A Fantástica Viagem Ao Mundo Imaginário escrita por Ale Silva


Capítulo 4
4 - A Menina Feiticeira




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Os Dois já há algum tempo procurando por Alice, estavam quase desistindo, pois não conseguiam encontra-la. A Floresta estava sombria, quase não se ouvia barulhos e o vento soprava aos ouvidos de quem andasse por lá. Pedro então reclamou:
– Eu já estou cansado!
– Ela deve estar por perto. – Disse Lucas que, também aparentava estar cansado.
– Desse jeito eu vou gastar todo meu pé, já estamos andando há quase uma hora e não há encontramos ainda. – Disse Pedro, exausto. – Vamos sentar e descansar um pouco.
– Tudo bem. Mas só um pouco.
Os dois então se sentaram em baixo de uma arvore gigante, Lucas pegou uma pequena garrafinha de agua que carregava pendurada na cintura, bebeu um pouco e ofereceu para Pedro.
– Agua, é disso mesmo que estou precisando! – Disse Pedro, com muita cede.
– Toma, pegue.
Pedro então começou a beber, bebia, bebia e parecia na acabar a agua da garrafa, após beber o quanto queria perguntou:
– Como coube tanta agua nessa pequena garrafa?
– São coisas do nosso mundo. – Respondeu Lucas.
– Mundo mais maluco... – Murmurou.
Pedro então pegou uma pequena pedrinha branca no chão e começou a joga-la para cima e pega-la, fez isso por uns dois minutos até que ele errou a pontaria e a pedra caiu ao longe, atrás deles.
– Ai! – Gritaram.
Era uma voz feminina, uma voz doce que ao ouvir, Lucas foi logo desconfiando.
– Eu acho que conheço essa voz! – Exclamou.
Pedro então olhou para trás e viu que lá estava uma garota.
– Olha!
Lucas se levantou e saiu correndo em direção a ela.
– Vamos Pedro, vamos!
Os dois então foram até a menina que viram atrás das arvores.
– Alice? – Perguntou Lucas.
Ela então se virou e quando viu seu amigo Lucas levou o maior susto de emoção, pois, há muito tempo não o via.
– Lucas! Quanto tempo?!
Pedro ao ver a menina, notou alguma semelhança com alguém que ele talvez conhecesse.
– Eu estava a horas te procurando! – Disse Lucas, bem feliz.
– Quem bom que me encontrou! Quem é seu amigo?
Pedro então se sentiu envergonhado, pois, não costumava a falar com garotas.
– Esse é Lord Pedro, Descendente de Nestor, aquele que eu te falei.
– Me lembro... Muito prazer Pedro! – Disse Alice, cumprimentando-o.
Ele, muito tímido também a cumprimentou.
– O prazer é meu! Encantado. – Pedro então fez um gesto típico das eras antigas de cumprimentar as pessoas, abaixou a coluna tirando o chapéu, mas, Pedro não tinha. Alice riu.
– Alice, temos que ir para Guardia! – Disse Lucas, cortando um pouco o clima de descontração entre eles.
– Mas o que houve? – Perguntou.
– Vamos! No caminho eu conto tudo.
– Vamos então.
– Preciso antes me encontrar com Simon Alfrad, é muito importante!
Pedro ficará de queixo caído quando Alice disse que ainda precisava falar com Simon.
– O Que você ficou fazendo aqui na floresta esse tempo todo? – Timidamente perguntou Pedro.
– Eu fui a casa dele e ele não estava. Então fiquei passeando por aqui e acabei encontrando vocês! – Explicou a menina.
– A Final, quem é Simon Alfrad? – Perguntou Pedro, curioso.
A Menina se distraiu por alguns segundos e logo depois respondeu:
– Oi? A sim, Simon Alfrad é meu padrinho.
– Entendi.
– Não querem ir lá comigo gente? – Perguntou Alice que adoraria se eles fossem com ela. – Ele já deve ter chegado.
– Claro. Alice! – Exclamou Lucas.
– É por aqui pessoal!
Os três então saíram e foram juntos até a casa de Simon Alfrad, que, não ficava muito longe dali, mas, naquela misteriosa floresta havia muitos perigos, criaturas e até mesmo caçadores, Alice já andara por quase tudo e mesmo assim temia aos perigos que lá havia. A Noite já estava começando a cair e então Lucas começou a explicar o tal motivo que viera atrás de Alice.
– Alice. Não temos tempo a perder, logo irá acontecer algo terrível e só nós somos capazes de impedir, Neor está muito mal e precisamos ajuda-lo!
– Não Acredito que o Deus Neor esteja assim! – Disse Alice que ficara boquiaberta com á noticia que acabara de receber. – O que ele tem?
Pedro como estava por fora de tudo que estava acontecendo, somente ouvia a conversa que Lucas estava tendo com Alice.
– Guardia foi atacada por Fúrios, houve uma batalha terrível! Eles enviaram feiticeiros fortemente treinados para nos destruir, Então Neor para protegê-los, pôs se á frente de todos e virou o principal alvo.
– Mas Neor é imortal, não é? - Perguntou ela.
– As coisas já não são mais como eram antes, Saor está muito poderoso, se alimentando de almas! Ele então estava disfarçado entre alguns desses feiticeiros e então tentou assassinar nosso Deus.
– Que terrível! E o que podemos fazer para ajudar? – Perguntou Alice que ficara muito furiosa com tudo que acabara de ouvir.
– Precisamos invadir Fúria sem que nos vejam e pegar um Pergaminho sagrado que fora escritor por Magnus quando ainda reinava no reino dos tronos.
– O que tem de tão importante nesse pergaminho?
