E Que A Sorte... escrita por Juh11


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, tenho até vergonha de vir aqui depois de tanto tempo, mas não posso deixar essa fanfic incompleta.
Se alguem ainda a acompanha, deixe eu esclarecer o que houve comigo nos últimos anos.

Comecei a fazer preparatório pré-vestibular no segundo ano de ensino médio (em 2013), o que atrapalhou um pouco a minha escrita de "E que Sorte".
Em 2014, fiz meu terceiro ano e o pré vestibular, porém, não passei pro que eu queria, o que me deixou arrasada durante as férias porque sempre fui boa aluna.
Depois que a vida te dá uma porrada você só tem duas opcões: desistir do que você quer e seguir um caminho mais fácil ou ignorar opiniões alheias levantar e tentar de novo.
Eu escolhi a segunda opção e usando todo o meu tempo possível para estudar, o que me faz estar muito cansada para escrever. O capítulo que vem agora é resultado de um mês tentando escrever e admito que a qualidade caiu muito.
Já tenho o final da fic pensado desde quando comecei a escrever e vou mantê-lo. Não deve demorar três capítulos para eu acabar, mas eu devo demorar para escrevê-los, então se alguem ainda acompanha a fic, por favor não desista e torça por mim no vestibular.

Aproveitem o capítulo.



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Capítulo 40

–Faremos Juliet ganhar – falou uma voz conhecida fazendo com que o Wisebit virasse para trás assustado

–O que faz aqui, Beetee? – Finnick perguntou comendo outro cubo de açúcar

–Assim que a tragédia com o garoto aconteceu, um aerodeslizador surgiu em minha porta para me trazer para cá. A Capital alega que Marcus não está em boas condições psicológicas para ser mentor sozinho então me trouxeram como apoio – o vitorioso do distrito 3 explicou

–Então você é a solução para um mentor psicologicamente bom para o distrito 3? – o Odair perguntou

–Sim, eu sei, não sou “psicologicamente bom”, mas entre eu e a Wiress, eles me escolheram. Se puder nos dar licença, Finnick, gostaria de conversar em particular com Marcus.

–Tudo bem – o homem do distrito 4 falou – Também preciso ir cuidar de Luke e lembrar a Magda que o meu tributo pode ser tão bom quanto o filhinho arrogante dela. Essas pessoas do Distrito 1 me irritam – e dizendo isto ele saiu da cafeteria

–Como está se sentindo? – Beetee perguntou ao seu vizinho

–Péssimo – começou o Wisebit – Já tive muitas mortes em minha família, mas por mais que eu pensasse que Caius poderia um dia ser escolhido, parte de mim lembrava que isso tinha uma chance de não acontecer. Esta já era a quinta colheita dele, mais um ano e eu estava livre, pelo menos na parte dele. Acho que só não surtei porque ainda tenho que cuidar de Juliet – apesar da tentativa de parecer forte, era impossível não saber que Marcus Wisebit estava sofrendo, sua mandíbula estava tão cerrada quanto no dia da colheita e em seus olhos eram visíveis lágrimas. O vizinho vitorioso convivia com ele a bastante tempo para saber que aquilo não é normal.

–Olhe, de verdade eu não sei a dor que você está sentindo. Meus filhos são minhas criações e minha maior dor é vê-las sendo usadas para o mal como esses estúpidos Jogos aqui na Capital, mas sem dúvida nada se compara a sua dor e justamente por isso a Capital me mandou aqui para ajuda-lo, como você mesmo já disse, temos que cuidar de Juliet – Beetee falou enquanto limpava seus óculos na camisa

–Eu não sei o que fazer – Marcus fez uma pausa e colocou um cubo de açúcar na boca, quem sabe Finnick não estivesse certo? De verdade, sua vida já está cheia de amargos.

–É aí que eu entro, meu amigo. – Beetee falou recolocando seus óculos

–Como? Juliet é apenas uma garotinha de catorze anos... – as lágrimas agora já rolavam no rosto do Wisebit que o cobria com as mãos –Minha menininha...

–Que está entre os três finalistas. Finnick ganhou os Jogos nessa idade. – Falou Beetee tentando consolar o amigo

–Ele tinha a arma certa, patrocinadores aos montes e uma vida de treinamento. Juliet não tem nada disso? – Marcus falou entredentes

–E quem disse que ela não pode ter patrocinadores ou uma arma adequada? Eu vi a nota dela no treinamento e sei exatamente o que ela deve ter feito. Você acha que ela é tão fraca assim? Acorde, Marcus, ela está entre os três últimos!!! E eu ouvi sua conversa com Magda, vai dizer que depois daquilo você não queria que ela que tivesse que condecorar sua filha? – Beetee disse isso enquanto balançava a cabeça – Você mesmo já disse, precisa ser forte por ora para salvar sua filha. Eu posso ajudá-lo com isso.

–Eu não posso perde-la também – falou Marcus respirando fundo e tentando se recompor – Então, o que faremos?

