Cinco Momentos escrita por Chiisana Hana


Capítulo 20
Capítulo XIX


Notas iniciais do capítulo

Tá acabando, povo!
O próximo cap será o último. Já está pronto, só vou pensar quando vou postar, porque já estou com saudades dessa fic! Ando com umas ideias para continuar explorando o universo dessa fic, mas por enquanto são apenas ideias.
Obrigada a todos que acompanham e curtem a fic! :)
Chii



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/191913/chapter/20

Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes

Setsuna pertence a Nina Neviani.


CINCO MOMENTOS

(QUE DEFINEM UM RELACIONAMENTO)

Chiisana Hana

PARTE 5

O CASAMENTO


"Eu juro que sempre estarei ao teu lado.

Que eu daria qualquer coisa

E que eu sempre me importarei.

Na fraqueza e na força,

Na alegria e na tristeza, no melhor, no pior,

Eu te amarei a cada batida do meu coração."(1)


Capítulo XIX


– Realmente foi a festa mais espetacular que eu já vi na vida – Minu disse, sentindo uma pontinha de inveja. O esbanjamento no casamento de Saori tinha sido tão grande que as lembrancinhas foram joias de ouro branco com diamantes.

– E você estava tão linda, Saori! – Shunrei disse, lembrando-se do vestido fabuloso que Saori usou na ocasião.

– Foi tudo como eu sempre sonhei – Saori disse e, depois um olhar carinhoso para o marido, completou: – Bom, felizmente ainda é.

Seiya retribuiu o olhar, depois deu uma risadinha marota e disparou:

– Eu sei que eu sou demais, minha querida!

– É folgado demais, isso sim! – Ikki alfinetou. – Profissão: marido de milionária. Nunca se deu ao trabalho de arranjar um emprego de verdade, né, Seiya?

– Eu cuido das crianças – Seiya retrucou, demonstrando leve irritação. – Você não faz a menor ideia do que seja isso.

– É verdade, gente – concordou Saori. – O Seiya é um heroi. Não é fácil dar conta de quatro crianças. Quando nossa primeira filha nasceu eu tinha só dezenove anos, precisava voltar à faculdade, e foi muito difícil deixar minha princesinha com uma babá. Eu me sentia tão terrivelmente culpada que pensei em largar o curso, mas consegui ir levando até o fim. Então vieram os gêmeos. Eu já tinha me formado e presidia a empresa, mas fiquei desesperada. Queria voltar ao trabalho, mas ao mesmo tempo não queria que eles ficassem com pessoas estranhas.

– Então eu resolvi deixar de trabalhar pra cuidar deles – Seiya completou.  Meu salário não dava para comprar uma roupinha sequer da marca que eles usam. Eu só trabalhava por orgulho, para não ouvir piadas como essa que o Ikki disse agora. Mas acontece que quando você tem filhos, você deixa o orgulho de lado e passa a pensar só no bem-estar deles.

Saori assentiu e abraçou carinhosamente o marido.

– Foi a coisa mais acertada que fizemos. O Seiya é um pai excelente, cuida das crianças muito bem e eu posso trabalhar tranquila, sabendo que meus filhos estão seguros e bem cuidados porque afinal, ninguém é melhor que o próprio pai.

– É, estamos bem assim. Não tenho problema em ser taxado de golpista. O que conta é que meus filhos estejam bem.

– Eu amo meus filhos, mas não tenho muita vocação para coisas domésticas, vocês sabem. Prefiro cuidar das empresas, enquanto o Seiya cuida deles. Dá tudo certo assim.

– Vocês têm que fazer o que funciona para vocês, sem pensar nas convenções, ou no que os outros vão pensar – Shiryu disse, e Shunrei concordou:

– Verdade. Cada casal sabe o que é melhor.

Saori assentiu e voltou-se para Shunrei:

– Bom, teve outro casamento que foi lindo, não é?

– Ah, verdade... – Shunrei disse. – Nosso casamento foi bem simples, mas muito bonito.

– Só aquela quantidade de flores que tinha no local já era um encanto – derreteu-se Minu, e Shunrei começou a lembrar-se do dia que fora o mais feliz de sua vida até então.

Dois anos atrás...

Com a ajuda de dona Mitsuko, Shunrei vestia um tradicional quimono de casamento, semelhante ao que fora usado pela mãe de Shiryu há mais de trinta anos. Do lado de fora da casa, Shiryu esperava, vestido com um quimono preto.

Dona Mitsuko não conseguia conter a emoção no dia do casamento de seu único filho, ainda mais sendo com uma moça a quem ela tinha adorado desde que conhecera.