– Nele está a cura para qualquer tipo de feitiço! - Disse Lucas que, ao mesmo tempo já pensava em alguma forma de obter esse pergaminho.
Alice de repente ficou pensativa e parou de andar, Pedro então ao ver que Alice havia parado, avisou a Lucas que não percebera. Ela então olhou para frente e gritou:
– Esperem!
Os dois então voltaram e foram até Alice, que estava logo atrás.
– O aconteceu? – Perguntou Pedro.
– Acho que Simon pode nos ajudar.
– Simon? – Perguntou Lucas. – Em que ele poderia nos ajudar?
– Meu padrinho tem guardado com ele alguns objetos enfeitiçados que poderá nos ser útil.
Pedro começara a ficar com medo da situação e com uma voz tremula, murmurou:
– Temos mesmo que invadir essa tal de Fúria?
Lucas não queria deixa-lo mais assustado ainda, mas, não tinha o que fazer, ele não podia mais esconder de Pedro toda a verdade, ele pensou, pensou e decidiu e contar.
– Olha Pedro, a partir do momento que entrou nesse mundo, você virou praticamente um prisioneiro dele, e, o único que pode te libertar é o nosso Deus Neor, Ele possui a chave dos mundos, ele é o único que pode te tirar daqui.
– Mas e no meu mundo real? Meus pais? Eu não posso viver aqui para sempre! – Exclamou Pedro. que enchera seus olhos de lágrimas.
– Você tem apenas um dia para acordar de volta lá Pedro...
Lucas nem acabara de falar e Pedro o interrompeu.
– Como assim um dia? É muito pouco tempo!
– Acalme-se.
Pedro estava um pouco nervoso, pensando muito na sua família, ele respirou e então acalmou um pouco.
– Enquanto passar um dia no seu mundo real, aqui passará um ano, entende?
– Acho que sim...
– Mas se dentro de um ano nós não salvarmos Neor, você nunca mais acordará em seu mundo.
Pedro então fechou os olhos e começou a pensar em todos os momentos bons que já passara com sua família, lembrava muito de sua mãe, com quem era mais apegado. Alguns instantes depois, Pedro abriu os olhos e mudou totalmente sua expressão, demonstrando estar com muita raiva ele então disse:
– Então o que estamos esperando? Vamos invadir Fúria!
Alice na mesma hora interrompeu.
– Calma! Invadir Fúria não será uma tarefa fácil! Existe criaturas muito poderosas, capazes de nos destruir em um piscar de olhos.
– Temos que pensar em um jeito de chegar até lá. – Falou Lucas.
– Vamos logo então até a casa de Simon! – Exclamou Pedro, que havia mudado seu espirito medroso para um espirito de um verdadeiro guerreiro.
Os três então iriam seguir até a casa de Simon, quando se viraram em direção à trilha, foram surpreendidos...
– Aonde as criancinhas pensam que vão?
Era um homem que usava roupas inteiras pretas, dos pés á cabeça, era branco, tinha cabeços longos e seus olhos pareciam estar em chamas, aparecera bem enfrente a eles, de dentro de uma enorme nuvem de fumaça preta.
– Marcus! – Gritou Alice.
Os três então se afastaram e ficaram perto de uma árvore, que estava toda seca.
– Surpresa em me ver Alice?
Marcus era um dos aliados de Saor, o Deus de Fúria, era um malvado feiticeiro, talvez o braço direito de Saor.
– O quê você quer conosco? - Perguntou Pedro, que não gostara nada de Marcus.
Marcus então voou e parou bem enfrente a Pedro, ergueu a mão direita e apontou o seu dedo indicador com uma horrível unha seu queixo.
– Ora, ora, você então é o garotinho valente?
Pedro então se afastou...
– E Você deve ser o...
– Não o provoque Pedro! – Disse Alice, interrompendo-o, pois sabia que Marcus era muito mais poderoso que os três juntos. Marcus então voou de volta ao lugar onde estava e então os ameaçou.
– Escutem bem crianças, se tentarem invadir o reino de Fúria, vocês nunca sairão vivos de lá.
– Droga, você ouviu nossa conversa? – Perguntou Lucas, que ficara muito furioso.
– Tolos! Eu estou sempre nos lugares certos e nas horas certas – Disse Marcus, com um tom ameaçador. – Eu vou embora, Saor vai adorar saber disso.
Marcus então se preparava para sair, antes ele invocou uma criatura que, parecia ser um dragão, não era tão grande tinha os olhos bem vermelhos e possuía dois enormes espinhos em seus ombros. Logo depois Marcus jogou sua capa sobre seu corpo e desapareceu.
Lucas e Pedro se preparavam para lutar, já Alice estava parada e quieta. Ela então fechou seus olhos e parecia estar meditando, quando o dragão levantou voo e veio em sua direção, cuspindo muito fogo pela boca.
– Afastem-se! – Gritou Alice.
Lucas e Pedro deram alguns passos para trás, Alice então abriu os olhos e os mesmos começaram a brilhar, brilhava tanto que o dragão de Marcus não conseguira se aproximar, a luz era tão forte que ele virou e voou em direção a Fúria, assim deixando a salvo os três.
– Como você fez isso? – Perguntou Pedro que, não acreditou no acabara de ver.
– É uma técnica que meu padrinho me ensinou!
– Simon?
– Sim...
– Senti um poder enorme. – Afirmou Pedro
Alice então deu algumas risadas e logo em seguida disse:
– Precisamos ir logo até a casa de Simon, Marcus pode voltar.
– Sim, vamos. – Disse Lucas.
Os três então, mais aliviados saíram e enfim foram até a casa de Simon.


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