– Para começo de conversa, vamos atrás de mais patrocinadores e ver o quanto de dinheiro conseguimos. Ela não é a favorita a vencer, mas deve estar gerando uma curiosidade imensa pela Capital por ser a mais nova entre os finalistas. Podemos trabalhar com alguma coisa.

–E depois? – Marcus perguntou curioso com o plano do amigo

–Depois vemos o que vai dar para comprar com isso, tenho uma certa ideia do que podemos fazer e para que Juliet consiga se safar. – Beetee já estava sorrindo de uma maneira um tanto estranha e era possível ver as engrenagens rodando em sua cabeça

–Você sabe de alguma habilidade dela que eu desconheça? – Perguntou o pai da menina

–Mas é claro, o que você acha que ela ficava fazendo lá em casa? Sua filha é uma verdadeira criança do Distrito 3. – Beetee parecia realmente animado com a ideia –Ela é brilhante e temos que trabalhar com isso!

–Acho que consigo alguma coisa com os patrocinadores. Pode vigiar a arena enquanto vou atrás disso? – o Wisebit perguntou, sua expressão era de desespero e estava disposto a fazer qualquer coisa para salvar sua filha.

–Será um prazer – respondeu o companheiro com um sorriso no rosto enquanto o amigo saia pela porta apressado.

Sombria. Sinistra. Cruel. Essa era a visão que Juliet tinha da arena. Não era a primeira vez que estava sozinha na arena, mas as circunstâncias agora eram outras. Antes, tinha o objetivo de encontrar o irmão e ele logo foi realizado, agora, sentia-se desamparada e sem saber o que fazer.

Nunca havia imaginado ir para os Jogos Vorazes, nunca havia imaginado que seu irmão fosse sorteado junto com ela, nunca havia passado por sua cabeça se apaixonar por um tributo inimigo, muito menos pensado que chegaria aos três finalistas, contudo encontrava lá, em cima de uma árvore no meio da floresta tentando decidir o que fazer.

A cena do corpo do irmão ensanguentado e perturbava e alimentava seu ódio interno por Zac. Mas o que ela poderia fazer? O garoto era mais velho, mais forte e bem treinado, ela nunca duraria em um combate corpo a corpo. Precisaria ataca-lo a distância, mas como? Se ao menos tivesse material para fazer uma armadilha humana como as de coelho, tinha alguma chance.

Além disso, existia Luke, o belo garoto de olhos verdes-mar do Distrito 4. Ela conseguiria enfrenta-lo? “Claro que não”, ela se respondeu mentalmente. Luke a havia protegido e como se ataca alguém que a protege? Mas isso seria necessário se ela quisesse voltar para casa. Luke também não seria alguém que ela poderia enfrentar num combate corpo a corpo. “Eu realmente vou precisar de uma armadilha” a menina pensou olhando ao redor. Abriu sua mochila e descobriu um pequeno pedaço de corda, seu arco e três flechas e uma faca. Precisaria de mais coisa, mas aquilo pelo menos era algum começo.

Em outro canto da arena, Luke estava atônito com a morte de Caius. Os dois nunca haviam se dado muito bem, contudo, ele entendia perfeitamente o que o outro passava. Caius era um bom tributo e tinha possibilidades reais de vencer os Jogos. Claro, Luke ansiava por voltar para casa, mas conseguia compreender os outros e tudo o que pensava era de como ele enfrentaria Juliet. “Vai ser impossível matá-la vendo o rosto de Liz nela. ”. Ainda tinha Zac para se preocupar, o loiro tinha um preparo físico muito melhor do que o dele e seria impossível combate-lo em uma luta corpo a corpo. Recostou-se num galho e decidiu relaxar, os próximos dias seriam mais cansativos do que sua vida inteira. Fechando os olhos, veio a imagem do mar a sua frente e Luke mal poderia esperar para voltar para o Distrito 4.

Zac voltava mancando para seu acampamento perto da Cornucópia. Mesmo sabendo que aquele lugar seria vulnerável, ele não quis se distanciar, passara os Jogos inteiros ali e nenhum de seus adversários seriam loucos de enfrenta-lo num duelo corpo a corpo. Olhou para a perna ferida mais uma vez sem compreender de onde viera aquele machucado, ele apareceu logo após a luta com o Wisebit enquanto procurava a irmã, ele sabia que ela não estaria muito longe e começou a sentir algo latejando na perna. Não sabia como aquilo havia acontecido, não se lembrava de Caius ter uma faca ou até mesmo reagir, ele apenas ficou parado aceitando a morte não importando o que Zac fazia. Outra coisa que irritara o loiro havia sido essa atitude do outro, bobagem ou não, o tributo do Distrito 1 não conseguiu encontrar Juliet depois disso, adiando o encontro entre os dois.

Sendo criado a vida inteira treinando para ser o campeão dos Jogos Vorazes, o garoto do Distrito 1 nunca poderia compreender o que era o amor. Rangendo de dor graças ao ferimento, ele ditou no saco de dormir e se forçou esquecer o incômodo até adormecer.


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Notas finais do capítulo

Se alguém leu, deixe review que eu prometo responder. Sinto falta dos meus leitores.



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