Agora Shiryu finalmente era um médico especializado em geriatria, tinha emprego em um grande hospital, além do consultório particular, que já contava com muitos pacientes. Quando conseguiram comprar um apartamento maior, Shiryu e Shunrei marcaram o casamento, para alegria de dona Mitsuko. Ela esperara tanto por essa data que já estava achando que ela não chegaria nunca. Queria fazer uma grande festa em um salão de elite, para a qual tinha economizado em segredo nos últimos anos, entretanto, o casal se recusou. Os dois desejavam uma cerimônia simples, com uma festinha para poucos amigos na propriedade dos Suiyama mesmo.

Assim, no espaço ao redor da casa foram montadas diversas tendas brancas, decoradas com flores colhidas na plantação da família, de todos os tipos e cores.

O sacerdote xintoísta já estava a postos quando a noiva pontualmente saiu da casa. Shiryu recebeu-a emocionado e os dois ouviram a benção. Em seguia realizaram a tradicional cerimônia do saquê, tomando golinhos da bebida juntos e pousando os copos ao mesmo tempo, seguindo a tradição que dizia que assim desejavam que um não morresse antes do outro. O sacerdote encerrou a cerimônia, abençoando-os e desejando-lhes uma vida conjugal longa e feliz.

Depois, assinaram os papéis do casamento civil e trocaram alianças, nos moldes ocidentais. Por fim, trocaram um beijo discreto sob os aplausos dos amigos. Receberam os cumprimentos emocionados dos pais de Shiryu e dos amigos e tiraram fotos com todos. A seguir retiraram-se para trocar os quimonos, pesados e pouco confortáveis, por roupas mais adequadas.

– Enfim casados – Shunrei disse a Shiryu quando entraram no quarto, e ele a beijou de um jeito que não ousaria fazer na frente dos outros.

– Enfim! – ele assentiu, retomando o fôlego depois do beijo e acariciando a face da esposa. – Estou muito feliz, Shunrei. Lutamos muito por isso. E eu sei que vai ser pra sempre porque eu a amo desde a primeira vez que a vi e cada dia mais. Não achei que fosse possível, mas é.

Shunrei abraçou-o.

– Eu também te amo, meu querido. Eu me senti num sonho quando pisei lá fora, com seus pais que acabaram me adotando, nossos amigos queridos e todas aquelas cores incríveis ao nosso redor.

Os dois trocaram outro beijo e Shiryu começou a ajudar Shunrei a despir o quimono.

– Mal posso esperar que a festa acabe... – ele sussurrou no ouvido dela, deixando a última peça do quimono escorregar até o chão. Ele pousou os lábios no ombro dela e depois repetiu: – Mal posso esperar...

Shunrei virou-se para ele.

– Eu também... – ela respondeu. – Mas agora temos a festa, meu querido. Precisamos esperar...

Shiryu assentiu e começou a trocar seu quimono negro por uma camisa social branca e uma calça acinzentada, enquanto Shunrei vestiu um vestido vermelho de estilo chinês e retocou o batom. Depois, os dois deram-se as mãos e voltaram para a festa.

Depois, passariam a noite ali mesmo na casa dos Suiyama e partiriam no dia seguinte para a lua de mel na China.

Quando a festa acabou e os dois voltaram ao quarto, Shunrei não conteve o espanto ao ver no que havia se transformado o cômodo: tinha sido coberto de tule branco, formando uma tenda e decorado com dezenas de buquês de flores e pétalas espalhadas sobre a cama.

– Como...? – ela perguntou, boquiaberta. – Nós viemos aqui trocar de roupa e depois você ficou o tempo todo lá fora comigo!

– Combinei tudo com uma pessoa – ele explicou, fazendo mistério. – Já que ficaríamos aqui em casa, eu queria que nossa noite de núpcias lembrasse a primeira vez... Você gostou?

– E tem como não gostar? – ela respondeu maravilhada, e os dois finalmente entregaram-se ao que desejavam desde a hora em que tinham trocado de roupa.

Enquanto isso, no quarto dos pais de Shiryu...

– Ficou tudo perfeito, não é, minha velha? – seu Hirotaka perguntou à esposa.

– Shhhhhhhhhhh – ela sibilou, encostando a orelha na porta. – Eu quero ouvir.

– O quarto deles é no fim do corredor, não dá pra ouvir nada, e mesmo que desse, que coisa feia, né?

– Não, não estou falando disso! Quero saber se eles fugirão para a estufa. Você sabe que eles têm uma história com aquilo lá...

Hirotaka riu travesso e disse, convicto:

– Eles não vão.

– E como é que você pode ter certeza?

– Shiryu me pediu para preparar o quarto. Está todo arrumado, cheio de flores, e ainda fiz uma tenda lá no meio. Lembra a estufa, só que melhor, mais limpo, mais confortável e com total privacidade.

– E você não me contou nada, seu velho safado?

Hirotaka deu uma risada.

– Eu a conheço bem demais, minha velha. Você acabaria contando para a Shunrei e estragando a surpresa!

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

(1) From This Moment, Shania Twain



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cinco Momentos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.