Cinco Momentos escrita por Chiisana Hana


Capítulo 21
Capítulo XX


Notas iniciais do capítulo

Acabooou! Eita, que eu sempre me emociono quando coloco o ponto final. É um mistura de alívio e saudade, porque concluo um trabalho mas também sinto falta dos personagens e universos criados. Nesse caso específico, gostei tanto que quero continuar explorando esse universo. Vale a pena escrever dona Mitsuko babando o netinho, não vale? Já está fechado: vou retomar o negócio! Só não sei quando.
Meu muitíssimo obrigada a todos que acompanharam a fic e se divertiram junto comigo!
Até mais!
Chii



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Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes

Setsuna pertence a Nina Neviani.

CINCO MOMENTOS

 (QUE DEFINEM UM RELACIONAMENTO)

Chiisana Hana

Beta-reader: Nina Neviani

PARTE 5

O CASAMENTO

Porque está uma linda noite

E nós estamos procurando algo bobo pra fazer

Ei, meu bem

Eu acho que quero casar com você(1)

Capítulo XX

– É tão estranho que eu ainda sinta como se tivesse sido ontem – Shunrei disse, olhando para o marido.

– Vocês demoraram demais pra casar! – Seiya disse. –  Shiryu ficou enrolando você, Shunrei.

Shiryu justificou-se:

– Haha! Não foi bem assim, gente! Foi uma decisão dos dois.

– Pelo menos vocês não demoraram mais dez anos para resolverem ter um filho! – Saori disse.

– Bom, isso é verdade – assentiu Shiryu, discretamente acariciando a barriga de Shunrei.

– Já o mano aí – Shun disse, apontando o irmão –, não pensou muito antes de dar um passo importante como o casamento, né?

– Em seis meses vocês foram do namoro ao casamento – Shiryu disse.

Minu deu uma risadinha irônica e soltou a bomba que estava guardando para o momento certo:

– Na verdade, em seis meses fomos do namoro ao filho.

Ikki engasgou-se com um gole de champanhe.

– Como é? – ele grunhiu, tossindo.

– Estou grávida – Minu disparou.

Ikki arregalou os olhos e voltou-se para a esposa.

– Isso é sério? – perguntou.

– Claro que é, Ikki! Acha que eu ia brincar com uma coisa dessas?

Ikki continuou parado.

– É, meu amigo, parabéns! – Seiya riu. – E aproveite agora, porque quando nascer você vai ter que dizer adeus às noites de sono, às viagens caras, aos carros esportivos com apenas dois lugares. Espero que você esteja pronto.

– Todos esperamos que realmente esteja – Shun completou, temendo a reação do irmão.

– Tomei um susto, admito – ele começou a falar, respirando fundo. Depois voltou-se ternamente para a esposa. – Mas estou pronto, sim. Acho que vai ser bom ter um molequinho chorando em casa, Minu.

Minu suspirou aliviada, enquanto era abraçada e beijada por Ikki.

– Que bom que você pensa assim, meu amor! – ela disse, sentindo-se aliviada. – Eu realmente estava com medo da sua reação.

– Medo da minha reação? Mas como? A louca aqui é você!

– Como é que é, Amamiya?

– Não se lembra de como foi quando eu a pedi em casamento?

Dois meses atrás...

– Sabe, eu estava pensando numa coisa... – Ikki disse, enquanto andava pelo quarto de Minu completamente despido.

– Meu bem, eu adoro esse seu jeito largado, mas podia pelo menos vestir um short, né? A janela está aberta! O que é que os vizinhos vão pensar se virem um homem andando pelado por aqui?

– Vão pensar que você tá pegando um cara muito foda – ele disse, e continuou seu raciocínio: – Eu acho que devíamos nos casar.

Minu estacou e deixou cair o roupão que levava para Ikki vestir.

– C-A-S-A-R? – ela perguntou.

– É, casar, sabe?

– O que deu em você, Ikki?

– Me deu vontade de casar, ué.

– Mas só estamos juntos há quatro meses.

