Cinco Momentos escrita por Chiisana Hana


Capítulo 19
Capítulo XVIIII




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Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes

Setsuna pertence a Nina Neviani.


CINCO MOMENTOS

(QUE DEFINEM UM RELACIONAMENTO)

Chiisana Hana

Beta-reader: Nina Neviani


PARTE 5

O CASAMENTO


"Uma rainha pode transformar o homem em rei

Por isso eu era um cafajeste com as que vieram antes de você.

E diziam que não daria certo

Mas ao invés disso, nós nos casamos

Na igreja, com as flores, o arroz e trezentos convidados.

Veja só como éramos predestinados!"(1)


Capítulo XVIII

– Foi bem bonito ver vocês dois se unindo – Shunrei suspirou, depois dos relatos sobre a reunião que oficializou o relacionamento de Shun e Hyoga. – Foi como comprovar que amor é mesmo coisa entre almas, não exatamente de sexos.

– Verdade – Seiya assentiu. – Já quanto a mim, vocês sabem, eu dei o golpe na milionária – completou rindo, e os amigos também caíram na gargalhada.

– Você sempre teve vocação para golpista – Hyoga disse, entre risos.

– Deu o golpe coisa nenhuma! – Saori corrigiu, séria. – Quando eu engravidei você ficou foi morrendo de medo de casar. Eu praticamente o forcei a subir ao altar porque não queria ter filho solteira.

– Bom, isso é verdade – concordou Seiya –, mas amor, não estraga minha versão novelística de golpe do baú, pô!

– Estrago, sim! Eu me lembro muito bem da sua cara de apavorado quando eu disse que estava grávida!

Cerca de nove anos atrás...

– E agora? E agora? E agora? – Seiya repetia numa cantilena sem fim. Sua expressão de desespero era de dar dó. Saori pôs as mãos na cintura e voltou-se para ele irritada:

– Agora, meu querido – ela disse –, você vai ao cartório e dá entrada nos papéis porque nós vamos nos casar, né?

Seiya arregalou os olhos.

– Casar? Agora? Como assim?

– Casando, ora essa! Pode começar a se preparar para colocar a aliança no dedo. Vamos lá, meu filho, adiante logo a papelada porque eu vou casar num vestido justo e se demorar muito não vai dar, né? A barriga vai aparecer.

– Saori... eu...

Ela ignorou Seiya e continuou, agora em tom de claríssima empolgação:

– Pensei em tudo ontem! Vai ser uma festa aprontada em tempo recorde, mas será como a sociedade japonesa jamais viu! O vestido vai ser luxuoso, vou encomendar umas joias exclusivas e contratar um bufê finíssimo! Tatsumi vai entrar na igreja comigo, claro, já que eu não tenho mais pai. E você pode entrar com a Seika. Vou mandar fazer um vestido belíssimo para ela, você vai ver! Ah, e precisamos encomendar o seu fraque, ver as lembrancinhas, comprar os sapatos! Nossa, são tantos detalhes! Quero que as minhas amigas moooooooooorram de inveja do meu casamento! Depois nós vamos para a lua de mel em... para onde vamos mesmo? Esqueci de pensar nisso, caramba!

Seiya balançou a cabeça.

– Hein? Para com isso, Saori, eu estou meio atordoado...

– Atordoado você é naturalmente, meu bem!

– Mas o certo não seria eu pedir você em casamento?

– E eu lá quero saber o que é certo ou não? Eu quero é que o meu filho nasça com uma família, ora essa. A não ser que você não queira, né, meu querido? Se não quiser, é melhor dizer logo. Eu crio o bebê. Mas eu queria que ele tivesse um pai e...

– Para, Saori! É claro que eu quero, mas você sabe, sou um quebrado e o pessoal vai falar que eu estou querendo dar o golpe...

– E quem se importa com o que vão falar? Quando começamos a namorar eu sabia quem você era, meu bem. Não tem ninguém enganada aqui. E aí? Casa ou não casa?

– Caso, né? Mas você vai ter que me ajudar com os tais dos papéis! Eu nem sei por onde começar...

