Te Voglio Bene escrita por Broken


Capítulo 3
2. Baile...


Notas iniciais do capítulo

No capítulo passado recebi algumas reclamações de que estão muito pequenos, bem, é porque a história também não é muito grande, mas a partir de aqui os capitulos ficam maiores^^
Eu quero agradecer as minhas leitoras que mandam reviews, e bem enjoy^^
Música: May I - Trading Yesterday
http://www.youtube.com/watch?v=orJJniWRpRQ&feature=player_embedded



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– 10 de junho de 3996 -


Já fazia seis anos que Kalel-X trabalhava na casa dos Rossetti. Ele era um dos melhores trabalhadores da casa, além de jardineiro, agora virara um tipo de faz tudo. Os Rossetti eram capaz de depositar sua vida em Kalel-X, quer dizer, depositavam, pois sempre que havia algum evento ao qual eram convidados, Kalel-X era o responsável por manter a jovem Luna em casa.

Desde que começara a trabalhar na casa dos Rossetti, Luna aproximava-se bastante dele, fazendo com que uma amizade crescesse entre eles. Raro eram às vezes em que a viam em companhia de outras garotas, Luna sempre preferira a presença do android. Ela agora estava com 16 anos, Kalel-X havia ajudado um pouco com a resolução do problema de interação social, fazendo com que esta conhecesse e ficasse amiga de Mila Black e Victoria Monsey.

A visão ficou um tanto turva e depois, lentamente fora focalizando um parque dando forma a varias pessoas neles, crianças brincando com animais e outras com pipas, e os alguns grupos de jovens fazendo companhia. Kalel-X estava acompanhando a jovem até as amigas.

O sorriso que comumente era visto no rosto da garota no momento não era visível, ela estava um tanto apreensiva, um tanto assustada, nervosa, quem sabe até feliz. O android caminhava ao lado dela, algo que se assemelhava a um sorriso estava estampado no rosto dele. Enquanto caminhavam, muitos lançavam olhares curiosos e murmuravam algum comentário.

– Eu gostaria de saber o que eles tanto falam – Luna falou nervosa enquanto esfregava as mãos uma na outra.

– Eles estão dizendo que parecemos um casal ou algo do tipo – respondeu automaticamente. Por ser um android, ele tinha super audição e coisas do tipo.

– Sabe, Kalel, às vezes esqueço-me de que você é um android e que consegue ao mesmo tempo assemelhar-se com a figura humana – falou deixando, por fim, um sorriso formar-se em seus lábios, e pôs os braços ao redor do braço robótico dele. Ele sentiu alguma coisa surgindo em seu interior, ele só não compreendia o que era e não sabia se queria.

– Nervosa – Kalel disse fazendo a garota erguer o olhar para ele.

– O quê? – perguntou com o típico olhar sonhador e meigo.

– Você está nervosa – ele falou encarando aqueles olhos claros que estavam quase cobertos pela franja ruiva. – Porque irá encontrar-se com as garotas.

– Não! – exclamou rapidamente. Ele continuou a encarar. – Um pouco – murmurou fitando o chão. – E se elas não gostarem de mim?

– Como elas não iriam gostar de você? – perguntou a fitando – Você é inteligente, é meiga, doce e linda – as bochechas da garota assumiram um tom rosado.

– Viu? É por isso que você é meu amigo, porque você é gentil.

Amigo? Gentil? – ele repetiu. – Infelizmente isso não basta para ser aceito. Quando eles descobrem que sou uma maquina, tratam-me diferente.

– Porque eles não te conhecem como eu, porque eles não sabem que você tem grandes qualidades.

– Obrigada, Luna – a garota riu docemente.

– Kalel?

– Luna? – ele respondeu ao chamado com um tipo de sorriso.

– Os outros andróides... Eles são como você?

Kalel surpreendeu-se com a pergunta, ele buscou uma resposta concreta.

– Acho que neste aspecto nos parecemos com vocês, humanos, pois ninguém é completamente igual ao outro. Nós podemos nos assemelhar em algo, porém, nunca por completo.

– Essa é a graça do mundo, ninguém é igual – ela falou com a sua expressão sonhadora. – É o que torna o mundo divertido. Descobrir novas pessoas que são diferentes de você, cheias de defeitos e virtudes, o que torna a tolerância possível, as pessoas aprendem a suportar os defeitos por causa das qualidades.

Enquanto caminhavam mantinha o silêncio a cada passo, aproveitando cada brisa que provinha da primavera trazendo os mais diversos aromas de flores possíveis. Os cabelos ruivos eram jogados para trás demonstrando um sorriso confortador. O mesmo sorriso que Luna mostrou na primeira vez que se encontrara com Kalel.

– Kalel, já sabe o que irá usar? – ela perguntou.

– Usar? – respondeu com outra pergunta.

– Sim. Usar, porque você estará ao meu lado durante a festa.

– Ah! Refere-se à festa de hoje à noite, o seu pai pediu para que a acompanhasse caso precise de alguma ajuda para puxar assunto – Luna bufou.

– Não quero que me acompanhe como babá! – disse irritada. – Quero que me acompanhe como amiga!

Kalel pegou uma violeta no chão e ajoelhou-se diante da ruiva, erguendo a flor disse:

– Senhorita Rossetti, aceita ter-me como acompanhante na festa da Madame DeLacrouix?

Luna recebeu a flor e formou uma expressão pensativa no rosto.

– Sim, eu aceito.

A imagem tornou a ficar turva...



Luna apareceu no alto da escada. Os longos cabelos ruivos estavam presos em um coque demonstrado sua face. Os olhos claros estavam bem marcados. Usando um vestido preto e longo sem muitos detalhes não fizera com que sua beleza desaparecesse, muito pelo contrario, ela estava ainda mais bela.

Ela descia as escadas com passos lentos, calmos e majestosos, com um sorriso tímido estampado em sua face. Quando chegou próxima de Kalel ele ergueu o braço para ela.




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Notas finais do capítulo

O que acharam?