– E daí? Ou é para casar ou não é, e eu acho que você é. Além do mais, eu tenho passado mais tempo aqui do que na minha casa. E eu realmente gosto da minha casa. Acho que devíamos unir o útil ao agradável.

– Espera aí, Amamiya! – Minu gritou. Estava gostando da ideia até ele mencionar a questão da casa.

Ikki franziu o cenho.

– Ih, não gosto quando você me chama pelo sobrenome.

– Isso é só uma questão de moradia? Você quer casar comigo porque não gosta de ficar no meu apartamento?

– Já reparou que você está sempre tentando interpretar o que eu digo do jeito menos favorável? O que eu disse é que já que eu amo você e você me ama, e que nós estamos nos damos muito bem, seria melhor que fôssemos morar logo juntos de uma vez, de preferência na minha casa, porque é bem maior do que essa caixa de fósforos onde você mora.

– Parabéns, Amamiya! Parabéns! Você conseguiu arruinar um pedido de casamento!! – ela disse e entrou no banheiro emburrada. Ikki foi atrás.

– Para de ser chata, mulher! Eu moro num puta apartamento, o qual esfolei muito a cara pra conseguir comprar, tô querendo ficar lá numa boa, com a mulher que eu amo, casado, com tudo certinho, para sempre, e você fica ofendida porque chamei seu apê de caixa de fósforo!

– Eu sabia que não ia dar certo, eu sabia! Eu devia ter caído fora antes de me envolver dessa forma e...

Ikki a toma nos braços e a beija.

– Mas será possível que eu vou ter que calar sua boca toda vez que você começar com esses discursos idiotas? Por que não admite que mora numa porcaria de uma quitinete, mas adoraria ir morar na minha cobertura?

– Você é um ogro!

– Que seja, mas vai casar ou não vai?

– Não! Desse jeito não!

– E de que jeito você quer, mulher? Quer que eu venha morar aqui na quitinete? Então pronto, eu venho. Se o problema é esse então pronto. Eu me mudo pra cá.

– Ah, não... aqui não, né? – ela disse, pensando em como seria dividir aquele espaço pequeno com Ikki o tempo inteiro. 

– Então o quê? Resolve, Minu! Ou quer casar ou não quer. Ou quer ir morar lá em casa ou não quer, pô!

– Eu quero, pronto. Mas o casamento tem que ser na igreja, com uma festa imensa, um vestido de cauda quilométrica, essas coisas.

– Ah, não, Minu. Eu estava pensando justamente no contrário. Um casamento simples,  civil, com nossos amigos apenas, e depois um almoço ou jantar. Nada dessas frescuragens de festa, vestido.

– Mas Ikki, o pedido de casamento já foi assim meio bruto, agora você não quer que seja o casamento dos meus sonhos!!

– Eu odeio festa, odeio pompa, odeio sacerdotes, Minu! Se é pra me torturar, melhor não casar. Vamos juntar os trapos e pronto.

– JUNTAR OS TRAPOS? Nem pensar. Está bem, eu caso do jeito que você quer.

E então, dois meses depois...

Mesmo Ikki tendo se recusado a fazer uma festa, Minu decidiu ter seu dia de noiva, ainda que depois fosse vestir um tubinho marfim ao invés do super vestido com cauda quilométrica que sonhava. Estava feliz assim, afinal, se insistisse na pompa Ikki até poderia ceder, ela saberia como convencê-lo, mas ele não ficaria feliz. Para compensar, ele lhe dera um conjunto de joias fenomenal e um anel com um diamante do tamanho da unha do dedão, além de ter a lua de mel dos sonhos: um mês inteiro de passeios pela Europa.

Depois dos tratamentos estéticos, Minu vestiu o tubinho, colocou as joias e foi para o fórum dirigindo o próprio carro, um modelo popular. No caminho, ela pensou em sua vida. Ia se casar com o homem que amava, esperava um filho dele e tinha amigos verdadeiros. Era uma sorte. Uma verdadeira sorte.

FIM


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Notas finais do capítulo

(1) Marry You, Bruno Mars.



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