Exatos dois meses depois, Seiya entrava na igreja de fraque, acompanhado da irmã, que vestia um Valentino azul-cobalto exclusivo. A igreja estava lotada e os amigos que seriam padrinhos já estavam perfilados no altar. Na hora combinada, o Rolls-Royce que trazia Saori chegou. Tatsumi abriu a porta do carro e a noiva desceu, com várias pajens ajudando a arrumar a imensa cauda do vestido. O esforço para se casar antes de a barriga aparecer tinha valido a pena: ela estava deslumbrante no vestido Dior feito exclusivamente para ela, justo e com um decote profundo nas costas, exatamente do jeito que ela sonhara. Usava uma tiara de diamantes e ouro branco, bem como colares e brincos dos mesmos materiais, tudo feito por encomenda.

– Tem certeza de que a senhorita deseja fazer isso? – insistiu Tatsumi, ainda esperançoso de que ela desistisse do casamento na última hora.

– Mas é claro! – ela respondeu convicta. – O pai do meu filho está lá dentro e eu vou me casar com ele agora! – Saori aprumou-se nos saltos imensos. – Vamos lá, Tatsumi. Vamos dar os primeiros passos para o dia mais feliz da minha vida!

Quando ela entrou na igreja, os convidados depararam-se com a noiva mais bonita que já tinham visto na vida. Seiya abriu um sorriso e nervoso. Ela estava tão linda, mas tão linda que ele começou a pensar que ela merecia alguém melhor. Os passos dela da entrada até o altar pareceram uma eternidade para ele, que a recebeu com um beijo na mão, olhando-a embasbacado.

O padre deu início à cerimônia, que Seiya achou longa e enfadonha, e já estava quase bocejando quando chegou na parte que interessava.

– Saori Kido, aceita o senhor Seiya Ogawara como seu legítimo esposo, prometendo amá-lo e respeitá-lo por todos os dias da sua vida, até que a morte os separe?

– Sim!

– Seiya Ogawara, aceita a senhorita Saori Kido como sua legítima esposa, prometendo amá-la e respeitá-la por todos os dias da sua vida, até que a morte os separe?

– A-a-aceito! – ele respondeu hesitante, ainda pensando se era mesmo o marido certo para Saori.

– Então, vos declaro marido e mulher.

Quando a cerimônia terminou, o casal deixou a igreja sob uma chuva de arroz e pétalas de rosas e foi para a bela réplica do Coliseu pertencente à noiva, onde se realizaria a festa. No lugar, que estava ricamente decorado, os convidados tomaram seus lugares reservados.

Quando chegaram, os noivos cumpriram o protocolo, cumprimentando todos os convidados, depois se sentaram à mesa com os padrinhos: os amigos de Seiya desde a época em que ele vivia num orfanato. Shiryu, melhor amigo dele, fora acompanhado pela namorada, uma chinesa muito tímida, a quem Saori tinha sido apresentada poucas semanas antes, no jantar de noivado. Hyoga levara a namorada, Eiri. Shun levara a namorada June, e seu irmão, Ikki fora acompanhado por uma moça que usava um decote mais profundo que a fossa das Marianas.

Correu tudo conforme Saori planejou e a certa altura da festa, a noiva jogou o buquê, que foi apanhado por June.

No final, o casal entrou novamente no Rolls-Royce, e quando o motorista deu a partida, Seiya disse, em tom de desabafo:

– Ufa! Eu estava com tanto medo. Sabe, quando você entrou na igreja eu fiquei me perguntando se tudo aquilo estava acontecendo mesmo e se eu era bom o suficiente para você. Acho que você merecia um sujeito rico e bonitão, com um futuro promissor, não um cara como eu, um quebrado, ajudante de jardineiro, órfão, sem nome.

– Não fique se menosprezando, Seiya! – ela retrucou. – Eu mereço o homem que é o pai do meu filho e você é o melhor para mim porque eu o amo. Simples assim.

Continua...


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Notas finais do capítulo

(1) I Love You Baby, Due di Picche.



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