coisa estava a tocando. Seus ouvidos saíram do estado de torpor e poderam escutar os gritos da irmã a alguns metros dela. Seguido por duas vozes masculinas.

“Sam, ele sumiu antes do tiro pegar nele.”, um dos homens disse.

“Eu sei, Dean.”, o outro disse. Então a voz de minha irmã. “Calma, sua irmã está bem.”, ele pausou. “Pelo menos eu acho que está.”

“Vou verificar.”, o primeiro disse.

Roxy parecia uma estátua de tão parada que estava. Nem se atreveu a respirar quando sentiu uma mão tocando seu ombro nu. Tomando toda a sua coragem, abriu os olhos. Um homem loiro estava agachado ao seu lado, a estudando com os olhos verdes sérios. Quando viu que estava sendo encarado, tentou sorrir.

“Hey.”

“Oi.”

Era incrível que, com aquilo que tinha acontecido a poucos segundos atrás, Roxy ainda poderia se sentir atraída pelo seu salvador. Se Rachel notasse isso, iria bater com sua cabeçla morena no asfalto. Lembrando de sua irmã, fez um esforço e desviou os olhos de seu salvador.

Rachel estava sendo segurada pelo outro homem. Sam, talvez? O moreno a segurava pela cintura, impedindo que Rachel jogasse os braços ao redor de sua irmã e começasse a chorar. Mesmo de longe, conseguia ver as lágrimas começando a escorrer pelo rosto da loira. Roxy deu um pequeno sorriso, tranquilizando a irmã e voltou a olhar para seu salvador.

Seu olhar oscilou para a arma que tinha em suas mãos, então voltou para onde a coisa estava. Seus olhos se arregalaram quando ela viu o lugar vazio, sem nenhum rastro. Nem um sangue. O lugar onde ele havia tocado estava vermelho e ainda ardia um pouco, mas nada que a impedisse de levantar. O loiro, Dean, ela achava que era o nome ele, passou o braço ao redor da cintura dela e a ajudou a levantar.

Suas pernas bambearam por causa do salto, mas ela conseguiu se manter em pé por tempo o suficiente. O moreno soltou sua irmã que a abraçou tão subitamente que as duas quase caíram no chão. O estômago de Roxy ainda dava voltas com as imagens irreais que apareciam em sua mente. Ela encarou os dois homens.

“Quem são vocês?”, ela perguntou com um fio de voz. O moreno deu um passo a frente. Ela notou seus olhos castanhos esverdeados e que era mais alto que o loiro, mesmo aparentando ser mais novo.

“Eu sou Sam Winchester.”, ele apontou para o seu peito. “E esse é o meu irmão, Dean.”, ele apontou para o loiro que as cumprimentou com um balançar da arma e um sorriso irônico.

“Nós somos...”

“Roxanne e Rachel Miller.”, Dean a interrompeu. Quando Roxy mostrou o rosto confuso, ele esclareceu. “Sua irmã nos contou.”

“Ah.”, ela assentiu e sentiu o abraço de sua irmã apertando. “Me chame de Roxy.”

Sem que esperasse, as imagens da noite voltaram com força em sua mente, acabando com aquele momento de apresentação. Ela oscilou e Rachel gritou mais uma vez. Os irmãos Winchester foram rápido em seu amparam. E a última coisa que Roxy lembrou antes de apagar, foram dos olhos verdes fascinantes de seu salvador.


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Notas finais do capítulo

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